Amigos do jazz + bossa

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

ELE MORREU DE TANTO VIVER



“O Caminho dos Excessos conduz ao Palácio da Sabedoria. A prudência é uma velha donzela, cortejada pela incapacidade. Quem deseja, mas não age, gera a pestilência”. A frase de William Blake, constante do seu célebre Provérbios do Inferno, parece ter norteado a vida de muitos músicos de jazz. E um dos que viveu com a intensidade e a volúpia que as palavras do poeta londrino preconizam foi Robert Henry Timmons.

Bobby Timmons, pianista que inscreveu seu nome no panteão dos grandes criadores do jazz, graças às suas composições “Dat Dere”, “Joy Ride” e, sobretudo, “Moanin’”, era daquele tipo de pessoa que queria viver tudo ao mesmo tempo, agora. Nascido no dia 19 de dezembro de 1935, em Filadélfia, foi criado pela mãe e pelo padrasto, um severo pastor batista. Aos seis anos já recebia as primeiras lições de piano e, pouco depois, já tocava o órgão da igreja comandada pelo padrasto. A educação musical formal se completou com as aulas na Philadelphia Musical Academy.

No início dos anos 50, o jazz entrou com veemência na vida do jovem Timmons, que passava horas ouvindo os discos de Art Tatum, Kenny Drew, Erroll Garner, John Lewis, Red Garland e Bud Powell. O conhecimento de teoria musical e os longos anos de estudo de música erudita permitiram ao pianista absorver tantas influências, amalgamá-las a uma enorme cultura musical de todas as vertentes da música afro-americana, como o blues, o soul, o gospel, os spirituals e o rhythm’n blues, resultando em um músico absolutamente original.

Com efeito, Timmons era um músico diferenciado, capaz de injetar em tudo o que fazia uma fabulosa carga de vitalidade, uma energia tão espetacular que, em pouco tempo, tornou-se grande demais para os padrões da cidade natal (que, diga-se, nada tinha de modesta e deu ao mundo sumidades como os irmãos Heath, Benny Golson e John Coltrane). Chegara o momento de conhecer outras paisagens.

Por essa razão, em 1954, mudou-se para Nova Iorque, onde, em pouco tempo, começou a chamar atenção de grandes músicos locais. Tocou com Kenny Dorham no seu projeto Jazz Prophets (1955/1956), Chet Baker (entre 1956 e 1957), Sonny Stitt (1957), Maynard Ferguson (1957/1958), Art Blakey (1958/1959 e, novamente, em 1960, por um curto período) e Cannonball Adederley (1959/1960).

Além dessas associações relativamente duradouras, Timmons também atuou como freelancer, acompanhando Hank Mobley, Arnett Cobb, Lee Morgan, Sam Jones, Donald Byrd, Dexter Gordon, Kenny Burrell, Dizzy Reece, Pepper Adams, Curtis Fuller, Johnny Griffin e Nat Adderley. Ao mesmo tempo, construiu uma belíssima carreira solo, gravando excelentes discos para selos como Riverside, Atlantic e Prestige.

Seu primeiro álbum como líder (“This Here Is Bobby Timmons”, de 1960) mereceu rasgados elogios da crítica à época e contou com a participação dos ótimos Sam Jones (b) e Jimmy Cobb (bt). Pelos sempre excelentes trios formados por Timmons, passaram grandes nomes do jazz, como os baixistas Keter Betts e Ron Carter e os bateristas Albert Heath e Connie Kaye.

Uma amostra de seu estilo altamente pessoal pode ser constatada no soberbo “Easy Does It”. Gravado em 13 de março de 1961, para a Riverside, o álbum contou com a esmerada produção de Orrin Keepnews. Mais uma vez ao lado dos fiéis escudeiros Sam Jones (b) e Jimmy Cobb (bt), Timmons desfia uma sensacional coleção de standards, além de apresentar três composições de sua própria lavra e uma ótima versão de “Groovin’ High”, de Dizzy Gillespie.

A percussão de Cobb marca o início da faixa título – composição de Timmons que abre o álbum – que traduz com exatidão o complexo leque de influências do pianista. Embora o tema seja um ótimo hard bop, há aqui também alguns elementos de soul, de funk e até samba (!), misturados com sabedoria e habilidade, além de muito goove e doses cavalares de energia – o devastador solo do baterista que o diga.

Avassalador é o adjetivo que me ocorre ao ouvir a acelerada execução de “Old Devil Moon”, velho cavalo-de-batalha do amigo Chet Baker, e que aqui recebe uma descomunal carga de adrenalina. Jones e Cobb atuam de forma absolutamente coesa, permitindo ao líder que exiba seu proverbial virtuosismo e a sua versatilidade inconteste. Em outro tema de sua autoria, “A Little Busy”, é a vez de Timmons exibir o seu absoluto domínio do vocabulário bop, acrescido de uma boa pitada de blues e soul.

O clássico “(I Don’t Stand) A Ghost Of A Chance” é tratado com toda a sensibilidade e elegância que merece, com Timmons evocando o lirismo de um Erroll Garner, construindo frases de delicadíssima textura, com uma longínqua pitada de blues. A suavidade e a precisão de Cobb nos tempos lentos são cativantes. Em “Pretty Memory” a alentada mistura de soul, blues e jazz resulta em uma composição robusta, de linhas melódicas muito bem arquitetadas, com absoluto destaque para a maneira magistral como Timmons explora as notas mais graves do seu instrumento.

“If You Could See Me Now”, de Tadd Dameron e Carl Sigman, imortalizada por Sarah Vaughan, é outra balada grande conteúdo emocional e um dos pontos altos do álbum. Essa belíssima composição é recheada de alterações de andamento, passando ao largo de qualquer linearidade – lembra, em alguns momentos, a fabulosa “Round Midnight”, de Monk. O baixo de Jones agasalha as sofisticadas harmonias inventadas por Dameron, enquanto Timmons disseca a própria alma sobre as 88 teclas do seu piano.

A swingante versão de “I Thought About You”, bluesy, contagiante e despretensiosa, deixa o ouvinte com a alma leve – por um momento é capaz até de esquecer as contas de telefone, luz, condomínio, cartão de crédito, escola das crianças... Acompanha-se com um discreto bater de pés e um alegre estalar de dedos! É de se ficar imaginando: como seria um disco de Sinatra, o “dono” da canção (que na verdade é de Johny Mercer e Jimmy Van Heusen), e esse trio? Ah, e ainda tem um solo antológico de Jones.

Fechando os trabalhos, o trio incendeia tudo, com uma radiante versão de “Groovin’ High”. Não faltam personalidade e histamina à execução, especialmente Cobb, cuja bateria vibrante pulsa como o coração de um torcedor em final de campeonato. Bebop de excelente cepa, da lavra de um dos pais fundadores do estilo, tocada com paixão e energia. Um disco que apresenta, de maneira bastante representativa, o espírito criativo e inqueto de Timmons e que enriquece qualquer discoteca.

Timmons, certamente, merece ter o seu nome inscrito no livro dos grandes nomes do jazz. Mas mesmo a fama e a admiração entre seus pares eram incapazes de aplacar o ânimo do pianista e sua atormentada busca por algo que nem mesmo ele sabia o que era. Essa busca culminou na descoberta do álcool e das drogas, elementos que, se não aliviaram de imediato o pesado fardo da existência, acabariam por ser decisivos no sentido de abreviar-lhe a vida e prejudicar a carreira.

E embora não tenha granjeado, em sua carreira solo, o sucesso comercial esperado, Timmons sempre foi um músico bastante requisitado. Ele jamais se deixou estagnar e nunca parou de buscar outras formas de expressão musical. Interessou-se seriamente pela música brasileira e gravou composições de Tom Jobim (Corcovado e O grande amor) e Baden Powell (Samba triste).

Ocorre que havia uma urgência e uma intensidade em sua forma de encarar a vida que nem os aplausos ao fim de cada concerto, nem o reconhecimento e nem o dinheiro – e ele ganhou bastante, pelo menos para os padrões do jazz, em virtude, dos royalties de “Moanin’” – conseguiram aplacar. Não é despropositado acreditar que Timmons tenha morrido de tanto viver.

Os excessos, finalmente, cobraram o seu preço. No dia 1º de março de 1974 Bobby Timmons faleceu, em decorrência de uma cirrose hepática. Tinha 38 anos e havia deixado atrás de si uma obra personalíssima – respeitável e digna de admiração. Muitos pianistas contemporâneos, como Ramsey Lewis, Les McCann e Gene Harris, beberam de sua fonte e bastam os primeiros acordes de “Moanin’” para se ter a certeza de que a sua breve passagem por este plano da existência valeu a pena.

45 comentários:

Andre Tandeta disse...

Erico,
Bobby Timmons era um musico da primeirissima divisão do jazz,daqueles que ajudaram a escrever o livro.
Suas participações nos "Jazz Messengers" e no quinteto de Cannonball Adderley são espetaculares,marcantes e contribuiram muito para o sucessso destes dois lendarios conjuntos.
Só uma ressalva:
ao citar grandes musicos vindos da Filadelfia faltou o nome de Philly Joe Jones, um dos mais importantes bateristas de toda a historia do jazz. Quando se fala nos grandes nomes do jazz,vindo de que lugar for, Tio Joe tem que estar incluido.
Abraço

John Lester disse...

Ínclito Mestre, em 2010 a morte parece rondar confiante o já fragilizado jardim do jazz. Perdemos há pouco o saxofonista George Ganarian, peça fundamental do xadrez jazzístico russo.

Mas vamos sobrevivendo de tanto morrer. Grande abraço, JL.

figbatera disse...

É uma pena esses caras destruirem suas vidas tão cedo; um sagitariano como eu (do mesmo dia) que poderia estar por aí ainda espalhando seu grande talento "ao vivo".
Bela resenha, mestre; só faltaram algumas faixas do álbum pra gente ouvir...

Sergio disse...

FINALMENTE, seu San!!! Ainda nem li. Cheguei agora em casa. Mas, q título!

Don Oleari disse...

Dr. Mr Érico:

acho engraçado aquele seu "jazzófilo amador" do seu perfil. Aí, penso (além disso, ainda cometo a heresia de achar que existo!): "se ele é amador, a que classe de jazzófilo pertenço eu?

Reação idêntica ao do Figbatera: também sagiatariano, mesmo mês e ano, o Bobby Timmons bem que poderia ter se poupado um tiquim e tá rodando pelaí com seu "Moanin" eterno...
Minhas reverências ao seu "amadorismo" tão sábio. Um feliz todo dia, ano inteiro.
Abração do Oleari.

Sergio disse...

Pois não é q seu Don tem toda a razão, seu san? Se auto-afirmando amador, o que sobra pra gente como eu q poderá ouvir só, somente, só jazz por toda a eternidade que ainda me resta, sem sequer arranhar um nonagésimo de seus conhecimentos? Eu substituiria o amador por "de carteirinha". Continuava na humildade do mesmo jeito e não ofenderia tanto a nossa santa ignorança.

Quanto ao Bobby, um dia um amigo me apresentou aquele Henry Mancini “Combo” - que desapareceram com ele de minhas postagens - e foi a 1ª vez que ouvi Moanin' com a justa atenção. Que temazinho poderoso!, meus amigos... Pelos padrões americanos, não sei se o Timmons deixou herdeiros. Se sim, só com essa música, esses sortudos não precisam mais trabalhar por todas as eternidades deles também.

Grande postagem, seu san!

Érico Cordeiro disse...

Caros San-Sérgio, Don Mr. Oleare, Fig, Lester e Tandeta,
Estou em Porto Alegre. Postei a resenha daqui, mas não estou conseguindo fazer o upload das faixas (são três).
De qualquer forma, que bom tê-los por perto. Vou continuar tentando carregar o podcast!
Mr. Lester, semana passada perdemos o Ed Thigpen - ainda bem que tenh bastante coisa dele com Oscar Peterson e Billy Taylor! Seu Tandeta, perdoe a omissão - será corrigida oportunamente!
Seu Fig, e tantos como ele no nosso querido jazz, que partiram de forma tão absurda - Bill Evans, Sonny Clark, Charlie Parker...
Mr. Oleare e San sou amador mesmo! Não dá nem prá comparar com um Raffaelli, um Apóstolo, um Lulla, um Edú (o sumido), um Mauro, um Lester, um Predador....
Pô sua gravadora/discoteca reco records bate na minha legal, seu San, e com boa folga - então, eu sou amador, com muito orgulho! Comecei a ouvir jazz à vera há uns cinco ou seis anos (antes eu era mais amador ainda!!!), mas como o San sabe (san sabe é ótimo), o bichinho me pegou lagal!
Ah, Mr. San, encontrei o Octopus por aqui, mas o precinho (sessenta pilas) me desencorajou!
Abração aos cinco e obrigado pelas palavras gentis!

Sergio disse...

pUXPuxa, foi bom ter lembrado dos GG. Já tinha esquecido. Me empenharei em subir uns 3 links cobrindo do Acquiring the taste ao Octopus, agora mesmo se não esqueço.

... Mas, por falar em esquecer: dois 3 X 0 assim em começo de campeonato... Estaria enganado ou está mesmo inesquecível esse Flusão 2010, seu érico?

Xeu me calar pq o assunto aqui é o sagrado Bobby Timmons.

Érico Cordeiro disse...

É Seu San,
Prá começar tá bom demais. Vamos ver como vai terminar (rs, rs, rs).
Deixa prá subir o link na segunda, ok? Não tô em Saint Louis!
Abração!

pituco disse...

tchê san,

bobby timmons é piramidal...e moanin...uma barbaridade...rs

mas,
agora tô de ouvidos atentos e fortes num bootleg que baixei do gilberto gil 1973, na politécnica da usp...parece que está na rede há 7 anos, mas só agora consegui...gravina amadora...só o gil, seu violão e dois mil ouvintes...putz, muuuuiiiito bom...piramidal ao cubo...se já não conheces, vale conferir.

abraçsons e moderação na picanha...rs

Érico Cordeiro disse...

Valeu, Mr. Pituco,
Mas ontem não rolou picanha - só um peito de frango e umas massas (nessas eu exagerei - rs, rs, rs). Hoje eu vou tentar experimentar o célebre churrasco gaúcho.
Já as garimpagens foram bem proveitosas - achei alguns sebos e algumas lojinhas bacanudas, com preços razoáveis, e mandei "ficha" - inclusive um disco do Lee Morgan que eu namorava há um tempão, o Taru, que saiu por 25 pilas (cheguei a ver por 80!!!!).
Bom, o Gil é fantástico - com banda, só com o violão - é um monstro!
Abração!

APÓSTOLO disse...

Estimado ERICO:

Os ares da espetacular nação gaucha com certeza lhe fizeram muito bem = BOBBY TIMMONS é "pedra 90" que, mesmo deixando-nos tão jovem e com tanto ainda a "dizer", legou-nos obra de superior respeito, como titular ou "sideman".
Belíssima resenha, essencial e, fazendo coro com nosso prezado TANDETA, PHILLY JOE JONES é desses bateristas que deveríamos ouvir diariamente.
Parabéns pela postagem, que sempre nos agrega conhecimento ! ! !

Érico Cordeiro disse...

Mestre Apóstolo,
Muito bom contar com a sua excelsa presença. Além dos discos, també encontrei um livro maravilhoso, que estou devorando com avidez: chama-se Arte do Piano, de Sylvio Lago (Ed. Algol). Muito bom e embora seja mais voltado para a música erudita, tem uma parte dedicada a pianistas brasileiros e quase 200 páginas dedicadas a pianistas de jazz, fazendo um apanhado das origens do jazz - muito bacana.
Pena que não estou conseguindo fazer o upload das músicas do Timmons.
Grande abraço!

Grijó disse...

Érico, amigo, BT apareceu-me, pela primeira vez, ao lado de Cannonball & son, naquele célebre disco em San Francisco. Ali está a melhor gravação - melhor até do que a solo - de "This Here". Todos estão inspirados, todos estão alegres, incluindo a bateria espetacular, e de certa forma subestimada, de Luis Hayes. A partir daí comecei a comprar, via web (cd point) tudo o que encontrava desse extraordinário pianista. Gênio.

E essa gravação de "If You Could See Me Now" é de lascar, espetáculo sonoro, embora eu não tenha percebido similitudes com "Round' Midnight", mas ouvirei com mais critério.
Abraço, camarada.

Érico Cordeiro disse...

Discaço, Mr. Grijó!
Um dos melhores discos de Mr. Cannonball. E o Timmons, com seu groove, é fundamental na alta combustividade do álbum - aliás, a introdução de Spontaneous Combustion - que ouço nesse instante, em sua homenagem, é "duca"!
O Timmons tem uma discografia bastante significativa e todos os discos que possuo são de ótimo prá cima.
Valeu pela presença e pelas palavras gentis!!
Grande abraço!

Valéria Martins disse...

Maravilhoso músico. Mas eu não concordo com o William Blake, não... E não acho que morrer de cirrose hepática causada por álcool e drogas combine com alguém que, supostamente, tenha alcançado algum castelo de sabedoria.

Fui muito dura? Ui!... É que senti na pele as consequências desses problemas... (Não de minha parte, mas de pessoas muito próximas).

Beijos, querido Érico!

Sergio disse...

Houve uma época em que morrer de tanto viver fazia sentido. Hoje em dia a prática é inadmissível. É por isso q acho bacana reforçar as tintas também sobre como e o quanto viveu um músico do tamanho de um Bobby Timmons, de um Chet Baker, Bill Evans... Inspira papos filosóficos existenciais, que, ao menos aos leigos em música, deixam a mistura menos informal, mais informativa e interessante.

E foi aí que enquanto escrevia pensei numa questão: um alpinista q desafia picos intransponíveis, um praticante de esportes extremos, as pessoas costumam dar um crédito e as vzs os transforma em herói quando morrem na prática. Ora, e o maluco beleza, gênio das artes quando quer atingir o nirvana do auto-conhecimento, da diversão ou mesmo da loucura do ponto mais extremo da própria consciência?

O risco de se morrer disso ou daquilo é o mesmo, os valores é que são outros. Sei lá, talvez tenha apelado. O importante são as épocas. Em tempos onde as aparências são o maior valor que nós temos, é o maior mico morrer mal na foto.

Érico Cordeiro disse...

Caros Sérgio e Valéria,
Tem gente que vive em uma outra velocidade, em um outro "tempo", diferente dos chamados "normais" (que de perto, já se sabe, ninguém é tão normal assim!!!).
O Timmons tinha essa urgência, essa volúpia - querer tudo ao mesmo tempo, sem saber exatamente o que é esse tudo. Mas isso vem de longe e não creio que vá deixar de existir gente assim - às vezes, é melhor viver dez anos a mil do que mil anos a dez, não é?
Os anjos caídos estão por aí - não sei se deixam alguma lição além da beleza de sua arte!
E, Mr. San:
"Há que ser outra a morte nos tempos de hoje
Há que ser uma morte berrada e sem sílaba
Folgazã, alheia ao irreprimível choro
Anunciada com cardo e alecrim, estribilho e proclamas"
Abraços fraternos aos dois!!!!

APÓSTOLO disse...

Prezado ERICO:

O livro de SYLVIO LAGO ("Arte do Piano - Compositores e Intérpretes") é obra de consulta e de conhecimento que considero obrigatória.
Na parte relativa ao JAZZ (páginas 433 até 625) temos um panorama bastante conciso dos mestres das 88 teclas.
Não por acaso, mas por mérito, citei o livro na "Bibliografia" relativa a ERROLL GARNER.
Estou informado por Mestre LULA, que falou com SYLVIO sobre o livro, que o Autor tem a intenção de escrever obra exclusiva sobre os pianistas dedicados ao JAZZ.
É aguardar e conferir...

Érico Cordeiro disse...

Caro Mestre Apóstolo,
Obrigado pela dica! O livro é delicioso (não precisa dizer que eu devorei a parte dos pianistas brasileiros e de jazz).
Se você tiver o e-mail do Sylvio Lago, eu agradeceria se me enviasse - gostaria de parabenizá-lo pela obra e pedir-lhe que toque adiante o livro sobre os pianistas de jazz!
Um fraterno abraço!

APÓSTOLO disse...

Prezado ERICO:

Não, não tenho o email do SYLVIO, mas com certeza se você enviar email para Mestre LULA (llulla@oassuntoejazz.com), receberá a forma possível de comunicação com SYLVIO.
Ótima idéia parabenizar o Autor, que realizou obra de fôlego e qualidade.

James Magno Farias disse...

Nossa, William Blake no frontpage!Cada vez melhor garoto.
Estou esperando a citação de Keats. quem será o gênio jazzy que ele vai anunciar?
abração

Paul Constantinides disse...

que som brother...estou aqui na porta do palácio da sabedoria esguiando vendo a flamula deste som rolar suavemtne pela noite.
beleza de post.
abs
paul

Érico Cordeiro disse...

Mestres Apóstolo, Sir James e Paul,
Quanta honra - isso não é um trio - é um triunvirato!!!!
Vou tentar conseguir com o Mestre Lulla! O livro é fabuloso!
Quanto a Keats, em breve encontro uma destinação jazzística a poemas como "Eu vejo uma flor em sua fronte,
Úmida de angústia e de febril orvalho,
E em sua face uma rosa sem brilho e frescor
Rapidamente desvanescendo também."
Abração aos três!!!!!

Rodrigo Nogueira disse...

Grande Érico!!

Meus parabéns pelo trabalho e pela homenagem recebida no "Farofa Moderna"!!

Abç!!

Pedro Luso de Carvalho disse...

Caro Érico,

Para os amantes do Jazz e da Bossa Nova, este teu blog é o endereço certo. Parabéns.

Também eu sou aficcionado do Jazz, da Bossa Nova e do Tango Moderno, principalmente de Piazzolla.

Sobre gêneros musicais, escrevi:

• ASTOR PIAZZOLLA - O novo tango
• BUNK AND BECHET - In Boston
• DORIVAL CAYMMI - Deixa saudade
• FREDDIE HUBBARD - Uma lenda...
• GEORGES MOUSTAKI - Tema do filme Sacco & Vanzetti, sobre os quais publiquei um texto.
• H. VILLA-LOBOS - Músico maior
• MILES DAVIS, linhas sobre o mestre
• TOM ZÉ & A Revista Cult
• TOM JOBIM E JOÃO GILBERTO -

Um abraço,
Pedro

Érico Cordeiro disse...

Rodrigo,
Valeu pela força! O Farofa é uma grande referência e o Vagner é um grande parceiro do jazz + bossa - fiquei super honrado com a lembrança!
Pedro,
Seja muito bem-vindo e muito obrigado pelas palavras gentis! Junte-se à nossa confraria - o blog Panorama já é endereço obrigatório. Já dei uma lida nas suas resenhas sobre o Miles Davis e sobre o Freddie Hubbard - daqui a pouco mergulho nas outras!
Abração!

Sandro Carvalho disse...

Érico,
Parabéns pelo seu blog.
Ele é muito instrutivo, com ótimos discos e excelentes análises sobre a vida dos músicos.
Continue firme no leme, pois o jazz precisa de espaços como esse.
Um grande abraço.

Sandro Carvalho

Sergio disse...

sEU éRICO, ACABEI DE PASSAR UMA DISHCOMPUSHTURA carioca no seu mr. Lester por q esperava dele algo mais que lembrar a morte de um saxofonista russo obshcuro quando o assunto em questão era o meu ídolo, Bobby Timmons (vá ao sônico e veja o quanto a escolha de John Lester me afetou). E vejo ainda fraquinha a adesão em comentários, sobre este e grande pianista. Como não sou mais cristão, não venho por meio dessas culpar ninguém. Mas que alguém é responsavel, ah lá isso é.

Qd todo mundo? Essa aqui é postagem pra 150 comentários!

Na falta de um motivo, afogarei as minhas mágoas no mar, digo, bar.

Érico Cordeiro disse...

Seu San,
Tô aqui tentando falar com Mr. Salsa, que foi ao mercado. Ia comunicar-lhe em primeira mão, mas já que não consegui falar com ele, e por conta da deferência, comonico-lhe ao senhor mesmo em pessoa: comprei um sax alto.
Agora vem a parte fácil da coisa: aprender a tocar o bichinho. É um Lumina, fosco, lindão!!!!!
Agora eu piro, seu San!!!!!
Abração!!!!!

Érico Cordeiro disse...

Caro Sandro,
Seja muito bem vindo e agregue-se à turma. Sinta-se em casa, aqui no barzinho virtual, que em breve será um barzinho com sax ao vivo (rs, rs, rs).
Um fraterno abraço e volte sempre!

Sergio disse...

Vc é corajoso, seu érico. Pra pessoas inteligentes, nem necessitava o complemento, mas c sabe, né? Agora tem que tocar.

Eu tenho um amigo que pendurou o trompete na parede. Diz muito sobre a personalidade. Por exemplo: quem v já sabe, o cara ama o jazz, mas... rs.

Sentiu a responsa?

Um dia te conto, a minha história com um bongô.

Andre Tandeta disse...

Erico,
boa sorte. Quem viver,vera,ou melhor,ouvira.
Só quero deixar uma unica recomendação: a musica vem antes do instrumento. Se aprender a solfejar e a reconhecer de ouvido intervalos e graus das escalas maiores e menores,aquilo que chamamos de percepcepção musical,ainda que basica, a parte tecnica e fisica do saxofone não ficara tão pesada pois a cabeça e os ouvidos ja estarão devidamente treinados para comandar o resto do corpo.
Abraço

Merciasz disse...

Me sinto em casa neste blog...apesar de não ter uma gama cultural sobre jazz como vcs, mas venho beber na fonte.

Caio Garrido disse...

Sensacional esse post... alem de eu aprender muito sobre jazz, eu, por ser apaixonado pela escrita tbem, vejo que as palavras aqui ditadas sao postas com extremo cuidado e energia!

q morramos de tanto viver!

grande abrs!

Lorêny Portugal disse...

Obrigada por seguir meu blog...

Tomara que goste!

Beijos!

Érico Cordeiro disse...

Caros amigos Sérgio, André, Merciasz, Caio e Lorêny (a quem dou um boas vindas todo especial e desejo que goste daqui do barzinho e volte sempre),
Obrigado pela força e pelas palavras gentis! Tomara que dê tudo certo e eu possa tirar algumas notinhas do bichinho!
Um frataerno abraço a todos!

Lorena Lima disse...

Muito bom seu blog, estou seguindo-o!
Caso goste do meu também, fique a vontade pra seguí-lo também.

http://loreniitaahh.blogspot.com/

Um abração carioca,

LL

Caio Garrido disse...

FAla Erico, td certo? cara, vc ja publicou algum livro?
seria legal um com a historia do jazz segundo Erico Cordeiro.... hehe

depois... (convido tbem seus leitores) a participar da enquete lá nos comentarios do meu ultimo post no Musica Contemporanea....
--Qual o melhor solo de jazz da historia em sua opiniao? ---
aguardo sua resposta la no blog...
Abrs !

www.musicocontemporaneo.blogspot.com

http://musicocontemporaneo.blogspot.com/2010/01/os-solos-mais-marcantes-da-historia-do.html

Érico Cordeiro disse...

Caros Lorena e Caio,
Um seja bem-vinda especial à primeira - espero que você venha sempre aqui no barzinho virtual e que curta as postagens e as músicas!!!!
Quanto à enquete, meu caro, é difícil prá caramba escolher um só - não podem ser uns dez ou doze solos? (rs, rs, rs).
Quanto ao livro, é um projeto ao qual quero me dedicar ainda esse ano - tomara que tudo dê certo!!!
Abraços fraternos aos dois!

Sergio disse...

E na noite de autógrafos tem que ter canja. A banda com 3 saxofonistas (lester, salsa e érico) e dois bateristas (fig e tandeta) só não pode capengar de baixo e piano. Quem se habilita? Ah!, na guitarra, diretamente do Japão, Pituco san.

Érico Cordeiro disse...

Pô, Seu San,
O negócio não é fácil não!

Caio Garrido disse...

Caro Érico, c/ certeza comprarei o livro..hehe

em relaçao ao post la do meu blog, dê o ar da graça lá e escolha qtos solos vc quiser! vai agregar muito à musica suas opinioes.... sempre aprendemos com elas
abrs

Caio Garrido disse...

Caro Érico, c/ certeza comprarei o livro..hehe

em relaçao ao post la do meu blog, dê o ar da graça lá e escolha qtos solos vc quiser! vai agregar muito à musica suas opinioes.... sempre aprendemos com elas
abrs

Érico Cordeiro disse...

Tô passando lá, Mestre Caio!
Abração!

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