O piano é a espinha dorsal do jazz. Suas 88 teclas equivalem às 33 vértebras do corpo humano, que dão suporte e mobilidade ao esqueleto. Alguém poderá dizer que é perfeitamente possível fazer jazz sem piano – e com uma qualidade a toda prova. Sonny Rollins gravou ótimos discos apenas com a formação sax + baixo + bateria, além dos discos gravados com Jim Hall, cuja guitarra fazia as vezes de piano. O quarteto “pianoless” de Gerry Mulligan deu ao mundo maravilhas como “What Is There To Say”. Paul Desmond, em sua carreira solo, usava a guitarra – Jim Hall nos anos 60 e Ed Bickert nos anos 70 – para compor a seção rítmica de seus grupos. Stanley Turrentine e Grant Green fizeram discos maravilhosos para a Blue Note nos anos 60, usando um órgão Hammond no lugar do piano.
Entretanto, esses músicos eram gênios, donos de um talento excepcional que lhes permitia, inclusive, dispensar o piano ou, quando muito, substituí-lo por outro instrumento. Mas pensemos nos grandes combos do jazz. O quinteto modal de Miles Davis, o quarteto de John Coltrane dos anos 60, o quinteto de Clifford Brown/Max Roach e o Modern Jazz Quartet, para falar de alguns dos mais incensados, tiveram, respectivamente, os talentos de Herbbie Hancock, McCoy Tyner, Richie Powell e John Lewis a conduzir o piano. A maioria dos grandes arranjadores do jazz era pianista: Billy Strayhon, Gil Evans, Tadd Dameron, Stan Kenton – a lista é enorme. Por fim, muitos dos maiores compositores do jazz eram pianistas: Jelly Roll Morton, Duke Ellington, Thelonious Monk, John Lewis, Horace Silver, Dave Brubeck, entre outros.
Dentre os mais destacados pianistas que puseram seu talento a serviço do jazz está William “Red” Garland. Esse texano, nascido em Dallas em 1923, tem uma história de vida curiosa. Até entrar para o exército, em 1941, Garland usava suas hábeis mãos para fins bem menos pacíficos que acariciar as teclas do piano – boxeador semi-professional, chegou a trocar socos com o legendário pugilista Sugar Ray Robinson, que, obviamente, venceu o combate. No exército, passou a freqüentar aulas de piano. O boxe perdeu um promissor meio-médio mas o jazz ganhou um excepcional pianista.
A partir de 1945 começou a tocar profissionalmente – primeiro com Billy Eckstine, depois com Edddie “Lockjaw” Davis. Chegou a Nova York no início dos anos 50 e percorreu o circuito dos clubes, tendo acompanhado Dizzy Gillespie, Flip Philips e Lester Young, com quem permaneceu por cerca de dois anos. Embora tivesse alguma reputação no circuito nova-iorquino, somente em 1955 é que Garland foi alçado à celebridade jazzística, ao ser convidado para integrar o lendário quinteto de Miles Davis, com quem permaneceu até 1958. Basicamente, além de Miles e Garland, batiam ponto nesse combo extraordinário John Coltrane, Paul Chambers e Philly Joe Jones. Com essa formação, Miles Davis legou ao mundo obras primas do quilate de Relaxin’, Workin’, Steamin’ e Cookin’, todas gravadas para a Prestige.
Nessa mesma gravadora, o pianista construiu uma bem-sucedida carreira solo, tendo gravado, como líder, dezenas de ótimos discos, entre meados da década de 50 e início da década de 60, geralmente sob o formato de trio. Embora autodidata, Red desenvolveu um estilo personalíssimo, com um pé muito bem fincado no blues, que influenciou diversos pianistas, inclusive Bill Evans.
Em 1968, abalado pela morte da mãe e desencantado com os rumos que o jazz estava tomando – de um lado o radicalismo free proposto por Coltrane e do outro a aventura fusionista gestada por Davis, ironicamente seus ex-companheiros – o grande Red Garland retornou a Dallas, de onde somente sairia para esporádicas gravações e apresentações e onde permaneceria até a morte, em 1984.
Dentre os discos lançados pela Prestige, um dos mais aclamados é o “Red Garland’s Piano”, gravado entre dezembro de 1956 e março de 1957, no mítico Van Gelder Studio, em Hackensack, Nova Jérsei. Fazendo companhia ao pianista, dois dos seus mais habituais parceiros: Paul Chambers no baixo e Art Taylor na bateria. A exuberância técnica do trio é notável e o repertório, composto basicamente de standards, é soberbo. O disco abre com uma belíssima versão de “Please Send Me Someone To Love”, clássico de Percy Mayfield, cujas características de blues são realçadas pelo estilo “block chord” – uso de ambas as mãos em todas as notas da melodia – do pianista.
Com a sacolejante “Stompin’ At The Savoy”, o trio chama o ouvinte para dançar e tempera com um molho todo especial de bebop uma das canções mais representativas da era do Swing – é possível sentir-se no salão do Savoy Ballroom, em pleno Harlem. O piano elegante de Garland desfila impecável pela balada “But Not For Me” – uma das mais belas composições dos irmãos Gershwin – criando um clima de nostalgia e enlevo. Outro ponto alto do disco é “I Can't Give You Anything But Love”, tocada em tempo mais acelerado que o habitual, com destaque para o ótimo trabalho de Chambers e Taylor.
Apesar de ser um músico de extrema classe, Red Garland também tinha um ótimo senso de humor e era muito espirituoso. Certa feita, o quinteto de Miles tinha um show marcado para as 9 da noite em um pequeno clube do Brooklyn. Pontualmente, todos os músicos chegaram na casa e começaram a se preparar para subir ao palco – exceto o bravo Red. 9:30 e nada! 10:30 e nada! 11:00 e nada! Miles, Coltrane, Chambers e Philly começaram a ficar impacientes – tanto quanto a audiência, que já começava a debandar. Quase à meia-noite, um esbaforido Red Garland entra no clube e se dirige ao chefe:
- Um acidente terrível no metrô, Miles. Todos os trens estavam parados, polícia no local, ambulância prá todo lado. Eu fiquei preso na estação até agora...
- Ok, disse Miles, vamos tocar.
O show transcorreu sem sobressaltos e, por volta das 2 da manhã, os músicos começam a guardar seus instrumentos. Miles, Coltrane e Philly vão embora rapidamente e o pobre Chambers luta para empacotar seu pequeno instrumento, a fim de não perder o último trem – como na célebre canção de Adoniran. Um despreocupado Garland interpela o amigo:
- Por que a pressa? Você não precisa tomar o metrô uma hora dessas. Eu tô de carro aí fora e te dou uma carona...
50 comentários:
Tim Red Maia Garland é?
Acho o máximo quando com um breve episódio temos noção da figura humana por trás do artista. Isso aí, meu caro!
Exatamente, seu Sônico.
Alguém tem um espelho aí, disse Mr. Garland!
Um abração!!!
John Lester disse muito sobre seu blog e, de fato, merece estar entre os favoritos do internet explorer. Mas que o pai do jazz é a corneta, disso tenho certeza. Enquanto a corneta chorava nos becos imundos de New Orleans, os pianos sorriam brancos nas platation's houses.
Parabéns meu jovem pelo belo trabalho desenvolvido em clima tão árido.
Prezado ÉRICO:
Antes de dedicar-se ao boxe como amador e por insistência do pai, RED GARLAND estudou clarinete.
Assim ao "ganharmos" um pianista de exceção, livramo-nos de um clarinetista por obrigação paterna e um boxeador menos dotado.
Desde 1959 RED dedicou grande parte de seu tempo à assistência da mãe, semi-paralítica, dai porque sua carreira ficou bem prejudicada (apenas contratos curtos, algumas pequenas temporadas no exterior e poucas gravações).
Sua resenha é uma perfeita homenagem a um pianista pouco lembrado, mas muito superior à média e, como você ressalta, um mestre nos "block chords".
O disco escolhido é mostra da categoria desse "MÚSICO".
Caros Bravante e Apóstolo,
Prazer em vê-los. Sejam muito bem-vindos, especialmente você, Frederico, que vem se agregar à nossa fraternidade virtual - o Apóstolo já é um querido sócio da casa.
Também reconheço a importância da corneta para o surgimento e desenvolvimento do jazz - dificilmente essa música teria existido sem esse precioso instrumento. Não é à toa que foi a corneta (e depois o trompete) o instrumento usado pelos pais fundadores Freddie Keppard, King Oliver e Louis Armstrong.
Mas o piano talvez seja o único instrumento presente desde os primórdios do jazz, ainda engatinhando sob a forma do ragtime de Scott Joplin.
Sem o piano o jazz tampouco seria o mesmo - tanto como instrumento para a execução como para a composição.
Mas que a corneta realmente traz consigo toda a história e o drama dos becos imundos de New Orleans, isso também é inquestionável.
Fraternos abraços a ambos!
Ok, ok, Fiquemos com os dois então, a corneta negra e o piano creole. É!
Pra mim o piano é fundamental; claro que existem ótimas gravações sem um pianista - como as citadas e outras mais - mas eu o considero o instrumento mais completo e quase insubstituível, principalmente em pequenos combos.
Este disco resenhado deve ser maravilhoso; a amostra foi escelente!
Caros Figbatera e Bravante, subscrevo as palavras do nosso querido baterista: também acho o piano o instrumento mais completo, embora também adore todos os outros que fazem do jazz o JAZZ - como me emocionam um solo de Bird ou do querido Pres, a vibração do contrabaixo, a sonoridade melodiosa da guitarra...
Falando em pequenos combos, posto este comentário ao som de "The Trio", com Tommy Flanagan, Tony Williams e Ron Carter. Maravilhoso - tanto que estou escrevendo uma resenha sobre ele, para postagem breve.
Um afetuoso abraço aos dois!!!!
Estou com todos em GNG, só acrescentando que dedilhado, percutido ou soprado, com alma, até uma singela "gaitinha" pode fundamentar uma melodia jazz, quiçá uma sinfonia clássica. Taí Einhorn pra provar a tese.
Amigo, Érico, a despeito de seu comentário solidário no sônico deixei lá uma resposta que mostra toda a minha revolta com a última censura sofrida por essa nova modalidade de CIA interlunática virtual.
E daqui renovo os meus protestos contra essa forma de censura!!!
QQuando muito, o blog deveria ter entrado em contato com você e solicitado - gentilmente, é bom que se diga - a retirada do link.
Jamais, em hipótese alguma, poderia ter suprimido o seu texto.
Há ou não há a tão propalada "liberdade de expressão" neste país?
Depois falam de Cuba, da China e de outras ditaduras que bloqueiam as manifestações de pensamento.
Abração!!
Coloquem nessa lista dos patriarcas do trompete e do jazz Buddy Bolden.Na minha opinião os únicos instrumentos dispensáveis na alquimia do jazz são (pela ordem): Harpa,EWI( geringonça cibernética criada por Michael Brecker) - uma espécie de clarineta sintetizada e harmônica( na maioria dos casos).Resenha muito bem elaborada.
Mr. Edú,
Prazer em vê-lo por aqui. E olha que a harpa pode até render coisas interessantes, como no caso do ótimo Jazz Contrasts, do Kenny Dorham.
É verdade, havia me esquecido do mitológico Bolden, cujo sopro, conta-se, podia ser ouvido a 10 km de distância. Pena que não há nenhum registro fonográfico em seu nome!
Grande abraço!
Sobre os sebos: Olha, Érico eu posso sondar, já q agora só baixo, nem procuro mais os sebos.
Sobre Ted Nash: Porram, o Ted Nash está postado bem aqui em baixo (no sônico). Dois discaços dele, aliás. Um dos quais é o Mancini Project.
Seu Sônico,
Vou aguardar boas novas sobre os sebos (gosto demais de garimpar discos nesses santuários).
Quanto ao Ted Nash, vou dar uma conferida.
Abração!!!
O pai de Ted Nash(Dick) e o tio (cujo sobrinho herdou o nome em sua homenagem) foram músicos da orquestra q gravava com Henry Mancini.O pai era flautista e o tio tocava sax alto.O Ted Nash da segunda geração e q tocava sax tenor na Lincoln Center Jazz Orchestra esteve no Brasil se apresentando em São Paulo no Teatro Cultura Artística num pequeno festival de uma semana q presenciei na terceira fila formado pelos jovens talentos de jazz q despontavam nos EUA.Como o venerável teatro e palco foi consumido num incêndio – virou refrão daquela música “Agora é cinza, tudo acabado...”
Mr. Edú,
Folgo em vê-lo. Já tinha lido (acho que no Sônico ou no Farofa Moderna) sobre a ligação familiar e afetiva entre o Nash e a música de Mancini.
E os caras têm a desfaçatez de cobrar 80 pilas (pô, pilas é ótimo - entrega a idade do sujeito legal!!).
Até quando, Meu Deus?????
E que lamentável a perda desse espaço histórico, por onde passaram desde Piaf até Paulo Autran!!!
Tomara que consigam reerguê-lo e que ele volte a ser um importante pólo cultural aí em Sampa!
Abração!
Érico vc não encontrou o Ted Nash no sônico, pq ele ficou literal e fisicamente no meio da confusão do Combo! Mancini... Daí q, em meio ao “tiroteio” perdeste o foco. Normalíssimo.
Numa primeira ouvidela, entre o “In the Loop” de 2006 e o The “Mancini Project” (2008) acho que q curti mais o primeiro. E vc?
Agora, mudando de assunto, per favore, leia isso: http://www.ejazz.com.br/agenda/cidades-detalhes.asp?cdEvento=3866&cdLocal=1286
e ouça isso aqui: http://www.4shared.com/file/117577366/8d643b3/My_Shared_Folder.html
O que sei (soube há pouco) sobre saxofonista Donald Harrison Jr. e o projeto The New Orleans Legacy Ensemble, álbum, “Spirits of Congo Square” (2000), é que o coletivo esteve no Brasil, na 7ª Edição do Festival Internacional de Jazz de Ouro Preto "Tudo é Jazz" e que Donald Harrison Jr. tem outro trabalho solo: a Electric Band - deste, consegui baixar o álbum “3D”, mas porque corria atrás do TNOLE, um inexplicavelmente dificílimo álbum que, se futuramente te interessar, não será difícil encontrar no Amazon. Mas, por favor!, não estou aqui te pilhando pra comprar não! Apenas dividindo com vc mais um artista “novo” cuja música e a aurazinha de mistério, mexeu muito com a minha curiosidade. O malvado do álbum q (repito), sem querer baixei as tais duas faixas - sendo q a “Two Way Pockey Way” c vai ver só q maravilha! - está praticamente impossível completar.
Ficou tudo bem explicadinho, né?
Em tempo: era pr'eu te passar essa msg por emeio, mas acho q vc deve ser um cara tão atarefado q não encontra tempo pra ler seus emeios - por exemplo: te passei o tracklist completo do "Fossa Perfumada" e nao sei se já abriu... Enfim, o importante é q vamos nos falando e trocando curiosidades desse vasto mundo musical infinito.
Abraços!
Boa nova de última hora: mal mandei essa msg pra vc e consegui encontrar o álbum misterioso! No miraculoso soulseek! Isto quer dizer q agora Todos somos felizes proprietários do misterioso.
Ô seu Sônico,
Desculpa aí - eu realmente vi a track list do CD, mas como já tinha falado um pouco sobre as faixas, pensei que você não estivesse esperando um feedback. De qualquer forma, já te falei que gostei bastante do que ouvi!!!
Vou dar uma olhada nos links. Depois de dou o retorno. Quanto ao Nash, ainda não baixei. Vou fazê-lo daqui a pouco.
E agora, como é que eu faço? Espero o link pro tal álbum misterioso?
Abração!
érico,
quanta música já foi composta no 'piano forte'...quantos mestres legaram sua obra sonora pra humanidade, não é verdade?
viva o piano...em concerto,no jazz e no samba...rs
impecável no tradicional mr.garland...assim como nas inovações de chick corea e hermeto
até o piano elétrico tem seu charme, não achas?
curto pacas o som de 'stone flower' do maestro jobim no rhodes fender, por exemplo.
é isso aí
amplexossonoros
Caro Pituco,
Saudações orientais. É verdade. E temos uma tradição de grandes pianistas, tanto no popular como no clássico.
Te confesso não ser um grande fã do piano elétrico no jazz, mas tem muita coisa que eu gosto - Bill Evans, Tom Jobim, Tommy Flanaga, Corea...
Já na música pop e no rock eu acho que casa bem melhor (é como eu sinto o baixo elétrico - no jazz fica um pouco deslocado, a não ser quando usado com uma certa parcimônia).
Grande abraço e aproveito para dizer ao Sônico que a vontade de ir ao próximo Festival de Ouro Preto é grande - vou fazer o possível para estar lá em setembro!!
Não, Érico, prova a provinha. São só duas músicas, aí vc já vai sentindo o q te espera...
Esse Donald Harrison (conhecias?) ele usa ou já usou o jr. então veio daí a confusão e a dificuldade de baixá-lo. Estou com a pag. dele no allmusic aberta, o cara tem uma, pra idade, vasta e constelar discografia, estou me espalhando nele agora q descobri esse senão do c/Jr. e sem Jr. Mas ouça as duas músiquinhas e me diga se é ou não uma super descoberta...
Quanto ao feedback, nem precisa, só queria saber se tinha lido. Há emeios meus q as vzs não chegam no destino, daí fiquei na dúvida.
Mr. Sônico,
Já tinha ouvido falar no Harrison, inclusive tinha marcado um disco dele no meu Penguinzinho - é uma homenagem ao Kind Of Blue (chamado Kind Of New, com o Kenny Barron no piano, que me pareceu interessante - acho que é uma boa dica, não?).
Não tenho certeza se tenho algumaa coisa especificamente com ele - acho que em algum disco dos Marsalis (parece que ele toca em um ao vivo do velho Ellis, A Night At Snug Harbor, New Orleans, mas não tenho certeza e não tô achando - aqui é uma bagunça e o James e o Celijon, que prometeram me ajudar a pôr em ordem, são dois furões!!!), mas tô baixando as músicas.
O Penguin dá só 3 estrelas para esse Spirit Of Congo Square, mas crítico é bicho maluco - dá cinco estrelas pos discos do Peter Brotzman, que eu nunca entendi do que se trata (rs, rs, rs).
Abração!
Sonic Boy,
É isso aí, o Harrison toca no A Night At Snug Harbor, New Orleans. Acabai de achar - não o disco, mas a resenha dele.
Abração, de novo!!!!
Ele toca com toda a família Marsalis, inclusive com um trombonista da linhagem q agora esqueci o nome e nem sabia q existia!, tem tbm um album com Dr. John q já estou baixando e ele toca com Terence Blanchard e mais um monte de gente boa. Enfim, o cara é rodado. Tou curioso pra saber sua opinião sobre as duas faixas do Spirits of Congo Square. Ontem eram 3 da matina quando ouvi de novo a música q destaquei - a faixa 2 do disco pela metade, e aí resolvi q tinha q ter o álbum todo de qualquer jeito. Ele está vindo... Veja só, no meu inglês macarrônico, agradeci ao dono do arquivo de quem estou baixando o álbum. No soulseek tem uma espécie de chat. E o cara é grego.E é mesmo o único feliz proprietário do álbum no soulseek. É uma M maiúscula não falar inglês, quando gosta-se tanto de jazz. Mas enfim, é a vida, né?
Caro Sonic Boy,
Gostei bastante. É um arranjo meio maluco, cheio de influências, bem diferente, com uma percussão muito acentuada, mas nada ostensiva ou que comprometa a audição.
E que trombone faabbuloso, cara!!!
Vale muito a pena e acho que o Kind Of New também!!!
Abração.
Delfeayo Marsalis, o trombone, Érico
Eu tenho um cd dele - meio experimental, com arranjos orquestrais bastante insólitos (não curti muito) - o nome tem alguma relação com Pôncio Pilatus (não lembro bem e nem sei onde está aqui na proverbial bagunça)!
Abração.
O sérgio não para de falar de mim pra ninguém, eu já disse isso a ele... Puxa meu saco, o cara! hahahah brincadeira!
Mas eu gosto de jazz, apesar de conhecer pouco, mas como o blog é indicação do sérgio então vou add :D
obrigada pelos elogios e até mais :)
Cara Jéssica,
Seja bem vinda e agregue-se à turma. O Sônico tem toda razão. Seus textos são muito bem escritos, muito bem articulados - parabéns.
O jazz é uma música maravilhosa - não é à toa que está aí há mais de cem anos, encantando diversas gerações. Como ocorre com outras formas de arte, ele é eterno.
Há músicas gravadas há 50 ou 60 anos que continuam atuais, emocionando e alegrando as pessoas que ouvem.
Um grande abraço!!!
Olá, Érico!
Eu gostaria de divulgar um evento que estou produzindo, esta semana, no seu blog. Leia abaixo o release e ajude se achar interessante. Obrigada desde já.
Lady sings the blues – 50 anos da morte de Billie Holiday
Há 50 anos — no dia 17 de julho de 1959 —, o mundo perdia Billie Holiday, uma das maiores cantoras de todos os tempos. Com seu jeito intimista de interpretar — nunca cantava uma mesma música da mesma maneira — revolucionou os vocais do pop e do jazz norte-americanos.
Para celebrar a alma dessa artista, o jornalista Roberto Muggiati dará a palestra Lady sings the blues no Espaço Telezoom, contando desde a infância pobre em Baltimore até a glória nos palcos e a ruína por causa das drogas. Com a exibição de interpretações antológicas de Lady Day (apelido dado pelo amigo saxofonista Lester Young) no telão.
Roberto Muggiati nasceu em Curitiba e é jornalista desde 1954. É autor dos livros O que é jazz; Blues: da lama à fama; Improvisando Soluções – O Jazz como exemplo para alcançar o sucesso e Rock – O grito e o mito, publicado na Espanha, México e Argentina, entre outros títulos. Colabora regularmente para o caderno cultural da Gazeta do Povo de Curitiba escrevendo sobre música e cinema.
Dia 16 de julho, quinta-feira, 20h
Espaço Telezoom – Rua Dias Ferreira, 78/301, Leblon
Tel.: (21) 3435-1617
Ingresso: R$ 20,00 (meia entrada para estudantes)
Cara Valéria,
Parece mentira, mas é uma daquelaas coincidências que só o jazz pode proporcionar.
No exato instante em que leio o seu comentário, tenho em mãos o maravilhoso livro Lady Sings The Blues (comecei a lê-lo hoje, estava reservado há tempos).
O Muggiati é um grande jornalista (já li "O que é jazz" e "Improvisando soluções" além de diversos livros traduzidos por ele, como o "Saindo da Sarjeta" e o "A selva do dinheiro") e um grande amante do jazz.
A sua idéia tem o total apoio do JAZZ + BOSSA - é pena que eu não possa ir ao evento que será, certamente, maravilhoso.
Vou por um link com os dados que você me forneceu e fazer a divulgação.
Um afetuoso abraço!!!
PS.: Se não for pedir muito, será que você pode fazer o comercial do JAZZ + BOSSA para o querido Muggiati - seria uma honra para este modesto espaço virtual receber a sua visita - diga que aqui ele certamente vai encontrar o seu velho amigo José Domingos Raffaelli, pois o nosso mestre é um dos mais assíduos freqüentadores da casa (rs, rs, rs)!
O Mugiatti foi ultimo editor da revista Manchete - a melhor publicação q poderia se ter em mãos previamente à entrada de uma consulta odontológica .A revista colocou as mais belas mulheres do Brasil em suas capas e brilhantes ensaios de Otto Maria Carpeaux e Otto Lara Resende( duas de minhas referencias pessoais).Na minha lista dos cinco maiores conhecedores de jazz do pais ele entra sem pagar pedágio.Junto com o João Marcos Coelho(na minha opinião o melhor) são a elite dos textos de jazz de nossa literatura e imprensa doméstica dedicada ao tema.
Pode se saber algo mais sobre Donald Harrison em http://jazzseen.blogspot.com/2007/12/arco-ris.html. Boa semana a todos.
érico,
li uma frase bacanuda,num blog de jazz...
diz lá...'não existe ouvinte de jazz e sim colecionador'...rs
abraçsonoros
namaste
Caros Pituco e Edú,
É, acho que não existe ouvinte de jazz mesmo - só colecionadores, pois "é impossível ouvir um só", parafraseando aquele célebre comercial de biscoito.
Caro Edú, vou dar uma lida no artigo sobre o Harrison (ontem mesmo encontrei o cd do Ellis Marsalis e ouvi-o com afinco, tem até a participação do Art Blakey).
E o texto do João Marcos Coelho realmente é muito bom - inteligente, didático, rico em informações e muito claro. Mas confesso que conheço bem pouca coisa dele - a maioria dos artigos que li é sobre música erudita.
Fiquei muito feliz de ver a menina Jéssica se agregando a turma jazzy, Érico. Conversava com ele ontem (via skype) quando, numa navegadinha a vi em comentário aqui. É uma muleca muito saidinha, não?
Para saber qual o trabalho q desenvolvemos juntos please vá neste endereço:
http://sergiosonico.blogspot.com/2009/02/balcao-sentimental-caminho.html
... Entenderás o "tudo a ver" que uniu vidas e realidades tão distantes. É o q eu digo sobre à Rede, sabendo usar, essa é uma invenção tão importante como a roda.
Abraços!
Vou dar uma checada, Mr. Sônico.
Abração!
Tenho boa parte da discografia de Red Garland. Essa estória do atraso é sensacional.
É muito engraçada mesmo, Mr. Salsa.
Não é só por estas plagas que a galera aplica o popular "Migué"!!!! E a discografia do homem, além de extensa, é extraordinária do ponto de vista qualitativo.
Abração.
érico,
boa madruga...rs
insônia total, geral e irrestrita...ouvindo toshiko akyoshi e azymuth
daí lembrei-me de nosso papo lá pra cima, nos comentários...hehehe...piano elétrico é bem utilizado e caracteriza o som do azymuth, não é verdade?
é isso aí
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Caraca, Pituco.
Que insônia essa. Ainda bem que você tá em excelente companhia.
Abração!
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