Ike Abrams Quebec pode ser considerado um saxofonista da velha escola. Contemporâneo de Coleman Hawkins (e discípulo confesso deste), Arnett Cobb, Don Byas, Illinois Jacquet, Gene Ammons e Ben Webster, sua sonoridade é bastante próxima da destes titãs. À exceção de Hawkins, nenhum destes músicos é considerado um inovador, mas não há dúvidas de que todos, historicamente ligados ao swing, ajudaram abrir caminho para a revolução do bebop (e alguns deles mergulharam de cabeça no novo estilo, como foi o caso de Ammons).
Nascido em Newark, Nova Jérsei, no dia 17 de agosto de 1918, seu primeiro instrumento foi o piano, trocado pelo sax tenor ainda no início dos anos 40. Segundo o próprio Ike, a troca, que se revelou bastante acertada, ocorreu porque ele jamais conseguiria tocar como o ídolo Teddy Wilson. De qualquer forma, o swing ganhou um dos seus mais confiáveis músicos, capaz de alternar grasnados e sussurros com igual competência, e a sua antológica capacidade de tocar baladas o coloca no mesmo nível do já citado Ben Webster e de Benny Carter.
Ainda nos primórdios da década de 40, Ike acompanhou Frankie Newton, Cab Calloway, Hot Lips Page, Roy Eldridge, Jonah Jones, Trummy Young, Ella Fitzgerald, Bucky Clayton, Benny Carter, Roy Eldridge e o próprio Coleman Hawkins. Nesse período, conheceu Kenny Clarke, aproximando-se, graças à amizade com o baterista, do pessoal do bebop, que então deixava pontuava nos clubes da histórica Rua 52.
Também nessa época, iniciou uma relação bastante estreita com a Blue Note. Primeiro, gravou alguns singles em 45 rpm para o selo, onde se destacam “Blue Harlem”, “Facin’ The Face” e “Everything Happens To Me”. O ótimo relacionamento com Alfred Lion permitiu a Quebec que levasse para a gravadora duas das mais promissoras estrelas que então pontuavam no circuito bop de Nova Iorque: Thelonious Monk e Bud Powell.
No início dos anos 50, Quebec amargou o ostracismo, por conta de seu envolvimento com as drogas. Realizou pouquíssimas gravações, mas, ao final daquela década, o saxofonista retornaria ao meio musical em grande estilo e se consolidaria como um dos mais importantes executivos da gravadora, assumindo as funções de A&R (Artists and Repertoire) e se responsabilizando pelos arranjos de diversos álbuns.
Também atuou como sideman em discos de importantes nomes da Blue Note, como Jimmy Smith, Grant Green, The Three Sounds e Sonny Clark, e gravou alguns belíssimos álbuns pela gravadora em seu próprio nome. Um deles é o fabuloso “Blue And Sentimental”, gravado nos dias 16 e 23 de dezembro de 1961, nos estúdios de Rudy Van Gelder.
Os acompanhantes são Grant Green (guitarra), Paul Chambers (contrabaixo) e Philly Joe Jones (bateria), sendo que em uma faixa (“Count Every Star”) a formação é a seguinte: Grant Green (guitarra), Sonny Clark (piano), Sam Jones (contrabaixo) e Louis Hayes (bateria). A qualidade do som, como todos os discos da série RVG (este foi reeditado em 2007, após permanecer um bom tempo fora de catálogo) é esplendorosa.
Quebec surgiu para o jazz durante a era do swing, mas a sua formação musical congrega muito do blues e de outras manifestações tradicionais da música negra norte-americana, sobretudo os spirituals. Green é um guitarrista que bebeu em fontes semelhantes, daí a interação entre os dois ser virtualmente telepática. Na faixa título (de Count Basie), por exemplo, a dupla eleva o blues tradicional a um padrão de requinte melódico difícil de ser atingido, onde o tom lamentoso do saxofone casa com perfeição com a aveludada guitarra de Green.
Dois temas de Quebec – “Minor Impulse” e “Like” – exibem um pouco da sua habilidade composicional. Ambas têm em comum o ligeiro acento de blues e a complexidade harmônica, tributária dos melhores dias da Rua 52. A sincronia entre Paul Chambers e Philly Joe Jones é outro ponto que merece atenção – a base rítmica é vibrante, mas em nenhum momento se mostra invasiva.
Green apresenta uma composição de sua lavra, o denso e comovente “Blues For Charlie” (uma justíssima homenagem ao mestre Charlie Christian), completamente imerso na tradição eletrificada de Chicago – não faria feio no repertório de guitarristas viscerais como B. B. King, Albert King ou Buddy Guy. A destacar, o fato de que, em alguns momentos, Green consegue fazer sua guitarra soar muito parecida com um órgão, e o solo devastador de Quebec.
Há espaço também para as baladas dolorosamente românticas, uma das especialidades de Quebec. “Don't Take Your Love From Me”, por exemplo, vem impregnada de melancolia e lirismo. É como uma daquelas confissões de amor mal sucedido, em que o amante preterido, encharcado de dor e tristeza, transfere para os incontáveis copos de uísque e maços de cigarro toda a frustração e raiva de quem se vê desprezado.
Em outra balada nada menos que espetacular, “Count Every Star” (aqui é o piano plangente de Clark que ajuda a manter o clima enfumaçado das madrugadas insones), o diálogo da solidão outra vez se faz presente. O dedilhar da guitarra de Green capta a fragilidade dos amores perdidos e a enorme elegância de Quebec parece repetir a célebre frase de Vinícius de que são demais os perigos dessa vida para quem tem paixão. Clark acaricia as 88 teclas com uma volúpia delicada, elegante, como somente os grandes entre os grandes são capazes de fazer.
E a paixão e a entrega total e absoluta à música são características muito marcantes na obra de Quebec. Basta ouvir a alegria contagiante que ele imprime na tradicionalíssima “That Old Black Magic”, pérola da ourivesaria de Harold Harlen e Johnny Mercer. A guitarra mezzo-órgão de Green enche de groove a faixa, e o líder toca com um vigor e uma histamina típico de um garoto em início de carreira. O veterano Jones dá uma aula de swing, ritmo e precisão, elaborando um trabalho espetacular com os pratos.
O entusiasmo continua na releitura de “It's Alright With Me”, conduzida em um tempo mais rápido que o habitual, com um Quebec destilando solos incendiários, como se possuísse sete fôlegos. Philly Joe fica mais que à vontade em contextos assim e manda muitíssimo bem, abusando das viradas. Green atira doses fartas de gasolina no incêndio e mostra porque é dos mais talentosos e inspirados guitarristas de todos os tempos.
Para quem quiser entender um pouco mais sobre a linha evolutiva do jazz, suas raízes fincadas no blues, o swing e as revoluções que o sucederam – como o bebop e o hard bop – esse álbum é nada menos que obrigatório. Ike Quebec soube transitar por todas essas nuances e, ao final dessa viagem musical, deu de presente aos amantes do jazz um dos mais belos exemplos da grandiosidade da arte popular maior.
Lamentavelmente, Quebec morreria poucos pouco mais de um ano depois dessas sessões, no dia 16 de janeiro de 1963, em Nova Iorque, em decorrência de um câncer no pulmão – ironia máxima para alguém cujo sopro sempre foi extremamente robusto e vigoroso. Foi substituído, com igual brilhantismo, por Duke Pearson no departamento de A&R da Blue Note e praticamente todos os seus poucos – mas indispensáveis – álbuns foram relançados pela gravadora.
Nascido em Newark, Nova Jérsei, no dia 17 de agosto de 1918, seu primeiro instrumento foi o piano, trocado pelo sax tenor ainda no início dos anos 40. Segundo o próprio Ike, a troca, que se revelou bastante acertada, ocorreu porque ele jamais conseguiria tocar como o ídolo Teddy Wilson. De qualquer forma, o swing ganhou um dos seus mais confiáveis músicos, capaz de alternar grasnados e sussurros com igual competência, e a sua antológica capacidade de tocar baladas o coloca no mesmo nível do já citado Ben Webster e de Benny Carter.
Ainda nos primórdios da década de 40, Ike acompanhou Frankie Newton, Cab Calloway, Hot Lips Page, Roy Eldridge, Jonah Jones, Trummy Young, Ella Fitzgerald, Bucky Clayton, Benny Carter, Roy Eldridge e o próprio Coleman Hawkins. Nesse período, conheceu Kenny Clarke, aproximando-se, graças à amizade com o baterista, do pessoal do bebop, que então deixava pontuava nos clubes da histórica Rua 52.
Também nessa época, iniciou uma relação bastante estreita com a Blue Note. Primeiro, gravou alguns singles em 45 rpm para o selo, onde se destacam “Blue Harlem”, “Facin’ The Face” e “Everything Happens To Me”. O ótimo relacionamento com Alfred Lion permitiu a Quebec que levasse para a gravadora duas das mais promissoras estrelas que então pontuavam no circuito bop de Nova Iorque: Thelonious Monk e Bud Powell.
No início dos anos 50, Quebec amargou o ostracismo, por conta de seu envolvimento com as drogas. Realizou pouquíssimas gravações, mas, ao final daquela década, o saxofonista retornaria ao meio musical em grande estilo e se consolidaria como um dos mais importantes executivos da gravadora, assumindo as funções de A&R (Artists and Repertoire) e se responsabilizando pelos arranjos de diversos álbuns.
Também atuou como sideman em discos de importantes nomes da Blue Note, como Jimmy Smith, Grant Green, The Three Sounds e Sonny Clark, e gravou alguns belíssimos álbuns pela gravadora em seu próprio nome. Um deles é o fabuloso “Blue And Sentimental”, gravado nos dias 16 e 23 de dezembro de 1961, nos estúdios de Rudy Van Gelder.
Os acompanhantes são Grant Green (guitarra), Paul Chambers (contrabaixo) e Philly Joe Jones (bateria), sendo que em uma faixa (“Count Every Star”) a formação é a seguinte: Grant Green (guitarra), Sonny Clark (piano), Sam Jones (contrabaixo) e Louis Hayes (bateria). A qualidade do som, como todos os discos da série RVG (este foi reeditado em 2007, após permanecer um bom tempo fora de catálogo) é esplendorosa.
Quebec surgiu para o jazz durante a era do swing, mas a sua formação musical congrega muito do blues e de outras manifestações tradicionais da música negra norte-americana, sobretudo os spirituals. Green é um guitarrista que bebeu em fontes semelhantes, daí a interação entre os dois ser virtualmente telepática. Na faixa título (de Count Basie), por exemplo, a dupla eleva o blues tradicional a um padrão de requinte melódico difícil de ser atingido, onde o tom lamentoso do saxofone casa com perfeição com a aveludada guitarra de Green.
Dois temas de Quebec – “Minor Impulse” e “Like” – exibem um pouco da sua habilidade composicional. Ambas têm em comum o ligeiro acento de blues e a complexidade harmônica, tributária dos melhores dias da Rua 52. A sincronia entre Paul Chambers e Philly Joe Jones é outro ponto que merece atenção – a base rítmica é vibrante, mas em nenhum momento se mostra invasiva.
Green apresenta uma composição de sua lavra, o denso e comovente “Blues For Charlie” (uma justíssima homenagem ao mestre Charlie Christian), completamente imerso na tradição eletrificada de Chicago – não faria feio no repertório de guitarristas viscerais como B. B. King, Albert King ou Buddy Guy. A destacar, o fato de que, em alguns momentos, Green consegue fazer sua guitarra soar muito parecida com um órgão, e o solo devastador de Quebec.
Há espaço também para as baladas dolorosamente românticas, uma das especialidades de Quebec. “Don't Take Your Love From Me”, por exemplo, vem impregnada de melancolia e lirismo. É como uma daquelas confissões de amor mal sucedido, em que o amante preterido, encharcado de dor e tristeza, transfere para os incontáveis copos de uísque e maços de cigarro toda a frustração e raiva de quem se vê desprezado.
Em outra balada nada menos que espetacular, “Count Every Star” (aqui é o piano plangente de Clark que ajuda a manter o clima enfumaçado das madrugadas insones), o diálogo da solidão outra vez se faz presente. O dedilhar da guitarra de Green capta a fragilidade dos amores perdidos e a enorme elegância de Quebec parece repetir a célebre frase de Vinícius de que são demais os perigos dessa vida para quem tem paixão. Clark acaricia as 88 teclas com uma volúpia delicada, elegante, como somente os grandes entre os grandes são capazes de fazer.
E a paixão e a entrega total e absoluta à música são características muito marcantes na obra de Quebec. Basta ouvir a alegria contagiante que ele imprime na tradicionalíssima “That Old Black Magic”, pérola da ourivesaria de Harold Harlen e Johnny Mercer. A guitarra mezzo-órgão de Green enche de groove a faixa, e o líder toca com um vigor e uma histamina típico de um garoto em início de carreira. O veterano Jones dá uma aula de swing, ritmo e precisão, elaborando um trabalho espetacular com os pratos.
O entusiasmo continua na releitura de “It's Alright With Me”, conduzida em um tempo mais rápido que o habitual, com um Quebec destilando solos incendiários, como se possuísse sete fôlegos. Philly Joe fica mais que à vontade em contextos assim e manda muitíssimo bem, abusando das viradas. Green atira doses fartas de gasolina no incêndio e mostra porque é dos mais talentosos e inspirados guitarristas de todos os tempos.
Para quem quiser entender um pouco mais sobre a linha evolutiva do jazz, suas raízes fincadas no blues, o swing e as revoluções que o sucederam – como o bebop e o hard bop – esse álbum é nada menos que obrigatório. Ike Quebec soube transitar por todas essas nuances e, ao final dessa viagem musical, deu de presente aos amantes do jazz um dos mais belos exemplos da grandiosidade da arte popular maior.
Lamentavelmente, Quebec morreria poucos pouco mais de um ano depois dessas sessões, no dia 16 de janeiro de 1963, em Nova Iorque, em decorrência de um câncer no pulmão – ironia máxima para alguém cujo sopro sempre foi extremamente robusto e vigoroso. Foi substituído, com igual brilhantismo, por Duke Pearson no departamento de A&R da Blue Note e praticamente todos os seus poucos – mas indispensáveis – álbuns foram relançados pela gravadora.
Sobre o saxofonista, o crítico Leonard Feather escreveu: “Embora tenha permanecido em relativa obscuridade, ele nunca foi obrigado a voltar para casa, ou a usar a pintura, a carpintaria ou o volante de um táxi como um meio de subsistência. A música foi e ainda é sua profissão e sua vida. Os discos em 45 RPM lançados pela Blue Note nos anos 40 são um importante lembrete dessa convicção”. Uma trajetória de integridade e amor à música.
36 comentários:
Erico,
altamente didatica essa resenha. É muito ilustrativa uma comparação com a postagem musical anterior com Harold Land no sax tenor. Enquanto Land mostra-se um improvisador totalmente imerso no vocabulario de bebop podemos ouvir que Ike Quebec representa exatamente o que era o vocabulario jazzistico anterior ao bebop. São bastante diferentes e mesmo sabendo-se que tanto ele como os demais saxofonistas mencionados na resenha tiveram sua importancia na construção do bebop vemos a distancia oceanica entre uma coisa e a outra. Essa é a importancia do Genio Charlie Parker.Grant Green, como se pode ouvir, é um musico cujo vocabulario melodico é bebop puro.
E por falar em didatismo,por onde andara nosso queridso amigo,meu Irmãozinho Edú? Chorando pelo seu Palmeiras?
Abraço
Rapaz,foi sem querer. Eu de um tempo pra ca faço questão de assinar todos os meus comentarios com meu nome verdadeiro e não com meu "nome de guerra". Bem Tenencio e eu somos a mesma pessoa ,embora as vezes existam controversias entre nos dois.
Abraço
'Tava assinado: Tenêncio. E assino embaixo do que você escreveu.
Prezado Érico,
curioso a obscuridade que envolve alguns grandes nomes do jazz, Ike entre eles. Sempre que eu e meus amigos conversamos sobre jazz, ele fica de lado.
Parabéns por mais uma excelente resenha.
Abraços ansiosos por notícias ludovicenses.
Mestres Salsa e Tenêncio (o Tandeta),
bem-vindos a bordo (bem-vindo tem hífen, Mr. Salsa - ainda não fiz as pazes com a tal reforma ortográfica).
Pois é, um dos primeiros saxofonistas que me chamaram atenção, em uma coletânea da Blue Note, do início dos anos 90 (chamada Ballads in Blue).
Chapei no som do cara, mas só bem mais tarde consegui comprar alguns cds dele.
Claro que esse pessoal mais ligado ao swing não tem o mesmo caráter inovador do Parker, mas eles foram importantíssimos para fazer a ponte entre o dixieland e o bebop. O swing foi uma grande escola e quantos gigantes ali não pontuaram, não é mesmo???
São Luís está de braços abertos, aguardando-o, Mr. Salsa. É só dizer quando (e que tudo dê certo!).
Erico,
a questão não é um estilo ser "melhor" que o outro,ou mais inovador que o outro. Só quis aproveitar sua excelente escolha de posts musicais para ilustrar as diferenças entre o que era o jazz antes (no caso Ike Quebec) e depois(no caso Harold Land) do Genio Charlie Parker.
E por favor permita-me: dixeland era um estilo bem especifico de tocar o chamado jazz tradicional,aquele que nasceu em New Orleans. Sou bastante ignorante sobre os primordios do jazz. Mario Jorge,do CJUB, é uma autoridade nesse assunto jazz tradicional e dixeland.Tenho certeza que o amigo Apostolo e o Raffaelli podem esmiuçar muito bem essa questão do que era o panorama do jazz antes do swing,decada de 20 digamos. Louis Armstrong,por exemplo,não tocava dixeland. O chamado "Pai do Jazz"(é ele mesmo)tocava aquilo que hoje chamamos de jazz tradicional.
Sei la,mil coisas, as pessoas são incriveis, Kerouac é um genio...etc.(Estou meio "hippie-veio-biscateiro" esses dias).
Abraço
Saudades do HYJ, meu caro Tandeta?
É, o Edú tá sumido (que traulitada aquela, né?), Seu Tandeta tá numas de Jack "Daniels" Kerouac, Seu San Sérgio só fala no tal do Funilense, digo, Fluminense...
Pergunto eu: onde vamos parar? Acho melhor chamar o Vovô Acácio!!!!
E quando falo em dixieland, estou me referindo a todas as formas de jazz pré-swing, meu caro Tandeta. Decerto as escolas de New Orleans, Chicago, Kansas City, etc., tinham características próprias, mas todas tinham uma origem (ainda que remota) no dixieland (e até mesmo no longínquo ragtime de Scott Joplin).
Mas só mesmo os mestres citados podem discorrer com exatidão sobre o tema e nos explicar com mais clareza como se deu essa evolução - a minha é mera opinião de curioso (rs, rs, rs).
Grande abraço, mestre das baquetas, escovinhas, pratos e adjacências!
Ô¬Ô
Mr. Érico
fabulosa tua análise sobre Ike, certa vez vez li Bob Blumenthal classifica-lo como um dos grandes de algo que Bob chamou como middle school, aqueles saxofonistas que nasceram entre 1918 e 1925, fortemente calcados no swing, porém com suas lanternas iluminando o bop. Entre estes Bob situava: Jimmy Forrest, Tina Brooks, Gene Ammons, Arnett Cobb, Wardell Grey, entre outros. Muito pertinente tua escolha deste grande músico.
Abraços
Ô¬Ô
Caro Mauro, seja bem-vindo. Essa escola "imprensada" entre o swing e o bebop rendeu muita gente bacana, não é mesmo?
Jimmy Forrest, Tina Brooks, Gene Ammons, Arnett Cobb, Wardell Grey, Illinois Jacquet, Don Byas - só fera!!!
Abração!!!
Então comecemos mudando de um polo ao taco: engraçado... foi exatamente o HYJ que a 1ª leitura da postagem me lembrou. Digo, o título, o titular: "IKE QUEBEC" não a leitura pq ainda não li. IKE QUEBEC não é uma espécie de "IKELOUCURA!"? IKE BECK deve ser um bagulho muito bom de se fumar... Isto é, pra quem pita.
Tenho uns bons 3 álbuns do titular. Entre eles o postado, mas confesso q pra me reambientar e ler de verdade a postagem, terei q pescar Ike Quebec da pastinha e reouví-lo.
Daqui por hora só sai piadinha cretina mesmo. Do Flusão não falo mais. Até o próximo milááágre Tricolor!
Mas eu te disse, mas eu te disse, mas eu te disse...
Prá variar, mais uma vez, o tal do Nense...
Ouça e reouça, Mr. San, porque é da lata!!!! (lembra??)
Abração!
Meu nobre xará. Ia escrever-te hoje mesmo para saber por onde andavas. Sim, lembrei de sua participação no evento, o qual divulguei na medida do possível, inclusive afixando o impresso em pontos estratégicos - corredores, centro acadêmico etc. De qualquer forma, é muito bom tê-lo de volta. Quanto ao seu comentário, meus mais sinceros agradecimentos. Refúgio do belo é também seu espaço, dentre outros raríssimos, como os de colegas que aqui também se fazem presentes. Continuemos, pois, nossos percursos. É até desnecessário, visto ser óbvio e conhecido por todos, falar sobre o quão excelente é sua escrita - como no presente texto sobre o grande Ike Quebec, infelizmente por vezes esquecido. Ótima indicação. O citado álbum (que ouvi pela primeira vez há pouco tempo) é realmente muito bom.
Um grande abraço e até a próxima! E é desnecessário dizer que és sempre bem-vindo no AlternArte.
Caro Xará,
A Roda Viva se movimenta a mil por hora. Não bastasse a semana passada e seus mil compromissos, esta me chega praticamente da mesma maneira! Mas hoje consegui uma pequena folga e cá estou - posso me dedicar um pouco à blogsfera e aos amigos virtuais.
Valeu pela presença e obrigado pelas palavras - a recíproca é mais que verdadeira em relação ao co-irmão AlternArte e ao seu administrador (não direi proprietário porque aque blog, agora, é nosso, que usucapimo-lo - tá certo isso - rs, rs, rs)!!!!!
Abração!
Erico,
de todo modo o Ike Quebeck é um grande musico.
Jimmy Forrest tem dois discos que gosto muito: um com arranjos de Oliver Nelson e outro com o proprio ON tocando tenor mais King Curtis,um trio endemoniado de tenoristas. Fico devendo os nomes dos discos, mas são excepcionais.
Quanto a nomenclatura vou insistir: dixeland não é o nome generico de todo o jazz tradicional. As escolas de Chicago e Kansas City vieram depois de New Orleans que ,ao que tudo indica,é o berço do jazz.
Manito jamais faria um trocadilho infame desses. Virgulas, concordancia,gramatica e sintaxe realmente são coisas que ele não conhece mas não é de fazer trocadilhos. E pelo que ele tem me escrito parece que anda muito mudado.
Abraço
Mestre Tandeta,
Gosto bastante do Forrest (Black Forrest, All The Gin Is Gone, Out of The Forrest, etc.). Em breve ele pinta por aqui!
O cd com o Oliver Nelson é Soul Batlle, muito bacana também!!!
E se o trocadilho é o Jack "Daniels" Kerouac, é só zoação com o suposto pendor etílico que acomente a todo torcedor após uma conquista (pelo menos comigo foi assim, tomei umas boas doses pelo meu Vascão, que volta à galeria dos grandes - rs, rs, rs).
E a discussão sobre as origens do jazz vai render - não há consenso, apenas indícios, mas em meados da década de 10, com o fechamento de clubes e boates de Storyville muitos músicos de New orleans se mudaram prá Chicago e Kansas City e ali incorporaram à linguagem de New Orleans novos elementos!!!
Grande abraço!
érico san,
resenha invariavelmente piramidal...e iniciativa bacanuda, a tua, em engrossar a campanha encetada pela joyce moreno...pedido de ajuda para o genial johnny alf.
abraçsons pacíficos
Ô¬Ô
Mr. Érico e Tandeta
são fantásticos esses álbuns do Forrest, o que conta com o Oliver Nelson ao tenor juntamente com o King Curtis é "Soul Street" que esteve no meu player por toda a semana passada, tb uma grande pedida.
Coloquei o apelo sobre o Johnny lá HBJ tb, e estou fazendo um apelo pessoal por email aos meus amigos músicos de sampa, entre eles o Bocato e o guitarrista Marco Pan, que com certeza irão se mobilizar tb.
Abraços
Ô¬Ô
Valeu, caros Mauro e Pituco.
Isso é o mínimo que nós, da blogsfera, podemos fazer por quem nos deu tanto.
Que a campanha seja bem sucedida e Johnny Volte à ribalta com saúde e disposição!
Mauro, o disco que eu tenho é o "Soul Battle" - o "Soul Street" é outro disco (infelizmente não tenho, mas neste "Soul Batlle" tem a faixa "Soul Street" de bônus), com o mesmo trio. Neste tocam Roy Haynes (bt), Gene casey (p) e George Duvivier (b).
Abraços aos dois!
Uai! O que houve com sua radiola?
Erico,
o seu trocadilho teve tudo a ver. Eu me referia é a um outro trocadilho sobre o assunto preferido de nosso camarada HYJ feito pelo SerSon.
Abraço
Mestres Fig e Tandeta,
Aqui a radiola funciona bacanudamente. Não sei o que pode ter ocorrido.
Caro Tandeta, achei um barato essa do Sonic Boy - acho que a façanha do Flu ainda reverbera naquela caixola tricolor!!!!
Abração aos dois!!!
Erico,
esclarecimentos:
o disco de Jimmy Forrest com arranjos de Oliver Nelson se chama "Soul Street" e o disco que tem Jimmy Forrest,Oliver Nelson e King Curtis,os tres tocando sax tenor,se chama "Soul Battle".
Jimmy Forrest mesmo fazendo parte dessa geração que despontou na era do swing mostra um interessantissimo modo de tocar usando uma mescla muito pessoal do vocabulario do swing com blues e bebop . Que tal uma resenha ?
Abraço
Ô Seu Tandeta,
Vou reproduzir um trecho da resposta ao seu comentário anterior:
"Gosto bastante do Forrest (Black Forrest, All The Gin Is Gone, Out of The Forrest, etc.). Em breve ele pinta por aqui!"
Viu? A idéia de postar algo do Forrest está de pé - falta decidir qual o disco (gosto muito de um disco com o Zawinul, acho que é o Out of The Forrest, e dos dois com o Harold Mabern e o Grant Green - Black Forrest e All The Gin Is Gone). Uma hora dessas e o Jimmy pinta por cá!
Abração!!!!!
Ô¬Ô
Mr. Érico e Tandeta
desculpem minha confusão com os discos do J.Forrest.
tandeta tem razão, o cd que eu possuo é Jimmy Forrest - Soul Streer - Quintet, sextet, and with Oliver Nelson Big Band
nele ´so há 1 faixa com os 3 tenores, justamente a chamada Soul Street, de setembro de 1960. 3 faixas com o quinteto, de 1961 e 62.Duas com a Big band, de 62. E uma em noneto com arranjos de Jerry Valentine, de 1958 (faixa bonus).
Agora sim tudo certinho
Abraços
Ô¬Ô
Valeu, Mr. Mauro!!!
Feitos os devidos esclarecimentos, agora é curtir o som de Forrest, Oliver, Curtis, Quebec, Diorio e tantos outros mestres.
Que as nossas radiolinhas não parem nunca de tocar!!!!
Abração!
Prezado ÉRICO CORDEITO:
IKE é Músico com "M" maiúsculo, possuidor de invejável técnica e extremado "feeling", que lhe possibilita um fraseado absolutamente mágico.
O time de craques que o acompanha nessa gravação é coisa de "cápsula do tempo": um solo de guitarra com som de guitarra !
Grato pela música.
Em tempo: após ouvir VICTOR CASTRO algumas vezes, descobrí em cada audição belas novidades; cidadão bem dotado.......
Meu amigo, obrigado pelas palavras. Fico feliz que tenha gostado. Estou em uma fase mais propícia a tais coisas (férias, sabe como é). Vez por outra apareço com essas. Arrisco-me, pois, a expor um pouco do que se passa, do que vejo e do que penso. Enfim...
Um grande abraço e até a próxima!
Prezado ÉRICO:
Somando um pouco mais sobre IKE e recordando um pouco, ai vai !
Há 22 anos LULA rodava IKE QUEBEC no "O Assunto É Jazz" (programa do dia 08 de setembro de 1987, um dos mais de 300 que tenho gravados e catalogados).
Após Red Garland em trio (1973, "Satin Doll"), Scott Hamilton em "trio" (1979, "But Not For Me") e Benny Carter com um senhor time da "West Coast" em um "Blue Lou" antológico, entrou em cena IKE QUEBEC hiper-baladista no clássico de Roger "Ram" Ramirez "Lover Man".
Um senhor tenorista ! ! !
Mestres Apóstolo e Érico (o poeta e xará),
bem-vindos a bordo e fiquem à vontade.
Pois não é que o Mestre Lulla tem um gosto fenomenal? Acho que fez escola - Red Garland, Scott Hamilton e Benny Carter, encerrando com Ike Quebec é som prá mais de metro, como diria o amigo Salsa!!!!
Xará. a verve continua afiada e inspirada! É muito bom poder lê-lo com freqüência!!!! O refúgio do belo virou uma outra casa virtual (mais uma) à qual me sinto sempre aconchegado!
E o Victor, grande e querido amigo, já me deu o privilégio de ouvi-lo assim, bem de pertinho, inclusive lá em casa, em noite etílico-contemplativa-degustatória e confabular. Toca muito mesmo!!!!!
Abraços aos dois!!!
Seu san, me faça o favor filosófico (és bom nisso tbm), de dar outra passada no sônico e responder a questão que não quer calar que deixei lá... Pra mim, te juro, é de extrema importância. Please, grato!
É prá já, meu garimpeiro!!!!
Muitíssimo obrigado, meu amigo. Terminei aquele pela madrugada, em meio a uma crise de insônia, e só agora, pela manhã, é que pude perceber algumas pequenas construções em que a ausência de um vocábulo alterava o sentido. Tudo certo agora, sem maiores problemas. Fico feliz que tenha gostado, e quanto à maneira de se expressar, não sem preocupe: tens plena liberdade, pois ali todas as palavras são publicáveis. Sou censor apenas de mim mesmo. Volte sempre, pois um leitor do seu nível me é de um valor inestimável. Grande abraço!
Grande Xará,
A verve continua afiadíssima.
Acho que o livro não tarda, não é mesmo?
Abração e parabéns!!
Fiquei arrebatado e o comentário reflete o meu estado de espírito após a leitura!!!!
Abração!
Erico,
bem que eu estava cismado que o titulo da musica estava errado. Aparecia no podcast "Like" mas eu achava que era,como de fato é ,"That Old Black Magic". Como ninguem falou nada eu fiquei na minha porque realmente me confundo as vezes com os titulos das musicas,coisas do HD fora da garantia.
E aproveito pra destacar o sempre maravilhoso groove e a sonoridade inconfundivel do Tio Joe,especialmente na introdução tocando no hi-hat ,uma das marcas desse que considero um dos grandes genios da bateria no jazz. Tio Joe é " O CARA" pra mim. Requisito uma resenha,pra não perder a viagem.
Abraços
Mestre Tandeta, tô parecendo político, mas é sério mesmo: prometo para relativamente breve uma resenha sobre o grande Philly "Tio Joe" Jones.
Aqui o podcast tá rolando normal, ou seja, rola tanto That Old Black Magic quanto Like. Não sei porque a "troca" aí no seu computados! Coisas da net!!!
Abração - e tem Mulligan no pedaço, viu?
Tinha te falado que ia postá-lo antess do Pepper Adams porque a resenha já tava pronta.
Abração e no blog do Grijó (Ipsis Literis) tem uma matéria sobre o disco do Brubeck que você me indicou (We're all together again for the first time), com altos elogios ao Dawson!!!
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