James Edward “Jimmy” Heath completa hoje (25/10) 83 anos de absoluta devoção à música. Esse saxofonista, compositor, band leader e arranjador, nascido em 1926, em Filadélfia, pertence a uma das linhagens mais nobres do jazz: é o irmão do contrabaixista Percy e do baterista Albert “Tootie” Heath.
No rádio de casa, em plena era do swing, dois músicos chamavam a atenção do pequeno Heath: Johnny Hodges e Benny Carter. Ainda na infância e em virtude das dificuldades decorrentes da Grande Depressão, Jimmy e o irmão mais velho, Percy, foram morar com a avó, na cidade de Wilmington, na Carolina do Norte. Ali, o futuro saxofonista tomou as suas primeiras lições musicais, inicialmente dedicando-se ao sax alto. De volta à Filadélfia, Jimmy não teve a menor dificuldade de se integrar à prodigiosa cena musical.
Durante a década de 40, a cidade natal de Heath era um celeiro de grandes músicos: John Coltrane, Benny Golson, Specs Wright, Cal Massey, Johnny Coles, Ray Bryant e Nelson Boyd eram figurinhas fáceis nos clubes e boates da cidade e tocavam sempre juntos. Em 1945, ouviu pela primeira vez o som revolucionário que Charlie Parker, Dizzy Gillespie,Bud Powell e outros gênios estavam produzindo em Nova Iorque e adotou o bebop como sua forma preferida de expressão musical.
Não demorou muito para que Heath começasse a tocar ao lado dos seus novos ídolos. Em 1948 ele foi convidado a integrar a Howard McGhee’s All-Stars, ao lado de quem faria a sua primeira viagem internacional, a fim de participar do First International Jazz Festival, em Paris. No ano seguinte, Heath se uniu à orquestra de Dizzy Gilllespie, com quem tocaria por cerca de dois anos. Por sua habilidade, Jimmy logo recebeu o apelido de “Little Bird”.
Em 1951, Heath resolveu trocar o sax alto pelo tenor e começou a desenvolver uma carreira das mais interessantes como compositor e arranjador. Além das gravações, acompanhando gente como J. J. Johnson, Kenny Dorham, Miles Davis, Gil Evans, Clifford Brown, Elmo Hope e Blue Mitchell, o saxofonista também fez alguns arranjos para o próprio Mitchell e também para Art Blakey e Chet Baker.
Em 1956, Chet Baker e Art Pepper eram astros de primeira grandeza no cenário jazzístico. Naquele ano, os dois uniram as forças para gravar, para a Pacific, um disco inteiramente dedicado às composições de Heath, denominado “The Playboys”. Nos anos 90 esse disco foi relançado em cd, recebendo o título de “Picture of Heath” e incluía talvez a composição mais conhecida de Heath: “CTA”.
Mas a vida não era apenas sucessos e flores para o talentoso Jimmy. As dores de amores – um relacionamento terminado deforma nada satisfatória – e uma profunda depressão abriram o caminho para as experiências com a insidiosa heroína. Em janeiro de 1955 Heath foi preso por porte de heroína. Condenado a cumprir pena no Presídio de Lewisburg, ele passou quatro longos anos na penitenciária.
Quando saiu em liberdade condicional, em 1959, Heath integrou a banda de Miles Davis, entrando no lugar que havia pertencido ao amigo John Coltrane, dispensado algum tempo antes, exatamente por causa de seus problemas com as drogas. Quando Heath se preparava para excursionar pela Califórnia com Davis, recebeu ordens do oficial justiça responsável por acompanhar o seu caso para permanecer dentro de um raio de 90 milhas de Filadélfia, sob pena de caracterizar quebra da condicional.
Heath e Davis tentaram de todas as formas conseguir uma autorização para a viagem, mas foi inútil. O saxofonista teve que deixar o grupo e Coltrane foi novamente convocado para o antigo posto. Pouco tempo depois, Miles entraria no estúdio para gravar, ao lado de Trane e de alguns dos músicos mais fabulosos da história do jazz, o extraordinário “Kind Of Blue”.
Os anos 60 foram extremamente produtivos. Muitos discos como líder e gravações ao lado de Nat Adderley, Blue Mitchell, Freddie Hubbard, Donald Byrd, Oliver Nelson, Sam Jones, Milt Jackson, Julian Priester, Art Farmer, Cal Tjader e outros. Uma associação bastante feliz com o selo Riverside, de Orrin Keepnews, permitiu a Heath que lançasse algumas obras-primas, boa parte delas de inegável vocação hard bopper.
Uma delas é o disco “The Quota”, gravado nos dias 14 e 20 de abril de 1961, no Plaza Sound Studio, em Nova Iorque, sob a supervisão do engenheiro Ray Fowler. Reunido aos irmãos Percy (baixo) e Albert (bateria), Jimmy ainda pôde contar com a volúpia de Freddie Hubbard (trompete), o refinamento de Julius Watkins (french horn) e a exuberância de Cedar Walton (piano).
Os arranjos do disco são todos de Jimmy, autor de quatro das sete faixas. O sexteto possui uma sonoridade robusta, atuando em alguns momentos como uma verdadeira big band, especialmente quando os metais soam em uníssono. A faixa de abertura, “The Quota”, demonstra bem essa capacidade do saxofonista/arranjador. Grandes momentos de Hubbard, Percy e Walton, em uma vigorosa composição, bastante calcada no hard bop.
“Lowland Lullaby” é outro tema do líder, que começa de maneira suave, como se fosse uma balada, e em seguida pega fogo. Watkins e Hubbard travam um excitante duelo ao longo da faixa, merecendo destaque os solos de Jimmy e de Albert, ambos soberbos. Em um momento mais relaxado, “Thinking Of You”, uma antiga balada da década de 20, soa como uma sessão West Coast – apenas a incendiária presença de Hubbard, com um solo devastador contrasta com a atmosfera cool que o sexteto imprime à gravação.
Milt Jackson, parceiro constante nos anos 60e 70, comparece com “Bells And Horns”. Jimmy está no auge da criatividade, com solos fluentes e altamente técnicos. Percy e Albert, com a cumplicidade natural de dois irmãos, conduzem o ritmo de forma impecável, sobrando bastante espaço para as improvisações marcantes de Hubbard e Walton. O trabalho orquestral em “When Sunny Gets Blue” é antológico. Os metais se sobrepõem e interagem, criando efeitos belíssimos, parecidos com os das mais azeitadas big bands, especialmente a do maestro soberano Duke Ellington. A atuação de Jimmy, aliás, lembra os melhores momentos do velho ídolo Johnny Hodges.
“Down Shift” e “Funny Time”, ambas de Jimmy, complementam o set – a primeira é um bebop de primeira e a segunda começa como um blues e depois acelera, se transformando em um hard bop efeverscente e altamente dinâmico. A potência sonora de Hubbard, espetacular, é o ponto mais alto em ambas. Não é à toa que os guias de jazz costumam atribuir tantas estrelas a esse álbum esplendoroso, considerado por alguns como o ponto alto da carreira discográfica de Jimmy Heath.
Dos anos 70 em diante, Heath tem se mantido em plena atividade. Adicionou a flauta e o sax soprano ao rol de instrumentos que domina, excursionou com grandes nomes como Sonny Stitt, Milt Jackson, J. J. Johnson, Pat Metheny, Dusko Goykovich, Slide Hampton e Clark Terry e continuou a fazer arranjos para diversos músicos, como Sonny Rollins e Antonio Hart. Em 1975, ao lado de Albert e Percy, criou o grupo “The Heath Brothers”, que permaneceu ativo até a morte do baixista, em 2005, gravando diversos – e elogiados – álbuns.
Os Heath Brothers lançaram um álbum recentemente, chamado “Endurance” (2009), com David Wong assumindo o baixo e com a participação especial do brasileiro Cláudio Roditi. Jimmy também construiu uma sólida carreira como educador musical (foi professor da Aaron Copland School of Music e de outras respeitadas instituições de Nova Iorque), sendo que muitos dos seus ex-alunos atualmente brilham no cenário jazzístico, como o saxofonista Antonio Hart e o trompetista Darren Barret.
A tradição musical da família Heath permanece, pois seu filho James Mtume é percussionista e compositor, mais ligado ao R&B. Jimmy também compôs peças sinfônicas e recebeu o título de Jazz Master em 2004, dado pela National Endowment For The Art. Uma vida longa e prolífica, que pode ser sintetizada em uma frase de Dizzy Gillespie: “Tudo o que posso dizer é: se você conhece Jimmy Heath, você conhece o bebop”. Parabéns, Mestre!
38 comentários:
Prezado ÉRICO:
Mais uma excelente escolha de gravação, capitaneada por um músico superior e de plenas integridade e coerência artísticas.
O time é excelente e as composições de "Little Bird" coisas de "professor" (como ele realmente foi).
Cada solo uma aula ! ! !
Bela e precisa resenha, como sempre.
Parabéns.
Mestre Apóstolo,
Seja bem-vindo. Falávamos há pouco de você - eu e o Tandeta - e da expectativa pela publicação do livro sobre Parker.
Obrigado pela presença e pelas palavras sempre muito gentis!
Engraçado como o Heath tinha uma concepção orquestral bem entranhada - mesmo em pequenos contextos ele soa como se houvesse mais instrumentos!
Tenho outros discos dele, mas esse é realmente especial. E era um compositor de mão cheia e um grande tenorista!!!
Abração!
Aumentei o volume e abri uma garrafa de vinho. À sua saúde, Érico, um brinde.
Erico,
Jimmy Heath é um dos que mais gosto no sax tenor. E um grande arranjador.
Por falar nisso gostaria de saber se alguem tem , ou conhece, um disco de Milt Jackson com Ray Brown,acompanhados por uma big band. No LP original um dos lados era todo arranjado por Oliver Nelson e o outro lado por Jimmy Heath. É um disco obrigatorio e gostaria muito de consegui-lo,não sei se foi re-editado em CD. Meu LP desapareceu . Quem puder ajudar com informações eu agradeço.
Abraço
Valeu a presença, grandes Salsa e Tandeta,
Infelizmente, não tenho esse disco do Milt Jackson e big band - com Oliver Nelson e Jimmy Heath nos arranjos é garantia de música de primeira.
Uma hora dessas as enciclopédias Apóstolo, Edú, Lester e Raffaelli dão alguma dica sobre esse disco!!!
Abraços fraternos aos dois e saúde,Mr Salsa!!!
E parabéns também, Érico.
Pelas magníficas música e síntese da vida de Jimmy Heath.
O CD é imperdível e já vem a caminho, dos States rumo a Portugal :-)
E como o jazz pode ser fruto de pequenos acasos... Será de abençoar ou de amaldiçoar o famigerado agente da condicional de Heath?...
Saudações lusitanas.
Caro Pescador,
Um obscuro agente de condicional pode ter, involuntariamente, contribuído para o surgimento de uma obra-prima do jazz! E se Heath estivesse com a banda de Miles, será que Kind Of Blue teria a mesma mística?
Mistérios astrais...
E quando o cd chegar da longa viagem, ouça-o com volúpia - ele vale a pena!!!!
Grande abraço do lado de cá do Atlântico!
Prezado Mr. Cordeiro, parabéns e vida longa ao mestre.
Grande abraço, JL.
Valeu, Mr. Lester,
Brindemos à saúde do querido e talentoso Jimmy Heath.
O que você recomenda?
Abraços fraternos!!!!
Milt Jackson Ray Brown with The Big Band
Gravadora: Impulse-1969
Turma da cozinha : Ernie Watts, Harold Land, Melvoin Mike, Wilton Felder, Earl Palmer, Joe Sample, Howard Roberts, Paul Humphries & Victor Feldman, entre outros.
1) Uh-Huh
2) One Mint Julep (One Way)
3) Oh Happy Day
4) Memphis Junction
5) Queen Mother Stomp
6) Braddock Breakdown
7) A Sound For Sore Ears
8) Enchanted Lady
9) One Mint Julep (The Other Way)
10) Picking Up The Vibrations
Érico ,
Acho que é esse o disco que o Andre Tandeta falou
Link: http:
//rapidshare.com/files/259781878/MiltJacksonRay_Brown_MemphisJackson.rar
Grande Edinho,
Valeu pela dica!
E que turma boa essa - uma seleção de craques!!!
Obrigado, meu chapa!
Abração!!!!
Agradeço ao Edinho mas infelizmente não é o disco que eu estou procurando. Nesse a bateria é dividida entre Albert Heath e Grady Tate. De todo modo vou conferir pois com certeza é um sonzão.
Valeu!
Abraço
Grande Tandeta,
Dê uma ouvida, porque deve ser um álbum de primeira linha!!
Abração!
Amigo, estou somente registrando minha passagem aqui nessa escola de jazz. Professor Érico, Gois Jr presente !
Grande Góis,
Fotógrafo, poeta e agitador cultural!!!
Seja bem-vindo - estava com saudades,meu amigo!!
Valeu mesmo!
Abração e vê se não some!!!!
Eu tb não falto a nenhuma aula aqui...
Às vezes, fico quietinho no fundo da sala mas presto muita atenção!
Aí,Seu Olney - até parece,
Você é um dos mestres - junto com o Edú, o Raffaelli, o Tandeta, o Apóstolo, o Sônico, entre tantos outros.
Abração!!!
Esse disco do Ray Brown com o Milt Jackson ,de 1966, saiu em forma de cd duplo com varias faixas adicionais pela Verve, em 1996, intitulado "Much in Common" (dispensa tradução livre). Esta em algum lugar em minhas estantes.Só preciso de um GPS para localizar o dito.Jimmy Heath, junto com Hank Crawford ,são os dois saxofonistas favoritos do David Sanborn
Infelizmente, apesar de toda a boa vontade dos amigos e do meu irmão caçula Edú,não é nenhum desses discos. O disco verdadeiro,meu LP,acabou aparecendo trazido de volta por um amigo que o havia levado emprestado e "esqueceu" de devolver. Erico ,advinha quem foi? Manito apareceu meio fingindo vergonha,coisa que ele não tem, e disse que leu os comentarios aqui e "lembrou" que o disco estava com ele. Lançado pela Verve(V6 8615) em 1965 chama-se "Ray Brown/ Milt Jackson ",apenas isso. Eu não tenho mais toca -disco e vou tentar descobrir se consigo passar ele pra CD .
Abraço
Mr. Edú,
Boa pescaria - e quando você quiser se livrar desse "entulho", pode mandar prá mim que eu dou um jeito!!!!
E pelo menos o Sanborn tem bom gosto na hora de escolher as influências!!!!
Abração!
Alvíssaras, Seu Tandeta!!!
E o Jazz + Bossa tá se especializando em permitir o repatriamento de bolachas desaparecidas.
Primeiro foi o Salsa, que conseguiu reaver "Lucky Strikes".
Agora você recupera o seu "Ray Brown/ Milt Jackson"!!!!
Beleza - passa pro cd e compartilha com a galera, viu?
Abração!
Mano velho,
o disco(lpzão) é esse mesmo.Ele foi incluido num cd duplo da Verve de título chamado "Much in Common".Tem um disco adicional do Milt Jackson junto.Razão do cd ser duplo.São gravações com arranjos de Oliver Nelson num grupo amplo.Preciso dar uma procurada mas tenho 99% de certeza que o lp foi incluido nesse cd duplo.
Mano velho,
estou impedido de pesquisar na fonte por aquelas razoes q vc sabe mas o set list do cd duplo é : . Work Song [Instrumental] - Cannonball Adderley, All Star Big Band, Ray Brown All Stars, Ray Brown Listen
2. It Happened in Monterey - Cannonball Adderley, All Star Big Band, Ray Brown All Stars, Ray Brown Listen
3. My One and Only Love - Cannonball Adderley, All Star Big Band, Ray Brown All Stars, Ray Brown Listen
4. Tricotism - Cannonball Adderley, All Star Big Band, Ray Brown All Stars, Ray Brown Listen
5. Thumbstring - Cannonball Adderley, All Star Big Band, Ray Brown All Stars, Ray Brown Listen
6. Cannon Bilt [Instrumental] - Cannonball Adderley, All Star Big Band, Ray Brown All Stars, Ray Brown Listen
7. Two for the Blues - Cannonball Adderley, All Star Big Band, Ray Brown All Stars, Ray Brown Listen
8. Day In - Day Out - Cannonball Adderley, All Star Big Band, Ray Brown All Stars, Ray Brown Listen
9. Baubles, Bangles and Beads - Cannonball Adderley, All Star Big Band, Ray Brown All Stars, Ray Brown Listen
10. Work Song [Alternate Version][Alternate Take][#] - Cannonball Adderley, All Star Big Band
Disc: 2
1. Lazy Theme - Ray Brown, Milt Jackson Listen
2. Now Hear My Meaning - Ray Brown, Milt Jackson Listen
3. In a Crowd - Ray Brown, Milt Jackson Listen
4. Monterey Mist - Ray Brown, Milt Jackson Listen
5. Much in Common - Ray Brown, Milt Jackson Listen
6. When the Saints Go Marching In - Ray Brown, Milt Jackson Listen
7. I'm Going to Live the Life I Sing About in My Song - Ray Brown, Milt Jackson Listen
8. Gravy Blues - Ray Brown, Milt Jackson Listen
9. Swing Low, Sweet Chariot - Ray Brown, Milt Jackson Listen
10. What Kind of Fool Am I? - Ray Brown, Milt Jackson
No segundo disco do cd esta o referido lp, salvo engano.
A propósito, longe de ser fã do Sanborn, assisti uma apresentação ao vivo do sujeito em Sampa é o cara manda muito bem no sax alto num contexto pop instrumental bem comercial.
Salve, mestre Érico! Que família privilegiada, hein? Parabéns ao grande Jimmy Heath. Ótimo texto, e ótima escolha para o podcast. Estou ouvindo direto. Grande abraço!
Caros Edú e Érico,
Prazer contar com suas excelsas presenças. E o disco, Mr. Tandeta - é ou não o que Mr. Edú Holmes se refere?
E, meu caro xará, a verve continua afiadíssima - texto magistral e profundo aquele postado no Alternarte.
Por isso é que nós, leitores ávidos de seus esscritos, fazemos tanta questão de sua presença na blogsfera!
Abraços aos dois!!!
impressionante! vc sabe tudo!
foi ótimo le risso aqui!
érico san,
depois de art pepper, mr.heath the quota por aqui?...mamma mia, só golaço de placa...valeô o post
e qdo um humilde nacional merecerá tua resenha novamente?
aguardo ancioso
amplexossonoros desse lado de cá do planeta
Prezados Pituco e Andréa,
Valeu pela força - promessa é dívida, Seu Pituco - daqui a pouco rola!!!
Quem sabe tudo aqui são as enciclopédias Apóstolo, Raffaelli, Edú, Tandeta, Lester, Salsa e outros - eu sou só um aluno aplicado (haja chão prá percorrer).
Um abraço fraterno aos dois, ok?
Prezado Mr. Cordeiro, talvez fosse adequado um tinto encorpado para acompanhar Jimmy Heath. Pensei em algo da California, terra que tantos companheiros forneceu a Jimmy. Assim, recomendo um Ravenswood Monte Rosso Zinfandel 2000, elaborado nesta que é uma das mais pitorescas butiques de Sonoma, criada pelo imunologista Joel Peterson na década de 70'.
É dele a idéia de desenvolver tintos encorpados na região, chegando a produzir camisetas com a frase "No Wimpy Wines" que, em tosca tradução, poderia significar "Não aos vinhos fracos". E Jimmy, sabemos bem, é um adepto do No Wimpy Sax.
Grande abraço, JL.
Grande Mr. Lester,
Pois então, em homenagem ao fabuloso Mr. Heath - e também à sua excelsa pessoa - brindarei à saúde de amnos, a bordo de uma belíssima garrafa de Ravenswood Monte Rosso Zinfandel 2000 (assim que encontrar uma).
Um grande abraço, direto de Bonito-MS.
Erico,
por uma questão de justiça acho que Raffaelli,no minimo por ter visto Charlie Parker ao vivo,esta bem na frente de todos nos.
Quanto a mim fico feliz de participar de um blog tão bacana como esse seu e poder ,com toda certeza,aprender com os amigos que sempre aparecem para dividir conhecimentos e ajudar na descoberta de discos. OH SORTE!
Abraço
Mestre Tandeta,
Sorte é minha, por ter conhecido tanta gente bacana e poder agregar, nesse blog que só tem me dado alegria e prazer, figuras humanas de primeira linha, como você, o Edú, o Apóstolo, o Raffaelli, o Salsa, o Pituco, o Sérgio, o Paul, a Andréa, a Prima Maysa, enfim, todos os amigos que passam por aqui.
Eu é que agradeço a presença e a generosidade de vocês!!!!!
Pô, Bonito deve ser lindo! Tou com aquela invejinha q não faz mal a ninguém...
Agora, seu Érico, já te passei emeio, sinais de fumaça, fui nas Casas respeitáveis e honoráveis de mr. Celijon Ramos e Pituco san respectivamente, pra informar a todos que estou com um disco postado da Orquestra Lunar da amiga Manoela Marinho, a Manu do cavaquinho, numa orquestra de Gafieira e samba jazz só de mulheres, ou seja, quase sem precedentes, e ninguém, exceto Salsa passou por lá ainda. Por favor... Apareça(m).
Quanto ao fantástico Jimmy Heath, corrigi a tempo a falha indesculpável de não ter nenhum álbum solo desse fantástico músico de jazz, e tipo 15 ou 20 dias antes dessa postagem. Dele me espalhei com discos como o recente "Turn Up the Heath" 2006, absolutamente excelente! e o Realy Big! de 60. Mas só depois dessa sua dica baixei e ouvi amarradão tbm o "The Quota". De modus que acho q estou quase em dia com esse artista.
Mas, please, né? A porta da casa sônica tá lá escancarada e até agora, tirando o Salsa, lá só bate o vento. Comansim?
Ô seu San Sérgio,
Foi mal.
Mas como não tô em Saint Louis, não posso baixar o disco das meninas e dar a minha opinião.
Por favor, me manda um e-mail com o disco, porque asim dá prá ouvir.
E o Heath é bacanudo - o Really Big é muito legal mesmo.
Abração!!!!
O realy big é viçoso, mas aquele q marcou mais foi o Turn Up the Heath, foi aquele q fiz capa bonitinha pra tê-lo na estante. E nele há um baixista, monamí, q vou te dizer uma coisa... acho q Peter Washington é o nome, aí vai o texto do allmusic sobre (termino a msg mais abaixo):
One of the best composers and arrangers to emerge during the bop era, though not often ranked as high as he should be, Jimmy Heath proves his worth with this pair of studio sessions. Although Heath takes a few strong solos of his own, he primarily focuses on the abilities of the strong cast assembled for each date. "Big P" is a potent opening blues dedicated to Percy Heath (his late brother and the bassist for nearly the entire history of the Modern Jazz Quartet). Naturally, bassist Peter Washington (likely the first-call bassist of his generation) is prominent in the mix and takes a fine solo, as does the promising young pianist Jeb Patton, who worked with the Heath Brothers. The Afro-Cuban influence that was so prominent in many of Dizzy Gillespie's works is central to Heath's infectious "Heritage Hum," while "One for Juan" is an easygoing samba. "Sources Say" starts out like a bittersweet ballad, then suddenly transforms into a brisk swinger, highlighted by Gary Smulyan's powerful baritone sax. Heath also delves into overlooked gems such as Kenny Dorham's "No End" and an intriguing scoring of Jimmy Dorsey's "I'm Glad There Is You" that has a richly textured background of soft brass backing Heath's tenor sax. While big-band projects often never reach fruition because of funding difficulties, the grants invested in Jimmy Heath's Turn Up the Heath will be paying dividends to jazz fans for generations.
Fique tranquilo q irá te chegar.
Já o caso da Orquestra, como te passar por emeio? Mando o link? Mas o link já está no blog e será trocar 6 por meia dúzia. Anfã, tem o teu pandinha, tentarei usá-lo... Mas não caímos no mesmo problema? Quando me mandas um álbum por ali, levo quase 24 hs baixando... Acho q o melhor a fazer é esperar vc voltar a Saint Louis e lembrar de ouvir. Já fui a alguns shows da orquestra e te digo q aquela coisa toda é de primeira.
Abraços!
Então tamos combinados, seu Sérgio.
Vou tentar baixar por aqui.
Às vezes, antes do Pando, eu mandava arquivos de música pro Fig, uma a uma (porque os arquivos são grandes - Rs, Rs, Rs!!!).
Abração!
Te mandei 3 músicas da Orquestra por emeio. Se der certo vou te enviando o resto do álbum nesse sistema.
Abraços!
Valeu, San Sérgio,
Vou dar uma sacada!
Abração!
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