“Nature Boy” é a canção mais conhecida do enigmático Eden Ahbez, um compositor nascido no início do século XX, cujo comportamento naturalista e afeito à vida bucólica serviu de inspiração tanto à geração beatnik dos anos 40/50 quanto aos hippies que chacoalharam o american way of life nos anos 60. O sujeito era tão maluco que morava nas colinas de Los Angeles, bem embaixo da segunda letra L do gigantesco letreiro HOLLYWOOD fixado naquele local e se alimentava de frutos silvestres, raízes e nozes. Os cabelos e barba compridos ajudavam a compor a sua fascinante persona.
Gravada por Nat King Cole em 1947, a música tomou de assalto as paradas do mundo inteiro e converteu-se em um verdadeiro standard. Sua letra falava de um estranho rapaz, que acreditava que a melhor coisa da vida era amar e retribuir o amor. Inúmeros foram os artistas que a gravaram posteriormente, incluindo diversos músicos de jazz. Era, segundo consta, a canção de que Vinícius de Moraes mais gostava. Fiel à idéia original de Ahbez, Caetano fez uma lindíssima versão em português, que recebeu o nome de “O Encantado” e foi gravada de forma definitiva por Ney Matogrosso. Diz a letra:
“Era um rapaz
Estranho e encantador rapaz
Ouvi que andara a viajar, viajar
Toda a terra e o mar
Menino só e tímido
Mas sábio demais...”
Essa música sempre me fascinou, não apenas por causa da melodia inebriante, mas também por conta de sua letra, digamos, existencial. Quando comecei a me interessar mais seriamente pelo jazz, descobri um músico cujo estilo de vida se parece demasiado com o do personagem da canção de Ahbez: o charmoso Art Pepper. Talvez por ver em si mesmo algo do rapaz de que fala a canção, Pepper tenha gravado a sua própria versão de “Nature Boy”, no disco “Straight Life”, de 1979.
A diferença entre o “Nature Boy” original e Pepper é que o primeiro não parecia ter demônios em seu interior. Já o segundo parecia comportar dentro de si uma verdadeira legião, que o encaminhou para uma vida de autodestruição, tragédia, agonia e dor. O belo rapaz que estampa, com seu olhar circunspecto, as capas dos muitos álbuns gravados nos anos 50 foi uma das personalidades mais conturbadas e talentosas do jazz e, da mesma forma que o amigo Chet Baker – com quem gravaria o excelente “The Route”, de 1956 – Pepper teve sua vida tragada pelo redemoinho das drogas. Felizmente, e ao contrário de Baker, soube acordar do pesadelo e reconstruir sua vida e sua carreira.
Nascido no dia primeiro de setembro de 1925, em Gardena, Califórnia, Art se mudou com a família para Los Angeles, no início dos anos 30. Aos nove anos, devido à influência de um tio trompetista, desejou aprender o instrumento. Por conta de um acidente que lhe ceifou alguns dentes, o decepcionado Pepper começou a tomar as primeiras lições no clarinete. Aos 12 anos recebeu do pai um saxofone alto de presente e a dedicação ao novo instrumento foi total. Com apenas 15 anos já freqüentava os clubes de Los Angeles, assistindo ao vivo grandes músicos como Dexter Gordon, Charles Mingus e Zoot Sims.
Aos 17 anos, sua primeira experiência profissional: foi contratado para tocar na big band de Gus Arnheim. Deixou o emprego apenas dois meses depois, desencantado com a abordagem extremamente comercial daquela orquestra. Seguiram-se breves passagens pelas orquestras de Lee Young, Benny Carter e Stan Kenton.
Passou dois anos no serviço militar (de 1944 a 1946) e, quando retornou à vida civil, reuniu-se novamente à orquestra de Kenton, com quem permaneceria até 1952. Nesse mesmo ano, ficou em segundo lugar na votação de melhor saxofonista alto da revista Down Beat – perdeu para ninguém menos que Charlie Parker, a quem, diga-se de passagem, jamais foi acusado de tentar imitar.
A partir daí construiu uma carreira solo das mais interessantes, alternando momentos sublimes, sob o aspecto profissional, com verdadeiras descidas ao inferno, do ponto de vista pessoal. Ao mesmo tempo em que compartilhava palcos e estúdios com figuras do porte de Conte Candoli, Curtis Counce, Jack Sheldon, Gerry Mulligan, Pete Jolly, Shorty Rogers, Shelly Manne, Mel Lewis, Paul Chambers, Jimmy Cobb, Red Garland e outros, afundava, inexoravelmente, no pântano das drogas.
Embora fosse casado, Pepper fazia um enorme sucesso com as mulheres. O estilo “rebel without a cause” popularizado por James Dean e o estilo cool davam um charme especial à sua finíssima estampa e ele viveu todos os excessos possíveis e imagináveis – sexo, drogas e muito, muito jazz. Mas a vida dissoluta cobraria do músico um elevado preço. Esteve preso entre 1953 e 1956, em virtude do envolvimento com heroína, cumprindo pena na Prisão Federal de Lexington, no Kentucky.
De acordo com o Mestre José Domingos Raffaelli, a orquestra da prisão era um luxo só. Sob os auspícios do diretor do presídio, fã de jazz, Tadd Dameron, que também cumpria pena na mesma instituição, organizou a mencionada orquestra com outros detentos, e ali atuaram os trompetistas Dupree Bolton, Red Rodney, Idriss Sulieman, Bud Brisbois, Oliver Beener e Tony Fruscella, os trombonistas Frank Rehak e Benny Powell, os saxofonistas Art Pepper, Frank Morgan, Walter Benton e Cecil Payne, o pianista Arnold Ross, o baixista Henry Grimes e o baterista Dick Scott.
Após a libertação, gravou alguns dos seus melhores álbuns, como “Modern Jazz Classics”, “Gettin’ Together” e “Art Peppper Meets The Rhythm Section”, todos pela Contemporary. O último é um clássico, sob todos os aspectos. A começar porque a sessão rítmica mencionada no título era a mais badalada da época: Red Garland no piano, Paul Chambers no contrabaixo e Philly Joe Jones na bateria.
As gravações se iniciaram sob um clima tenso. Art não sabia que iria tocar com o mítico trio (que estava em Los Angeles acompanhando o então chefe Miles Davis) até a manhã da gravação – 19 de janeiro de 1957. Alguns dias antes, o produtor Lester Koenig havia conseguido uma brecha na apertada agenda dos músicos e imaginava que o disco seria um marco na carreira de Pepper. Acertou em cheio, mas esqueceu de combinar com o pasmado saxofonista.
Além disso, Art estava vivendo uma das piores fases na sua vida pessoal, por causa da heroína, e não tocava há algumas semanas. Nada disso foi um problema de fato. Ao empunhar o reluzente saxofone, que, reza a lenda, estava precisando de alguns reparos, o vacilante Art Pepper que havia chegado há pouco no estúdio da Contemporary se transformou no músico seguro, lúcido, criativo e tecnicamente perfeito que sempre foi.
Cole Porter tem a honra de ver a sua bela “You’d So Nice To Come Home To” receber uma versão sobranceira. Philly Joe arrasa e o saxofonista, mostrando que não se intimidaria com a responsabilidade, comete solos brilhantes. O venerável Red Garland, fazendo jus à proverbial elegância, compôs o ótimo “Red Pepper Blues”, em homenagem ao líder. A destacar, além do piano classudo de Mr. Garland, o fabuloso solo de Chambers, fazendo um excelente uso do arco.
Dois standards – “Imagination” e “Star Eyes” – funcionam como a vitrine ideal do fabuloso senso melódico e do acentuado lirismo de Pepper e, em ambas, a coesão e o entrosamento dos acompanhantes se evidenciam – especialmente na segunda, que recebe um andamento mais rápido que o usual. “Waltz Me Blues” é uma belíssima parceria entre Pepper e Chambers. Trata-se de uma valsa, decerto, mas temperada com doses anabolizadas de swing, com o saxofonista soando de forma bastante parecida com o também originalíssimo Paul Desmond.
O bebop “Straight Life” é, talvez, a mais conhecida composição de Pepper. Com seu andamento ultra-rápido e suas desconcertantes harmonias, ela permite ao endiabrado quarteto uma exibição de gala de suas respectivas habilidades. “Jazz Me Blues” é uma antiga composição de Tom Delaney, encharcada da atmosfera de New Orleans (havia sido gravada, entre outros, por Bix Beiderbecke). Pepper, que usa o sax alto como se fosse uma clarineta, e Garland reconstroem a clássica melodia, dando-lhe uma roupagem contemporânea, mas sem perder o charme do dixieland, ao tempo em que Philly e Chambers dialogam com extrema maestria o tempo inteiro.
“Tin Tin Deo”, clássico do latin jazz de autoria de Chano Pozo, ganha uma versão vibrante, colorida, em grande parte por causa do excepcional trabalho percussivo de Philly. Mas é necessário salientar que as intervenções do líder e do assombroso Chambers são nada menos que antológicas. Fecha o álbum uma arrebatadora interpretação de “Birks Works”, de Dizzy Gillespie, na qual Pepper consegue elaborar alguns solos inacreditáveis.
Um encontro primoroso de quatro dos maiores nomes do jazz em todos os tempos e que mostra que as fronteiras entre a Costa Oeste e a Costa Leste eram, de fato, bastante tênues. Com efeito, quando os grandes músicos dessas escolas atuavam juntos, os limites geográficos simplesmente deixavam de existir. Nenhuma boa discoteca de jazz está completa sem esse disco magistral.
Em 1961, outra prisão e pelo mesmo motivo. Desta vez, a pena foi cumprida no célebre presídio de San Quentin. Entre entradas e saídas da prisão, Pepper esteve encarcerado por mais da metade dessa verdadeira década perdida. Voltou à ativa em 1966, logo após o término da pena, atuando como free-lancer. Por influência de John Coltrane, a quem admirava intensamente, Pepper chegou a trocar o sax alto pelo tenor, mas em 1968, atendendo a um convite de Buddy Rich, voltou ao sax alto.
Em 1969, com a saúde em pandarecos após passar por duas cirurgias, devido a uma lesão no baço, Pepper resolveu pôr fim à sua longa associação com os entorpecentes. Internou-se voluntariamente no conhecido instituto de reabilitação Synanon em 1969 e só saiu dali em 1972. Estava curado do vício em heroína (ainda que fosse, até o fim da vida, um usuário habitual de cocaína) e mais do que disposto a recuperar o tempo perdido.
Voltou a gravar excelentes discos, especialmente para selos como Fantasy, Galaxy e Contemporary. Atuou com músicos do primeiríssimo time, como Hampton Hawes, Billy Higgins, Charlie Haden, George Mraz, Elvin Jones, Buddy Collette, Zoot Sims, Barney Kessel, Ray Brown e George Cables, que além de pianista mais freqüente a acompanhá-lo, tornou-se um grande amigo pessoal. Fez inúmeras turnês e apresentações pelo mundo e ganhou diversos prêmios.
A receptividade do mundo do jazz foi intensa, especialmente no Japão, e presença da terceira mulher, Laurie, foi fundamental para o retorno triunfante. Art e Laurie escreveram a quatro mãos a biografia do saxofonista, onde ele relata, sem qualquer tipo de autocomiseração, todas as suas desventuras no submundo das drogas e das prisões, incluindo relatos bastante chocantes de sua degradação física e psíquica.
Ele morreu no dia 15 de junho de 1982, em conseqüência de um derrame. Gozava então de um prestígio e de uma respeitabilidade à altura da lenda viva que era – não por acaso esse foi o título do primeiro disco gravado após a recuperação do vício, em 1975. Ultrapassadas todas as tormentas, o “Nature Boy” acabou por concretizar, ainda em vida, o ideal pregado na belíssima letra de Ahbez e nos deu, sob a forma de música, o amor de que fala a canção:
“Eis que uma vez,
Num dia mágico, o encontrei
E ao conversarmos lhe falei sobre os reis
Sobre as leis e a dor
E ele ensinou
Nada é maior
Que dar amor e receber de volta amor.”
62 comentários:
Êita nóis, belo texto artista fundamental. Disco a procurar. Aliás já achei. Então álbum a ouvir quem sabe até relendo.
Mas a questão interessante é: Poxa, que alívio, trocou a herô pela coca.
Q espécie de recuperação é essa, seu San?
Aí, Mr. Seu Sérgio,
Bom, mas aí o cara tava só de curtição, não usava nem na quantidade e nem na mesma freqüeência.
Discaço - vale a pena!!!!
Abração.
Calma mr. Érico, foi só um chiste. E pensando bem a branquinha dos anos dourados devia ser muito ruim... Mas muito ruim mesmo de abandolá-la assim tipo pra sempre.
O som é primoroso. Tou em Tin Deo já. Parece música feita por uma banda de ilusionistas, todos levitando por sobre os seus instrumentos. Valeu a dica.
Aí, Seu Garimpo-man,
Bom que você gostou e já adicionou ao acervo da Reco Records, a melhor gravadora de jazz de todos os tempos.
Valeu mesmo!!!!
Meu grande xará! Corra atrás do citado álbum. Vale muito a pena. Se quiser, posso linkar e mandar pro seu e-mail. Pelo menos até você achar o seu querido exemplar. É só pedir.
E coincidência, ontem eu estava a ouvir esse disco do Art Pepper. Fantástico texto sobre um fantástico álbum. Você, como sempre, arrasando na escrita com textos sempre riquíssimos e informativos.
Um grande abraço e até a próxima!
Prezado ÉRICO:
Como sempre bela resenha e escolha mais que acertada da gravação postada.
ART PEPPER é um "GRANDES" do JAZZ.
A título de curiosidade e encontro de preferências, em 2007 postei no CJUB e na série "RETRATOS" uma resenha sobre o mesmo. Enviei para seu email essa resenha.
Suas resenhas vão se transformando em droga sem cura, deixando-nos viciados.
Grato ! ! !
Prezado Mr. Cordeiro, para um ouvinte médio como eu, não saberia explicar as razões, Pepper sempre soou mais acolhedor, compreensível e assimilável que o genial Parker, primeiro alto da Down Beat.
Talvez a genialidade seja para os gênios. Eu fico com Art Pepper, meu saxofonista alto predileto do jazz.
Grande abraço, JL.
Caros Apóstolo e Érico,
Art Pepper foi um dos primeiros músicos de jazz que me chamaram a atenção, ao lado de Chet Baker.
Depois que conheci um pouco mais sobre a sua obra, virei fã.
Legal é que ele não procura imitar Charlie Parker, seu toque soa de maneira natural, sem forçar a barra.
Vou esperar o link, xará. Quanto à resenha, vou lê-la com atenção e me deleitar com mais dos seus brilhantes textos, Mestre Apóstolo!!!
Obrigado pelas palavras gentis e um grande abraço aos dois.
Meu Caro Lester,
Ora, mais que coincidência - enquanto postava o comentário acima, você postava o seu.
É sempre uma honra recebê-lo por aqui.
E que bele surpresa: nem tanto descobrir que você é um fã de Pepper, afinal o seu bom gosto é antológico, mas saber que em seu livrinho de admirações ele está acima do gênio Bird.
Abração!!!!
Caro Érico,
bela resenha!
No último domingo o "Gettin' Together", gravação do Pepper de 60com um time primoroso (Wynton Kelly, Paul Chambers e Jimmy Cobb), tocou boa parte da noite em casa...
E "Nature Boy" é realmente uma canção encantadora _tanto que os mestres não a ignoraram: Miles Davis gravou sua versão em 55, no álbum "Blue Moods", ao lado de Mingus e Elvin Jones; Coltrane a gravou em "Quartet Plays", 10 anos depois. Até o radical Arthur Doyle fez sua releitura...
abs, Fabricio
O mr. Lester disse tudo: talvez a genialidade seja pros gênios.
Essa eu usarei na vida. Mas costumo dar os créditos, viste, mr.?
Caro Fabrício,
Estava em dúvida entre este Meets The Rhythm Section e o Gettin' Together - disco maravilhoso também.
O Blue Moods é outro petardo - fantástico!!!
Valeu - abração aos dois (Mr. Sonic too)!!!
Straight Life é o título – na ironia, naturalmente - da autobiografia de Art Pepper.Junto com a de Dizzy Gillespie - "To Be or Not To Bop" - as duas melhores que já li até o presente instante.Há cerca de 10 anos caminhava por um shopping no interior paulista quando vi a caixa com o complete de Pepper pela Galaxy com 17 cds numa loja de lançamentos comerciais de cds.Observei o preço é munido do jorro de sangue judeu nas minhas artérias fui negociar com o proprietário.Meu argumento foi que somente um verdadeiro apreciador iria valorizar aquela mercadoria alojada numa loja de generalidades musicais.Moral da historia, sai com a caixa debaixo do braço e por 40% a menos do preço etiquetado.
Ô seu Mr. Edú,
Que inveja!!!
Essa caixa é um dos meus sonhos de consumo - infelizmente, o precinho ainda salgado me faz ponderar bastante.
Quem sabe não dou uma sorte dessas qualquer dia?
Quanto à biografia, ainda não li (pena não ter em português - meu inglês vai pouco além do tradicional "the book is on the table").
Tava com saudades de você, amigão!
Abração!!!!
Eis o real significado da expressão "livro de cabeceira". Tá lá mas quem disse q consigo ler?
Sonic-boy,
Vamos bolar um curso de inglês pela net para blogueiros monoglotas?
E não baixei o disco - já tenho (depoiss foi que vi que era do Dexter Gordon- rs, rs).
Abração!
érico,
resenha e sonzaço bacanudos mesmo...os caras dessa geração eram hardcord, em termos de sex,drugs and jazz...no brasil,a vertente era sexo,destilados e bossa nova...hahaha
bom,
a galera hoje tá mais moderada nesse sentido (acho que o artista tem responsabilidade sobre sua arte)e sabe negociar, assim como mr.edu...aliás,grande parte dos negócios do jazz estão nas mãos de produtores e ótimos músicos dessa genética...rs...gente graúda e inteligente pacas, não é verdade?
curto pacas 'red pepper blues'...ali tudo tá sintonizado e o solo de mr.chambers é piramidal.
abraçosonoros e pacíficos
Valeu, Mr. Pituco,
Talvez a galera de hoje seja mais resistente ou tenha dado uma encaretada.
Ou tenha mesmo resolvido dar uma moderada (acho que o Wynton Marsalis, com seu jeito de bom moço serve de exemplo perfeito a essa nova postura).
Abração, meu embaixador!
Essa orquestra dos detentos valia um post, por si só. Esse pessoal pegava pesado!
Querido Erico, este é o link para o curso do Muggiati no POP, Pólo de Pensamento Contemporâneo. Fica no bairro do Jardim Botânico, no Rio, é um espaço de cursos e debates muito bonito. http://www.polodepensamento.com.br/sec_cursos_view.php?id=211
Se puder ajudar a divulgar, será maravilhoso. Muito obrigada pela ajuda e generosidade. Beijos!
Cara Valéria,
Obrigado pela visita e pela sugestão (estou bolando um texto sobre o Tadd Dameron, líder da orquestra e estou colhendo os dados sobre ela - os amigos do JAZZ + BOSSA que tiverem material, por favor, estamos às ordens).
Vou providenciar um link para o curso,ok?
Um fraterno abraço e um ótimo fim de semana.
Vamos dar uma mudadinha de assunto, seu Érico? Bem, como não tiveste a chance da resposta imediata, calou-se. E quem cala...
Uma das razões q me dão um certo desânimo de baixar um disco de jazz, principalmente de interpretes (novos então nem se fala!) é ver no setlist mais uma versão de Summertimes incluída. É claro q a canção é preciosa, mas sempre fica a impressão d q já se criou encima (por baixo e de ladinho) do tema, tudo q se poderia criar. Ledo engano. Há pouco tempo baixei de sua indicação o Porgy and Bess do MQJ e lá tem uma q pensei, essa é a definitiva! Chega! E quantas definitivas versões desse mesmo verão novaiorquino, gershwiniano já ouvimos? Mas agora, meu camaradinha, estou ouvindo uma q não pude deixar passar impunemente. Foi o que me trouxe e mereceu o trabalho de encher de introdução esta abordagem: o sr já ouviu o Shelly Manne & His Men “At The Black Hawk” no Volume 1? Meu deus, seu Érico! É a definitiva! E não se fala mais no assunto - até a próxima.
Ah! E pra voltar ao tema "a arte de pepper" improvisando em tom de jazz: muito bom tbm o The Route!
Abraços!
intérpretes cantantes, quis dizer.
Seu Mr. Sonic,
Dois grandes discos (tenho os cinco volumes do Shally Mane and His Man e é cada um melhor que o outro - pode ir com toda sede ao pote que é água Perrier de 1ª), sendo que o The Route pode ser alcunhado de "O encontro dos caretas" (Pepper e Baker - rs, rs, rs).
E, de fato, a versão de Summertime chama a atenção - é bacanuda e piramidal, como diria o embaixador Pituco.
Você é um cara de muitobom gosto, Seu Sônico!!!! Valeu mesmo.
Abração!
Erico,
parabens pelo texto e pela escolha.
Como sempre vou falar com todas as letras e talvez venha criar confusão:
Pepper é um excelente musico mas não da sequer pra saida numa comparação com um genio como Charlie Parker,pergunte ao amigo Apostolo. Imitar Parker não é uma questão de querer,é uma questão de poder,e muito poucos puderam ou podem. Acho que Parker é para poucos mesmo, assim como Coltrane. Uma pena,mas assim caminha a humanidade,sempre preferindo o agradavel,afinal da menos trabalho. Art Pepper e Paul Desmond,outro excelente musico de quem tambem gosto muito,são mais,digamos,palataveis para o gosto medio.
Tenho esse disco,ja ha algum tempo, mas não esta entre aqueles que mais ouço. É um bom disco de jazz,certamente, e qualquer disco com esse trio(Garland,Chambers e Tio Joe) soa muito bem ,mesmo que o saxofonista fosse John Lester. Os tres com certeza iriam adorar conhecer nosso eloquente amigo. Alias o que seria de nos na blogosfera sem a verve e a inteligente ironia do nosso querido Mr. Lester?
Abraço
Mr. Seu Tandeta,
Prazer tê-lo a bordo e, como sempre, com a verve afiadíssima!
Acho que é uma questão de afinidade ou de gosto pessoal - Parker foi, é e será um revolucionário, o cara cuja vida foi a descoberta de novas fronteiras musicais, apenas para, em seguida, ultrapassá-las e sair em busca de outras (como Coltrane, que você bem lembrou).
Pepper é outra categoria - é daqueles músicos cuja existência é uma ode à beleza e ao encantamento (como o Paul Desmond).
Ambos possuem seus méritos e seu respectivo valor - o jazz seria infinitamente mais pobre se faltassem Bird e Trane, Pepper e Desmod!!!
E que trio - Garland, Chambers e Tio Joe: até eu tocaria bonito com esses caras!!!
Erico,
perfeito.
Repito que gosto ,e muito ,de Art Pepper e Paul Desmond,grandes musicos e com importantes contribuições ao idioma do jazz.
Parker é um caso a parte , um criador que em minha opinião só encontra paralelo em toda a historia da musica,não só no jazz, em J.S.Bach. Outra hora posso explicar detalhadamente o porque disso mas sendo sabado acho que todos nos temos afazeres mais interessantes.
Abraço
Oi Érico! Hum..pelo post parece mesmo merecer uma ouvida cuidadosa! Obrigado pela visita! Com certeza vou colocar mais coisas do Nelson por lá!
Abraços
Caro Érico ,
Escrever o que ?!
Depois que essa turma "barra pesada "passou por aqui, fica difícil dizer mais alguma coisa .
Por acaso ( ganhei de presente )tenho todos os discos do Art Pepper e me foi prazeroso ler a sua deliciosa resenha ouvindo o moço tocar .
Hoje tem Vasco !!!!
Abraços cruzmaltinos !
Caro Érico,
sempre bom ler mais uma dessas do JAZZZZZZZZ...
Gostaria de ver seus escritos...sobre.. a Nina... Inté!!!
Enquanto o jogo não começa vou me deliciando com o Art
Até ...
Grandes e queridos Tandeta, Edilho, Chico e Sérgio,
Bem vindos a bordo!
Seu Mr. Tandeta, eu faço questão de "ouvir" suas explicações técnnicas - intuitivamente eu achava que havia muito de Parker em Bach e vice-versa.
Um grande amigo, violonista de primeiríssima, o Victor Castro me disse isso e memostrou como a obra de Bach se presta ao improviso, especialmente as fugas (perdoe o uso de liguagemleiga).
Tem um livro bem bacana, chamado CCorpo e Alma, que conta a história de um pianista clássico (é ficção, mas o autor, acho que é Pat Conroy o nome, é pianista e tem referência autobiográficas) que é apaixonado pelo jazz e fala algo nesse sentido.
Pô Edinho, que felizardo - tem toda a discografia do Pepper - é um verdadeiro tesouro!
E grande Parangolé, qualquer hora eu posto algo da Nina - ela que era uma grande figura.
Abração aosquatro!!!
Pepper é realmente muito bom. Acho que possuo tudo que ele gravou. Foi-me apresentado há alguns anos pelo seu fã número 1: Reinaldo Santos Neves, grande escritor capixaba e amante do jazz.
Mestre Salsa,
Seja muito bem vindo!
Bom gosto irrepreensível, o seu e o do Mr. Reinaldo Santos Neves, que, até onde sei, também é membro assíduo do Clube das Terças.
Um saxofonista esplendoroso, dono de uma das obras mais interessantes do jazz - além de ter tido uma vida prá lá de movimentada.
Abração!!!!
Erico,
com o seu Vasco ja praticamente de volta para a primeira divisão podemos,então,nos espraiar pelo chamado "mundo da musica".
Não é complicado de entender a comparação entre Bach e Parker: ambos com obras artisticas ,e não didaticas ou teses, solidificaram um sistema musical.Bach com toda sua vastissima obra mas especialmente com "O Cravo Bem Temperado" sistematizou o uso da escala temperada(brancas e pretas do piano) e o uso do sistema tonal. Um passo gigantesco,inigualavel na historia da humanidade pois tudo isso foi mostrado atraves de criação artistica ,que nos emociona até hoje. Parker 200 anos depois criou um novo sistema musical ,a partir do sistema tonal: o bebop. Colocando notas cromaticas entre os graus diatonicos das escalas(obedecendo uma hierarquia harmonica e ritmica)o bebop aumentou infinitamente as possibilidades dos improvisadores e dos compositores. Novamente isso tudo foi sistematizado atraves de obra artistica,seus solos e composições. Esta tudo,absolutamente tudo,que alguem queira saber sobre o bebop na obra de Parker.
Ha outras semelhanças entre essas duas monumentais obras. Nas fugas e preludios Bach faz extenso uso de cromatismos dentro de um contexto tonal(notasde passagem),o que só seria ouvido novamente no bebop. Parker na verdade não foi um revolucionario pois não negou o que veio antes dele ,ele sistematizou o uso de notas cromaticas nas linhas melodicas dos solos pois antes dele Lester Young ,Coleman Hawkins e outros ja as usavam mas de forma erratica,podiam aparecer ou não. Parker teria feito a linguagem jazzistica dar um salto tão enorme que realmente podemos usar o termo revolução embora na verdade tivesse sido uma evolução mas drasticamente veloz,em poucos anos tudo estava mudado e o bebop se tornou ,junto ao blues, a base do vocabulario jazzistico moderno.
Espero ter sido bastante claro e aproveito pra lembrar que o amigo Apostolo tem prontinho ,em parceria com Lula(ambos membros editores do CJUB)um livro sobre Parker. Esperamos pelo lançamento.
Abraço
Valeu Tandeta,
A falta de conhecimento de teoria musical dificulta um pouco a absorção dos conceitos, mas a explicação do Victor, com o violão em punho, me ajudou a entender um pouco do que você tão brilhantemente explanou.
Interessante como, duzentos anos depois, um gênio consegue dialogar com outro, por meio da arte. A arte verdadeira é a antítese do efêmero - permanece, se eterniza, emociona, mesmo depois de tanto tempo.
Valeu, Mestre Tandeta - e tomara que o livro do Apóstolo e do Lulla seja logo publicado!!!!
Prezado ÉRICO:
TANDETA sempre nos ensina a entender em linguagem prática, o que nos (me) falta em formação musical.
Publicar um livro no Brasil é tarefa quase incompreensível para os noviços no mercado editorial. No momento o livro que MESTRE LULA e eu rabiscamos (CHARLIE PARKER - Glória Musical, Abismo Pessoal) está em mãos de editora para análise. Esperamos vencer esse parto que já conta com alguns aninhos de gestação.
Como diriam Lauro Borges e Castro Barbosa (PRK-30, porque não???!!!), "água dura em pedra mole tanto fura até que bate".
É isso aí, Caro Mestre,
"PRK-30 que valia 100", como nos ensinaram o cearennse Chico Anísio e o maranhense Nonato Buzar, autores de uma das mais belas odes à Cidade Maravilhosa - "Rio Antigo"!!
E com fé em Deus (e pé na tábua), essa preciosidade bibliográfica haverá de estar em breve "nas melhores lojas do ramo".
E o Mestre Tandeta deu uma aula magna sobre a ponte que liga a austera Alemanha setecentista às esfuziantes noites da Rua 52!!!
Um grande abraço!!!
Prezado Érico,
Esse disco do Pepper é fundamental. Ao lado de "Art Pepper Quartet" (Tampa)mostra-o no auge da grande forma que ostentou em meados dos anos 50. Curiosamente, segundo Leonard Feather, o sax que ele gravou era emprestado e com alguns problemas, pois o instrumento dele estava no "prego".
Em 1958, a Down Beat decidiu fazer um blindfold test com o famoso Leonard Feather (criador do referido e ardiloso jogo de "tocar gravações no escuro" para determinados músicos que a ele se submetiam e suas impressões eram publicadas na DB). Para tal, solicitou a alguns dos mais atuantes jazzmen da época que cada qual escolhesse uma faixa de qualquer disco para submeter o referido crítico ao jogo da "teste de olhos vendados".
Um desses músicos selecionou "Imagination", que integra o repertório desse CD que você resenhou.
Surpreendentemente, Feather, além de não reconhecer Art Pepper, disse textualmente: "Esse saxofonista não está familiarizado com essa canção, pois várias notas que ele toca não soam corretas".
Ouvi dezenas de vezes "Imagination", mas nunca consegui descobrir quais notas "não soam corretas".
Keep swinging,
Raffaelli
Valéria Martins e Érico,
Por coincidência, estou preparando uma matéria sobre Tadd Dameron ("The Disciple", um dos mais criativos compositores e arranjadores do jazz moderno, do qual sou admirador incondicional desde os anos 50) que será publicada na minha coluna do jornal Folha da Estância.
Keep swinging,
Raffaelli
Caro Mestre Raffaelli,
A história do sax usado nas gravações desse disco parece aquelas velhas lendas do jazz (uns dizem que o instrumento precisava de reparos, pois estava com vários problemas, outros dizem que o sax era emprestado, pois o de Pepper estava, digamos, sendo usado para garantir seu suprimento diário de "vitaminas").
De qualquer forma, o sujeito arrebentou na gravação desse disco - é maravilhoso mesmo (segundo o Tandeta, com uma sessão rítmica dessa, até o querido Mr. Lester faria um disco antológico ).
E esses blindfold tests do Feather foram uma grande novidade na época e ajudaram a Downbeat a se consolidar como a mais importante revista de jazz dos EUA.
Quanto à resenha sobre o Dameron, se não for pedir demais, gostaria que você indicasse o link para a Folha da Estância (se o artigo for publicado on-line) ou que você me mande por e-mail (vai ser muito útil às minhas pesquisas).
Um fraterno abraço, Mestre!!!
Caro Érico,
Nos próximos dias alinhavarei a matéria sobre Tadd Dameron, que, infelizmente, terei que limitar o espaço por razões jornalísticas. É pena porque Tadd Dameron mereceria um livro. mas....
Fique certo de que o enviarei logo que estiver pronto.
Tadd morreu em 8 de março de 1965, porém, infelizmente, em 2005 passou em branca nuvem na imprensa nacional os 40 anos do seu passamento.
Mas esse não foi um lapso isolado. Os 50 anos das mortes de Art Tatum (2006) e Lester Young (2009), 30 da morte de Ellington (2004), 20 de Basie (2004), 50 de Wardell Gray (2005), 40 de Wes Montgomery (2008), 30 de Louis Armstrong (2001) também foram completamente esquecidos pela imprensa jazzística nacional.
Keep swinging,
Raffaelli
Querido Mestre,
Na medida do possível (como já fiz com o Red Mitchell e agora com o Jimmy Heath), vou tentar rememorar esses grandes músicos, abordando datas representativas.
Acho que a memória nacional é bem "fraquinha" e recordar, afinal de contas, é viver!!!
Abração e, por favor, dê algumas sugestões de alguns nomes para futuras postagens/homenagens!
Abraços fraternos!!!!
Caro Érico,
mestre Raffaelli se embaraça em divulgar que seus artigos regulares podem ser lidos no portal do jornal Folha da Estância .Regularmente estou consultando para ficar atualizado com suas informações e idéias .Caso seja possível colocar o link – como vc faz com muita generosidade e principalmente grandeza – dos outros companheiros de blogs o endereço é : http://www.folhadaestanciaparaguacu.com.br/?cat=22
Prezado Edú,
Sou-lhe muitíssimo grato por sua gentil iniciativa em divulgar o endereço eletrônico da Folha da Estância.
A proósito, às vezes nos deparamos com situações tão inesperadas quanto esdrúxulas. Recentemente recebi um email estranhíssimo, sem qualquer pista sobre seu remetente, criticando acerbamente meus relatos sobre fatos ocorridos em contato com músicos de jazz em entrevistas ou sobre alguns concertos presenciados aqui e nos USA. No final, o "distinto" remetente acusa-me de mentiroso contumaz, acrescentando que tudo aquilo que escrevo é pura fantasia da "minha mente doentia".
Desconfio quem seja, porém, não tendo provas, nada posso mencionar a respeito. Cavacos da profissão, o que fazer, sempre tem alguém que tem grande prazer em "meter o pau" nos outros.
Keep swinging,
Raffaelli
Caríssimo Edú,
A propósito do post anterior, caso o indivíduo que me acusou de ser uma fraude visse as fotos que tenho em companhia de dezenas e dezenas de músicos ou na porta dos clubes Birdland, Basin Street, Blue Note ou Sweet Basil (atualmente Sweet Rhythm) certamente ele me acusaria de falsificar essas fotos....
Keep swinging,
Raffaelli
Caros Edú e Raffaelli,
A inveja é uma coisa terrível - e o imbecil (e covarde, que se esconde sob o biombo do anonimato) que se dá ao trabalho de ligar o computador, criar uma conta de e-mail, escrever imbecilidades e enviar deve ser alguém de vida muito vazia, triste...
Mestre Raffaelli, você é a nossa referência maior, tudo o que veio depois de você, trilhou (e trilha) pelas belíssimas e pioneiras veredas que você abriu.
É graças a você que existem o Jazzseen, o Jazz + Bossa, o Jazzbackyard e tantos outros blogs que lutam para manter viva essa chama que você acendeu e continua a fornecer combustível de primeira linha.
Mestre Edú, vou providenciar o link agora mesmo!!!
Abraços aos dois!!!
PS.: acabei de acessar o link e vou dar uma lida com calma nas resenhas ali postadas, Mestre.
Mais uma vez, aulas magnas e nós, seus leitores e aprendizes, só podemos agradecer a sua generosidade em compartilhar conosco o seu amor pelo jazz!!!!
Abração, direto de Bonito (vou entrar daqui a pouco em uma reunião que se estenderá até o final da tarde).
Caro Érico,
Com relação a datas de falecimentos de jazzmen que passaram em branca nuvem na imprensa jazzística nacional,acrescento:
* Fats Navarro (1950) - 50 anos em 2000
* Coleman Hawkins (1969) - 40 anos em 2009
* Bix Beiderbecke (1931) - 70 anos (2001)
* Eddie Lang (1933) - 70 anos (2003)
* Jimmy Blanton (1942) - 60 anos (2002)
* Fats Waller (1943) - 60 anos (2003)
* Django Reinhard (1953) 50 anos (2003)
* Eric Dolphy (1964) - 40 anos (2004)
* Bud Powell (1966) - 40 anos (2006)
* Paul Chambers (1969) - 40 anos em 2009)
* Lee Morgan (1972) - 30 anos (2002)
* Charles Mingus (1979) - 30 anos (2009)
* Thelonious Monk (1982) - 20 anos (2002)
Surpreendentemente, os 40 anos da morte de John Coltrane foram registrados.
Deve haver outros, mas não lembro.
Keep swinging,
Raffaelli
Érico,
Ficou faltando:
Clifford Brown (1956) - 50 anos em 2006)
Keep swinging,
Raffaelli
Mestre Raffaelli,
obrigado pela manifestação. Na medida do possível, vou tentar lembrar um pouco a vida e a obra desses grandes jazzistas.
Abraços!
Prezado RAFFAELLI:
Como diria Ibraim, "os cães ladram e a caravana passa".
Deixá-los ladrar sem notícia alguma.
Caro Èrico,
por mais que tenha interesse no pujante município de Paraguaçu Paulista acho que um título mais apropriado para despertar atenção no link seria ,por exemplo, “ os escritos sobre jazz de José Domingos Raffaelli”.É apenas uma pequena sugestão superada certamente por outras idéias muito melhores..
Seu Mr. Edú,
Você tem toda razão - fica muito mais interessante. Eu só não sei como é que se faz (rs, rs, rs).
Abração!!
Caros correligionários,
O mundo é repleto de surpresas agradáveis e desagradáveis. Em 1982viajei a New York para cobrir o JVC Jazz Festival para o Globo. A programação era de dar água na boca tal a quantidade de feras que se apresentariam durante duas semanas em diversos locais.
O problema não era o que ouvir, mas o que teria de cortar sem poder ouvir, pois nenhum ser humano teria condições de estar em todos os eventos.
Entre as atrações que mais me empolgavam era a dupla Art Pepper e Sonny Stitt. O concerto estava programado para dia 30 de junho.
Lamentavelmente, o destino pregou-me uma peça, assim como a muitos outros jazzófilos. Como Art morreu em 25 de junho de 1982, os organizadores cancelaram o concerto. Além disso, Stitt voltou de uma turnê no Japão em estado deplorável de saúde, falecendo em 22 de julho.
Keep swinging,
Raffaelli
Caro Mestre Raf,
o JVC festival entrou para nossa memória afetiva.A organização corporativa japonesa que patrocinava o festival retirou seu endosso financeiro sepultando a iniciativa.
Mestres Raffaelli e Edú,
Em 1982 ainda havia uma enormidade de grandes jazzistas entre nós - um festival naquela época ainda podia reunir alguns dos maiores músicos de todos os tempos - Dizzy, Peterson, Flanagan, Joe Pass, Milt Jackson (aliás, o MJQ inteiro), e tantas outras estrelas.
Deve ter sido um evento monumental (e inesquecível).
Se todas as suas resenhas proporcionar um papo tão maravilhoso ...Não vai ter melhor blog que este.
uma verdadeira aula !
Abraços
Desculpe, eu sou o Anônimo Acima
abraços,
Caro Érico,
um bate papo assim merece o link : http://www.sendspace.com/file/u3k44 com algumas músicas selecionadas do ART PEPPER - MOSAIC SELECT (caixa com 3 Cd's ) para ficar ouvindo enquanto vamos nos deliciando com a conversa de vocês .
Saudações Vascainas ,
Caro Edinho,
Gostei da imagem que ilustra a sua excelsa presença - bacanuda, como diz o Oituco.
Vou dar uma sacada no link, logo que chegar em São Luís - estou em Bonito (lugar privilegiado e realmente merece o nome).
Valeu mesmo e obrigado pelas palavras gentis!!!!
bração!
Seu Cordeiro,
O Ravinia Festival em Illinois talvez seja o festival mais mainstream de jazz dos EUA.O maior festival de jazz do planeta - em número de eventos e artistas - é o de Montreal.Numa das edições do JVC Festival é q consegui assistir o concerto de dois pianos entre Herbie Hancock e Oscar Peterson.Evento q acabou ficando relevante na biografia de ambos.O maior festival de jazz de todos os tempos no Brasil em duração e atrações foi o São Paulo/Montreux em 1978.Durou oito dias consecutivos.Iniciava ás seis da tarde e terminava nas madrugadas do dia seguinte.Tem público registrado pagante de mais de 70 mil pessoas(um Maracanã lotado).Atraçoes:Chick Corea,John Mc Laughin,Ellis Larkins,JATP (Zoot Sims,Jimmy Rowles,Harry Sweets Edison entre outros)João Donato,Joe Pass,Victor Assis Brasil,Marcio Montarroyos,Dexter Gordon...
Bons tempos, Seu Mr. Edú,,
Bons tempos... (pelo menos em matéria de atrações jazzísticas, porque a ditadura, em seus estertores, ainda mandava muita gente boa pro pau de arara).
Abração!!!
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