Chorus é o “termo latino, mas oriundo do grego khorus, que significa o coro ou o refrão, ou seja, o verso musical de uma composição ou ainda o estribilho. Tocar um chorus é tocar o verso do tema da composição. Improvisar um chorus é criar um verso musical diferente do original mantendo, contudo, a mesma base harmônica e o mesmo número de compassos daquele verso original. O plural é choruses”.
Costuma-se dizer no Jazz “que tal músico improvisou um certo número de choruses de um tema, quase como uma medida da capacidade de improviso, de criatividade desse músico. Uma das mais famosas apresentações refere-se aos 27 choruses improvisados pelo saxofonista tenor Paul Gonsalves, na orquestra de Duke Ellington, ao atuar no Newport Festival de 1956, no tema “Diminuendo And Crescendo In Blue”, praticamente salvando a apresentação da banda que estava, até aquele momento, meio morna, sem entusiasmo por parte do público”.
Após o início do tema, “uma moça loura levanta e se põe a dançar freneticamente. Paul Gonsalves percebeu e vai então incrementando seus choruses, iniciando uma grande empatia entre o saxofonista e a “dançarina” e que pouco a pouco vai contaminando todo o público, contando ainda com a ajuda do magnífico swing sustentado pela sessão rítmica, notadamente pelo baterista Sam Woodyard”.
A catarse e a empolgação do público foram tamanhas, “a ponto de Ellington começar a se preocupar e a gritar para Paul terminar aquilo, porque já estava indo longe demais, ou seja, a coisa estava muito “hot” e poderia incendiar. Ao terminar o solo de Paul, a banda ataca e o público, já beirando a histeria, aplaude delirantemente. Daí em diante, a banda motivada e o público entusiasmado produzem excepcionais momentos de Jazz, preservados pela Columbia e remasterizados em 2 CD’s”.
O nome do disco é “Ellington Live At Newport 1956” e é, até hoje, o maior sucesso comercial da carreira do band leader. As palavras acima são do pesquisador e jazzófilo Mário Jorge Jaques (Glossário do Jazz, p. 110/111) e dão bem a medida do impacto provocado por Gonsalves naquele histórico 07 de julho de 1956. São 14min20s de pura magia musical, de uma extasiante energia que mesmo hoje, mais de 50 anos, ainda emociona o ouvinte. A apoteótica atuação da orquestra de Ellington em “Diminuendo And Crescendo In Blue” é, sem dúvida, um dos mais grandiosos e emblemáticos momentos de toda a história do jazz e o solo de Gonsalves é o ponto alto dessa espetacular performance.
O saxofonista nasceu no dia 12 de julho de 1920, em Brockton, uma cidade próxima a Boston, Massachussets. Algum tempo depois, a família, de ascendência cabo-verdiana, se mudaria para Pawrtucket, em Rhode Island e, novamente, retornaria a Massachusetts, desta feita para a cidade de New Bedford.
Desde muito jovem, o contato de Paul com a música foi intenso. Ainda na infância, interessou-se pela guitarra, na qual tocava canções portuguesas tradicionais. Na adolescência, passou a tocar saxofone e no final da década de 30, fez as primeiras aparições como profissional, na orquestra do pianista Sabby Lewis, baseada em Boston.
Serviu ao exército na primeira metade dos anos 40, quando os Estados Unidos entraram na Segunda Guerra Mundial. Ao retornar à vida civil, em 1946, retornou à orquestra de Sabby Lewis, saindo no ano seguinte para se integrar à orquestra de Count Basie. Ali a sua reputação começou a crescer no meio jazzístico, graças à sua sonoridade toda particular, nebulosa, com ecos de Lester Young.
Gonsalves ficou com Basie até 1949, quando deixou a orquestra para se juntar à de Dizzy Gillespie. Ali, travou seus primeiros contatos com o revolucionário bebop e adicionou algumas pitadas deste ao seu fraseado, por conta do intenso convívio com alguns dos mais destacados músicos do estilo, como o próprio Dizzy, Milt Jackson e Al McKibbon.
No ano seguinte, a união que iria durar pelos próximos 24 anos: foi convidado para substituir Ben Webster na orquestra de Duke Ellington e de lá jamais saiu, exceto por uma breve temporada, em 1953, quando cerrou fileiras na orquestra de Tommy Dorsey. Desde o início, Paul se tornou um dos mais destacados solistas da orquestra de Duke, com participações marcantes em diversos álbuns da banda. Além disso, era extremamente carismático nas apresentações ao vivo – ele chegava a descer do palco para tocar no meio da platéia estarrecida.
Jack Tracy, crítico musical e membro do Los Angeles Jazz Institute, conta uma história bastante reveladora do quanto Duke Ellington zelava por seus músicos e lhes preservava a integridade, inclusive moral. Durante um concerto, em 1956, um Gonsalves, aparentemente alcoolizado, simplesmente desabou no chão, para perplexidade a audiência e dos companheiros da orquestra. Ajudado pelos colegas, ele voltou a sentar na cadeira, mas quase não tocou.
Na noite seguinte, já recuperado, Paul participou normalmente da apresentação e Jack, após o espetáculo, aproveitou um momento em que o líder estava sozinho e perguntou a Ellington: “Duke, como líder você não ficou embaraçado quando Paul desmaiou no palco, bem em frente à platéia lotada?”.
O fleumático Duke deu um pequeno sorriso e disse: “Bem Jack, muitas pessoas não sabem que, quando Paul estava a serviço de seu país, lutando na Segunda Guerra Mundial, ele esteve na Índia, onde, infelizmente, contraiu uma rara doença tropical que, ocasionalmente, o faz adormecer. Por que eu deveria estar envergonhado quando alguém, que deu tanto para todos nós, padece com a indignidade decorrente da exposição à guerra?”.
De fato, embora Gonsalves abusasse do álcool e das drogas (heroína e anfetaminas), existem boas chances de que ele sofresse também de uma espécie de narcolepsia – há registros de desmaios dessa natureza em outras oportunidades, inclusive uma presenciada pelo então jovem baterista dinamarquês Alex Riel, em meados dos anos 60, durante uma apresentação no clube Montmartre, em Copenhagen.
Apesar de todos os problemas pessoais, Paul era um músico bastante requisitado, tendo acompanhado grandes nomes do jazz, como John Lewis, Dinah Washington, Quincy Jones, Stan Getz, Ray Charles, Stan Getz, Jimmy Hamilton, Ella Fitzgerald e muitos outros.
Sua carreira como líder é altamente recomendável, e inclui discos na companhia de Sonny Stitt, Johnny Hodges, Roy Eldrige e Earl Hines, para selos como RCA Victor, Argo, Impulse, Black Lion e Fantasy. Um dos seus dos mais belos álbuns é, certamente, “Gettin’ Together!”, gravado para o selo Jazzland, no dia 20 de dezembro de 1960, com produção de Orrin Keepnews.
A seu lado, jovens músicos, como o pianista Wynton Kelly, o baixista Sam Jones, o baterista Jimmy Cobb e o cornetista Nat Adderley (que atua apenas em cinco das oito faixas). O sopro do líder é altamente envolvente, mas conserva às vezes um certo distanciamento, uma postura cool em relação ao que está tocando. A primeira faixa é “Yesterdays”, clássico de Jerome Kern e Otto Harbach, executada com um swing delicado e reflexivo, dá bem a dimensão dessa característica de Gonsalves.
“J. And B. Blues” é um bebop robusto e abrasador, ao estilo Parker, sendo que nesta faixa – e em diversos outros momentos do álbum – o tenor de Gonsalves soa como se fosse um alto. Incandescente também é a performance de Adderley, cujo solo esbanja volúpia e criatividade. Kelly, com seu ataque rápido e bastante calcado no blues, é outro destaque.
Na espectral “I Surrender Dear”, de Harry Barris e Gordon Clifford, Paul demonstra a sua antológica capacidade de tocar baladas, criando um clima soturno, ideal para quem deseja encharcar a alma de whisky e com ele afogar todas as mágoas.
Um diálogo alucinantemente rápido entre o líder e o acrobático Adderley é o que nos reserva “Hard Groove”, outra incursão pelos intricados meandros do bebop. Herdeiro de Bud Powell, Kelly dignifica a sessão, com seu solo dardejante. Grande performance de Cobb, sempre bastante vigoroso.
Blues verdadeiramente impecável, a releitura de “Low Gravy”, do pai fundador Jelly Roll Morton, é uma excepcional manifestação criativa do quinteto, com momentos brilhantes de cada um dos seus integrantes. Em seus quase oito minutos de puro virtuosismo, nos quais o baixo de Jones chega a hipnotizar o ouvinte, o tempo parece parar. Aqui, apenas a música tem importância e todo o resto pode esperar.
Mais uma balada feita para machucar os corações dos incautos, “I Cover The Waterfront” comete a proeza de ombrear-se à versão imortalizada por Lady Day, tida por muitos como definitiva. O saxofone de Gonsalves, com suas notas alongadas e pungentes, lembra o lirismo viril de um Stan Getz, seu admirador confesso. Kelly é fundamental para garantir a atmosfera bluesy e desolador da composição de Edward Heyman e Johnny Green.
A eloqüência de Gonsalves nos andamentos médios sempre foi louvada por seus pares – especialmente por seu amigo e companheiro de orquestra Johnny Hodges. “Gettin’ Together”, faixa que dá nome ao disco, é uma excelente oportunidade para comprovar quão acertada é a opinião de Hodges. Nenhuma nota, nenhum acorde é desperdiçado ou lançado a esmo – a lógica das harmonias que transbordam do saxofone é cristalina e quase palpável.
Para encerrar a sessão, uma interpretação demolidora de “Walkin’”, cavalo de batalha de Miles Davis que ganha uma roupagem vibrante, digna das melhores jam sessions. A sintaxe bop, forjada nos tempos da orquestra de Gillespie, ecoa com veemência e a vitalidade que Gonsalves imprime em seus solos guarda paralelo com a sua atuação em Newport. O inspiradíssimo Kelly, com a sua técnica invejável, revolve todas as possibilidades harmônicas do tema e o incansável Cobb, descarrega sobre a pobre bateria algumas toneladas de adrenalina. O patrão Ellington certamente aprovaria o resultado final desse disco estupendo.
Falando em Ellington, o pianista tinha por Gonsalves um sentimento paternal, aliado a uma enorme dívida de gratidão pela arrebatadora performance de 1956. Muitas vezes, após ser perguntado sobre fatos relacionados ao seu início de carreira, Duke emendava com o seu bom-humor típico: “O quê? Isso não é da minha época. Como você sabe, eu nasci em Newport”. E a ligação entre esses dois homens perdurou além da própria vida de ambos.
O saxofonista faleceu no dia 15 de maio de 1974, em decorrência de um ataque cardíaco (há quem afirme que a causa mortis foi uma overdose), em Londres, e seu corpo foi levado para a mesma agência funerária de Nova Iorque em que repousava Duke, morto no dia 24 de maio (temendo agravar seu já delicado estado de saúde, Mercer Ellington, filho do pianista, não lhe contou sobre a morte de Gonsalves). Ao lado deles, estava também o esquife em que jazia o trombonista Tyree Glenn, outro ex-integrante da orquestra de Ellington, que faleceu no dia 18 daquele maio sombrio.
Reza a lenda que durante a noite, enquanto permaneciam no local, aguardando o momento de serem enterrados, os três entoavam os versos de “How Could You Do A Thing Like That To Me?” (composição de Glenn e que significa “Como você pôde fazer uma coisa dessas comigo?”). Noites agitadas aquelas! Mas em se tratando de Ellington e de Gonsalves, tudo é possível.
36 comentários:
Prezado ÉRICO:
Resenha excelente e definitiva ! ! !
brother érico
hajam histórias hen?
grandes talentos, grandes momentos da musica.
abs
paul
Mestres Apóstolo e Paul,
Sejam bem-vindos e obrigado pelas palavras generosas.
Gonsalves é muito bacana - um cracaço!!
E esse disco é excelente - da primeira à última faixa.
Um grande abraço aos dois!
Olá Érico,
Boa escolha falar do Paul Gonsalves. Mais um dos hérois esquecidos do jazz. Chegou com a tremenda responsabilidade de substituir o maior saxofonista tenor que Duke já teve em minha opinião, o "bruto" Ben Webster e deve-se dizer que o fez muito bem, ficando anos ao lado do líder.
Parabéns pelo texto Érico! até a próxima.
Wilbop
Grande Will,
Seja bem-vindo!
Pois é, o Paul teve essa enorme responsabilidade e deu muito certo na orquestra do Duke!
Não teve o mesmo reconhecimento que, por exemplo, o Johnny Hodges porque acho que gravava menos como sideman e tem poucos discos como líder. Injustiça pura, pois além deste postado, o disco com o Stitt também é soberbo.
Abração!
Seu san, mal acabei de ler a postagem anterior - o q ñ foi sacrifício algum, óbvio - e já temos outra, então pela falta de tempo para ler com atenção e uma curiosidade apressada te pergunto: seria este disco postado o mesmo q tenho e que realmente é um arrazo, o PAUL GONSALVES & D.ELLINGTON (THE JAZZ MASTERS - 100 AÑOS DE SWING). Veja, esta minha versão tem título de coletânea, tem a capa toda escrita em espanhol e as faixas são - Tou crtl c/ctrl v dos meus arquivos -:
01 - TAKE THE 'A' TRAIN
02 - PERDIDO
03 - ROCKING WITH RYTHM
04 - OVER THE RAINBOW
05 - THE JEEP IS JUMPIN'
06 - SOPHISTICATED LADY
07 - EL MATADOR 'EL VITI'
08 - 'C' JAM BLUES
09 - UNBOOTED CHARACTER
10 - BLUES
11 - STOP, LOOK AND LISTEN
Na su autobiografía Duke Ellington fala moito ben de Gonsalves do que dí que se movía como o mellor diplomático do mundo cando a orquestra era invitada a festas e recepcions nas embaixadas de todo o mundo.
Penso que o concerto de Newport está excesivamente magnificado na epopeia do jazz sen esquecer que Paul era un magnífico saxofonista.
Já li, esquece a pergunta nada a ver. Mais uma aula, seu san. Grato.
Caros Sérgio e Dr.Krapp,
Bienvenidos!
Ao primeiro, que depois de ler resenha viu que a relação de músicas não é a mesma, complemento dizendo que o repertório do disco não traz nenhuma composição de Ellington e nem de Strayhorn.
Ao segundo, também acho que o Gonsalves era um saxofonista magnífico! Só o fato dele costumar descer do palco prá tocar junto à platéia já mostra que ele amava o que fazia!
Abraços aos dois!!!!
(...) "Após o início do tema, “uma moça loura levanta e se põe a dançar freneticamente. Paul Gonsalves percebeu e vai então incrementando seus choruses, iniciando uma grande empatia entre o saxofonista e a “dançarina” e que pouco a pouco vai contaminando todo o público, contando ainda com a ajuda do magnífico swing sustentado pela sessão rítmica, notadamente pelo baterista Sam Woodyard”."
Acabo de estar lá! E é isso tudo q seu mestre "mandô". Mandô, o músico no improviso e mandô o seu san na descrição do momento. Recomendabilíssimo ouvir essa passagem. Quanto ao disco postado, reouvirei djá.
Abraços, seu mestre.
Es probable que el solo de Paul Gonzalves en el Festival de jazz de Newpor 1956, en el tema "Diminuendo and Crescendo in Blue", sea el más largo en la historia del jazz, duro 27 coros, acompañado por jimmy woode en bajo, Sam Woodyard en batería y Ellington en piano.
Saludos,
Uma boa música, um bom solo, escreve aí: é puro sexo (como está na etimologia da palavra jazz). É engraçado pensar em Ellington tentando segurar a onda - pára, Paul, pára. :)
Grandes Sérgio, Hector e Salsa,
Fiquem à vontade no barzinho virtual!
O cara mandou bem - e a louraça que deu o espetáculo era uma gata (taí, seu San, que tal uma pequena pesquisa: quem era aquela loura e se ela ainda está viva hoje).
Gonsalves detonou legal - não sei se o solo dele é "el más largo en la historia del jazz" (tem uns solos do Coltrane com 40 minutos e provavelmente 50 choruses - rs, rs, rs), mas que pôs a orquestra do Duke de volta nos trilhos, isso pôs!!!
E Seu Mr. Salsa, complementando a pesquisa sugerida ao Sérgio e já que você tocou no assunto, será que alguém deu um "pega" na louraça naquela noite? Dizem que o Duke não deixava passar em branco :)
Abração!!!!
érico san,
sonzaço e como sempre, resenha piramidal...e mr.wynton kelly merecia um destaque no jazz+bossa, o que pensas sobre?
hoje conversando com um produtor musical de jazz e bossa nova(que às vezes está enquadrada como world music...rs)ele se referia à uma sonoridade que seja agradável à audiência (traduz-se palatável,assimilável...rs) e ao mesmo tempo sofisticada...bom, lembrei-me de teu podcast...bacanudo pacas!!!!
abraçsonoros desse lado do planeta
Mestre Pituco,
O Kelly tá na lista de futuras postagens - adoro o cara!!!!!
E valeu pela presença - pode fazer propaganda do blog aí pro produtor. Quem sabe ele não contrata prá ser o personal podicasteitor tabajara do site dele?
Abração!
Essa imagem está no youtube? Eu não vi não, seu san, baixei e ouvi o disco e se instiguei a curiosidade de alguns (pelo álbum), aí vai o link:
http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://1.bp.blogspot.com/_MX27JtV0Lsg/SMZb9mFqgvI/AAAAAAAABOk/Viacsjzhapc/s320/06%2B-%2BDuke%2BEllington%2B-%2BEllington%2BAt%2BNewport%2B-%2B1956.jpg&imgrefurl=http://nao-morra-sem-ouvir.blogspot.com/2008/09/06-duke-ellington-ellington-at-newport.html&usg=__kiu-lFm-rRCuOY34lqNT3TRnopM=&h=300&w=300&sz=27&hl=pt-BR&start=4&sig2=uslm7NyHJK58b3WuRIm_VQ&um=1&tbnid=5xlKdrOSAlkdpM:&tbnh=116&tbnw=116&prev=/images%3Fq%3DDuke%2BEllington%2B%28Ellington%2BAt%2BNewport%29%2B1956%2Bblogspot%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DN%26um%3D1&ei=nIZQS7_yGYjvlQfc0ICUCg
Quanto a loura dançarina, agora quem me instigou a curiosidade foi o sinhô, seu Érico. Q D a lora?
Mais uma magnífica aula do mestre Érico, "mandando ver" em textos tão bons quanto as músicas oferecidas.
Mr. San e Mr. Fig,
Valeu mesmo, meu embaixador nas terras D'El Rey! Obrigado pelo comentário gentil (embora exagerado)!
Seu San, o disco é muito mais que bom. É "bótimo"! E procura o vídeo dessa apresentação, no qual a louraça dá show, dançando feito uma louca!!
Abração!
Erico,
fiquei curioso e fui ouvir o tal solo em Newport. Achei bacana mas gostei mais desses daqui. Em Newport acho que o interessante é que se tornou um momento historico. Nitidamente Paul Gonsalves se fixa em tocar unicamente blues com talvez o intuito de se comunicar mais facilmente com a plateia. Aqui nessas faixas postadas ele mostra um vocabulario bem mais sofisticado e me lembrou ,ainda que de leve,Sonny Rollins . De todo modo essas faixas daqui são excepcionais .
Parabens pelo texto e pela escolha.
Mestre Tandeta,
Valeu mesmo.
Se você quiser, posso estar anteciPando - mais tarde, agora tô na casa dos velhos!
No célebre concerto de Newport acho que ele tocou prá incendiar a galera, com força e muito tesão. Aqui, no estúdio, o papo é bem outro!
Abração!
Érico...parabéns..é bom passar por aqui..
Cara Merciasz,
Seja muito bem-vinda e agregue-se à nossa confraria.
Obrigado pelas palavras gentis - espero vê-la sempre aqui no barzinho jazz + bossa!
Um fraterno abraço!
Seu san, fiquei muito entusiasmado, como atesta minha resposta ao seu emeio, q tenhas tido um Octopus do GG, em LP não renovável q fosse. Pra não empurrar com a barriga o teu pedido de link para o álbum, corri atrás de blogs (são centenas) q disponibilizam a obra dos Gentle Giant. Meu amigo, sinto te informar q a DMCA vai de vento em popa no seu trabalho de aniquilar as tentativas de postar GG. O meu link da postagem do Three Friends tbm já era! Claro q não testei as centenas, mas em todas as minhas tentativas, os links estão já desativados. Então subirei eu mesmo os links, a começar pelo Octopus.
A propósito: esse episódio (o papo sobre Gentle Giant) me lembrou a antológica história, narrada no 1968 do Zuenir, sobre a 1ª experiência do Glauber com o baurete. Lembras? Das expectativas do cineasta Luis Carlos ‘Bigode’ Lacerda (na época assistente do Glauber) e a reação inusitada do gênio do Cinema Novo após experimentar a erva? Tomara q sim pq a coisa é meio-totalmente impublicável. Será q será assim, quando ouvires o Octopus de novo?
Enfim, é esperar pra ver. Gostaria de saber - mais sobre o Three Friends q não conheces, mas pode falar se quiser sobre o Octupus, tbm.
Abraços!
Aguardando o upload!
Quando fizer o desceload e o ouvirload, comunicoload!!
Obriload, garimp-boy!
Erico e SerSonico,
sou muito fã do Gentle Giant,mais hoje em dia até do que na epoca. Muito mais que um grupo de rock progressivo,um grupo de musica originalissimo.
São lindas composições, diferentes,ousadas,super bem tocadas e gravadas,resumindo: musica de altissimo nivel,atemporal como toda grande obra de arte.
Tenho :
"Acquiring The Taste","Octopus","The Power And The Glory" e um ao vivo, onde eles realmente mostram que são feras,"Playing The Fool".
Estão a disposição ,é só falar.
Abraço
Seu Mr. Tandeta,
Se não for incômodo, gostaria de ouvir o Playing The Fool, que eu não conheço mas que vem muito bem recomendado.
Vou estar anteciPando o Gonsalves, ok?
Abração!
Oi, Erico, obrigada pela visita! Seu blog e maravilhoso. Muita coisa boa. Que bom conhece-lo!
Cara Milena,
Junte-se à nossa confraria e fique à vontade - muito obrigado pela visita e pelas palavras generosas!
Como costumo dizer, aqui é um verdadeiro barzinho virtual - espero que você venha sempre aqui (e o seu blog, o Lugar Nenhum, também é uma casa maravilhosa - já pus entre os meus favoritos).
Um fraterno abraço!
érico san,
passo pra agradecer o pando...rs
valeô
abraçsons
Puxa, seu Tandeta, ganhei o dia! Um dia de morte, literalmente. Mas é quando digo, q a morte as vzs é o único caminho. A mulher do meu pai, viveu exatos 100 dias, com esperanças mínimas (para os otimistas) no CTI de um hospital. Precisa dizer mais?
Então falemos do Gentle Giant:... Aliás, diga você: “sou muito fã do Gentle Giant,mais hoje em dia até do que na epoca. Muito mais que um grupo de rock progressivo,um grupo de musica originalissimo. São lindas composições, diferentes,ousadas,super bem tocadas e gravadas,resumindo: musica de altissimo nivel,atemporal como toda grande obra de arte.”
A acrescentar, Gentle Giant foi a minha educação musical mais significativa. Quem teve esses caras como professor não torce o nariz para o jazz, ao contrário cai dentro amarradão! E não só isso, porque graças a banda descobri na literatura o que o grande cineasta francês Jean Reoir decretou como o maior escritor de todos os tempos: François Rebelais, pois é assim que é amigos, é tudo gigante na obra dessa trinca – o gigante símbolo da banda é inspirado nos personagens de Rebelais. Então acho que isso é motivo suficiente para eu me empolgar todo quando falo de meus professores, concordam? E recomendo ao Érico, não custa nada, que vá + ou - pela ordem: 1º o Acquiring The Taste (q é o 2º álbum), depois o Three Friends, Octopus, In A Glass House, etc... Até o The Power And The Glory para aí sim ouvir o ao vivo.
Eu fiquei de bobeira quando o Tandeta disse "mais (fã) hoje em dia até do que na epoca". Isso não aconteceu comigo. Não porque a música dos gigantinhos ficou datada, mas porque eu ouvi muito!
Seu Érico se aceitar a minha sugestão, vou te passando necessariamente na ordem, certo?
Será um trabalho prazeroso. Como disse a DMCA não deixou pedra sobre pedra em se tratando de GG.
Abraços!
Mestres San 1 e San 2, a Missan,
Valeu pelas presenças!
Tô no aguardo. Pode mandar um por um, devagarzinho porque só vou poder "downzar" até terça - na quarta tô na rodovia aérea (falando nisso, pergunto aos amigos do jazz + bossa se alguém sabe o endereço de um bom sebo de discos em Porto Alegre - vou passar alguns dias lá e gostaria de dar uma sacada).
Se não for incômodo, peço aos amigos gaúchos que me informem também onde é que rola um jazzinho ao vivo lá na capital do Rio Grande - de repente dá até prá gente tomar um choppinho (que tal?).
Abração aos dois!
Pessoal, no excelente documentário de Ken Burn - JAZZ no DVD 4 capítulo 11 existem fotos do episódio e da famosa loura, bonita sim mas nada magnífico.
Caro MaJor,
Vi o documentário e as fotos. A loura me pareceu bem interessante!!!!
Acho que vale uma pesquisa arqueológica (rs, rs, rs)!
Abração!
Caros amigos correligionários,
Paul Gonsalves foi um dos meus grandes favoritos. Conhecem sua fabulosa interpretação de "Happy Reunion", acompanhado somente por Ellington ao piano num concerto em Londres, cerca de 15 dias antes de tocarem no Rio e São Paulo (novembro/1971)? É uma balada, arte que Paul dominava como poucos, originando um dos solos mais memoráveis e emotivos que ouvi, que toco nos meus cursos da história do jazz - esse solo fez mais de um aluno do meu curso chorar de emoção (especialmente duas alunas que tive). É uma das obras primas do jazz.
Paul gostava de um traguinho, por isso nem sempre subia ao palco inteiraço. Certa noite, ele estava tão combalido pela bebida que adormeceu em pleno palco enquanto a orquestra de Ellington tocava, Em certo trecho de um tema, enquanto o trompetista Willie Cook tocava seu solo no microfone, aproximava-se o momento do solo de Paul, que, alheio a tudo, dormia a sono solto. Preocupado, o trombonista acordou-o avisando logo teria de ir solar no microfone. Muito tonto, Paul levantou-se e foi cambaleando em direção ao microfone no justo momento em que Willie Cook terminou seu solo, que foi coroado por uma ovação da platéia. Ouvindo as palmas, Paul Gonsalves deu meia volta, retornando à sua cadeira sem ter soprado uma única nota e sorridente disse a Buster Cooper: "Ouviu como estão aplaudindo meu solo ?".
Segundo contou-me Buster Cooper, Ellington quase teve um troço.....
Keep swinging,
Raffaelli
Amigos,
Desculpem o mau jeito.
Troquei as bolas. Em primeiro lugar, por enviar a mensagem como "anônimo", embora tenha assinado meu nome.
Emn segundo lugar, foi o trombonista Buster Cooper quem acordou Paul Gonsalves (cujo nome omiti na narrativa, apenas mencionando que ele contou-me esse episódio sobre o saxofonista).
Caramba, após três semanas de ausência logo na volta fiz esse imbroglio....., mas não estou "calibrado", como habitualmente estava P.G.
Raf
Mestre Raffaelli!
Que bom tê-lo de volta à casa!
Seja bem-vindo. A confraria jazz + bossa está soltando foguetes em homenagem ao seu retorno!
Pois é, essas "travadas" do Paul parece que eram meio comuns e há quem diga que ele tinha uma espécie de narcolepsia (outros dizem que era a "mardita" mesmo - rs, rs, rs).
Que 2010 seja repleto de paz, saúde e muito jazz para todos nós!
Um fraterno abraço!
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