Amigos do jazz + bossa

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

O FRASEADO SEDUTOR DE UM MESTRE DAS SEIS CORDAS


O guitarrista, compositor, arranjador e educador musical Kenneth Earl Burrell nasceu no dia 31 de julho de 1931, na cidade de Detroit, no seio de uma família extremamente ligada à música. A mãe era integrante do coral da igreja batista que a família freqüentava e também tocava piano. O pai tocava banjo e ukelele e dois de seus irmãos tocavam guitarra. Aos doze anos, incentivado por eles, Kenny começou a tocar contrabaixo e guitarra, optando, definitivamente, por este instrumento, sendo que o contato formal com a música iniciou-se na Miller High School.

Dentre as principais influências, Burrell sempre citou os nomes de Oscar Moore, Charlie Christian e Django Reinhardt, no âmbito do jazz, e T-Bone Walker e Muddy Waters, no âmbito do blues – outra das grandes paixões musicais do guitarrista. A música erudita entrou em sua vida através das aulas de Louis Cabara, um renomado professor local, de quem Burrell foi aluno durante a adolescência. Posteriormente, já na universidade, retomaria o contato com a música erudita, estudando violão clássico com Joseph Fava.

No final dos anos 40 e início dos anos 50, ao mesmo tempo em que estudava composição e teoria musical na Wayne State University, Burrell participava ativamente da movimentada cena jazzística local, tocando com expoentes do naipe de Donald Byrd, Paul Chambers, Tommy Flanagan (ao lado de quem criaria seu primeiro trio, completado pelo baixista Alvin Jackson), Pepper Adams, Frank Foster, Yusef Lateef e os irmãos Hank, Thad e Elvin Jones.

Uma história engraçada envolve Kenny e o pianista Tommy Flanagan. Certa feita, Charlie Parker faria uma apresentação em Detroit, mas eles não podiam entrar no clube porque ainda eram menores de idade. A solução encontrada, para parecer mais velhos, foi pintar bigodes falsos. O estratagema funcionou e a dupla de marotos pôde assistir, sem ser importunada, ao concerto do ídolo.

Em 1951, participou de sua primeira gravação, a bordo de um combo liderado por Dizzy Gillespie e que incluía John Coltrane, Milt Jackson e Percy Heath. Outros grandes músicos de passagem por Detroit também ficaram impressionados com a técnica do garoto e o convidaram para integrar seus combos e orquestras, como Illinois Jacquet. Alguns anos depois, concluído o bacharelado na Wayne State University, em 1955, Burrell excursionou com Oscar Peterson, substituindo o então titular Herb Ellis. Após a turnê, ele se mudou para Nova Iorque, em 1956.

Ali, em pouco tempo, se consagraria como um dos mais requisitados músicos do período e tocaria com grandes nomes do jazz, como John Coltrane, Gil Evans, Stan Getz, Milt Jackson, Sonny Rollins, Quincy Jones, Tony Bennett, Benny Goodman (substituindo ninguém menos que o ídolo Charlie Christian), Kenny Dorham, Coleman Hawkins, Billie Holiday, Ray Charles, Herbie Hancock, Miles Davis, Charlie Parker, Bill Evans, Frank Foster, Hubert Laws, Gene Ammons, Herbie Mann, Jimmy Smith, Frank Wess, Stanley Turrentine e Cedar Walton.

A partir de então, Burrell também construiu uma fabulosa carreira solo, liderando seus próprios conjuntos e gravando álbuns para selos como Blue Note, Prestige, Verve, Savoy, Fantasy, CTI, 32 Jazz, Cadet e Concord. Sua discografia é soberba, qualitativa e quantitativamente, e inclui álbuns antológicos como “The Cats”, ao lado de Tommy Flanagan, “Two Guitars”, com o virtuose Jimmy Raney, e o espetacular “John Coltrane With Kenny Burrell”.

Um dos pontos altos dessa alentada discografia é, sem dúvida, o aclamado álbum duplo “Blue Lights – Vol. 1 & 2”. Gravado “ao vivo” no dia 14 de maio de 1958, em um estúdio montado na boate do hotel Manhattan Towers, o guitarrista está no esplendor de sua forma e absolutamente inspirado. Como é praxe com os discos da Blue Note, o som cristalino e envolvente, cortesia do mago Rudy Van Gelder, permite ao ouvinte captar toda a exuberância dessa luxuosa jam session transformada em disco.

O escrete que acompanha Burrell nessa primorosa aventura musical é de tirar o fôlego: Louis Smith no trompete, Tina Brooks e Junior Cook no sax tenor, Duke Jordan e Bobby Timmons no piano, Sam Jones no baixo e Art Blakey na bateria. Curiosamente, esta seria a primeira gravação de Jones, Brooks e Cook para a Blue Note.

Além da música de excepcional qualidade, outro atrativo é a belíssima ilustração da capa, de autoria de Andy Wharol (que, antes da fama, também fez capas para inúmeros discos de jazz, como “The Congragation”, de Johnny Griffin, “Trombone By Three”, de J. J. Johnson, Kai Winding e Bennie Green e “Both Feet In The Groove”, de Artie Shaw).

Abrindo os trabalhos em grande estilo, “Phinupi” é um vigoroso bebop de autoria do líder, tributário dos grandes boppers que mudaram a face do jazz nos anos 40, especialmente Charlie Parker e Dizzy Gillespie. Louis Smith rouba a cena, com seus solos anabolizados e tecnicamente perfeitos e a usina sonora chamada Blakey mostra porque é um dos papas da bateria em qualquer época. A agilidade de Burrell impressiona e seus solos são altamente criativos, nesta faixa em que o piano é conduzido, com a maestria habitual, por Jordan.

Sempre em busca de novas possibilidades harmônicas, Burrell também é o autor de “Yes, Baby”, um blues pesado, maciço, e os sopros de Smith, Cook e Brooks cuidam de fazê-lo ainda mais encorpado. O piano de Jordan e o baixo de Jones chamam para si a responsabilidade pela coesão do septeto. Burrell é sempre bastante expressivo e sabe usar a sua inesgotável capacidade técnica para criar climas ora sombrios, ora efusivos.

A luxuriante “Scotish Blues”, de Duke Jordan, empolga. A formação aqui é, novamente, o septeto, com o autor do tema ao piano. Burrell e Blakey, soberbos, são os destaques individuais. “The Man I Love”, dos irmãos Gershwin, recebe um arranjo singular, sem a participação dos saxofonistas. A fabulosa introdução e o gutural solo de Jones merecem audição atenta, assim como as intervenções de Smith, sempre muito bem concebidas e executadas.

“I Never Knew”, outro tema do líder, fecha o primeiro volume em grande estilo, com a sua levada bop contagiante e seus quase treze minutos de pura energia. O discípulo de Charlie Christian mostra que absorveu muito bem as lições do mestre, desenvolvendo suas idéias com fluidez e uma velocidade estonteante. O primeiro solo de saxofone cabe a Brooks, cujo vigor e inventividade o colocam entre os maiores saxofonistas dos anos 50/60. Em seguida, Smith se encarrega de manter a temperatura elevada, preparando o terreno para o antológico solo do vibrante Cook.

O segundo volume abre com uma demolidora versão de “Caravan”. Louis Smith, o trompetista que trocou os holofotes pelas salas de aula, se encarrega de alguns dos mais incandescentes solos do álbum. Cook e, logo em seguida, Brooks, proporcionam um banquete auditivo digno de Pantagruel. No piano, o endiabrado Bobbby Timmons encharca as desérticas paisagens do Saara com uma fabulosa dosagem de blues, diretamente do Delta do Mississipi.

“Chuckin’” é um petardo de autoria de Sam Jones, com uma atuação magistral de Timmons, de Burrell e de Brooks. Bebop de primeira, com espaço para longos e deliciosos solos, em seus mais de doze minutos de duração. “Rock Salt”, outra grande composição de Burrell, também envereda pelo blues, mas de forma menos ortodoxa que em “Yes Baby”.

Fechando o álbum, “Autumn In New York”, com seu andamento dolente, é um prato cheio para o proverbial lirismo de Burrell. Seus dedos deslizam sutilmente pelas cordas, magnetizando a audição – e a bateria de Blakey é de uma delicadeza comovente. Sam Jones e Bobby Timmons completam a formação, com um desempenho fabuloso. É, ninguém precisa de castelos na Espanha, quando pode usufruir do outono em Nova Iorque, a bordo desse luxuosíssimo álbum! Se você não tem nenhum disco de Burrell, esse é mais que indicado para começar a sua coleção – e guarde espaço na estante, porque certamente você vai precisar.

Considerado um dos mais completos guitarristas da história do jazz, dono de um fraseado elegante e altamente lírico, Burrell é capaz de executar, com a mesma facilidade, tanto as intrincadas harmonias do bebop quanto os eletrizantes compassos do funk e do rhythm and blues – não por acaso, Burrell também acompanhou o Grandfather Of Soul, James Brown. O blues também está intensamente impregnado em sua forma de tocar, daí dizer-se que ele é o mais negro dos guitarristas brancos de jazz.

Outra característica que se costuma creditar a Burrell é o fato de ter sido considerado o guitarrista preferido de Duke Ellington. Apesar de jamais terem gravado juntos, o pianista e o guitarrista chegaram a dividir o palco algumas vezes e desenvolveram uma profunda e respeitosa amizade. Como retribuição à deferência do maestro, Kenny gravaria diversos discos em sua homenagem, como “Ellington is Forever, Vol. 1”, de 1975, e “Ellington is Forever, Vol. 2”, de 1977, ambos para a Fantasy, e “Ellington A La Carte”, de 1983, para o selo Muse. Além disso, Ellington teria papel decisivo em sua vida acadêmica – seus cursos na UCLA, onde é professor e diretor do Departamento de Estudos de Jazz, incluem diversos seminários e workshops sobre a vida e a obra do maestro.

Nos anos 80, Burrell também fez parte da Philip Morris Superband, uma orquestra all-star que incluía o pianista Gene Harris, o baixista Ray Brown, o trompetista Harry “Sweets” Edison, o saxofonista Ralph Moore e muitos outros grandes nomes do jazz. Não é por acaso que o guitarrista é considerado um dos mais importantes embaixadores do jazz em atividade e o reconhecimento tem vindo sob a forma dos inúmeros convites para tocar em festivais do mundo inteiro e também dos diversos prêmios e lauréis que recebeu ao longo da carreira.

Alguns dos principais prêmios e homenagens recebidos por Burrell foram o título de Jazz Master concedido pela National Endowment for the Arts (NEA), em 2005, o prêmio de Jazz Educator Of The Year, dado pela revista Down Beat em 2004, além do título de Doutor Honoris Causae e do prêmio Ellington Fellowship, ambos concedidos pela prestigiosa Universidade de Yale, em 1997. Sua influência pode ser sentida no trabalho de guitarristas como Grant Green, Steve Ray Vaughan, Russell Malone e Pat Martino.

Vencedor de inúmeros concursos de melhor guitarrista de jazz, por revistas como Jazz Times, Down Beat e Metronome, Burrell se mantém em intensa atividade desde o início dos anos 50 e está às vésperas de completar 60 anos de uma carreira brilhante. Fundou e dirige a Jazz Heritage Foundation, uma entidade dedicada à promoção do jazz (e cuja orquestra, a Jazz Heritage All-Stars, costuma fazer apresentações na região de Los Angeles) e integra diversas associações de compositores e educadores norte-americanos. Ele também é autor de dois livros: Jazz Guitar e Jazz Guitar Solos.

Burrell será um dos homenageados do Grammy de 2010, que o distinguirá com o prêmio Salute To Jazz, em cerimônia marcada para o dia 31 de janeiro. Aliás, sua composição “Dear Ella” foi incluída por Dee Dee Bridgewater em seu álbum tributo de mesmo nome, que recebeu o Grammy de melhor álbum de jazz vocal de 1998. Para completar, Jimmy Hendrix, o maior guitarrista de rock de todos os tempos, também se rendeu ao talento do mestre e, certa feita, confessou: “Kenny Burrell possui o tipo de som que eu sempre busquei”. E quem somos nós para questionar Hendrix, não é mesmo?


33 comentários:

HotBeatJazz disse...

Ô¬Ô

Seu Érico,

excelente escolha, um dos grandes álbuns do Burrell, com a rara oportunidade de ouvirmos o talentoso Louis Smith. O time todo é de tirar o fôlego.

Abraços

Ô¬Ô

Érico Cordeiro disse...

Grande Mauro,
Prazer em tê-lo aqui no barzinho!
Pois é, esse disco é fantástico. Engraçado é que é um disco pouco badalado, apesar da qualidade das músicas e dos músicos envolvidos.
Merece ser conhecido, pois é muito bom mesmo!!!
Abração!

pituco disse...

érico san,

já disse no blog do salsa e repito acá...quando crescer, quero tocar guitarra igual a ele...rs

pouco badalado mas piramidal...

signore, já sabes que o pianista helvius naõ resistiu e faleceu no último dia 28?
pois é, coincidentemente na noite do show beneficente do kiko e sambajazz em prol do colega pianista...triste.

na noite em que o henfil faleceu, em sampa, nós estávamos fazendo uma apresentação com a mesma finalidade pra ele...muita gente, mas a notícia nos chegou, quando eu estava me apresentando...o show foi interrompido e foi o jô soares quem entrou em cena e anunciou...bom, não teve muito clima pra continuar, mesmo porque as músicas eram de tom humorístico...lembro-me que disse algo como...'henfil, humorista pode até morrer de doença séria, mas sua platéia continuará sorrindo...'

bom,
relacionei imediatamente a coincidência com o show do kiko.

abraçsons pacíficos

Érico Cordeiro disse...

Mestre Pituco,
Puxa vida!
Que coisa! Todo mundo torcendo pela recuperação dele e vem a roda viva e carrega o destino prá lá...
Tomara que ele tenha sido informado da mobilização dos amigos - acho que numa hora dessas saber que você tem bons amigos e que eles estão ao seu lado deve confortar bastante!
Tô meio sem palavras - ainda mais depois da história do Henfil - eu acompanhei um pouco da sua doença e lamentei muito a sua perda também - outro grande talento, originalíssimo!
Cara, um abraço! Que o Helvius descanse em paz e que fique em um ótimo lugar!

Salsa disse...

Helvius era uma cara super alegre. No breve contato que com ele mantive, ouvi algumas dezenas de piadas e causos também hilários envolvendo nossos músicos. Grande perda.
Burrell é o primeiro guitarrista da minha discoteca. Gosto muito.
Valeu, Érico.

Andre Tandeta disse...

Erico,
pois é,Helvius nos deixou . Não sei se foi possivel ele saber da mobilização para o show ontem na Modern Sound .
Sabemos que todos um dia iremos embora mas no caso do Helvius,como em outros, fica a sensação que foi cedo . A musica brasileira perde um grande musico,um profundo conhecedor da arte de acompanhar e uma figura maravilhosa,sempre bem humorado e alto astral.
Agradeço a voce por ter divulgado com destaque a campanha para ajuda-lo. Agora quem precisa de ajuda são os que ficaram .
Abraço

figbatera disse...

Beleza de música, Érico; vc pode "pandiá-la" pra mim?

A lamentar, apenas a notícia da ida do mineiro Hélvius...

Abração!

Érico Cordeiro disse...

Caros Salsa, Tandeta e Fig,
Infelizmente, perdemos um grande músico.
Além de tudo, pelo relato de quem conviveu com ele, um grande ser humano.
Uma pena!
Abração aos três!

dizzy disse...

Uno de los más grandes de las seis cuerdas. Un gran disco "Midnight Blue", y su colaboración con Paul Chambers "Bass On Top". Felicidades y obrigado por esta música

Érico Cordeiro disse...

Grande Dizzy,
Bienvenido!
Dois ótimos discos, o "Midnight Blue" e o "Bass On Top". Sobre o Chambers, já postei algo aqui no jazz + bossa.
O Burrell é fantástico - e sua discografia é gigantesca (seus discos são excelentes)!
Um grande abraço!

Sergio disse...

O sr. vai muito de pressa, seu san. Assim não pode, assim não dá. Ainda não li. Mas adoro esse guitarrista e o álbum é excelente!

Então tomarei a liberdade para mudar de assunto só um cadin, aproveitando um papo aqui entre os amigos. Seu Tandeta, meu amigo, calma!...

Quanto ao bom músico brasileiro q passou, insisto: tenhamos uma relação menos lamentosa em relação à morte... Vcs viram a matéria de capa duma Época dessas da vida? Na foto em close de adolescente, um título como "Ele pode ser imortal". A matéria dá conta de q a ciência em mais alguns 50 anos "evoluirá" ao pondo de solucionar a questão da morte para nós reles mortais. Ninguém mais morre nessa p...! E, de 2050 em diante todo mundo tbm terá o direito de manter seus corpitchos saradinhos... Ninguém quem cara-pálida? O favelado? O operário que ganha salário mínimo ou o neto do Sarney, do Collor, um Calheirinhos... que fofucho... Que tal esse plano na real?... Se bem que... Aqui... Em Brasília, 19 horas eternamente os mesmos, já é assim desde que o meu mundo é e-mundo.

Com todo respeito, seu Pituco san e a todos os que sofrem, é sério: o nosso amigo Helvius, deu uma saidinha a passeio. Tirou umas férias. E quando alguém tira férias, viaja, a gente deseja boa viagem. Ninguém fica lamentando a viagem de um amigo... É claro q considero a perda, sei da dor de quem fica, numa ausência q é para sempre. Mas não custa irmos nos acostumando a não lamentar tanto. Pq, dizer o óbvio agora faz-se necessário: se a morte é inevitável. É melhor que seja uma boa morte, sem sofrimento, sem internação, sem “respira por aparelhos”... Até porque, pensando bem, algum de nós quer viver num mundo de “mafagarfos” cheio de mafagarfinhos brotando como erva daninha das estufas das duas cúpulas do Planalto Central, se perpetuando e marfagarfando os nossos sonhos daqui há 50 anos para além da eternidade? Acho que nem a pau!

Não estou aqui querendo catequizar ninguém, mas é por isso q me tornei budista (seu san Pituco, tu já ta na terra, se atira! Bem, só catequizei Pituco por motivos óbvios...) e num depoimento de uma mulher, cuja família já era budista há 3 gerações ela contava que a mãe, a pessoa mais apegada a vida que ela conhecia, quando a morte se aproximava, ela já tinha evoluído tanto dentro da filosofia que não estava mais temendo o seu fim, mas estava sim, curiosa com o que iria encontrar por lá! Não é pra ser uma viagem? Pra ele É! Então é muito mais interessante morrer curioso com o que vem, do que agarrado a cama – mesmo que a viagem seja só uma ilusão. Mas agente (mais especificamente, eu e a minha tchurma) sabe que não é.

Era isso. Abraços! Foi de coração.

Voltando à música, lembrei-me q alguém está fazendo uma enquete sobre o melhor solo. Acreditem, mas cheguei aqui pra dar meu pitaco nesse assunto: acabo de ouvir um solo do Oscar Peterson q pode numa boa ser indicado. Está no álbum, Oscar Peterson Trio, de 1959, na faixa 05 - the maids of cadiz (maidens of cadiz). É um assombro! A música toda é um assombro... Acho q foi ele(a) q me inspirou.

Érico Cordeiro disse...

É, Mr. San,
Gostei do depoimento.
Foi sincero e profundo - ainda precisamos evoluir bastante prá chegar a esse ponto e ter uma relação saudável com a idéia da morte.
Quanto ao Peterson, acho que não tenho esse disco (dá prá scanear a capa?).
Abração!

Sergio disse...

Depois de escrever esse desabafo bricante - sempre tem q ter humor, né? E uma historinha... Enfim, assim q escrevi, fui atrás da capa desse disco e até onde googlei, esse disco não existe, seu érico san! Não está no amazon, não está no allmusic e com existem vários álbuns Oscar Peterson trio, eu procurei justo pela faixa 5 q destaquei aqui, pq as outras do álbum são standards com 1000.000 de versões. Te passarei (e a todos q interessar) a lista, pq o disco é excelente, baixei no soulseek, então o dono do arquivo pode ter feito uma compilação, sei lá. Aí vai exato como baixei:

oscar peterson trio with ray brown and ed thigpen - 1959

1)All Of Me 03:22
2)Come Dance With Me 02:20
3)Learning The Blues 03:38
4)You Make Me Feel So Young
02:38
5)The Maids Of Cadiz (Maidens Of
07:41
6)The Birth Of The Blues 02:35
7)Witchcraft 03:10
8)How About You 03:12
9)Just In Time 01:51
10)Love For Sale 03:28
11)In The Still Of The Night
02:50
12)Just One Of Those Things
02:22
13)It's Allright With Me
02:52
14)Night And Day 02:31
15)Easy To Love 02:35
16)I Love Paris 02:10
17)I Concentrate On You 03:09

E é isso tudo q sei.

Valeu, seu san.

dade amorim disse...

O Jazz é tudo de bom, Érico.
Estou colecionando seus posts, vale a pena.
Abraço.

Érico Cordeiro disse...

Valeu, Mr. San - procurá-lo-ei (gostou da mesóclise?!?!).
E querida Dade, é sempre um prazer recebê-la por aqui!
Seja muito bem vinda e fique à vontade aqui no barzinho virtual!!!!
Abraços aos dois!!

Andre Tandeta disse...

SerSonico:
me desculpe a franqueza mas pra mim essa sua filosofia é de porta de banheiro de festa de doidão. Anos 70.
Sinto muitissimo a perda do Helvius e sentirei todas que certamente virão.
Calma é o @#$%¨&*!

Sergio disse...

Seu Tandeta, eu disse "calma" pq ia sair do assunto Kenny Burrell para outro. Êita ferro.

Pelo visto, a falta de calma é evidente, a de humor patente, só não contei com as outras.

Andre Tandeta disse...

Erico,
peço desculpas a voce pelo barraco. Não sou de ficar vendo tanta bobagem calado. Se o bobão metido a sabido e vivido,que nem o proprio nome assina, quiser pode me escrever:andre.tandeta@gmail.com e poupar os demais amigos dessa xaropada pseudo filosofica . Obrigado pela sempre elegante paciencia comigo e pelo excepcional blog.
Devido as circustancias creio ser apropriado um periodo de afastamento,uma pausa para meditação.
Até breve.

PREDADOR.- disse...

Calma gente! Devemos respeitar este momento triste de perda do Helvius. De qualquer maneira se mr.Tandeta quiser lhe empresto meu "detonador atômico". Quanto ao Burrel, meu guitarrista preferido, não cabe acrescentar mais nada. Escolha de músico acertada e resenha perfeita mr.Cordeiro.

Érico Cordeiro disse...

É isso aí, Mr. Predador!
Calma, pessoal - todo barzinho tem lá suas discussões mais acaloradas e aqui não é diferente.
Seu Tandeta, não precisa radicalizar - é claro que o que o Sérgio quis dizer é que quem segue uma religião como a budista encara a morte e a perda de uma forma diferente - não se se isso tá certo ou tá errado, mas acho que quem pensa dessa forma acaba sofrendo menos com a perda de um ente próximo.
Seu Sa, não sei se concordo com o que você disse, mas reconheço que quem professa o budismo acaba tendo uma postura de menos sofrimento em relação à morte - pelo menos foi o que eu entendi.
É claro que todos nós lamentamos a morte de um artista, ainda mais quem pôde conviver com ele, mas a gente não precisa ficar brigando por causa de crenças, credos, convicções filosóficas, etc.
E uma rodada de chopp virtual prá todo mundo, por conta da casa!!!!
Abração aos três e nada de afastamento, viu Seu Tandeta?

pituco disse...

minha religião é música...e o palestra itália...rs

sérgio san, deixei comentário lá em teu blog, evitando poluirmos esse espaço bacanudo do érico.

desculpe, érico.

abraçsonoros e pacíficos

Sergio disse...

Seu Érico, com sua gentileza e perspicácia, tratou de varrer o baxastral! Até a Xuxa, a rainha dos baixinhos, mesmo sem ser convidada, veio em seu socorro.. Foi o que quis dizer, seu san. E se o Helvius fosse meu melhor amigo, me sentiria confortado pelo q o tal do sônico disse. E por aqui tá bom pra pontuar o final.

Celijon Ramos disse...

Érico,
tava lendo esse belo texto sobre a belíssima execução de Burrell e fiquei pensando na lista de grandes músicos que apresentaste aqui no blog e quão bela é essa homenagem a eles que tantos lindos e emocionantes sons produziram e que ainda nos encantam.
Pensei também o quanto essa atitude é generosa, pois permite a muita gente que gosta de jazz e a tantas outras que vão se interessando pelo jazz a tomar conhecimento e aproximar-se com propriedade do fantástico universo da música.
Um grande abraço!

Érico Cordeiro disse...

Grandes Pituco, Sérgio e Celi (o compadre-san),
Serenados os ânimos, agora é contagem regressiva para o show do mestre dos mestres B. B. King, em março, em Sampa!
E aí, quem se habilita? Sei que vai rolar no Rio, mas a data em Sumpaulo tá menos complicada - que tal um encontro de blogueiros e amigos dos blogs prum chopp de verdade?
Compadre Celi tá nessa também - e com essas palavras bonitas asssim seu velho compadre vai fica encabulado (nada parecido, é claro, com o que aconteceu com nosso amigo Pedro, por conta de uma atitude - digamos temerária - do inenarrável Badauê, nos heróicos tempos da UFMA dos loucos anos 80)!!!!
Abração aos três!!!!

Esther disse...

Hola Érico,

Burrell es uno de mis guitarristas preferidos. Me ha encantado tu entrada. Un abrazo!

Me has inspirado una entrada sobre Kenny.

Besos!

Érico Cordeiro disse...

Querida Esther!!!
Quanta honra, tê-la aqui no jazz + bossa!!!
Ganhei a semana - ou melhor, o mês!!!!
Tenho falado a todos os amigos o quanto o seu blog é sensacional - aguardarei as fotos do Burrell!!!
Também adoro esse guitarrista fabuloso!
Bienvenida e volte sempre - você traz bons augúrios a esta casa!!!!
Um fraterno abraço, direto do Brasil!!!!!

Anônimo disse...

Olá, Érico.

Não tenho repertório para comentar tanto do que há aqui. Mas tenho vontade suficiente para querer, simplesmente, ler, "ouvir" e aprender...

Um abraço.

Érico Cordeiro disse...

Prezada Katyuscia,
Seja muito bem vinda!
É sempre muito bom tê-la a bordo!
O mais importante aqui no barzinho é a presença dos amigos - se eles estão curtindo a musica, então fica tudo perfeito!
Um fraterno abraço e uma ótima semana prá você!!!!

Nauro Baptista disse...

Erico, muito legal o seu blog.
Tá nos favoritos! Vc conhece o God bless the child, que tem um helicóptero na capa?
É muito bom.
Abs. :)

Nauro

Érico Cordeiro disse...

Caro Nauro,
Seja muito bem vindo e, por favor, junte-se à nossa confraria. Obrigado pelas palavras gentis e fico feliz que tenha gostado!
Não conheço esse disco do Burrell, mas já ouvi falar dele (saiu pela CTI, salvo engano). Mais um prá listinha!!!
Grande abraço e obrigado pela dica!

Anônimo disse...

Show!!!
Muito bom o post !
Parábens!!!

Érico Cordeiro disse...

Caro ...,
seja bem-vindo e, por favor, junte-se à nossa confraria. Obrigado pelas palavras gentis e volte sempre!

Anônimo disse...

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