Amigos do jazz + bossa

sábado, 5 de dezembro de 2009

UMATEMPORADA NO INFERNO


Um dos mais importantes e influentes pianistas do West Coast, com um profundo conhecimento do idioma jazzístico, capaz de transitar com naturalidade por outras vertentes e estilos, como o cool, o bebop e o hard bop, Hampton Barnet Hawes Jr., nascido em Los Angeles em 13 de novembro de 1928, foi um músico excepcional que teve uma vida extremamente atribulada.

Filho de um pastor protestante e de uma pianista, seu primeiro contato com a música ocorreu na igreja batista freqüentada pela família. Os spirituals, o gospel e o blues, que ouvia habitualmente na infância, foram algumas de suas primeiras e mais relevantes influências, assim como o piano de Earl Hines, o primeiro músico de jazz que ouviu com certa regularidade.

Apresentado às gravações de Charlie Parker, Dizzy Gillespie e Bud Powell pelo amigo de infância Eric Dolphy, Hawes se apaixonou pelo bebop e começou ter aulas com um renomado professor de Los Angeles, chamado Samuel Brown, em cuja escola estudaram Wardell Gray, Art Farmer e Don Cherry.

Em 1947, quando era um promissor pianista em início de carreira, teve a glória suprema de acompanhar Charlie Parker, que na ocasião se apresentava com Howard McGhee. Nesse período, sua presença era constante nos célebres duelos envolvendo Wardell Gray, Dexter Gordon e Teddy Edwards e a sua engenhosidade e o seu apuro técnico já se faziam notar na efervescente comunidade jazzística local.

Após dois anos no exército, montou o primeiro trio em 1954, ao lado do baixista Red Mitchell e do baterista Mel Lewis, que depois foi substituído por Chuck Thompson e em 1955 foi contratado pela Contemporary, gravadora pela qual lançaria alguns de seus primeiros discos como líder. Em 1956, receberia os prêmios “New Star of the Year”, concedido pela revista Down Beat, e o “Arrival of the Year”, dado pela rival Metronome. Nesse mesmo ano, gravaria os três volumes do aclamado “All Night Sessions”, gravados nos dias 12 e 13 de novembro, juntamente com Jim Hall, Red Mitchell e Bruz Freeman.

Tocou com virtualmente todos os grandes nomes do West Coast, incluindo-se Shelly Manne, Harold Land, Leroy Vinnegar, Howard Rumsey e Barney Kessel, sendo que muitos deles, como Sonny Criss, Shorty Rogers, Art Pepper, e Warne Marsh, eram seus amigos de infância. Em 1957, participou do excepcional “Mingus Three”, ao lado de Charles Mingus e Danny Richmond e no ano seguinte acompanharia Sonny Rollins no ótimo “Sonny Rollins And The Contemporary Leaders”.

Mas essa aparentemente tranqüila escalada para o Olimpo do jazz seria subitamente interrompida. Em 13 de novembro de 1958, dia do seu trigésimo aniversário, Hawes foi preso por porte de heroína. Condenado a dez anos de prisão, cumpriu pena na penitenciária federal de Fort Worth.

O cárcere abalaria não apenas a saúde física do pianista, mas, sobretudo, a sua saúde psicológica. A temporada no inferno, contudo foi mais breve do que se havia anunciado. Com efeito, em agosto de 1963 Hawes recebeu o perdão do presidente Kennedy e pôde caminhar livremente pelas ruas de Los Angeles outra vez. Foi uma das poucas vezes em que um condenado por porte de drogas recebeu esse beneplácito e pouco tempo depois do perdão presidencial, Kennedy seria brutalmente assassinado.

Seis meses antes de ser preso, Hawes levou para o estúdio o talentoso saxofonista texano Harold Land, o experiente Frank Butler (vindo de trabalhos com Dave Brubeck, Curtis Counce e Duke Ellington) e um fabuloso baixista em início de carreira chamado Scott La Faro. Produzido por Lester Koenig e gravado em Los Angeles, no dia 17 de março de 1958, “For Real” é um importante registro na carreira do pianista, não apenas por ter sido a primeira e única oportunidade de gravar com La Faro como também por ser uma das poucas vezes em que, atuando como líder, Hawes se fez acompanhar por instrumento de sopro.

A faixa de abertura, “Hip”, é uma composição de Hawes, que evoca a profunda influência que o blues teve em sua formação. O solo de La Faro é magistral e a música surpreende por suas constantes alternativas harmônicas. O standard “Wrap Your Troubles In Dreams” está irreconhecível, executada em um andamento bastante lento, onde se destacam a fluidez do sax de Land e o fraseado percutido do piano do líder.

Uma das composições mais emblemáticas do bebop, “Crazeology”, recebe um tratamento bastante reverente, trazendo até a ensolarada Los Angeles a atmosfera enfumaçada dos clubes da Rua 52. Solos arrebatadores de Land e uma sessão rítmica criativa e altamente vigorosa dão a tônica a esse que, indiscutivelmente, um dos mais memoráveis momentos do álbum.

A alvissareira parceria entre Hawes e Land rendeu, ainda, duas ótimas composições: “Numbers Game” e “For Real”. A primeira é um bebop quebradiço, incapaz de ser rotulada, pois nela se percebem não apenas elementos do West Coast mais ortodoxo, como também ecos de criadores mais arrojados, sobretudo Monk. O solo de Butler é antológico e merece audição mais atenta.

A segunda começa como um blues clássico, mas vai paulatinamente alterando a sua estrutura, apresentando interessantíssimas modulações. Encerrando o set, uma versão graciosa de “I Love You”, de Cole Porter, na qual Hawes dá uma aula de ritmo, agilidade e técnica. Uma preciosidade do catálogo da Contemporary, lançada em cd pela Original Jazz Classics.

Após sair da prisão, Hamp, como era conhecido no meio musical, teve muita dificuldade para retomar a carreira. O olhar duro e algo desencantado do pianista na capa do álbum “The Green Leaves Of Summer”, de 1964, revela bem o quão dramáticos foram os anos de cárcere. Uma depressão profunda e um cenário musical altamente hostil tornaram ainda mais difícil a sua readaptação.

O pianista passou algum tempo na Europa, onde realizou trabalhos com alguns célebres jazzistas exilados, como Johnny Griffin e Dexter Gordon, e com alguns renomados músicos europeus, como o franco-argelino Martial Solal, com quem gravaria o elogiado “Key For Two”, em 1968.

De volta aos Estados Unidos, voltou a gravar com os velhos amigos Ray Brown, Shelly Manne e Art Pepper, lançando alguns bons discos por selos como Enja, Fresh Sound, Concord, Prestige e a pela própria Contemporary. Em sua autobiografia, “Raise Up Off Me” (escrita com a colaboração do jornalista Don Asher), de 1974, Hampton fala abertamente sobre o vício em heroína, sobre os anos na prisão e sobre a sua convivência com alguns dos músicos mais importantes do jazz.

Embora tenha feito algumas experiências com o piano elétrico, jamais aceitou as pressões do mercado para seguir a trilha aberta por músicos como Ramsey Lewis, Joe Zawinul e Les McCann, grandes sucessos comerciais da época. Hawes faleceu no dia 22 de maio de 1977, em decorrência de um derrame fulminante. Em 2004, a Prefeitura Municipal de Los Angeles instituiu o dia 13 de novembro como o “Hampton Hawes Day”. Uma homenagem bastante justa para um artista tão identificado com a cidade onde nasceu.

36 comentários:

O Pescador disse...

Viva Érico.
Sabe bem passar por aqui e ver tão bem juntas as peças do puzzle da vida de muitas figuras do jazz das quais apenas conheço algumas pontas.
De Hawes tenho nas prateleiras 2 gravações do final da sua vida, em duo com Charlie Haden: The golden number (1976) e As long as there's music (1976).
Como aqui deixas perceber, quando te referes à capa do álbum The green leaves of summer, a música do final da sua vida, ao mesmo tempo que deixa transparecer o seu passado musical, é introspectiva e amarga mas também lírica, inventiva e muito rica.
Abraços lusitanos do Pescador.

Érico Cordeiro disse...

Prezado Fisherman,
Curioso ver como, nos discos posteriores à prisão, como o The green leaves of summer e o The Seance, até a postura e o olhar do Hawes, nas capas, está diferente.
Noas discos da Prestige dos anos 50, ele, via de regra, aparece confiante e sorridente - depois parece alquebrado, como alguém que perdeu a alegria de viver.
Não conheço as gravações com o Haden, mas é um senhor baixista, altamente introspectivo (acho que deve ser uma mistura interessante).
Saudações d''além mar!!!!

APÓSTOLO disse...

Prezado ÉRICO:

HAMP para mim é músico de cabeceira e, em resenha para o CJUB na série "RETRATOS", adotei o título "Ao Piano Charlie Parker...".
E HAMP é efetivamente um "tradutor" de BIRD nas 88 teclas.
A gravação que você escolheu é uma aula do mais puro swing (e com acompanhantes de altíssimo nivel), entre as dezenas e dezenas de HAMPTON HAWES (curta vida, longa discografia).
Como sempre e já se tornou mais que habitual, parabéns pela resenha e pela música, superior ! ! !

Érico Cordeiro disse...

Meu Caro Apóstolo,
Prazer em tê-lo a bordo - nesta que foi, certamente, uma das semanas mais atribuladas do ano (realização do nosso ciclo de debates jurídicos, com palestrantes do Brasil todo, lançamento da nossa revista Juriscultura, concurso de monografias do tribunal, e milhões de outras atividades).
Pior é que a semana que vem vai ser tão puxada quanto.
Mas é sempre bom chegar aqui no nosso barzinho virtual, encontrar os amigos e relaxar, ao som de muito jazz.
Hawes é dos meus preferidos (pena que não tive a idéia de pesquisar no CJUB sobre ele, a fim de enriquecer este modesto texto com a excelência dos seus escritos - mas vou tentar suprir a lacuna agora).
Um fraterno abraço (estava em dúvidas entre esse For Real! e o Four, com o Barney Kessel, outro discaço).
Abraços fraternos!

PREDADOR.- disse...

Olha aí sr.Figbatera, o homem só posta coisa boa, como é que vou "detoná-lo"??? Quanto ao Hampton Hawes também sou admirador de seus trabalhos, especialmente os trios e quartetos(ora com Jim Hall, ora com Barney Kessel, ora com Harold Land), mas tenho preferência especial pelo album "The Seance" e pela música My Romance, geralmente cantada ou executada em rítmo de balada, que no "Seance" é tocada em andamento mais rápido, um arranjo simplismente espetacular. Procurem ouvir. Parabéns mr.Cordeiro pelo artigo e pelo album escolhido para ilustrar o post. Ambos nota 10!

Andre Tandeta disse...

Erico,
como o amigo apostolo tão bem colocou Hampton Hawes sempre foi um pianista de bebop. O West Coast Jazz nada mais é que uma versão do bebop feita em Los Angeles. A grande diferença para o bebop original ,de Nova York, é que esse da West Coast veio depois e se beneficiou ,e muito,da gigantesca evolução na qualidade tecnica das gravações. Alguns menos avisados dizem que o bebop original era rascante(sic) e agressivo(sic)mas isso é facilmente explicavel pela pessima qualidade das gravações, muitas ao vivo nos pequenos clubes da rua 52.A partir do inicio da decada de 50 ,especialmente em Los Angeles ,houve um enorme salto na tecnologia de captação e registro de audio e essa é a maior diferença entre o mesmissimo bebop que tanto era tocado em Nova york como em todos os lugares onde os musicos sempre se fascinavam pelas novas ideias do Genio Charlie Parker.
Hampton Hawes é com certeza um super musico e sua resenha ,como sempre,esta a altura dele.Parabens,irmão.
Manito manda abraços direto de Boston. Ele manda dizer que não tem comentado nada mas que le sempre seu blog. A razão desse silencio é que ele alega não querer de maneira alguma comprometer o " nosso camarada Erico , que é sangue muito bom". Assino em baixo e acho que no caso dele é surpreendente essa autocritica. A mim é que ele não poupa.
Abraço

Andre Tandeta disse...

Erico,
como o amigo apostolo tão bem colocou Hampton Hawes sempre foi um pianista de bebop. O West Coast Jazz nada mais é que uma versão do bebop feita em Los Angeles. A grande diferença para o bebop original ,de Nova York, é que esse da West Coast veio depois e se beneficiou ,e muito,da gigantesca evolução na qualidade tecnica das gravações. Alguns menos avisados dizem que o bebop original era rascante(sic) e agressivo(sic)mas isso é facilmente explicavel pela pessima qualidade das gravações, muitas ao vivo nos pequenos clubes da rua 52.A partir do inicio da decada de 50 ,especialmente em Los Angeles ,houve um enorme salto na tecnologia de captação e registro de audio e essa é a maior diferença entre o mesmissimo bebop que tanto era tocado em Nova york como em todos os lugares onde os musicos sempre se fascinavam pelas novas ideias do Genio Charlie Parker.
Hampton Hawes é com certeza um super musico e sua resenha ,como sempre,esta a altura dele.Parabens,irmão.
Manito manda abraços direto de Boston. Ele manda dizer que não tem comentado nada mas que le sempre seu blog. A razão desse silencio é que ele alega não querer de maneira alguma comprometer o " nosso camarada Erico , que é sangue muito bom". Assino em baixo e acho que no caso dele é surpreendente essa autocritica. A mim é que ele não poupa.
Abraço

Andre Tandeta disse...

Erico,
como o amigo apostolo tão bem colocou Hampton Hawes sempre foi um pianista de bebop. O West Coast Jazz nada mais é que uma versão do bebop feita em Los Angeles. A grande diferença para o bebop original ,de Nova York, é que esse da West Coast veio depois e se beneficiou ,e muito,da gigantesca evolução na qualidade tecnica das gravações. Alguns menos avisados dizem que o bebop original era rascante(sic) e agressivo(sic)mas isso é facilmente explicavel pela pessima qualidade das gravações, muitas ao vivo nos pequenos clubes da rua 52.A partir do inicio da decada de 50 ,especialmente em Los Angeles ,houve um enorme salto na tecnologia de captação e registro de audio e essa é a maior diferença entre o mesmissimo bebop que tanto era tocado em Nova york como em todos os lugares onde os musicos sempre se fascinavam pelas novas ideias do Genio Charlie Parker.
Hampton Hawes é com certeza um super musico e sua resenha ,como sempre,esta a altura dele.Parabens,irmão.
Manito manda abraços direto de Boston. Ele manda dizer que não tem comentado nada mas que le sempre seu blog. A razão desse silencio é que ele alega não querer de maneira alguma comprometer o " nosso camarada Erico , que é sangue muito bom". Assino em baixo e acho que no caso dele é surpreendente essa autocritica. A mim é que ele não poupa.
Abraço

pituco disse...

érico san,

discaço...escolha bacanuda...curto pacas mr.hawes...swingueira garantida, né???...

assim como também não conheço os duos com haden, indicado pelo pescador...mãos à garimpagem...rs

abraçsons

HotBeatJazz disse...

Mr. Érico

uma escolha essencial de um músico fundamental. Elogiar tua resenha e análise seria repetitivo e uma obviedade.

Parabéns amigo

Salsa disse...

Belo disco, meu chapa. Quando cheguei em casa nos braços da madrugada quase manhã, liguei a radiola (a sua) e adormeci ao som do grande pianista.
Beleza.

Tandeta,
Eu acho que o andamento do povo da costa oeste é mais lento e a rapaziada valoriza mais os naipes da swing era. Quanto ao rascante tenderei a considerar sua observação.

Andre Tandeta disse...

Erico,
por favor tres comentarios seguidos sendo o mesmo acho que chega ser uma agressão aos amigos do blog e peço desculpas ,acho que hoje estou com o dedo "nervoso". Por favor dê um jeito nesse acidente ecologico que polui seu blog com meus pitacos em dose tripla e apague os excedentes.
Salsa,
o vocabulario é extamente o mesmo. Quanto a usar concepção de naipe de sopros vinda da swing eraconcordo com voce. O tema é apresentado por um grupo maior que o usual quinteto do bebop isso não muda o que falei pois na hora que cada solista se apresenta o que eles tocam é......bebop,sem tirar nem por.Hampon Hawes esta ai mesmo pra comprovar isso.
Desculpem mais uma vez o excesso, Erico cuidara disso .
Abraço

Paul Constantinides disse...

erico
heroina eh fueda nao?
mas o cara se deu bem com a canja democratica, ao menos...aliviou a barra do cara...
mas eh um talento imenso. realmente.
grande pianista.
valeu o post, novamente
belissimo
abs
paul

Érico Cordeiro disse...

Caramba, me sinto um verdadeiro Roberto Carlos - aquele que quer ter um milhão de amigos (e acho que estou chegando perto)!!!
Prezados Predador, Tandeta, Mauro Paul, Pituco e Salsa (espero não ter esquecido ninguém),
Obrigado pelas ilustres presenças e sejam sempre bem-vindos ao nosso barzinho virtual.
Estou aproveitando o final de semana para pôr em dia as visitas aos blogs dos amigos, pois essa semana foi "aperreada"!
E essa discussão bebop x west coas é antiga e apaixonante - acho que há uma diferença, sutil, entre os estilos (que, ademais, eu adoro - e em breve posto um disco do Walter Bishop Jr., para que possamos perceber as semelhanças e as eventuais diferenças entre essas correntes).
E nada de apagar os comentários excedentes - são marcos históricos da presença do nosso mestre das baquetas, escovinhas e adjacências.
E Procuremos os duos com Charlie Haden - San Sérgio Sonic boy não haverá de nos faltar!!!!
Um grande final de semana a todos e um fraterno abraço - Mr. Paul, welcome back!!!!!

figbatera disse...

Todos já disseram tudo; nunca é tarde para aprender com os mestres. Desnecessário ratificar as qualidades da resenha, do músico e das músicas postadas.
Abração, mestre Érico.

rogerio santos disse...

Caro Erico... finalmente cheguei pra conhecer seu lindo espaço...
Rapaz, vou precisar de meses para ler e começar a entender um pouco o que se passa por aqui... hehehehe
Muito, muito interessante.
Por enquanto, nada a comentar e muito a garimpar.

Grande Abraço,
Rogerio

Érico Cordeiro disse...

Mestres Fig e Rogério (a quem dou um seja bem-vindo todo especial - agregue-se à nossa confraria!!),
Temos que fazer uma jam com o embaixador Olney (nosso representante nas Minas Gerais), o Pituco, o Salsa, o Lester e o Tandeta, nossos músicos-sócios do jazz + bossa - e você, Rogério, agitador cultural nato, bem que poderia se encarregar desse encontro (passagem de Tóquio prá cá deve estar baratinha - rs, rs, rs).
Grande abraço aos dois e, por favor, estejam aqui no barzinho virtual sempre!

Sergio disse...

Érico san, eu e o meu camarada, colaborador Scott Yanow, amamos muito tudo isso. Quer dizer, todo esse álbum citado e analisado à perfeição foryou. Porram preferimos o "Four!" esse é F... com ph!

Abraços!

Ah! Em tempo! Papai Noel taeda mais não falha. Acredite.

Érico Cordeiro disse...

Valeu, meu Garimpeiro-Duende, guardião de todos os ssons!!!
Que o vôo das renas seja tranqüilo e a mira do Papai Noel certeira!!!
Abração!

HYJ disse...

Erico sangue bom eu estou ja tem tempo sem mandar nenhum comentario mas acompanho o blog sempre. Estou longe do Brasil mas to ligado.
Alguns dos americanos que eu conheci agora aqui em Boston acharam seu blog muito bacana e eu traduzo pra eles.
Valeu ,tamo junto.
amplexos fumegantes

Érico Cordeiro disse...

Mestre HYJ,
Valeu pela presença!!!!
Quer dizer que agora você está internacional, detonando em Boston - tô sabendo!!!
Curta bastante por aí e obrigado pela propaganda do jazz + bossa!
Abração!!!

John Lester disse...

Mr. Cordeiro, mais uma excelente resenha. Hawes merece e nós agradecemos a deliciosa seleção musical.

Grande abraço, JL.

Érico Cordeiro disse...

Mestre John Lester,
Valoroso bastião da música de qualidade e do vinho idem (qualquer dia desses haverei de conhecer a Casa Bonita).
Creio que Vovô Acácio aprovaria os dotes musicais do pianista, não acha?
Abração!

Sergio disse...

De um polo a outro:

A banda podre da torcida do Curitiba está de parabéns, por demonstrar no campo (da guerra) o quanto nós podemos ser irritantes - pros adversários.

Parabéns tbm ao Rio de Janeiro. Cidade mais que maravilhosa, encantada como esse time e a torcida do Flusão!

Frase de conclusão de mestrado tricolor:

Missão impossível é não acreditar em cada uma das infinitas possibilidades.

Perdoe Érico, essa era pra estar postada no Sônico, mas o Tom consegue ser mais importante. Até manhã à meia noite (08/12), Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim é o único assunto relevante.

Érico Cordeiro disse...

Parabéns pela "missão (quase) impossível, Seu Mr. Sonic boy.
Foi bonito!!!
E Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim merece todo o nosso respeito, carinho e admiração - 15 anos sem a presença soberana do maestro!!!
Abração!

Andre Tandeta disse...

Erico,
lamento profundamente seu comentario la no CJUB sobre a vitoria do MENGÃO no Brasileiro. É de um mau gosto que eu jamais esperaria de voce,sempre tão equilibrado e com ouvidos tão refinados. Parece que o odio ao Flamengo impediu voce de apreciar o video com a Orquetra do Vittor Santos. Porque isso ?
Voce e toda imensa torcida cruzmaltina merecem festejar a suadissima vitoria na segundona e deixe que nos,Campeões da Primeira, nos alegremos com a conquista de um time que mostrou que honra nosso MANTO SAGRADO. Eu até fiquei feliz com a conquista da segundona pelo Vasco,assim poderemos nos enfrentar agora em 2010 e que vença o melhor. Se nesse campeonato as coisas foram facilitadas pelo regulamento ,azar dos perdedores e invejosos,tentem mudar o regulamento. Pra ganhar do MENGÃO tem que jogar MUITA bola,coisa que o seu time não tem nem ideia do que seja.
Um pouco do Genial Geraldo Pereira,decada de 50:
"Flamengo joga amnhã e eu vou pra la,
vai haver mais um baile no Maracanã,
o MAIS QUERIDO tem Ziza,Dequinha e Pavão,
eu vou rezar pra São Jorge ,pro Mengo ser Campeão,
pode chover,
pode o sol me queimar,que eu vou pra ver, a charanga do Jaime tocar:
FLAMENGO,FLAMENGO,
Tua Gloria é lutar,
quando o Mengo perde eu não quero almoçar eu não quero jantar(eu juro!)"
Voltemos ao jazz.
Abraço,
ANDRE

Andre Tandeta disse...

Alguem ja fez um samba tão bacana como esse do Geraldo Pereira homenageando o Vasco?

Érico Cordeiro disse...

É, Seu Tandeta, tentar dar botinada na canela não vale.
Temos sim grandes músicas que homenageiam o Vasco, uma delas composta por Wagner Tiso e Pierre Aderne. Também temos O Bonde São Januário ("a boemia não dá camisa a ninguém"), homenagem ao berço do Vascão, de autoria dos grandes Wilson Batista e Ataulfo Alves!
Mas que foi vergonhoso, isso foi!
Que é isso, colocar oito reservas num jogo que valia um título?
Péra lá!!!!
Esse título aí foi meio esquisitão!
Mas tudo bem: ano que vem vocês não vão ter essa moleza toda!!!
Saudações cruzmaltinas!!!!!

Érico Cordeiro disse...

Seu Tandeta, lembrei também do ótimo "E o Juiz Apitou", também do Wilson Batista:
Eu tiro o domingo para descansar
Mas não descansei
Que louco fui eu
Regressei do futebol
Todo queimado de sol
O Flamengo perdeu pro Botafogo
Amanhã vou trabalhar
Meu patrão é vascaíno e de mim vai zombar"

Maneiro, não? E o patrão desse cara deve ser muito gente fina!!!

E já que o assunto é Vasco, lembremos do grande Aldir Blanc:

"Eu sempre disse contente
Minha preta é uma rainha
Porque não teme o batente
Se garante na cozinha
E ainda é Vasco doente…"

E Noel:

"O Vasco paga o lote na batata
E em vez de barata
Oferece ao Russinho uma mulata" (quer presente melhor que esse, Seu Tandeta?).

Saudações da Colina!!!

Sergio disse...

Embora Hampton Hawes não tenha sido esgotado - e quando será? Nunca! - deixa eu dar uma pitacada nesse assunto. Em 1980/81, na época do Mundial q o Flamengo papou - e se eu estiver errado nas datas, inclua 82 pq dele não passará - eu fui pras ruas gritar mengo, sem medo de ser feliz, sem medo de parecer vira casaca, tudo muito numa boa e civilizadamente. Afinal era uma festa carioca. O Rio de Janeiro saiu pras ruas e ninguém que não fosse tão radical anti-mengo deixou de comemorar aquela conquista. Depois (10 anos ou mais depois) houve uma guerrinha particular entre vascaínos e flamenguistas por conta de um título comemorado pelo Vasco que foi festejar a conquista passando pela Gávea. Não foi mais ou menos assim? Mas parece que deste fato em diante a torcida do urubu, se virou contra os cariocas, botafoguenses e tricolores no geral! e aí a coisa se transformou numa guerrinha generalizada e tolinha entre torcidas. De nossa parte, tricolor, acirrada quando da 1ª queda do Flu à segundona. Parece que o Flamengo make descuidou de ganhar um jogo fácil que facilitaria as coisas para o Flu com aquiescência de sua torcida – se não me falha, esse jogo foi contra um time baiano, ou Bahia ou Vitória.

Na perda da 1ª decisão contra a LDU, nos pênaltis, a torcida do Flamengo, pelas janelas aqui do meu prédio, foi a única que gritou satisfeita LDU, LDU, LDU! Num sinal de clara inveja contra o time que representava o Rio e o Brasil na competição. Sinceramente, acho tudo isso de revanchismo paupérrimo entre torcidas da coirmães, uma bobagem infantil e sem o menor sentido. Vide agora o que aconteceu com Internacional e Grêmio e o feitiço virando contra o feiticeiro. Não houvesse essa tolice e talvez o Grêmio dificultasse mais essa decisão pró-Flamengo. Ou no mínimo não teria a torcida do próprio Grêmio, torcendo contra o seu patrimônio só para ter o gostinho (de fel) de prejudicar o rival. De minha parte e da parte de todas as pessoas que amam o futebol jogado no campo, estou mais que disposto a dar um basta nessa guerra babaca de torcidas irmãs locais. Um dia, uma precisará da outra. Mas que a massa urubulina, só pq é a maior do Brasil (parabéns pra vocês, mas e daí?), se acha, se considera, se pensa e se acredita... a última pepita da mina, isso á cada vez mais patente, claro e evidente. Então essa bronca está longe de acabar, muito ao contrário. E se existem culpados, no mínimo, não são eles os tricolores ou muito menos os botafoguenses.

Pronto. Disse o q precisava dizer.

Andre Tandeta disse...

Sou totalmente contra qualquer tipo de guerra,principalmente entre torcidas. Mas isso não quer dizer que as torcidas se unirão porque "uma precisara da outra". A torcida do FLAMENGO,atual Campeão Brasileiro,dispensa esse oferecimento, que acho bacana entre os outros times que não tem uma torcida do tamanho da do Mengão.
O fato é que os torcedores dos demais times daqui do Rio estão se mordendo pois no final da historia ficaram muito longe,anos luz,do Mengão nesse Campeonato. Fluminense e Botafogo jogaram o campeonato inteiro na parte de baixo da tabela e estavam ja com um pe na segundona quando reviveram e conseguiram terminar ainda na primeira. Vasco ja estava na segunda onde gramou muito, chegando a ficar em decimo lugar durante a competição. Gostei dele ter sido campeão assim como gostei de ver que na hora H o Fluminense fez bonito e mostrou bola e disposição. Mas a realidade é que os times de voces tem que jogar MUITA bola pra poder se aproximar do Mengão . Fico muito feliz de ver os tres coitadinhos na primeira divisão e em 2010 quando a bola rolar, veremos quem é e quem não é.
MENGOOOO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Abraços

Andre Tandeta disse...

Erico,faltou uma coisa.
Esse samba que voce citou, de João Bosco e Aldir Blanc,chamado "Gol Anulado", começa assim:
"Quando voce gritou
Mengo!,
no segundo gol do Zico,
tirei sem pensar o cinto,
e bati até cansar..."
A "minha preta" da historia era torcedora do Mengão. Na epoca ainda não havia a Lei Maria Da Penha e nem o "politicamente correto".
Abraço

Érico Cordeiro disse...

Ô Seu Tandeta,
Não precisava contar o resto da história (rs, rs, rs) - nessa parte a letra é do João Bosco - e a surra foi mais que merecida!!!!
E esse negócio de união de torcida é uma utopia - bom mesmo é chegar no dia seguinte, sacanear o amigo que torce pro outro time, etc.
Tudo bem vá curtindo aí o QUINTO título brasileiro de vocês (ou vai querer tirar o LEGÍTIMO título do Sport de 1987 - quando os rubro-negros amarelaram legal).
Ano que vem a história vai ser outra.
Saudações cruzmaltinas e nada politicamente corretas - eu quero é jogar água no chopp do flamengo, do fluminense e do botafogo!!!!!

Andre Tandeta disse...

Boa ,Erico! Que sejam cinco,quantos o Vasco tem ?
Voltemos a falar no maravilhoso fraseado de bebop de Hampton Hawes.
E tambem é "barraco" porque continuo afirmando que "West Coast Jazz" é bebop gravado com melhor qualidade. E ,claro,na California não havia nenhum Charlie Parker. Mas ha uma verdadeira legião de super musicos da California,podem nem ter nascido la mas se tornaram conhecidos enquanto trabalhavam na Cidade dos Anjos(imagine!) . Shelly Manne,Larry Bunker, Stan Levey,Mel Lewis,Chuck Flores,Frank Buttler, só pra ficar nos bateristas, ja formam um time de muito respeito.
Abraço

APÓSTOLO disse...

Discutir "candidato político", futebol, religião e corpo de mulher é, o mais das vezes, inútil.
Cada um tem o que é melhor para sí e, em conjunto com outros, sempre terá 50 mil assuntos bem menos controversos e que permitirão prolongar e solidificar amizades.
Por exemplo, HAMPTON HAWES ao piano.

Érico Cordeiro disse...

É isso aí, Mestre Apóstolo,
E a lista de bateras do Tandeta só tem craques!!
Abraços aos dois!

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