Se o futebol é uma caixinha de surpresa, o mesmo se pode dizer acerca do jazz. Quando você pensa que já ouviu de tudo e que possui um conhecimento razoável sobre esse estilo e sobre os músicos que escreveram a sua história, chega às suas mãos uma gravação de um sujeito obscuro, sobre quem não há muitas informações disponíveis, e você percebe que a máxima socrática é ainda mais verdadeira quando aplicada ao ouvinte de jazz: tudo o que sabemos é que nada sabemos.
Esse tipo de surpresa é muito comum no universo dos aficionados do jazz. Alguém ouve um determinado músico, gosta, espalha a notícia e, não raro, fica meio chateado quando percebe que não é o “dono” da descoberta e que outros confrades já conhecem e curtem aquele artista há muito tempo. Assim, existe bastante chance de que muitos leitores estejam absolutamente familiarizados com a música e a trajetória de Gerald Foster “Gerry” Wiggins e de que a minha sensação de ter “descoberto” esse pianista genial não resista por muito tempo. De qualquer forma, será muito bom saber que Wiggins conseguiu levar sua arte a um grande número de admiradores.
Nascido no dia 12 de maio de 1922, em Nova Iorque, ele inicialmente enveredou pelos caminhos da música clássica, com estudos formais feitos na Martin Smith Musical School e, posteriormente, na High School Of Music & Art. Tinha quatro anos quando começou o aprendizado musical de piano, com uma breve passagem pelo contrabaixo.
A mãe, sua maior incentivadora, queria que o ele seguisse a carreira de concertista, mas o garoto tinha dúvidas quanto ao próprio potencial. Além disso, o jazz das big bands da Era do Swing lhe trazia mais dúvidas que certezas: optar pela espontaneidade dos acordes jazzísticos ou pelas rigorosas escalas da música erudita? A audição dos discos de Art Tatum foi decisiva para fazer com que a vocação musical pendesse para o lado do jazz e ele acabou por deixar de lado a música clássica.
É claro que a possibilidade de fazer bonito diante do público feminino teve lá o seu apelo. Wiggins relata: “Eu não estava muito interessado em tocar piano, até ficar mais velho e começar a freqüentar as festinhas. Foi assim que eu descobri que as garotas se aproximavam para me ouvir tocar piano. Aquilo era um incentivo e tanto. Então, deixei de lado a música clássica e decidi mergulhar no jazz”.
A carreira profissional de Wiggins começou muito cedo. Após participar de algumas gigs no clube Monroe's Uptown House, no Harlem, e de tocar com uma banda de dixieland chamada Dr. Sausage & His Pork Chops, ele despertou a atenção do ídolo Art Tatum, que o recomendou ao comediante Stepin Fetchit, que logo contratou o garoto para fazer parte de sua banda de apoio.
Uma das vantagens de tocar na noite é que Wiggins podia ver e ouvir, bem de perto, seus ídolos. Após o encerramento do espetáculo de Fetchit, o garoto apanhava os seus três dólares de cachê e percorria, lépido e fagueiro, os clubes do Harlem e Greenwich Village. Com um pouco de sorte, podia assistir sets inteiros de gigantes como Teddy Wilson, Willie “The Lion” Smith ou Art Tatum, o seu favorito. No caso deste último, a reverência transformou-se em amizade e os dois costumavam conversar até de manhã, geralmente à base de generosos goles de Pabst Blue Ribbon, a cerveja preferida de Tatum.
O trabalho com Fetchit durou cerca de um ano e após sua saída do grupo, Gerry integrou-se à big band de Les Hite, atração fixa do clube Brooklyn Strand, onde permaneceu por seis meses. Durante sua passagem pela orquestra, Wiggins participou da célèbre gravação de “Jersey Bounce”, realizada em 1942, onde se pode ouvir um dos primeiros solos em que Dizzy Gillespie com características bop. Foi esse trabalho que lhe deu alguma visibilidade e serviu como passaporte para fazer parte da banda do mitológico Louis Armstrong, em 1943. O pianista tinha na época apenas 21 anos e o trabalho com Satchmo se resumiu a uma excursão pelo sul do país.
Wiggins detestou a temporada sulista, sobretudo por causa da odiosa política de segregação racial, que impunha aos negros tratamento diferente do reservado aos brancos. De volta a Nova Iorque, o pianista foi trabalhar com outro monstro sagrado do jazz, o saxofonista Benny Carter, que em pouco tempo sairia em turnê. Ressabiado, o garoto perguntou se a excursão incluía alguma passagem pelos estados sulistas, o que foi prontamente negado por Carter. Mas, para desconsolo do jovem pianista, a primeira parada da excursão foi, justamente, a cidade de Macon, na Georgia.
De qualquer modo, foi graças ao trabalho com Carter que Wggins conheceu a Califórnia e se apaixonou pelo que viu. O clima tépido e ensolarado de Los Angeles conquistou o coração do pianista, que prometeu para si mesmo que iria se radicar na cidade. Carter fazia uma temporada no Billy Berg's em Hollywood, mas a convocação, em 1944, para se juntar às Forças Armadas adiou os planos de Gerry.
Ele cumpriu as obrigações com o serviço militar no 29th Special Service Band, em Seattle, tendo feito parte das bandas militares da corporação. Wiggins tinha bastante liberdade no exército, por conta de suas habilidades musicais, e lhe era permitido sair à noite para tocar em clubes de Seattle. Ele inclusive chegou a montar um quarteto, com o baixista Vernon Alley, o saxofonista Jerome Richardson e o guitarrista Eric Miller.
Após a dispensa, em 1946, ele voltou à vida civil e, finalmente, pôde realizar o sonho de morar em Los Angeles. Também voltou para a banda de Benny Carter, ao lado de quem participou de uma infinidade de concertos, boa parte deles no clube Turban Room. O ar saudável das praias californianas parecia fazer muito bem ao pianista, que não teve grandes problemas para se adaptar à nova cidade.
Paralelamente, foi se firmando como um dos mais versáteis e requisitados músicos de apoio da Costa Oeste, acompanhando gente do gabarito de Chico Hamilton, Eartha Kitt, Dinah Washington, Lou Rawls, Pearl Bailey, Ernie Andrews, Helen Humes, Ella Mae Morse, Nat King Cole, Kay Starr, Spike Jones, Helen Grayco, Francis Faye, Kenny Clark, Les Baxter, Milt Jackson, Rusty Bryant, Paul Horn, Ben Webster, Buddy Collette, Art Pepper, Joe Morello, Jimmy Witherspoon, Shorty Rogers, Lou Rawls, Tal Farlow, Cal Tjader, Ernie Andrews, Illinois Jacquet, Zoot Sims, Roy Eldridge, Harry “Sweet” Edison e Joe Williams.
Wiggins foi um dos mais regulares parceiros da atriz e cantora Lena Horne no período de 1950 a 1951, inclusive tendo acompanhado a estrela em temporadas pela Europa. Em 1953 fez as primeiras gravações como líder, reunidas no álbum “The Gerald Wiggins Trio”, para o selo Vogue, ao lado de Joe Comfort e de Bill Douglas.
O trio costumava se apresentar em clubes noturnos da região de Los Angeles e San Francisco, e o pianista era reconhecido no meio musical por sua elegância, versatilidade e pela prodigiosa memória musical. Seu talento para acompanhar cantores e cantores somente pode ser comparado ao de notáveis como Teddy Wilson, Hank Jones, Jimmy Rowles ou Ellis Larkins. O segredo, segundo ele próprio revela é “reforçar os pontos fortes de cada cantor e tentar esconder os pontos fracos”. Por essa qualidade, Wiggins recebeu o título de “O melhor amigo dos cantores e cantoras”.
Gerry fez diversos trabalhos para os estúdios de cinema e TV, como acompanhante de atores ou atrizes que enveredavam pela difícil arte de cantar, como Lucille Ball. Participou da trilha sonora de vários filmes, destacando-se “Les Girls”, com Mitzy Gaynor e Gene Kelly e “Some Like It Hot” (no Brasil, “Quanto mais quente melhor”), grande sucesso estrelado por Marilyn Monroe, Tony Curtis e Jack Lemmon, e dirigido por Billy Wilder. Da musa Monroe, ganhou uma foto autografada, com os dizeres: “Para Gerry: Eu jamais conseguiria fazer um som sem você. Eu te amo. Marilyn!”. Nada mau para um sujeito que somente começou a se interessar pelo piano para poder impressionar as garotas.
Entre 1956 e 1958, Wiggins e seu trio gravaram com regularidade para a Tampa Records (“The Gerald Wiggins Trio”), Dig Records (“Wiggin' With the Wig”), Motif Records (“Reminiscin' with Wig”), Challenge Records (“The King and I”) e Contemporary (“Around the World in 80 Days”). Como curiosidade, o baixista que atua em boa parte dessas gravações é o grande Eugene Wright, que mais tarde ficaria bastante famoso, por causa de sua participação no quarteto de Dave Brubeck.
Um dos momentos mais especiais na carreira de Gerry foi sua participação no histórico álbum “Welcome to the Club”, de Nat King Cole, com o apoio da célebre orquestra de Count Basie. A gravação foi feita em 1959 e Wiggins substituiu o mítico bandleader na sessão, que teve os arranjos elaborados por Dave Cavanaugh.
Também em 1959, Wiggins foi contratado pelo trompetista Harry James para se juntar à sua big band, mas continuou a trabalhar ativamente no ambiente dos estúdios cinematográficos. Ele passou um tempo em Las Vegas, acompanhando o saxofonista Teddy Edwards, e excursionou com as cantoras Dinah Washington, Eartha Kitt e Helen Humes. Em 1960, foi contratado pelo cantor King Pleasure, tendo feito a direção musical da sua banda. No mesmo ano, gravou “Wiggin’ Out”, no qual aparece tocando órgão e dividindo os créditos com o saxofonista Harold Land.
Gerry praticamente não gravou álbuns como líder, ao longo da década de 60 e início dos anos 70, embora sua agenda continuasse bastante concorrida. Em 1974, ele participava do Nice Jazz Festival, como acompanhante da cantora Helen Humes, quando surgiu a oportunidade de gravar um álbum para o respeitado selo francês Black & Blue. Para secundá-lo na sessão, ele chamou o baixista Major Holley e o baterista Ed Thigpen, e o resultado pode ser conferido no disco “Wig Is Here”, o primeiro em seu próprio nome, após um hiato de 13 anos.
Nos anos 70 e 80, ele voltou a atuar com mais ênfase no meio jazzístico, registrando participações em discos de Frank Capp, Joe Pass, Ernie Watts, Clark Terry, Scott Hamilton, Esther Phillips, John Clayton, Pete Christlieb, Oliver Jackson, Gerald Wilson, Maxine Sullivan, Red Holloway e outros mais. Na década de 90, Wiggins iniciou uma proveitosa associação com a Concord Records, tendo sido um dos pianistas escolhidos para integrar a famosa série Live At Maybeck Recital Hall.
E foi pela Concord que Wiggins lançou um dos seus discos mais encantadores: “Soulidarity”. Gravado nos dias 23 e 24 de agosto de 1995, o disco conta com os talentos de Andy Simpkins (contrabaixo) e Paul Humphrey (bateria), dois veteranos com milhares de quilômetros rodados por entre palcos e estúdios. O repertório é basicamente composto de standards, como “The Way You Look Tonight”, em cuja introdução o dedilhado do líder apresenta-se sob a forma de uma belíssima profusão de acordes, ao estilo pujante de um Erroll Garner.
“You're Mine, You”, de Edward Heyman e Johnny Green, ganha um arranjo simples, quase minimalista, no qual as notas do piano são criadas com parcimônia e limpidez. A percussão sutil de Humphrey, que elabora um antológico trabalho com as escovas, realça as qualidades melódicas da canção. A econômica linha de baixo complementa essa verdadeira confluência de delicadezas.
O clima muda em “Surprise Blues”, composição de Gerry, que adota aqui uma postura agressiva, voraz e bastante aguerrida . Seu fraseado incisivo é bastante calcado nos registros graves e seu timbre é metálico e cru. O baixo de Simpkins, que participou de um dos mais importantes trios dos anos 60, o Three Sounds de Gene Harris, trafega entre a sofisticação e a barbárie, entre a rudeza e refinamento, entre o cerebralismo de um Charlie Haden e a opulência intuitiva de um Ray Brown.
“Some Other Spring” foi composta por Arthur Herzog e Irene Kitchings e é uma típica balada dos anos 30 e 40. A versão do trio é sóbria bastante fiel à melodia, sem pirotecnias ou alternâncias harmônicas. Já em “On Green Dolphin Street”, os três se permitem a uma maior liberdade, tanto do ponto de vista melódico quanto harmônico. A começar pelo andamento ligeiro, pela discreta adição de elementos do blues e pelo vigor físico das atuações. A potência e a disposição de Humphrey, talvez o maior destaque individual, são notáveis.
Em seu segundo tema incluído no álbum, “Strip City”, Wiggins convida o ouvinte para um saboroso passeio pela história do piano jazzístico e por suas inúmeras escolas e abordagens. Ele começa pelo blues, passa pelo gospel, trafega por escolas como o stride e o boogie woogie, até chegar ao flamejante bebop, com improvisos rápidos e inflamáveis. Simpkins e Humphrey, autores de solos arrebatadores, funcionam como excepcionais coadjuvantes nessa empreitada, eles próprios donos de riquíssima cultura musical.
“A Child Is Born” é a obra mais conhecida do trompetista, compositor e arranjador Thad Jones. O trio é bastante reverente em sua interpretação, mas não deixa de exibir sua personalidade, ao incluir uma discreta citação a “Alfie”. “What Is There to Say?”, de E.Y. "Yip" Harburg e Vernon Duke, se transforma em um blues envolvente e ganha um arranjo em tempo médio. O trio elabora um clima ellingtoniano, com direito a citações a “Mood Indigo”, que fazem dela a faixa mais charmosa do álbum. O solo de Simpkins é primoroso, conjugando técnica e impetuosidade.
Irving Berlin não poderia ficar de for a e a sua frenética “Alexander's Ragtime Band” recebe um tratamento à altura da relevância do legendário compositor. A versão do trio é alegre, informal e irreverente, sem soar desrespeitosa ou farsesca. Gerry trabalha os acordes de maneira imprevisível, ora acelerando o andamento, ora retardando-o, e os dois acompanhantes, como se estivessem em uma despretensiosa jam session. Os improvisos são construídos com leveza e habilidade, e mostram que o mais importante para um músico de jazz é se divertir enquanto toca.
“If It's The Last Thing I Do” é um blues composto por Sammy Cahn e Saul Chaplin. A versão é leve e despojada, evidenciando a verve lírica de Wiggins. Com quase dez minutos de duração, é a mais confessional e emotiva do álbum. Para fechar o disco com o astral na estratosfera, o trio emenda uma vulcânica interpretação de “Lover”, executada em velocidade supersônica. As comparações com Oscar Peterson são inevitáveis, mas Gerry consegue se sair muito bem desse hipotético embate, demonstrando fluidez, clareza de idéias, velocidade e familiaridade com a sintaxe bop. O entusiasmo do pianista é compartilhado por seus fiéis escudeiros, que em momento algum deixam a temperatura esfriar.
Wiggins enveredou pela educação musical, ministrando aulas no Santa Monica College e no Armand Hammer Museum of Art and Cultural Center, e continuou a trabalhar no cinema, destacando-se a trilha sonora do filme “The Public Eye” (no Brasil, “A testemunha ocular”, dirigido por Howard Franklin e estrelado por Joe Pesci), de 1992, composta por Mark Isham.
Gerry recebeu inúmeros prêmios ao longo da carreira, como os concedidos pela American Society of Music Arrangers and Composers – ASCAP, e pela Los Angeles Jazz Society, por sua contribuição para o jazz. A cidade adotiva, Los Angeles, dedicou a ele o Gerald Wiggins' Day. Ele também participou do concerto comemorativo do centenário de Duke Ellington, promovido pela UCLA, e de tributos a Lionel Hampton, Jimmy Rowles, Joe Pass e Benny Carter.
Gerald faleceu no dia 13 de julho de 2008, nas dependências do Encino-Tarzana Medical Center, em Los Angeles, após quase seis meses de luta contra . Seu filho, J. J. Wiggins, é contrabaixista, e pai e filho estiveram juntos durante as gravações do álbum “Digital Duke” (GRP, 1987), da orquestra de Duke Ellington Orchestra, com direção de Mercer Ellington e participação especial de Louis Bellson, Clark Terry, Britt Woodman. Branford Marsalis, e Roland Hanna, entre outros.
Uma curiosidade é que ainda muito novo J. J. tocou com monstros como o pianista Teddy Wilson e o trombonista Al Grey. Após a conversão ao islamismo, ele adotou o nome de Hassan Shakur e alguns dos seus parceiros musicais mais constantes são o pianista Monty Alexander e o guitarrista Joe Cohn (filho de outro grande nome do jazz, o saxofonista Al Cohn).
Pianistas de grande visibilidade no cenário jazzístico atual, como Benny Green e Eric Reed, costumam ressaltar a influência de Wiggins em sua própria formação. Para Pedro “Apóstolo” Cardoso, Gerry é “um pianista extremamente versátil, de toque sutil e, com certeza, remetendo-nos a Nat “King” Cole e de certa forma a Errol Garner, atuando no jazz e na música mais comercial sem nenhum problema de adaptação, talvez até por sua formação clássica e seu ecletismo de parceiros”.
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37 comentários:
fantástico artigo, meu caro érico, que me deixou extasiado diante da habilidade pianística e de improvisação de mais um gênio musical das dezenas que vc com seu bom gosto nos traz aqui no blog... engraçado como algumas referências da vida do "gerry" wingers me despertam boas e recentes lembranças, como o fato de ele haver feito temporadas em seattle, cidade por demais musical (meu filho mora no seu entorno e ainda em agosto estarei por lá mais uma vez)..aliás, a sinfônica de seattle é uma das mais cotadas dos EEUU.. por outro lado, a musicalidade do povo por lá é constatável até mesmo pelas ruas do centro, em especial nas proximidades do pike place, o famoso mercado público na orla portuária.. escrevi no meu blog sobre isso e postei também um pequeno vídeo mostrando entre outras coisas, um jovem casal tocando música "country", um senhor japonês e seu instrumento típico e um veterano de guerra, cantando seus blues na calçada do starbuck coffee (a matriz de toda a rede mundial de cafés starbuck).. meu netinho de 6 anos (para não fugir à regra familiar do amor pela música) está estudando violino pelo método sukuki com uma violinista que tocou entre outras orquestras, na sinfônica de seattle..nada mau pra ele né? (há um post no blog com diogo, meu neto e seu violino sob o título "filho de peixe, neto de peixe").. finalmente, aqui o link com a matéria sobre os músicos de rua de seattle: http://www.seteinstrumentos.com/2011/01/musicos-de-seattle.html
peço desculpas pela extensão do comentário.. é fruto do entusiasmo de um velho músico que gostaria muito, imensamente, de estar à altura de ser assim chamado !
Meu caro Fred,
Muito bom ter a sua companhia nesta manhã de sábado.
Infelizmente, nunca tive a oportunidade de conhecer Seatle, que tem um cenário musical fortíssimo. O rock de bandas como Nirvana e Pearl Jam veio de lá.
O jazz também é muito forte por lá - o Julian Priester deu aula por muito tempo no Cornish College of the Arts da quela cidade.
Quem mora lá também é um irmão do nosso amigo Pituco Freitas. Outro que mora e trabalha lá é o pianista Jovino Santos Neto, que trabalhou muito tempo com Hermeto Paschoal.
Vou dar uma passada no Sete Instrumentos e não se acanhe - suas memórias afetivo-musicais são sempre bem-vindas aqui e nos honram muito.
Nos marcadores, clica no link do Lucky Thompson, saxofonista que tem uma história de vida muito impactante e que passou os últimos anos de vida, doente e esquecido, em Seatle.
Abração.
voltando pra agradecer sua simpática resposta ao meu comentário anterior..
e também para falar sobre outro tópico que esqueci de comentar... o "gerry" envolveu-se entre outros músicos de proa com um cara que eu admiro demais, tanto pelo seu senso de humor musical, como pelo seu imensurável talento artístico e que vc também menciona no texto fazendo-me recordar agradáveis momentos da sua carreira: por que esse grande Spike Jones continua tão pouco lembrado? um cara lúcido na sua aparente loucura, criou coisas incríveis para a televisão americana e hj está muito mais esquecidos do que gostariam seus fãs entre os quais me incluo.. aliás, os músicos que participavam da suas performances, com toda aquela parafernália de instrumentos e objetos malucos, gags e ruídos altamente incorporados à música que faziam são realmente inesquecíveis...numa das vezes que estive por lá procurei demais por discos e dvds do spike jones e lamentavelmente somente consegui um dvd que tenho comigo, reeditado já inúmeras vezes e que comprei através da "amazon": The spike jones story.. fantástico! vou ver se posto algum conteúdo sobre o SJ no blog.. abração, meu caro amigo!
Grande Fred,
É sempre um prazer tê-lo a bordo.
Confesso que não conheço o trabalho do Spike Jones, mas já li alguma coisa sobre ele. No livro Tempestade de Ritmos, o Ruy Castro traça um perfil muito bacana desse grande "maluco". Ele era uma espécie de Irmão Marx musical, não é isso mesmo?
Como você disse, é difícil encontrar algo dele atualmente - encontrei algumas coletâneas na internet, mas queria algo da discografia oficial, de preferência com notas, relação dos músicos, etc. Aceito sugestões, viu? :-)
Grande abraço e obrigado por abrilhantar o jazzbarzinho!
Estimado ÉRICO e prezado FRED:
Ao primeiro e mais uma vez PARABÉNS pela excelente resenha e pela gravação escolhida, talvez a melhor de WIGGINS.
Mais algumas páginas para o "Confesso Que Ouví, volume 2", com clareza, classe e dignidade.
Ao primeiro e ao segundo permito-me lembrar que SPIKE JONES foi um músico da mais alta categoria, um detalhista / perfeccionista, do qual e com o respectivo grupo ainda guardo algumas poucas gravações em k7. Impossível para um músico mediano coordenar os sons e um grupo, aparentemente "bagunçados", na verdade totalmente sincronizados, com tanta categoria.
Se o resultado nos faz rir, é pura consequência de um malabarismo musical acima de quaisquer adjetivos.
Mestre Apóstolo,
Nem preciso dizer que a resenha é muito mais sua que minha - suas informações me deram o norte, o sul, o leste e o oeste :-)
Com uma fonte desse gabarito, tocar o barzinho fica fácil - rs, rs, rs.
Quanto ao Spike Jones, consta que ele era também muito popular e seus discos para a RCA-Victor eram muito bem sucedidos comercialmente.
Abração e obrigado por tudo.
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MARY LOU WILLIAMS & GERRY WIGGINS
este é o primeiro que achei meu caro ERICO
Uau,
Esse disco eu não conheço. Mas é uma dupla de respeito!
Abração e obrigado!
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Mais uma vez, grato ao amigo Renajazz pelas dicas de links.
E fica aí também o recado para os amigos do blog: a Faiza está oferecendo empregos no Paquistão. Alguém se habilita?
Oi Érico,
passando só pra te dar um abraço e dizer que estou por aqui, te lendo... e aprendendo no nosso jazzbarzinho. Ouço todas as suas dicas e tenho apreciado muito.
Um abraçote pra você e ótima semana!! Kátia.
Olá, amigo Érico! Passei pelo jazzbarzinho, ouvi o Gerry e fui logo procurar mais coisas dele. Fiz um post, falei de si...
Grande abraço
o falcão
http://falcaodejade.blogspot.com/2011/07/outra-descoberta-no-grande-mindo-do.html
Caro mr érico, agora é recíproca a admiração entre vc e o autor de "O Vermelho e o Negro". Pois é, pena que não seja o francês e sim o rubro negro, mas....... quem manda não ter nascido trezontonti?
Abraços!
CARO AMIGO QUERO TE AVISAR QUE ESTOU MANDANDO MUITAS MUSICAS E NOTICIAS PARA SEU EMAIL E COMO CHEGUEI TARDE ESTOU VENDO TODAS AS SUAS RESENHAS ANTIGAS E COLOCANDO AGUNS LINKS DE DISCO DOS RESPECTIVOS ARTISTAS EM QUESTÃO
SO PARA LEMBRA-LO COMEÇEI PELO KAY WINDING COLOQUEI DOIS DISCOS DELE COM CURTIS FULLER... FORTE ABRAÇO
Prezados Kátia, M. J. Falcão, Sérgio e Renajazz,
Valeu pelas presenças e comentários.
Kátia, estava sentindo sua falta no barzinho - bom tê-la de volta.
M. J. Falcão, tenho ido ao Ninho, mas não tenho comentado - vou dar uma passada lá agora mesmo.
Mr. San, não entendi a parada - explicações são bem-vindas :-)
Renajazz, obrigado pela atenção e ficam as dicas para os amigos irem conhecendo um pouco mais desses grandes músicos.
Abraços aos quatro!
http://compare.buscape.com.br/flamengo-o-vermelho-e-o-negro-ruy-castro-8500015896.html
Só existem 2 "O vermelho e o negro" publicados. mr. O link acima leva ao autor de 1 deles que agora te admira.
Dãããããããããããããããã!!!!!
Veja a cena, Mr. San: este tontíssimo e desligado escriba com um sorvete na testa, perpetrando a onomatopéia que abre este diálogo!
Obrigado pela "ponte" e tomara que ele aprove.
Desnecessário dizer que esse "malsinado" livro é um dos pouquíssimos dele que eu não li (e nem lerei, por motivos óbvios, em que pese o talento do escritor).
Mudando de assunto, você já ouviu falar de um pianista argelino chamado Moncef Genoud? O disco é Aqua - ouça e me diga o que achou!
Abração e, de novo, obrigado!
Mr., o Ruy desceu de seu confortável apartamento ontém (somente aos domingos, lembra?) para duas cumprir missões: elogiar o seu livro, com um comentário do tipo "o cara sabe tudo, hein, muito bom o livro dele. Preocupado com prejuízos futuros disse que nem precisava mandar outro autografado. Infim, eu disse q este já estava a caminho... A outra função foi me presentear com um raríssimo exemplar de um álbum (lacrado)remasterizado por Henrique Cazes, 2º ele me frisou, o disco está um luxo só, da Carmen Miranda, com raras gravações da década de 30! Mas com um som (passado por algum tipo de tecnologia q nem o próprio Ruy conseguiu explicar que deixou a coisa toda como se fosse feita ontem! Ainda não ouvi. No final, disse, sem eu pedir: "pode copiar, botar na Lojinha, fique a vontade". O cara é muito gente boa.
Outra grande história deste domingo passado, foi a visita de Marcos Resende e sua bela e elegante esposa + mas uma amiga e a filha adolescente que quer ser cantora de jazz, tal e qual Nikky Yanofsk (que a menina brasileira, inclusive conhecia e já era fã), Bom, seu san, é difícil editar essa outra história. Só sei que o Marcos me brindou com uma frase que muito me honrou nesse trabalho ainda cheio de controvérsias, disse-me ele: "Em Nova Iorque, pra onde eu tive que me mudar" (pra viver de música, certamente), os clubes de jazz continuam lotados, para onde quer que se vá, a cidade respira cultura, enquanto aqui, apesar dessa praia linda!"... Bem, o resto vc pode adivinhar.
Estou agora ouvindo algo que pra mim poderia ser impossível realizar: um álbum do Marcos Resende, solo - e orquestra -, acho q todo arranjado por ele, tributo ao Roberto Carlos. Meu amigo, uma vez no passado, chegamos a quase discutir, eu e o saudoso mr. Mauro q desapareceu misteriosamente (nem consigo me lembrar mais o nome do Blog do Mauro...) Enfim, discutimos a qualidade melódica da música composta por Burt Bacharach, que eu amo! E o cara abomina. Bem, eu não chego a abominar o rei, mas tenho CE minhas muitas reservas... Porém o que sei é que o Marcos Resende é muito músico, pq tou aqui te escrevendo e não achei defeitos no álbum “Marcos Resende - Tributo a Roberto Carlos” (1991). E vc há de concordar que a tarefa é complexa. Marcos Resnde é um gentleman e como cliente comprou de sair de mãos cheias!
Outra nota do Domingão da Reco-Records, foi ele dizer que ajudava muito a eles músicos. Não dá pra não ficar orgulhoso e puxar a sardinha pro meu prato, dá?
Colocarei a discografia de Marcos, sem nem pedir permissão. E aguardarei ansioso que ele volte por lá e veja que estou dobrando a função de promovê-lo, afinal é um grande pianista jazz, hoje quase que praticamente desconhecido no Brasil.
Abraços!
Tá truncado o comentário: a frase q muito me honrou foi a de que ajudo muito a promover músicos como ele, desconhecidos aqui.. Onde se lê "CE" é tenho "cá" minhas reservas.
E...: "Colocarei a discografia de Marcos" (na Bikelojinha), "sem nem pedir permissão"...
Em tempo: a piada que não podia calar: com essa(s) Burt Bacharach e Roberto Carlos, o Predador acionou o dispositivo "Velocidade da luz"!
Dear Gran Master Érico,
Se houve um pianista mais que underrated, foi Gerry Wiggins, sem dúvida alguma.
Alô Fred,
Spike Jones foi realmente impagável cujas gags eram verdadeiros "arrasa quarteirões".
A gravação dele de "Cocktais for two" é histórica, aglomerando todas as gags e todos os recursos extra musicais que podemos imaginar. Por sinal, durante mais de 20 anos, essa gravação de "Cocktails for Two" foi o cavalo-de-batalha do cômico Zé Bonitinho, que dublava com muita propriedade essa gravação em seus mínimos detalhes arrancando homéricas gargalhadas e aplausos das platéias...
Keep swinging,
Raffaelli
Mr. San.
Quanta coisa boa acontecendo!
Fiquei contente e muito orgulhoso do sucesso da bikelojinha (acho que tenho uma parcela no empreendimento, pelo menos a tampinha do pneu dianteiro - rs, rs, rs).
Que legal, meu amigo - quando você encontrar com ele (e o livro autografado tá chegando), reforça o convite pra ele conhecer o jazzbarzinho.
Abreção!
Caro Érico,
Um adendo: O baixista Jay Jay Wiggins, filho de Gerry Wiggens, há anos (não sei precisar quando) tocou em Salvador, Bahia, com o saxofonista Scott Hamilton num evento patrocinado por um banco local. Infelizmente, a vinda dele passou em branco e os empresários locais (Rio/SP)não se interessaram em sondá-lo para possíveis apresentações por aqui (provavelmente nunca ouviram falar em Scott Hamilton....)
Keep swinging,
Raffaelli
Mestre Raffaelli,
É sempre muito bom contar com sua presença alvissareira.
Nunca tinha ouvido falar do Wiggins até bem pouco tempo. Depois vi que tinha alguma coisa dele como sideman e encontrei apenas dois discos como líder - este que postei e um da VSOP, ambos muito bons.
Uma pena que os homens que dirigem o showbizz não tenham percebido a força do jazz - tudo que leio e vejo por aqui é que as apresentações de jazzistas como Yusef Lateef, Keith Jarrett, Archie Shepp e festivais como Ouro Preto, Guaramiranga ou Rio das Ostras estão sempre lotados, com um público jovem e ávido para descobrir mais sobre o jazz.
Abração - pena que não poderei levar-lhe um abraço pessoalmente no dia 20, mas tenho certeza de que será uma noite inesquecível.
A SENHA E A MESMA MELANCHTHON COM LETRA MINUSCULA
Maravilhosa resenha; músicas de primeira! GOSTEI MUITO como sempre!
Mestre Fig,
Você andava sumido!
E aí, tudo bem?
Grande abraço e valeu pelas palavras gentis!
E aí, vamos ao Rio, fazer o lançamento do Confesso que ouvi por lá?
Abração!
Amigo Érico:
Andei zapeando o youtube e descobri um link legal sobre o nosso querido spike jones.. (aproveito para deixar aqui meu abraço ao mestre raffaelli e o agradecimento ao seu adendo no comentário sobre o SJ..) aliás, nesse link vc encontra também um bom resumo biográfico e do trabalho do SJ (resumo resumido, para os padrões dos mestres de jazz que circulam por aqui, hehehe).. mas tá de bom tamanho pra quem não se aprofundou nas andanças desse maluco beleza que é o spike.. estou dando uma busca nos meus baús pra ver se pedo o dvd que falei, pra retirar algo de lá pros Se7e Instrumentos.. grande abraço ! segue o link (coleção de 10 vídeos e resumo biográfico do SJ):
http://www.youtube.com/watch?v=lvt4b_qwC_Q&feature=mh_lolz&list=HL1311359296
leia "maluco beleza" assim aspeado e mais abaixo "pego" ao invés de "pedo".. a pressa é uma destruidora de letras..
Erico, eu venho sempre. Este mês estive em Havana e lá visitei uma casa de jazz muito bacana. Depois te conto e mando a foto kkkk. Um abraçote! Kátia
http://rapidshare.com/files/399778315/Major_Holley_-_Mule__1974_.rar
MAJOR HOLLEY
GARRY WIGGINS
ED THIGPEN
GERARD BADINI SAX TENOR
MULE
THE DEFINITIVE BLACK & BLUE SESSIONS
BEM ACHEI MAIS UM
Caros Fred, Kátia e Renajazz,
Sejam mais que bem-vindos!
É sempre uma honra tê-los a bordo!
Ao primeiro, agradeço a atenção e vou dar uma assistida nos vídeos, com toda certeza.
À amiga Kátia, coincidentemente na semana passada assisti ao DVD Nasci para bailar, do João Donato, quase todo gravado em Cuba, com a banda do mestre (Robertinho Silva, Luiz Alves e ) e um monte de músicos cubanos, inclusive o Chucho Valdez (é sensacional!!!!).
Tenho muita vontade de conhecer Havana, uma cidade que, segundo me contaram amigos que estiveram lá, é encantadora, com um povo hospitaleiro e muito gentil. Bom, disponibiliza as fotos prá gente - se você quiser, posso colocar algumas no barzinho (estou pensando em escrever algo sobre o Chucho e seria uma honra ter fotos in loco de Cuba).
Renajazz, você está se tornando um verdadeiro bastião na guarda dos tesouros jazzísticos. Bom pros amigos do barzinho, que podem se deleitar com suas garimpagens!
Abração aos três!
Querido Erico,
te mandarei as fotos sim. Você é muito gentil!! Vai ser um prazer contribuir com sua postagem sobre o Chucho Valdez. Dentro de uma semana poderei envia-las, pois na minha casa tenho algumas que tirei em Santiago de Cuba, onde está a Casa do Som. Neste lugar cantava alguns dos grandes nomes da música cubana como Ibrahim Ferrer e Compay Segundo.
Havana realmente é uma cidade bonita, e o melhor de um país é o seu povo. O povo cubano é hospitaleiro e muito musical. Infelizmente sempre que fui nunca tive oportunidade de assistir a um show do Chucho. O pai dele, Bebo Valdéz vive na Espanha, mas Chucho continua vivendo em Cuba. O único show que assisti foi do Pablo Milanés, e na Casa do Som me encontrei com Ibrahim Ferrer. Um abraçote! Kátia.
Querida Kétia,
Vou esperar as fotos - e amanhã mesmo começo as pesquisas sobre o Chucho.
Abração!
Querido Erico,
tenho aqui algumas fotos pra te enviar, reduzi o tamanho delas. Na próxima semana te envio as demais e aí você escolhe as que mais gostar. Perdoe minha ignorância mas eu não encontrei o email do seu blog, é que sou meio verde nessas ferramentas rs. Olhei no seu perfil e lá não está. Um abração, Kátia.
Oi, Kátia,
Meu e-mail é ericorenatoserra@gmail.com
Vou aguardar as fotos.
Abraços!
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