Amigos do jazz + bossa

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

GIGANTES CAMINHAM ENTRE NÓS


Uma cena do excelente documentário JAZZ, de Ken Burns, dá a medida do caráter de Dave Brubeck. Em novembro de 1954, ele e Duke Ellington excursionavam juntos. Certa noite, um esbaforido Ellington adentra no quarto em que Dave dormia. Trazia nas mãos um exemplar da revista Time, cuja capa estampava o rosto sério, emoldurado pelos pesados óculos, de Brubeck. O mais jovem ficou meio sem jeito e nada disse, mas aquela foi uma das piores noites de sua vida, porque achava que Ellington, o gênio que deu ao mundo maravilhas como “Solitude” e “In A Sentimental Mood”, “Satin Doll” e “Sophisticated Lady”, é que deveria ter recebido tal distinção – e não ele. Não obstante, Ellington estamparia a capa da edição de agosto de 1956 daquela prestigiosa revista semanal.

O pianista, compositor, arranjador e bandleader David Warren Brubeck é, indubitavelmente, um dos maiores nomes da história do jazz. Nascido no seio de uma família altamente musical, no dia 06 de dezembro de 1920, sua mãe era pianista clássica, seu irmão mais velho, Henry, se tornou um renomado educador musical e outro irmão, Howard, se tornaria um importante compositor erudito. Na casa em que nasceu, em Concord, Califórnia, o contato com a música sempre foi muito intenso.

Com apenas quatro anos recebeu, em casa, as primeiras lições de piano. Com nove anos, passou a estudar violoncelo e aos 12 anos, o jovem Dave já era capaz executar peças de Bach, Mozart ou Chopin, embora não soubesse ler partitura. No rádio, chamavam a atenção do garoto as alegres composições de Fats Waller, sua primeira influência jazzística. Posteriormente, a família se mudou para um rancho, na zona rural de Sacramento, onde Dave passaria o resto da infância e parte da adolescência.

O amor pela música permaneceria inalterado, mas o futuro pianista também não descuidava das atividades corriqueiras do rancho onde a família morava: sabia manejar o laço com habilidade e também era capaz de ferrar e vacinar o gado, quando necessário. Em meados da década de 30, passou a freqüentar o Mills College, onde estudou composição clássica com o celebrado compositor francês Darius Milhaud, um grande admirador do jazz.

Formou-se em música, pelo College Of The Pacific, em 1942, onde havia ingressado, quatro anos antes, com o propósito de se tornar veterinário. Curioso é que sua incapacidade para ler partitura quase lhe custa o diploma – ele somente se formou graças à intervenção dos professores de contraponto e composição, que sabiam de sua capacidade técnica invulgar. Não obstante, Dave teve que prometer à administração da escola que jamais daria aulas de música. No mesmo ano, casou-se com Iola Whitlock, também aluna do College Of The Pacific.

Em 1943 estudou por algum tempo com o compositor Arnold Schoenberg e, neste mesmo ano, foi convocado para servir o exército. Em 1944 seguiu para a Europa, onde a II Guerra Mundial continuava a devastar o Velho Continente. Servindo na infantaria, sob o comando do General Patton, Brubeck teve a sorte de não entrar em combate. A Cruz Vermelha precisava de um pianista para uma série de concertos e ele se ofereceu como voluntário. No exército, tocou com a “Wolf Pack Band”, que acabaria por se tornar o seu contato mais intenso com o jazz até então.

No ano seguinte, foi dispensado do exército e pôde, novamente, se dedicar ao estudo da música erudita. Em 1946, voltou a estudar com Darius Milhaud, ao tempo em que organizou um octeto de música experimental chamado Jazz Workshop Ensemble, onde atuaram o saxofonista Paul Desmond, o clarinetista Bill Smith e o vibrafonista Cal Tjader. Graças ao convívio com esses músicos, Brubeck pôde, finalmente, dar vazão à sua sensibilidade para o jazz.

E ele dominou o idioma jazzístico de uma forma muito particular, adicionando à sua forma de tocar não apenas elementos eruditos, mas também das várias escolas pianísticas, como o stride (forma de tocar inventada no Harlem novaiorquino, que consistia em repetir uma nota grave com a mão esquerda, enquanto a mão direita passeia pelo teclado) e o honky tonk (espécie de jazz bastante rudimentar, baseado no ragtime, onde as teclas do piano eram percutidas com muita força, bastante comum nos inferninhos de Chicago e New Orleans), além de possuir um enorme conhecimento sobre o blues. Não é por acaso que Duke Ellington assume, a partir de então, uma importância capital em sua formação.

O octeto, cuja proposta era bastante radical à época, fundindo jazz com elementos de música erudita, foi desfeito em 1949, mesmo ano em que Brubeck constituiu o seu primeiro trio, integrado pelo baixista Ron Crotty e pelo velho companheiro Cal Tjader na bateria, vibrafone e percussão. O trio virou quarteto em 1951, com a chegada do altoísta Paul Desmond, espécie de alma gêmea musical de Dave e um dos grandes responsáveis pela enorme repercussão do trabalho do grupo. As apresentações do combo, em clubes como o Blackhawk e o Haig, na Califórnia, tinham sempre lotação esgotada.

A partir dali, Brubeck alcançaria um sucesso até então inédito para um músico de jazz, exceto aquele vivenciado por alguns band leaders da gloriosa era do swing. Levou o jazz às universidades, realizando centenas de concertos em campus universitários espalhados pelo país e apresentando a um público de classe média e ótima instrução a música nascida nos becos sujos e prostíbulos de New Orleans. Suas ousadias harmônicas e seu estilo percussivo causaram furor na efervescente cena jazzística dos anos 50 e a capa da Time, de 1954, refletia esse momento.

Essa enorme disposição fez do quarteto de Brubeck um dos mais azeitados e interessantes dos anos 50, sendo um dos poucos capazes de rivalizar, em prestígio, com o célebre quinteto de Miles Davis da época. Entre algumas idas e vindas e trocas de formação, incluindo, entre outros, os baixistas Norman Bates e Joe Benjamin e os bateristas Lloyd Davis e Joe Dodge, o pianista foi aperfeiçoando sua forma bastante pessoal de compor e tocar.

A formação mais festejada do seu quarteto se consolidou no final dos anos 50, com a entrada do baixista Eugene Wright e do baterista Joe Morello. Com essa formação, o combo gravaria discos antológicos como “Gone With The Wind”, “Jazz Impressions Of New York” e, sobretudo, “Time Out”. Este último, impulsionado pelo sucesso arrasador de “Take Five”, composição de Desmond, se tornou o primeiro disco de jazz a ultrapassar um milhão de cópias. Esse álbum traz também uma das composições mais conhecidas do líder, “Blue Rondo a la Turk”, baseada na música folclórica da Turquia e com ecos de Mozart.

Embora fosse contratado da Columbia desde 1954, Brubeck também se permitia lançar alguns álbuns por outros selos. É o caso desse maravilhoso “Near Myth”, no qual Desmond é substituído pelo clarinetista Bill Smith, outro ex-aluno de Milhaud e velho conhecido de Dave desde os tempos do seu octeto experimental. Eugene Wright e Joe Morello completam o time. A gravação foi feita em uma única sessão, no dia 20 de março de 1961, para a Fantasy.

Trata-se de uma releitura musical dos mitos gregos e todas as dez composições são de Smith, outro músico bastante ligado à chamada Third Stream. “The Unihorn”, que remete ao Modern Jazz Quartet em muitos momentos, abre os trabalhos da forma mais alvissareira possível. A clarineta de Smith é envolvente, tépida, contrapondo-se com docilidade ao estilo metálico, quase abrasivo, do piano de Brubeck. Os solos de Smith e Dave são nada menos que fabulosos e Morello mostra porque merece estar em qualquer lista dos melhores bateristas do jazz.

Há qualquer coisa de swing na feérica “Bach An’ All”, com um Smith impulsivo, provocador, enquanto o restante do quarteto se preocupa mais em lhe dar o devido suporte. Mais uma vez, Morello exibe suas enormes qualidades, perpetrando um solo magistral. A homenagem mais evidente é Baco, por seu aspecto festivo, mas pode-se perceber também bastante do seu quase homônimo alemão, Bach, na estrutura do tema.

A fantasmagórica “Siren Song” transporta o ouvinte para o alto mar, onde o inebriante canto das sereias está, a todo momento, a atrair os incautos marinheiros para o fundo do oceano. Essa atmosfera soturna é reforçada pelo tom lamentoso que Smith imprime ao seu instrumento, enquanto Brubeck faz do seu piano uma pequena usina de sortilégios, com notas espaçadas e etéreas, contribuindo ainda mais para criar o clima lúgubre da canção.

A alegria está de volta em “Pan’s Pipe”, no que se poderia chamar de um blues primaveril. O chamado do deus dos bosques – com a clarineta, por vezes, imitando o som de uma flauta – provoca no ouvinte uma irresistível vontade de chacoalhar a cabeça e estalar os dedos, seguindo o ritmo sincopado da bateria de Morello. “By Jupiter” é um bebop mais ortodoxo, mas sempre com algum elemento de música erudita, onde Smith exibe toda a sua técnica invejável como solista. Brubeck e Morello mantém um interessante duelo – com o primeiro mostrando que também assimilou os ensinamentos de Bud Powell.

O clima de celebração permanece em “Baggin’ The Dragon”, cujo início taciturno parece evocar um opulento concerto de Richard Wagner. Mas as coisas logo voltam aos bons trilhos do jazz e o quarteto dá uma aula de swing e criatividade. Há um certo grau de dramaticidade em “Apollo’s Axe”, um blues de primeiríssima linha, no qual o piano metalizado de Brubeck é o destaque incondicional.

“The Sailor And The Mermaid” é outro tema de orientação bopper, extremamente vibrante e colorido, com ótimas atuações de Morelllo e Brubeck e com direito a uma execução primorosa de Smith, cujo virtuosismo pode ser comparado, sem exagero algum, ao grande Buddy DeFranco. “Nep-Tune” abre com um fantástico diálogo entre o sempre discreto Wright e o esfuziante Smith. Trata-se de uma composição bastante complexa, instigante, cheia de variações harmônicas, a um passo da livre improvisação proposta pelo Jimmy Giuffre dos anos 60 (uma faixa que poderia, tranqüilamente, fazer parte do experimental “Free Fall”).

Fechando o disco em grande estilo e ótimo astral, “Pan Dance” faz citações em tempo ultra-rápido a “The Unihorn”, realçando as características bop dessa composição. É outra aula de inventividade e apuro estético, fiel ao padrão Brubeck de excelência e reflexo muito bem acabado da sua gigantesca capacidade de obter uma atuação sinergética dos conjuntos por ele liderados. Por todos esses predicados, este álbum não muito conhecido merece o epíteto de obra-prima, que vale cada segundo de audição. E a belíssima capa, desenhada por Arnold Roth, é um espetáculo à parte.

Ainda na década de 50, o pianista participou de incontáveis turnês, promovidas pelo Departamento de Estado norte-americano, percorrendo os quatro cantos do planeta e divulgando o melhor do jazz, tocando inclusive em países da chamada Cortina de Ferro. Sua curiosidade musical levou-o a pesquisar a música típica de diversos países da Europa e da Ásia – o resultado são os discos “Jazz Impressions Of Japan” e “Jazz Impressions Of Eurasia”.

Nos anos 60, Brubeck reformulou o seu quarteto (entraram o baixista Jack Six, o baterista Alan Dawson e o saxofonista Gerry Mulligan), mas sempre com muito sucesso. Tocou em praticamente todos os festivais de jazz mais importantes do planeta, como o JVC Jazz Festival, Newport, Concord, Berlim e Monterey. Em 1961, gravou um antológico álbum na companhia do ídolo Louis Armstrong e dos cantores Carmen McRae, Jon Hendricks, Dave Lambert e Annie Ross (“The Real Ambassadors” - Columbia).

Nos anos 70 e 80 se dedicou mais à composição, destacando-se também o seu trabalho com os filhos Darius (tecladista), Dan (baterista) e Chris (baixista). Também lançou diversos álbuns, por selos como Atlantic, Concord e Telarc. Nos final dos anos 90, montou mais um excelente quarteto, que incluía o saxofonista Bobby Militello, o baixista Michael Moore e o baterista Randy Jones – formação responsável pelo ótimo “London Flat, London Sharp”, de 2004. Sua produção erudita também impressiona: são balés, cantatas, oratórios e peças para piano.

Em seus mais de 80 anos de música (e quase 90 de vida), Brubeck recebeu todas as honrarias possíveis de se conceder a um músico de jazz, incluindo-se os títulos de Living Legend, dado pela Biblioteca do Congresso Nacional e o de Jazz Master, concedido pela National Endowment for the Arts. Embora a saúde mereça alguns cuidados e a rotina de concertos tenha sido bastante reduzida, ele ainda viaja pelo mundo exibindo a sua arte e encantando platéias. Sua influência pode ser observada em pianistas de várias gerações, como Keith Jarret, Chick Corea, Jack Wilson, Joe Sample e Brad Mehldau.

Brubeck parece incansável. Integra a diretoria do The Brubeck Institute, criado pela University Of The Pacific em honra ao seu ex-aluno mais ilustre. Em outubro deste ano, uniu-se à orquestra do pianista e regente João Carlos Martins, para tocar um repertório baseado em Bach e Villa-Lobos, em um concerto realizado no Lincoln Center, em Nova Iorque. Ele é a prova viva de que gigantes caminharam entre nós. E, para nossa felicidade e júbilo, ainda há alguns que continuam a caminhar.

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A história de Dave Brubeck comove e emociona, não apenas por ser um grande músico, mas, sobretudo, por ser um grande ser humano, uma figura realmente exemplar. Não sei porque, mas ele me recorda (talvez alguns traços físicos, quem sabe?) de outro grande homem, o poeta maranhense Ferreira Gullar. Sobre a retidão de caráter de Gullar, ouvi de um amigo comum a seguinte história.

Nos anos 60, com o sucesso do musical “Opinião”, João do Vale, cantor e compositor também maranhense, estava ganhando dinheiro como nunca. Todas as noites, ele saía do Teatro Opinião com os bolsos abarrotados e ia para a farra, esquecendo-se da família que, por esse motivo, vinha passando dificuldades no Rio de Janeiro. Sabendo deste fato, Gullar passou a fazer uma marcação cerrada sobre o querido (e desajuizado) “Carcará”: todas as noites, postava-se na saída do Teatro Opinião, apanhava parte do cachê de João (que não ousava botar qualquer dificuldade) e, no dia seguinte, dirigia-se ao subúrbio em que a família do músico morava, para entregar, pessoalmente à esposa de João do Vale, a féria da noite anterior.

Quem me contou essa emocionante história não está mais entre nós – assim, repasso o que ouvi, mas não tenho nenhuma dúvida de que tais fatos são verdadeiros. Só mesmo um gigante moral como Gullar seria capaz de um gesto de tamanho altruísmo – todas as noites, deixar o conforto do lar para evitar que a família de um amigo sem juízo passasse privações.

Voltemos a Brubeck. Não sei se ele chegou a fazer algo parecido por algum colega – sabe-se que o mundo do jazz é repleto de grandes músicos cuja trajetória de vida foi marcada por tragédias, abusos e desregramentos – mas não é difícil imaginá-lo à porta de algum clube ou boate, nas altas horas da madrugada, interpelando o desajustado músico e recolhendo parte do seu minguado cachê (cujo destino, provavelmente, seria a caixa registradora do bar ou o bolso do traficante mais próximo) para entregá-lo à família do desafortunado colega.

Brubeck é, e sempre foi, um modelo de integridade e decência. E é com sua história e sua música (que, no caso deste disco, foi composta por um dos seus muitos alter-egos) que o JAZZ + BOSSA saúda seus leitores e lhes deseja um Natal repleto de alegria, saúde, paz e, sobretudo, solidariedade para com o próximo - além, é claro, de muito jazz. Um fraterno abraço a todos!


47 comentários:

HotBeatJazz disse...

Ô¬Ô

Mr. Érico,

que maravilha de música e resenha vc nos presenteia. Sobre o caráter do Brubeck, soube pelo amigo Carlos Braga, que no final da década de 80, não me recordo agora o ano, Brubeck se apresentou no Maksoud Plaza em São Paulo. Após o show, Braga se encontrou com Brubeck no camarim, e conta que ele não se cansava de perguntar pelo seu antigo amigo Dick Farney. Quando soube que Dick não mais se apresentava, e estava afastado da música por falta de oportunidades, ficou literalmente arrazado, sem acreditar que algo do gênero acontecesse com um dos pianistas que ele, Brubeck, mais admirava. Dick e Brubeck foram diletos amigos e admiradores mútuos de seus estilos. Como Braga é uma pessoa séria, com envolvimento musical desde os tempos do beco das garrafas, só posso mesmo acreditar e endossar o que vc muito apropriadamente fala sobre o caráter deste monstro sagrado que é Dave Brubeck.

No mais, um ótimo fim de ano para vc, família e a todos da confraria, que me fizeram um homem mais rico este ano.

Abraços

Ô¬Ô

iendiS disse...

Ótimo fim de ano, Érico! Obrigado pela força e parabéns pelo ótimo trabalho. Espero um 2010 com mais sagas e curiosidades do mundo do jazz.
Grande abraço,
Sidnei

figbatera disse...

Maravilhosa resenha, mestre!
Merecida homenagem ao grande Dave Brubeck.
Que em 2010 vc continue nos trazendo todos esses ensinamentos e momentos de verdadeira alegria com essa música e esses músicos sensacionais!

Érico Cordeiro disse...

Prezados Mauro, iendiS e Fig,
obrigado pelas presenças e pelas palavras sempre muito gentis.
Que em 2010 possamos continuar a estreitar os laços de amizade, ao som de ótimas músicas!
Um grande abraço aos três, com votos de muito sucesso, paz, saúde e realizações nesse 2010 que se aproxima tão rapidamente!

Érico Peixoto disse...

Meu amigo, mais uma vez desejo-lhe um maravilhoso natal e um ano de 2010 cheio de felicidades. Fantástica resenha sobre o mestre Dave Brubeck. É um dos músicos em que horas e horas de audição proporcionam a mim um enorme e indescritível prazer. Valeu demais a resenha-homenagem. De fato, um sujeito de ótimo caráter. E interessantíssima essa história envolvendo o grande poeta Ferreira Gullar. Não sabia desse fato. Algo mais a engrandecer sua já louvável figura.

Um grande abraço e felicidades, xará!

Paul Constantinides disse...

como sempre um jazz rolando gostoso neste cantinho aqui.
grande Mr. Erico.
boas festas
e um 2010 bem smooth e swinguado.
abs
paul

Fabricio Vieira disse...

Caro Érico,
espero que mantenha o fôlego para continuar nos presenteando com essas saborosas resenhas em 2010!

grande abraço! e obrigado por prestigiar o Free Form!
Fabricio

Érico Cordeiro disse...

Caros Xará, Paul e Fabrício,
Obrigado pelas presenças sempre bem-vindas e pelo estímulo! Vocês é que fazem o jazz + bossa - eu sou só o síndico (Tim Maia - rs, rs, rs).
Que este Natal traga muita paz a todos e que o ano vindouro nos permita continuar a cultuar a nossa paixão comum pela música!
Quanto ao Gullar, essa história me foi contada por um grande amigo, que também era amigo do poeta. Um sujeito extraordinário, sob qualquer ponto de vista!
Abraços fraternos aos três!

Valéria Martins disse...

Querido Erico, o Dave Brubeck eu já conhecia, porque os meus amigos roqueiros e maconheiros, na época da faculdade, curtiam ele. Não curtiam outros músicos de jazz, apenas ele, o que é de fato intrigante: não desconfio por que!

O fato é que eu quero, sim, que 2010 traga mais jazz a minha vida. Obrigada por me ajudar nessa empreitada.

Grande beijo! Tudo de bom! Saúde, Paz, Amor, Din-din, Felicidade!!!

dade amorim disse...

Um dos meus objetivos em 2010 é conseguir ler todos os posts do Jazz + Bossa em detalhes. Falo sério. Toda vez que passo aqui fico mais tempo do que poderia, e sempre vale a pena.

Para você, Érico, sempre muita alegria com seu hobby, os blogs que ele rende e um ano de realizações e muitos amigos, alegrias e felicidade.

Beijo pra você.

Érico Cordeiro disse...

Prezadas Valéria e Dade,
Aquela musiquinha de fim de ano (que tudo se realize, no ano que vai nascer...) tem tudo a ver com ess momento!
Que seja isso mesmo - sonhos e projetos que se transformam em realidade, trabalhos bacanas (e lazer idem), paz, harmonia, saúde, felicidade, enfim, que venha tudo de bom que a vida pode proporcionar, para todos nós!
Agradeço a honra das ilustres presenças e fico contente de saber que o jazz + bossa faz parte, de alguma forma, da vida de tantos amigos!!
Um grande beijo às duas e continuemos a navegar pelas águas do jazz e da bossa em 2010!

APÓSTOLO disse...

Estimado ÉRICO:

Bela resenha, bela música ! ! !
Estimo que em 2010 cada uma das suas resenhas recebem mais de 100 comentários.
Divulgar e promover o JAZZ, pela música e pela história, é preservar e expandir o universo da ARTE POPULAR MAIOR.
Parabéns por seu trabalho, que a todos nós encanta.
Para sua família, o mesmo que desejo para a minha = saude, paz, transquilidade, paciência com o Executivo e o Legislativo(que nem todos permaneçam soltos em 2010) e, se possível e sem panetones, mas com trabalho, alguns US$.

APÓSTOLO disse...

...recebem = recebam...
...transquilidade = tranquilidade.......
Tomara que não tenha errado mais !

Érico Cordeiro disse...

obrigado, mestre. O jazz + bossa é que agradece o carinho e a participação! Você faz parte deste humilde blog. Tudo de bom em 2010, com paz, saúde, jazz e tutu. Abração!

pituco disse...

érico san,

dave brubeck,joe morello...ferreira gullar,dick farney...postagem piramidal

abraçsons e um bacanudo 2010, ano do tigre...com mais resenhas e muito som poracá

Sergio disse...

(...) "E é com sua história e sua música (que, no caso deste disco, foi composta por um dos seus muitos alter-egos) que o JAZZ + BOSSA saúda seus leitores e" fecha com chave de ouro de platina ou diamante?

Só vc mesmo, seu Érico, para me por, vindo da esbórnia, lendo histórias na tela do computador...

Essa é a despedida de natal, né? Esperamos ansiosamente o que virá para a passagem de o ano novo. Alguém me disseste, não sei que foste, que estava trabalhando na bio de um certo pianista muleque, que partiu dessa pra uma melhor com a idade de Cristo. Mas não vou cobrar nem te apressar não, seu san. Tenho certeza que quanto mais a demoras, melhor essa resenhassaga ficará!

Abraços.

Em tempo: Ouvindo agora Apollo's Axe. Que abertura instiganrte, my friend! Obrigado tbm por este presente com encarte.

Sergio disse...

Em tempo 2 curioso: quando dei ok na postagem do meu comentário anterior, vi q havia outro, o 16º, postado antes do meu. Pensei: "deve ser seu pituco san". Não deu outra. Questões "difuso".

Sergio disse...

superultra em tempo!

http://cocacola.americanas.com.br/prod/596087/CDStore?i=1

esse dave brubeck (near-myth) está nas Americanas.com (vide link acima) 20 míseros realzitos.

Caio Garrido disse...

Fala Grande Érico!
Um feliz natal e bom ano novo pra ti tbem... e muito Jazz na cabeça e no coraçao!
ABrs!

APÓSTOLO disse...

Prezado ÉRICO:

Lembro uma vez mais o recente lançamento da CBS, com mini-estojo contendo 02 CD"s (faixas que todos possuimos do "Time Out" etc), mais um documento precioso, 01 DVD com BRUBECK "dando aula" de multi-rítmos, como surgiu o "Take Five", utilização das mãos etc etc.
Imperdível ! ! !

Salsa disse...

Caraca, Érico,
Brubeck recebeu, hoje, com seu post, uma belíssima homenagem.
Valeu, mesmo.

Sergio disse...

Seu Apóstolo, a pergunta analpha* que não quer calar: o DVD é legendado?

*com ph pq é analfa de época.

Érico Cordeiro disse...

Pô, que bacana! Quantos amigos presentes no jazz + bossa!!!
Grande abraço ao Pituco, Sérgio, Apóstolo, Caio e Salsa!
A todos um excelente Natal, com muita saúde, paz e alegrias!
Agradeço as presenças e as palavras gentis.
Seu San, aquele moço virá a bordo do Easy Does It, disco que tenho ouvido "a fulote" (expressão pinheirense que significa à beça)!!!! Não sei se ainda este ano, pois já postei um pianista.
Mas vem em breve!
E a caixa do Brubeck é, de fato, tentadora. Vou consultar o meu personal Papai Noeition Tabajara (rs, rs, rs).
E a vinte contos, no endereço indicado pelo San, acho que compensa ter na estante esse disco do Brubeck, que é "bacanudo e piramidal", expressões características do querido embaixador Pituco.
Grande abraço a todos!

José Domingos Raffaelli disse...

Caro Érico e demais irmãos de ôpa,

Dave Brubeck é uma das pessoas mais educadas, bondosas e gentis que conheci. Por ocasião da sua única temporada realizada no Rio, em março de 1978, na Escola Nacional de Música, tive ocasião de conversar longamente com ele. Sempre afável e simpático, nunca furtou-se a responder minhas perguntas. O contato permanece até hoje, quando recebo o boletim que sua esposa Iola redige dando notícias da atividade do marido.

Durante sua temporada carioca, uma atitude de Brubeck ficou marcada para sempre na minha memória, uma prova do grande ser humano que ele é.

Todas as noites, após o término das suas apresentações, ele deixava o palco correndo e, pelo corredor laterial do teatro, dirigia-se à porta de saída, onde agradecia, por por um, os espectadores por terem ido ouví-lo. Nunca vi uma atitutude dessas em nenhum outro músico ou artista.

Feliz Natal para todos, extensivos aos seus familiares, com muita saúde, alegria, felicidade, prosperidade a grandes realizações,

Keep swinging,
Raffaelli

Érico Cordeiro disse...

Caro Mestre Raffaelli,
Testemunha ocular e auditiva dos maiores momentos do jazz!
Sua presença a bordo é o prenúncio de ótimois augúrios, às vésperas do Natal.
E suas palavras somente confirmam o que apenas intuíamos sobre o caráter de Brubeck é um gigante como músico e como ser humano!
Um fraterno abraço, e que você tenha um Natal pleno de alegrias, paz, saúde e encantamento (ao som do melhor jazz do universo, é claro)!!!!

José Domingos Raffaelli disse...

Um adendo em relação a Dave Brubeck:

Entre muitos papos, ele contou-me como conheceu Paul Desmond. Estavam ambos na fila de um elevador, em San Francisco, e entre eles estava uma senhora muito idosa. Em determinnado momento ouviu-se o som cortante de uma sirene na rua, bem próximo dalí.
A vetesta senhora, assustada, gritou: "What's that" ?

Ao mesmo tempo, em perfeito uníssono, como se houvessem ensaiado, Brubeck e Desmond responderam em voz alta: "B Flat". Como não se conheciam, olharam um para o outro e caíram numa gostosíssima gargalhada. Naquele momento nasceu uma amizade que durou até a morte de Paul Desmond.

Keep swinging,
Raffaelli

APÓSTOLO disse...

Prezado SÉRGIO:

O DVD do Brubeck não é legendado em inglês (logicamente), mas leva legendas em espanhol.
Você pode assistir Brubeck ao piano em diversos "ângulos" da camera (laterais e sobre o pianista).
É um "making of" do Time Out, de como Brubeck ouve sons em tudo, enfim, belos 30 minutos.
Nos 02 CD's do estojo, a meu juizo, só faltou o tema "Cassandra" (mas estão presentes 15 temas (02 versões de "Take Five" e "Blue Rondo À La Turk").

Sergio disse...

Legendado em português, seu Apóstolo. Mas em espanhol dá melhor pra me virar. Grato pelo esclarecimento. Agora é achá-lo nas boas americanas do ramo. Pq Modern Sound, FNAC Travessa e congêneres, só pra ver a capa na vitrine.

Abraços!

Bruna Rocha disse...

Querido Érico, um ótimo natal pra vc e que 2010 seja um ano de muitas alegrias!!!!
Bjs

Joe_Brazuca disse...


Seu blog é fenomenal, amigo !...um sopro de vida nobre em meio a essa mesmice avassaladora que vem(des)norteando a "música brasileira"...

Já "linkei" la n meu e te sigo tb..
resenhas extraordinárias...

Tb sou músico (piano, regencia etc), e apaixonado por jazz e congêneres...Cá estarei sempre, claro !

grande abraço

Joe

Érico Cordeiro disse...

Caros Raffaelli, Apóstolo, Sérgio e Bruna,
É sempre muito bom contar com suas presenças.
Já que o Seu San se proclama um "analphabeitor" (como eu), que tal tentarmos criar um personal international lingüeitor tratuzeitor Tabajara e disponibilizar on line para os amigos com as mesmas dificuldades idiomáticas?
Talvez até ganhemos alguns caraminguás - e o curso pode ser baseado no livro do Millor (rs, rs,rs). Se o Apóstolo quiser, pode-se juntar a nós nessa empreitada gramático-brancaleônica!!!
Mestre Raffaelli, uma amizade nascida de forma tão espontânea quanto inusitada e que deu ao jazz momentos mágicos!
Bruna, como já disse lá no seu blog, desejo-lhe tudo de bom neste Natal e no próximo ano - e que seus dias sejam repletos de muito sucesso, paz, saúde e harmonia (e jazz, é claro!).
Um fraterno abraço a todos!!!

Érico Cordeiro disse...

Caro Joe,
Seja bem-vindo e, por favor, agregue-se à nossa confraria.
Temos por cá muitos amigos músicos, como o Tandeta, o Figbatera, o Salsa, o Lester, o Pituco, enfim, uma hora dessas vamos conseguir reunir a todos para uma ótima jam!!!
Vou colocar um link para o seu excelente blog e iremos, certamente, estreitar os laços de amizade - obrigado pelas palavras gentis!

Sergio disse...

Bem amigos da Rede, amanhã deve ser um dia corrido pra todos, sintam-se brindados, Predador, Salsa, Lester, Mauro, Pituco, "Fig-ou-Ney Batera", Tandeta... Os diderots enciclopééédicos, Apóstulo, Edú, & Raffaelli... E os demais que aqui comparecem mas ainda não tive a sorte de conhecer... Enfim, aos amigos da boa música, um feliz natal! E saúde pra dar...e emprestar - q'esse negócio de vender né nada solidário.

John Lester disse...

Prezado amigo, mesmo estando 'fora de combate' encontrei tempo para passar numa LAN e pendurar aqui meu comentário. Desejo a você um Natal feliz e um 2010 repleto de jazz, vinho e livros finos com letras grandes.

A resenha? Perfeita!

Grande abraço, JL.

Érico Cordeiro disse...

Master Lester e Sérgio, o San,
Bem vindos a bordo (que o hacker pague com trinta anos de trabalhos forçados e audição ininterrupta de banda calypso e chiclete com banana pelo malfeito).
Prazer imenso em recebê-los e desejo-lhes muita ventura, paz, alegria e música da melhor qualidade noste Natal e além.
Um fraterno abraço!

Celijon Ramos disse...

Bem, em homenagem a um certo amigo da confraria Jazz + Bossa..., essa foi piramidal! Beleza de texto que também é rico. Justa homenagem ao Brubeck. Que ainda viva muitos anos e produzindo, que esse é o fardo da vida. No caso dele é na verdade o bálsamo.
Bem, feliz natal a todos os amigos que gostam de jazz e estão sempre dispostos a comentar e a dar suas opiniões sobre tantos artistas que por aqui foram resenhados com maestria pelo nosso Érico.

Sergio disse...

Oi Érico!

Adoro o Brubeck! Sempre achei MUITO sofisticado!

E ainda tá na ativa o velhinho!...risos.

Érico Cordeiro disse...

Caros Celijon e Sérgio,
Prazer em tê-los por aqui!
Pois é, e o nosso querido Brubeck é mesmo muito sofisticado e os votos do compadre são meus também: que ele continue a nos dar alegria e beleza por muitos anos ainda.
Um Feliz Natal, cheio de amor, paz, alegrias, saúde e harmonia!!!!
Abração!

pituco disse...

érico,

acabo de chegar de uma gig, véspera de natal...x'mas evening, que aqui não conta muito...rsrs

e excepcionalmente, dessa vez não tô ouvindo teu podcast bacanudo...hehehe...tá rolando um discaço aqui...mr.bill evans at village vanguard...piramidal ao cubo

aliás, esse sítio, que na verdade já é um latifúndio virtual, bossa+jazz, poderia homenagear esse trio de quem sou fãzão, assim como de mr.miles (sei que a confraria é contrária...hahaha)

bom,
tudo isso pra desejar um feliz natal a ti e todos que aqui navegam...paz, harmonia, muita bossa e jazz na agulha.

abraçsonoros e pacíficos

O Pescador disse...

Olá Érico.
Hoje passo por cá para deixar os meus votos de um Feliz Natal e um 2010 com redes cheias de CDs de Jazz, para ti e para todos os membros da Magnífica Tertúlia do Jazz + Bossa.
Saudações lusitanas do Pescador.

Érico Cordeiro disse...

Amigos Pescador e Pituco, fazendo a conexão internacional do jazz + bossa!
Quanta honra em vê-los por cá! Agradeço as presenças, com votos de um Natal maravilhoso, repleto de luzes, alegrias, paz e encantamento!
Um fraterno abraço aos dois!

FRANCISCO ARAUJO disse...

Valeu, Compadre...
A Graça de Cristo esteja sempre entre nós. Graça, Luz e Amor! Feliz Natal para você e todos os seus Familiares!!!!
Muito, muito jazz!!!!

HYJ disse...

É isso ai Erico Sangue Bom!
Me amarrei no som e nas historias.
"Merry Christmas"!
amplexos fumegantes

Érico Cordeiro disse...

Caros Chico e HYJ,
Valeu pelas presenças ilustres! Um excelente natal, luminoso e intenso, cheio de coisas boas, de muita paz, amor, solidariedade e alegrias!
Um fraterno abraço!!!

Sofia Urko disse...

Caríssimo Érico,obrigada pela sua mensagem de Natal! Eu estive em Coimbra e a rede, do computador, n estava a funcionar lá!Espero q tenha tido um Bom Natal e desejo - lhe um EXCELENTE 2010 com Muita Saúde e, por isso, TUDO o resto! em especial... jazz :)
Um abraço

Érico Cordeiro disse...

Cara Sofia,
Obrigado pelas palavras gentis. Um ótimo ano de 2010, com paz, saúde, alegria e realizações!!!
Um fraterno abraço!

Edison Waetge Jr disse...

Grande post sobre esse grande músico que é Dave Brubeck! Gosto muito também do álbum Time Further Out, em que ele leva ainda mais longe (como o próprio nome diz) a experiência de Time Out. Abração!

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