A música conhecida como jazz sempre teve um significado indefinido para o público brasileiro. A escassez de informações, divulgação precária, desinteresse da imprensa e raros lançamentos fonográficos entre nós foram durante muitos anos fatores negativos que impediam o público em geral de tomar conhecimento de um gênero musical de aceitação cada vez maior em outros países. Somente a partir de 1974 as coisas começaram a mudar através de uma avalanche cada vez mais crescente de lançamentos de jazz, culminando por ocasião do I Festival de Jazz São Paulo-Montreux realizado em setembro de 1978, movimentando uma centena de músicos e 50 mil espectadores durante oito dias numa maratona sem precedentes.
Nesse festival apresentaram-se Dizzy Gillespie, Benny Carter, University of Texas Big Band, Astor Piazzolla, Jazz at the Philarmonic (com Roy Eldridge, Harry Edison, Milt Jackson, Zoot Sims, Jimmy Rowles, Ray Brown e Mickey Roker), Luiz Eça & Hélio Delmiro, Victor Assis Brasil, Raul de Souza, Frank Rosolino, George Duke, Larry Coryell & Philip Catherine, Stan Getz, Rio Jazz Orquestra, Chick Corea, Ahmad Jamal, John McLaughlin, Márcio Montarroyos e Etta James.
Descobriu-se, então, que havia público para uma realização desse porte. A repercussão do evento proporcionou sua segunda edição em 1980. Em agosto do mesmo ano realizou-se o Rio Jazz Monterey Festival no Rio de Janeiro, apresentando-se Pat Metheny, Weather Report, McCoy Tyner, American-Brazilian All Stars (Clark Terry, Slide Hampton, Victor Assis Brasil, Jeff Gardner, Paulo Russo e Claudio Caribé), Al Jarreau, George Duke & Stanley Clarke, Chaka Khan e outros.
Posteriormente, surgiram no Brasil o Free Jazz Festival (depois intitulado TIM Jazz Festival), o Heineken Concerts, o Chivas Jazz Festival e outros de menor repercussão. De alguns anos a esta parte algumas cidades menores passaram a promover festivais de jazz patrocinados pelas respectivas prefeituras: Búzios, Ouro Preto, Rio das Ostras, Itatiaia, etc.
O início da história dos festivais de jazz remonta a agosto de 1948, quando o primeiro evento foi realizado em Nice, na França, iniciando uma onda de festivais em todo o mundo. Os franceses repetiram a experiência em 1949, em Paris, com enorme sucesso.
Todavia, somente em 1954 os Estados Unidos realizarem seu primeiro festival de jazz em Newport, Rhode Island, apropriadamente denominado Newport Jazz Festival, produzido pelo pianista e empresário George Wein em parceria com o casal de milionários Lorillard, provocando uma onda de entusiasmo nos músicos, críticos e aficionados pela perspectiva de ouvirem os melhores jazzmen do mundo. Modesto no início, com apenas dois dias de música, teve repercussão mundial, com sucesso artístico e financeiro acima da expectativa dos organizadores.
O jazz foi tratado com a dignidade que merece. Newport passou a ser um evento anual de grande porte e a procura de ingressos tornava-se cada vez maior, obrigando seus organizadores a transferi-lo para New York em 1972, mudando seu nome para Newport-New York Jazz Festival. Mais tarde, com patrocinio dos cigarros Kool, sua denominação passou a ser Kool Jazz Festival e, anos depois, com mudança do patrocinador, chamou-se JVC Jazz Festival.
A essa altura, Estados Unidos e Europa eram assaltados pela febre dos festivais, utilizando todos os pretextos para organizá-los, fosse nas grandes cidades (New York, Berlim, Paris ou Londres), nas montanhas (em Aspen, no Colorado), nas estações de veraneio ou pequenas cidades (Helsinki, na Finlândia, Montreux, na Suíça, Haia na Holanda ou Umbria, na Itália, país onde realizam-se 55 festivais de jazz por ano).
Nos anos 60 o jazz atravessou um período difícil devido ao sucesso do rock que conquistou os jovens de todo o mundo e os festivais de jazz sofreram uma defasagem. Na tentativa de atrair os jovens, os organizadores passaram a programar grupos de música pop misturados aos jazzmen para estabilizarem suas receitas, garantindo a continuidade dos eventos.
Nesse período o Japão surgiu como um novo e lucrativo mercado para o jazz, transformando-se no novo Eldorado, atraindo músicos americanos e europeus. Apesar da proliferação dos festivais, o de New York sempre ofereceu uma visão do melhor jazz do mundo, embora, como os demais, incluisse atrações comeciais para atrair maior número de jovens espectadores. A essa altura, George Wein expandiu sua área de atuação conduzindo sozinho um incrível circuito de festivais em inúmeras cidades americanas com eventos em Los Angeles, Boston, Miami, Nova Orleans e Chicago, além de Nice, na França, e Londres, na Inglaterra.
O que começou por idealismo tornou-se um grande negócio com altíssimas inversões de capital e lucros cada vez maiores, cujas receitas sempre alcançaram cifras de milhões de dólares, aumentadas pela venda de camisetas, distintivos, programas e principalmente, publicidade extensa. Os direitos de transmissão pela TV e gravações ao vivo sempre geram substancial retorno de capital, bem como os aluguéis de stands para venda de instrumetos musicais, discos e equipamentos de som. O jazz faz parte de um esquema importante da indústria fonográfica, dos empresários e os festivais com investimentos maciços de milhões de dólares transformaram-se numa fantástica fonte de renda com muitos interesses em jogo.
Os festivais converteram-se em veículos promocionais da maior importância, cuidadosamente planejados para que tudo saia a contento. O interesse das gravadoras consiste primordialmente em colocar seus artistas nos festivais para obterem uma grande promoção na imprensa em torno dos seus nomes. Todavia, com o fim das gravadoras de jazz, esse irtem ficou totalmente defasado.
Há anos foi instituida no famoso Festival de Montreux, Suiça, a chamada Noite Brasileira, projetando internacionalmente artistas brasileiros. Lá se apresentaram, entre muitos outros, Hermeto Pascoal, Elis Regina, Simone, É o Tchan, Baby Consuelo e Elba Ramalho; vale salientar que Elba Ramalho, Simone e É o Tchan foram estrepitosamente vaiados por desagradarem inteiramente ao público e à exigente crítica européia. Com o passar dos tempos, em face do fracasso dos artistas nacionais, a Noite Brasileira foi definitivamente cancelada em Montreux.
A gravadora Pablo, do empresário Norman Granz, em 1975 e 1977 acertou com Claude Nobs, produtor-diretor do Festival de Montreux, apresentações do seu fabuloso elenco de jazz, o mesmo ocorrendo com a gravadora Xanadu em 1978.
A título de curiosidade, sem que qualquer esquema promocional fosse acionado neste caso específico, uma apresentação de Miles Davis no Festival de Newport de 1955 valeu-lhe um régio contrato com a Columbia. Davis não atravesava uma boa fase nos primeiros anos daquela década, mas ao tocar “Round About Midnight” recebeu uma ovação consagradora que transformou-o no grande sucesso artístico do evento, recebendo uma proposta irrecusável da Columbia, sendo contratado no ato.
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Textos do Mestre José Domingos Raffaelli são sempre deliciosos e extremamente enriquecedores. Esse, então, é uma beleza! Para acompanhar a leitura, postei músicas extraídas de discos gravados em alguns dos mais importantes festivais de jazz do planeta. Abaixo, a relação dos discos, com as datas das respectivas gravações e os nomes dos músicos que participaram dos concertos:
01 – “Bill Evans at the Montreux Jazz Festival” – Verve – 15 de junho de 1968. Bill Evans (piano), Eddie Gomez (contrabaixo) e Jack DeJohnette (bateria).
02 – “Swiss Movement” – Atlantic – 22 de junho de 1969. Eddie Harris (sax tenor), Les McCann (piano), Benny Bailey (trompete), Leroy Vinnegar (contrabaixo) e Donald Dean (bateria).
03 – “Miles Davis at Newport – 1958” – Columbia – 03 de julho de 1958. Miles Davis (trompete), John Coltrane (sax tenor), Cannonball Adderley (sax alto), Bill Evans (piano), Paul Chambers (contrabaixo) e Jimmy Cobb (bateria).
04 – “Together Again: Live at the Montreux Jazz Festival '82” – Pablo – 25 de julho de 1982. The Modern Jazz Quartet: John Lewis (piano), Milt Jackson (vibrafone), Percy Heath (contrabaixo) e Connie Kay (bateria).
05 – “Live in Marciac, 1993” – Groovin’ High (no Brasil, foi lançado pela Biscoito Fino) – 12 de agosto de 1993. Tommy Flanagan e Hank Jones (piano), Hein Van de Geyn (contrabaixo) e Idris Muhammad (bateria).
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37 comentários:
Eu estava me iniciando no mundo do jazz quando ocorreu esse festival de 1978 no Anhembi. Fui a todas as apresentações que aconteceram à tarde - eu estudava à noite - e guardo o catálogo do festival até hoje. Valeu!
Caro Edison,
Que bacana! E que inveja também :-)
Deve ter sido uma experiência formidável, ver de perto esses gênios todos.
Obrigado pela presença e tomara que esse texto tenha lhe trazido boas recordações!
O FREE JAZZ foi o mais importante festival de música de Jazz do Brasil e certamente da América do Sul sendo descontinuado em 2002. Iniciado em 1985 ocorria simultaneamente nas cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo. Tendo apresentado consagrados músicos de Jazz em audições fascinantes, mas imbuído de uma tendência mundial em festivais (talvez pelo aspecto comercial) e a exemplo do maior deles o de Montreux na Suiça, trazia músicos que nada têm a haver com Jazz nem o mais leve relacionamento e muitas vezes de inaceitável qualidade. Talvez, isto não seja só um grande mal, apenas uma tendência de misturar estilos musicais diversos à reboque do "status" referendado pelo Jazz. À parte de tal prejuízo o mérito jazzístico do festival é indiscutível desde que artistas de grande gabarito alí se apresentaram (esqueçamos os outros). Entretanto, e inexplicavelmente, jamais subiu ao palco do festival um grupo de dixieland representativo do Jazz tradicional, o que é verdadeiramente inacreditável! Além do que os jazzistas brasileiros eram muito pouco procurados e há uma insistência em se misturar em uma mesma noite apresentações de choro e Jazz. O FREE JAZZ FESTIVAL, terminou melancolicamente sem sua última edição que seria a do ano de 2002. Com outro patrocínio e mesma forma, exceto pela alternância entre Rio de Janeiro e São Paulo a cada ano, 6 festivais já foram assim realizados nos anos de 2003 a 2008 com o título de TIM Festival e de uma forma geral mantendo as mesmas características e pecando pela falta de Jazz tradicional já que os organizadores musicais infelizmente eram os mesmos. O TIM Festival também se findou e este então nem saudades deixou. Ficamos à mêrce de alguns festivais de cidades, louváveis até, mas de uma pobreza jazzistica de dar pena.
érico san,
que fôlego com as postagens....parabéns...
abrçsonoros
Prezado Edison Junior,
Ao mencionar que assistiu a todos os concertos diurnos do Festival de Jazz no Anhembi, lembrei que naquele evento realizei uma palestra sobre o tema "Relações entre o Jazz e a Música Brasileira", tema jamais abordado anteriormente no Brasil.
Devido ao ineditismo do tema, sua repercussão entre o público presente e na mídia deu-me alguma projeção nos meios musicais, abrindo o caminho para colaborar em revistas nacionais (Som Três, de saudosa memória) e estrangeiras (Jazz Forum, da Polônia, e Jazz Hot, da França).
Bons tempos aqueles!
Grande abraço e keep swinging,
Raffaelli
Caríssimos MaJor, Pituco e Raffaelli,
Sintam-se em casa - o barzinho tem muito orgulho de contar com "clientes" como vocês!
Ao primeiro, complemento dizendo que o Free Jazz trouxe muitos artistas de peso, como Chet Baker, Sonny Rollins, Branford Marsalis, Wynton Marsalis, McCoy Tyner, Ernie Watts, Gerry Mulligan, James Carter, Max Roach. Era, realmente, uma oportunidade única. Quanto aos festivais nas cidades, como Ouro Preto ou Rio das Ostras, acho que são extremamente válidos, pois permitem a um público com pouco acesso a informações asistir a espetáculos de jazz e blues, ajudando a formar novas platéias.
Mr. Seu Pituco, o ritmo está intenso, mas se não fosse a ajuda de "colaboradores" de pelo como o Apóstolo e o Raffaelli eu não daria conta do recado.
Mestre, esse festival foi realmente marcante pois ajudou a formar público para o jazz e abriu novas oportunidades na mídia para a divulgação do estilo. Tomara que aconteça algo assim novamente, um festival que realmente mobilize milhares de pessoas, repercuta na mídia e traga novos fãs!
Grande abraço aos três!
O festival de 78 tinha também o Dexter Gordon, o Barney Kessel, o Mingus Dynasty... No final da apresentação do Mingus Dynasty, a bateria do Dannie Richmond vai se "esmaecendo" lentamente e progressivamente até o final em que as baguetas apenas tocam o ar. (Escrevendo assim tão mal como eu escrevo não parece nada excepcional, mas ao vivo foi emocionante.)
Takechi
Grande Takechi,
Quanto tempo! Seja mais que bem-vindo!
Quanta gente boa nesse festival - com direito a uma atuação do Richmond digna do David Copperfield!
Invejinha...
Gran Cordeiro,
maravilha de texto, a história da música é mesmo fascinante! Não só no jazz, mas em todas as suas vertentes.
Abraço,
woody
Grande Woody,
Bom tê-lo a bordo!
Espero que você se junte à nossa confraria!
Como diroa aquele célebre filósofo alemão, "sem música, a vida seria um erro". E é verdade!
Um fraterno abraço e volte sempre!!!!
Pô, o Woody é praça dazantiga! Inclusive é o culpado pela existência do Sergio Sônico. Ali pelos 2007/08, nem lembro mais, eu dava tanta dica de álbum pra postar (no blog dele), q pra livrar-se do incômodo, fez-me meu próprio Blog e por emeio me disse algo como, "pronto, camarada, agora você pode brincar disso tbm. Minha desculpa preguiçosa era a de que eu não sabia fazer um blog pra mim. E não sabia mesmo. Mas, anfã, tinha preguiça na desculpa tbm.
Bom texto, muito informativo do Mestre Raffa. Eu lembro do caso É o Tcham no Montreux Festival, que idéia de jerico, hein!
Mudando de assunto, vc tem um disco da Dee Dee Bridgewater em tributo a Horace Silver "Love and Peace? Bom, resolvi fazer uma compilação, usando (no caso da primeira, foram 7 temas) uma versão cantada e a mesma tocada de cada standard de jazz. Ficou um luxo, amigo, mas no caso de Nica's Dream, eu lembrei da versão cantada com letra de... (não tenho certeza se da própria Dee Dee), mas olha que letra (traduzida no 'tranrleitor') PRÓ-JAZZ essa música se tornou:
Uma canção feliz e pra cima / Uma canção que, sabemos, todos os músicos vão tocar. / Você sabe, pelo menos assim me parece / Todo mundo ama NICA’S DREAM. / Uma canção cheia de amor / Uma doce melodia doada por anjos do céu. / Você sabe, pelo menos assim me parece / Todo mundo ama NICA’S DREAM / Ela (Nica) teve uma visão, que o jazz seria um dia, a música do futuro / você vê? Você não concorda? / Então vamos ajudar a provar que essa visão se torne realidade / E todo o mundo será abençoado por ela também / Essa música está aqui para ficar, meu amigo. Basta esperar e ver / As pessoas que a fizeram são parte da história do jazz / Você sabe, pelo menos assim me parece / Todo mundo ama NICA’S DREAM.
Valeu pela curiosidade mr.Cordeiro. Na verdade Festivais de Jazz (Jazz???)nunca serviram para balisar nada e nem representarem coisa alguma que valesse a pena dentro do círculo jazzístico. Mr.MAJOR, em seu comentário acima, sentetiza muito bem o que foram os festivais mundo afora e especialmente os realizados no Brasil. Mais um ponto a favor do MAJOR, que escreveu sôbre a REALIDADE núa e crua acontecida nesses "famosos festivais de jazz".
Obs: Teremos brevemente que promover esse MAJOR a CORONEL!!
Grandes Sérgio-San e Predador (segura o "hômi"),
Bem-vindos a bordo.
Ao primeiro, todas as loas ao Woody, que inspirou a fundação do Sonicbarzinho - falando nisso, e aí? Não vai voltar a servir a clientela?
Bom, não conheço esse disco da Dee Dee, mas sei que é um dos mais badalados da sua carreira e, salvo engano, com a participação do próprio Silver.
E seu destruidor de pnatas, como assim os festivais não "representam coisa alguma que valesse a pena dentro do círculo jazzístico"?
Pô, os festivais são uma tradição maravilhosa. Quantos discos espetaculares não foram gravados nos festivais? A carreira de Duke Ellington voltou aos eixos após ele ser consagrado em Newport!
Os festivais levam o jazz a um público maior e ajudam a manter viva a chama.
O fato de aqui e ali os festivais incluirem outros estilos de música não os invalida - são efeitos colaterais que precisam ser suportados :-)
Se não fosse o Free Jazz e congêneres, dificilmente o público brasileiro poderia assistir a feras como Chet Baker, Sonny Rollins, Branford Marsalis, Wynton Marsalis, McCoy Tyner, Ernie Watts, Gerry Mulligan, James Carter, Max Roach...
E o festival de 1961, que trouxe gigantes como Al Cohn, Zoot Sims, Kenny Dorham, Curtis Fuller, Herbie Mann, Coleman Hawkins, Roy Eldrige, Tommy Flanagan, Chris Connor, Jo Jones?
Não seja radical, meu intergalático amigo.
Quisera eu que o nosso Lençóis Jazz e Blues Festival, realizado já há 3 edições, cresça e possa trazer atrações internacionais!
Grande abraço!
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Caro Rafaelli,
Que legal saber disso. Acabei perdendo as palestras (naquele tempo eu estava mais interessado apenas em ouvir a música), mas realmente havia vários eventos e shows paralelos.
A propósito, B.B. King também tocou nesse festival.
Se houver interesse, posso escanear o prospecto e lhes enviar.
Abraços!
Edison
Grande Edison, se vc puder me mandar por e-mail, eu vou ficar eternamente grato!
ericorenatoserra@gmail.com
Em breve vou publicar um post sobre o American Jazz festival de 1961, escrito pelo Mestre Raffaelli!
Abração!
É issso aí, B.B.King, É o Tcham, Cláudia Leite, etc....esses são os personagens dos festivais de jazz. Newport, Montreux, Montreal e outros festivais ditos importantes, quando apareceram no cenário mundial, os musicos de maior expressão já estavam (a maioria deles) em final de carreira, preocupando-se apenas em ganhar dinheiro, apoiados em suas famas, apresentavam-se mais como uma confraternização e para conhecer os lugares paradisíacos onde se realizavam tais festivais (semelhante a apresentação dos jogadores de futebol em peladas de final de ano). O repertório era na maioria recheado de músicas esdrúxulas, improvisos sem nexo feitos em cima da hora com longos solos enjoativos e músicos apresentando-se para platéias que pouco se "ligavam ao jazz", na maioria das vêzes "turistas" bebados e drogados que só queriam curtir o oba-oba da ocasião. Pouquíssimos Festivais de Jazz se salvaram e assim mesmo com restricões. O resto é historinha do "boi-tatá".
Vixe Maria1 o homem não tomou o remedinho dele hoje! Valei-me meu São Serapião!!!!
Pra descontrair, ouço Stan Getz, no disco The Dolphin (onde ele faz uma versão magistral da música do nosso Luiz Eça) e depois vai rolar o Spring Is Here - dois discaços da Concord.
Opa, disco das Concord e festivais de jazz não dá, não é meu destruidor intergalárico?
Acho que depois que um exterminador planetário passa dos mil e trezentos anos ele começa a ficar meio assim...
Mr. Érico, eu não concordo, mas acho o Zé Fernandes, digo, o Predador, fundamental!
Abraços.
É uma delícia saber (de alguns) e recordar (de outros) festivais de jazz pelo mundo a fora...
Eu presenciei por 8 anos seguidos o Free Jazz no Rio, com shows no teatro do "falecido" Hotel Nacional e as canjas maravilhosas no Jazzmania.
No dia da Chick Corea Eletric Band o show durou até as 2h e a canja foi até as 7k... E eu estava lá...
"... e a canja foi até as 7h".
Por tres maravilhosas noites assisti aqui no Anhembi,o primeiro Jazz Festival,em 1978.
Dexter Gordon,Charles Mingus,Etta James,Larry Coryell e Philip Catherine(Deliverance-Dueling Banjo)entre tantos outros me deliciaram.
Na época,uma emissora de radio e tv em FM(Cultura)transmitiu ao vivo direto do Palacio de Convenções o festival.
Munido de um recem adquirido receptor e um gravador em fitas K7, da Gradiente,perpetrei partes do mesmo,com locução original e tudo mais.
Ainda tenho as fitas,e costumo de vez em quando ouvi-las.
Já estao ficando ruins,mas a mágica que elas contem,estão comigo a muito tempo.
Marco Otavio Baruffaldi
Caros Sérgio, Fig e Marco Otávio (a quem dou as boas vindas e espero que se junte à nossa confraria),
Pois é, o Mr. Predador às vezes deixa os comprimidos em Predatória e aí dá nisso!
Mestre Fig, devem ter sido momentos inesquecíveis - o Tandeta contou uma vez que o Freddie Hubbard foi ao Jazmania, durante uma das edições do Free Jazz e adorou a galera. Pô, só de ver de perto monstros como Chick Corea, Sonny Rollins e outros, já vale muito a pena.
Seu San, quem é Zé Fernandes?
Marco Otávio, o Edison me disponibilizou o pDF do programa e eu fiquei aqui só imaginando que maravilha - imagino que quem foi jamais esqueceu!
Grande abraço aos três!
Cá pra nós, que solo do Jack DeJohnette, hein?!
Zé Fernandes era do tempo do JAZZ com letra maiúscula. Embora atuasse em outro ramo de atividade musical, se ouvisse Chick Corea, Larry Coryell, Phillip Catherine e tantos outros citados, sem expressão jazzística e que só queriam aparecer, certamente daria nota ZERO para todos eles. Agora explico(se estiver errado, seu San, a quem foi dirigida a pergunta, me corrija): Zé Fernandes foi um crítico musical e jurado de programas de TV (especialmente do Flávio Cavancanti)que não perdoava e dava nota ZERO quando julgava cantores/as ou músicos/as ruins, semelhantes aos que geralmente se apresentavam na maioria dos Festivais ditos de Jazz, especialmente os realizados no Brasil.
Mestre Predador,
Então você acha que Chick Corea, Larry Coryell e Phillip Catherine não possuem "expressão jazzística" e "só queriam aparecer"?
Valei-me, meu São Serapião!
O Coryell vai pintar em breve por aqui, em um discaço com o Kenny Barron - duvido vc dizer que esse disco é ruim!!!!
O cara toca muito! Claro que o prefiro em contextos mais jazzísticos, na companhia de feras como Buster Williams, Hank Jones e outros batutas, mas nãpo se pode dizer que não seja um excelente músico, não é?
Abração - esse ano vc começou muito ranzinza! Dewtonou o Ron Carter, os festivais de jazz, o Farrell!
O que está accontecendo? É a proximidade do aniversário de 1519 anos?
Caro Sergio Sônico aka Serge Chaloff,
Com relação a "Love & Peace - A Tribute to Horace Silver", de Dee Dee Bridgewater, é considerado o melhor disco da cantora. Segundo consta, quando ela pediu licença a Silver para gravar um álbum com suas composições, este respondeu que só autorizaria caso ele mesmo escrevesse as letras de cada tema e estivesse presente na gravação.
Se ele escreveu as letras, ignoro, pode até ser que sim, mas ele toca no referido CD. Quando Dee Dee apresentou-se numa edição do Free Jazz dos anos 90, trouxe com ela Hein de Vein (baixo) e André Ceccarelli (bateria, mas não lembro quem foi o pianista. Também vieram os irmãos Stephane (trompete) e Lionel (sax tenor) Belmondo, que um bicão da imprensa carioca apressou-se em publicar que ambos eram filhos do ator Jean Paul Belmondo, o que era um grande furada...
Um adendo: não sou e nunca fui bicão, mas o baterista André (Dedé) Ceccarelli é filho de um ex-professor meu no tempo do Colégío Zaccarias, há muitos séculos. O pai, também chamado André Ceccarelli, era italiano de nascimento, mas logo após o pós-guerra mudou-se para Paris, onde André cresceu e tornou-se um dos melhores drummers europeus. Quando ele veio aqui com Dee Dee procurei-o para dizer que fôra aluno do seu pai, e ele logo pediu meu nome e endereço completo para contar ao pai sobre o encontro com seu ex-aluno.
Como não recebi nenhuma notícia posterior do meu ex-professor, considerei que o filho esquecera de dar o recado ou perdera o papel com meu nome e endereço.
Keep swinging,
Raffaelli
Mestre Raffaelli,
Seja mais que bem-vindo!
Ajudando a lançar luzes sobre as nossas incertezas e pondo os pingos nos "is".
O Ceccarelli é um grande baterista, tenho alguma coisa dele como acompanhante, inclusive um disco da Dee Dee em francês 9que é ótimo).
Os irmãos Belmondo são hoje bem badalados no circuito europeu - inclusive gravaram um disco com o nosso Milton Nascimento.
Interessante essa história do Ceccarelli - o mundo realmente é muito pequeno!
Grande abraço!
Mr. Predador & Mr. Raffa, dando uma do dono da casa... ao 1º digo q não entendi bem se foi uma pergunta q me fez se o "meu" Zé Fernandes é o mesmo seu citado. Sim, é. Sou do tempo... Um moleque, mas a persona ficou gravada na memória, lembro-me até das costeletas...
Caro, mr. Raffa, grato sempre muito grato pelos esclarecimentos. Não há na internet, pelo menos até onde minha paciência conseguiu pesquisar a resposta para quem screveu a letra de Nica's Drem, e isso é um caso mais estranho ainda sendo o autor da letra dessa música o próprio Horace Silver, porque? Porque a primeira frase da canão diz "The Sound happy and GAY"... Ora, se a música letra foi escrita em 1994 a palavra gay já estaria totalmente estigmatizada, concordam, os leitores. Quando fiz a minha própria tradução, lembrei-me no ato do bordão do Capitão Gay do Jô, que dizia: Isso, Gay! Quer dizer aleggria, otimismo, gente pra cima, alto astral!... Enfim, se eu quisesse escrever algo como foi escrito, uma ode ao jazz e a própria Nica's Dream, não diria q é uma canção gay, nem na melhor das intenções sem preconceito.
Masanfã, quem sou eu pra criticar Horace Silver?
Abraços a todos.
corrigindo, a letra no original está assim:
A song happy and gay,
A song that we know
All the musitians will play.
You know, so it would seem,
Everybody loves NICA'S DREAM.
A song loaded with love.
A sweet melody Given by angels above.
You know, so it would seem,
Everybody loves NICA'S DREAM.
Bridge
She had a vision
That jazz would one day be
The music that's of
The future, you see.
Don't you agree?
We'll help to see that
Her vision will come true.
And all the world will be
Blessed by it too.
This song is here to stay my friend.
Just wait and see.
The people have made
It part of jazz history.
You know, so it would seem,
Everybody loves NICA'S DREAM.
E o Jô )Captão Gay) diria "alto astgal" com aquela língua pgesa à Clovis Bognai...
Realmente esse negógio de "song happy and gay" ficou meio estranho no contexto. Como diriam Carlos Massaranduba e Zeca Bordoada (do saudoso TV Pirata):
- Vou dar Porrada!
Mas relaxa, Mr. Sérgio, estamos no século XXI! Por isso mesmo, como diriam as Frenéticas: "abra suas asas, solte suas feras..." :-)
Abração!!!
Prezado Marco Otavio Baruffaldi ,
Como você esteve presente no I Festival de Jazz de São Paulo e gravou algumas fitas cassete documentando aquele clima maravilhoso que reinou em todo o evento, também tenho algumas fitas gravadas por um amigo paulista que cedeu-me gentilmente.
Numa delas, após Dexter Gordon entrar no palco com seus músicos, ele foi ao microfone para saudar o público e, com aquela voz algo cavernosa, e em castelhano fluente, assim saudou a platéia: "Buenas tardes senhoras, senhores e senhoritas", desencadeando sonoras gargalhadas dos presentes.
O fato dele falar castelhano fluentemente não era supresa porque, tendo sido criado em Los Angeles, aprendeu o idioma na convivência com "chicanos".
Acredito que você tenha a referida gravação. Após a referida saudação, ele estraçalhou literalmente num solo memorável do clássico "More Than You Know", cuja letra recitou antes de tocar. Foi um dos melhores solos que ouvi em qualquer dos festivais de jazz realizados no Brasil.
Keep swinging,
Raffaelli
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"Одна женщина, которая страдала кровотечением двенадцать лет, воз потерпела через многих врачей, истощила всегда, сколько было у ней, и не получила никакой пользы, только пришла опять в худшее состояние, - услышав относительный Иисусе, подошла сзади в народе и прикоснулась к одежде Его, причинность говорила: разве хоть к одежде Его прикоснусь, то выздоровею. И безотлагательно иссяк у ней причина крови, и она ощутила в теле, сколько исцелена через болезни. В то же эра Иисус, почувствовав Сам в Себе, что вышла из Него причина, обратился в народе и сказал: кто прикоснулся к Моей одежде? Ученики сказали Ему: Ты видишь, который народ теснит Тебя, и говоришь: кто прикоснулся ко Мне? Но Он смотрел вокруг, для любоваться ту, которая сделала это. Женщина в страхе и трепете, зная, сколько с нею произошло, подошла, пала перед Ним и сказала Ему всю истину. Он же сказал ей: дщерь! религия твоя спасла тебя; иди в мире и будь здорова через болезни твоей."(Мк.5:25-34)Но разве веры(уверенности) не хватает, то позволительно и далее сообразно врачам...Всё лучше, чем подвиги выше сил брать. [url=http://tutledy.ru/zhenshchina-i-muzhchina/103-chto-podarit-muzhchine.html]что подарить мужчине[/url]
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Viajando...!
Assisti a quase TODAS as apresentações do l festival de Jazz de São Paulo, em 1978; assisti umas tantas do II festival,o que era mais in tradition. Neste exato momento, ouço Larry Coryell...
Abraços
Viajando...!
Assisti a quase TODAS as apresentações do l festival de Jazz de São Paulo, em 1978; assisti umas tantas do II festival,o que era mais in tradition. Neste exato momento, ouço Larry Coryell...
Abraços
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