Quando o saxofonista Scott Hamilton apareceu para o mundo, em meados dos anos 70, o jazz vivia uma série crise de identidade. Se, por um lado, o fusion, que combinava (muitos) elementos do rock com (poucos) elementos do jazz, deu a figuras como Miles Davis, Joe Zawinul, Freddie Hubbard, Donald Byrd ou Wayne Shorter status de pop stars, por outro lado boa parte das obras enquadradas nessa vertente peca por apresentar qualidade artística inversamente proporcional ao talento desses grandes músicos.
Na contramão do fusion, o free jazz ainda conservava uma aura transgressora, rebelde e politizada, semelhante àquela que permeou o nascimento do bebop. Todavia, o estilo mantinha uma sintaxe tão hermética que parecia prescindir da presença do público para existir enquanto expressão artística. Com o free, o jazz mergulhou em um mundo sombrio e deu a impressão de que seus músicos, sempre com a cara enfezada e um ar sisudo, haviam perdido a capacidade de rir de si mesmos, de se divertir.
Antes que Wynton Marsalis viesse, qual um cavaleiro medieval, resgatar a alegria e a espontaneidade do jazz, livrando-o da padronização pasteurizada representada pelo fusion e do experimentalismo autista simbolizado pelo free, Hamilton despontou, sem tanto alarde, nos meios musicais norte-americanos e deixou clara a sua mensagem: “it don’t mean a thing, if it ain’t got that swing”! Ou seja, o jazz significa muito pouco se abolir o swing.
De lá para cá, muita coisa mudou no panorama jazzístico. Os Young Lions dos anos 80, capitaneados por Wynton Marsalis, passaram a dar as cartas e influenciaram dezenas de novos músicos. Abriu-se espaço para neotradicionalistas como Javon Jackson, Brad Mehldau, Mulgrew Miller, Benny Green, Geoff Keezer, Charles Fambrough, Robin Eubanks, Wallace Roney, Terence Blanchard, Eric Alexander, Marcus Roberts, Jesse Davis, Kenny Garrett, Terel Stafford, Ken Peplowski, Antonio Hart, Peter Bernstein, Curtis Lundy, James Carter, Mike LeDonne, Grant Stewart, Francesco Cafiso e incontáveis outros.
Chegando aos quarenta anos de carreira, Scott pode se orgulhar de ter contribuído para consolidar esse panorama alentador, embora a sua importância, infelizmente, ainda não seja devidamente reconhecida. De qualquer forma, ninguém pode tirar-lhe o mérito de ser o principal herdeiro da tradição iniciada por Lester Young e Coleman Hawkins, o que não é pouco.
Hamilton nasceu no dia 12 de setembro de 1954, na cidade de Providence, Rhode Island e sua intimidade com a música se manifestou desde muito cedo. O jazz fazia parte do cotidiano, pois seu pai, um apaixonado pelo swing, dispunha de uma alentada discoteca, essencialmente baseada nas grandes orquestras dos anos 30 e 40. Aos cinco anos recebeu as primeiras lições bateria, aos seis aprendeu alguns rudimentos de piano e aos oito começou os estudos de clarinete, mas somente aos dezesseis passou para o saxofone tenor.
Em pouquíssimo tempo, já fazia parte de orquestras locais de R&B e sua sonoridade rica e encorpada chamou a atenção de ninguém menos que Roy Eldridge. Por indicação do trompetista, Scott foi tentar a sorte em Nova Iorque, em 1976. Um dos seus primeiros empregos ao chegar à cidade foi na banda de Hank Jones, que era atração fixa do Michael’s Pub. Em seguida, trabalhou com Benny Goodman e com as cantoras Anita O’Day e Rosemary Clooney.
Foi naquele período que gravou, pelo pequeno selo Famous Door, o seu primeiro disco como líder, chamado “Swinging Young Scott” (1976), acompanhado pelo trompetista Warren Vaché, pelo pianista John Bunch, pelo contrabaixista Michael Moore e pelo baterista Butch Miles. Embora a repercussão do disco tenha sido branda, seu talento logo despertou a atenção do baterista Jake Hanna, que assistiu a uma apresentação sua no clube Condon’s e ficou extasiado.
Imediatamente, Hanna entrou em contato com Carl Jefferson, fundador da Concord, que não hesitou em contratar o jovem saxofonista. Era 1977 e naquele mesmo ano Scott lançou seu primeiro disco pela gravadora: “Scott Hamilton is A Good Wind Who Is Blowing Us No Ill”. Fã de Ben Webster, Illinois Jacquet, Zoot Sims, Gene Ammons e Eddie “Lockjaw” Davis, Hamilton despejou esse rosário de influências em um álbum coeso e completamente imerso na melhor tradição jazzística, que naquela época parecia estar esquecida.
Contando com uma sessão rítmica das mais experientes, integrada pelo pianista Nat Pierce, pelo baixista Monty Budwig e pelo baterista Jake Hanna, além da participação do trompetista Bill Berry, a estréia não poderia ser mais auspiciosa. O álbum ajudou a resgatar o interesse do mercado pelo jazz acústico e mereceu do crítico Leonard Feather as seguintes palavras: “Em tempos de tanta poluição sonora a nos esmagar, ele é, quase que literalmente, um alívio para os ouvidos doloridos, um bálsamo para desfazer os danos auditivos”.
Não que Hamilton desconhecesse a força criativa de saxofonistas mais modernos, como Sonny Rollins ou John Coltrane. Apenas, a música que esses titãs faziam não se encaixava nas suas próprias concepções musicais. Ele explica: “Eu sempre toquei da maneira como toco agora. Eu escutava Trane, mas nunca ouvi nada que realmente quisesse aproveitar em minha própria forma de tocar. E isso sempre foi algo consciente. Eu jamais pensei em tocar de outra maneira ou em outro estilo”.
Tocar com músicos de gerações anteriores é uma constante na carreira do saxofonista. Além do veterano pianista John Bunch, que integrou um dos seus primeiros quartetos e o acompanhou em seu primeiro disco como líder, Scott pode se orgulhar de parcerias com luminares como Al Cohn, Ruby Braff, Buck Pizzarelli, Woody Herman, Tony Bennett, Gerry Mulligan, Flip Phillips, Maxine Sullivan, Herb Ellis, Buddy Tate, Ray Brown, Jimmy Witherspoon, Vic Dickenson, Jo Jones, Red Norvo e Dave McKenna.
No final dos anos 80 fixou-se em Londres, tornando-se atração constante em clubes locais como o Pizza Express Jazz Club e o Ronnie Scott’s. Também fez parte de inúmeras bandas all-stars, como a Concord Jazz All Stars, a Concord Super Band e a George Wein’s Newport Jazz Festival All Stars. Fez parte da célebre “World's Greatest Jazz Band”, fundada por Dick Gibson, Yank Lawson e Bob Haggart, da qual também fizeram parte, entre outros, Vic Dickenson, Carl Fontana, Bud Freeman, Peanuts Hucko, Ralph Sutton e outros expoentes.
Seu passaporte registra passagens pelos quatro cantos do mundo e incontáveis países: Suécia, Alemanha, Canadá, Portugal, Japão, Escócia, França, Espanha, Itália, Polônia, Suíça e Holanda são apenas alguns deles. Já se apresentou em alguns dos festivais mais importantes do planeta, como Nice, Estoril, Irvine, Angra do Heroísmo, Toronto, Brecon, Northsea, Fujitsu-Concord e JVC Jazz Festival.
O público que acorre a esses espetáculos tende a concordar com o que escreveu o crítico John Barrett Jr., da Jazz Review: “O que eu mais gosto em sua forma de tocar é a sua consistência, sua habilidade para interpretar velhos standards da forma como essas canções foram originalmente concebidas e, ainda assim, apresentar alterações sutis e refrescantes, que as tornam novas outra vez”.
No início da carreira Scott teve sérios problemas com o álcool, que quase comprometeram o seu sucesso profissional. Felizmente, em 1982, ele deixou a bebida e conseguiu manter as rédeas da vida e da carreira. Em sua longa e frutífera associação com a Concord, ele já atuou em quase 100 gravações, seja como líder, seja como acompanhante. Nessa condição, atuou em álbuns de gente como Ed Bickert, Susannah McCorkle, Ken Peplowski, Cal Tjader, Charlie Byrd, Gene Harris, Gerry Mulligan e Ernestine Anderson.
Como líder, é bastante difícil escolher apenas um de seus discos, tamanha a qualidade do material que ele, habitualmente, produz. Mas existe um disco tão encantador que, dificilmente, os fãs de Hamilton deixarão de incluir entre as melhores coisas feitas pelo saxofonista. Trata-se de “After Hours”, gravado nos dias 18 e 19 de dezembro de 1996, no estúdio Sound On Sound, em Nova Iorque, com produção de John Burk.
Mais uma vez, Scott se encontra à frente de um quarteto, formação que parece preferir a qualquer outra. Seus acompanhantes são ninguém menos que os fabulosos Tommy Flanagan no piano, Bob Cranshaw no contrabaixo e Lewis Nash na bateria, uma sessão rítmica de sonho. Com uma sessão rítmica dessa, seria difícil para um músico apenas mediano ter uma performance ruim. Quando o líder é um gigante em seu instrumento, então, o resultado não poderia ser menos que soberbo!
“Beyond the Bluebird” é uma balada de autoria de Flanagan, com uma pegada bluesy cativante. Conjugando a simplicidade do blues com a estética refinada de quem acompanhou Ella Fitzgerald por mais de dez anos, Flanagan exibe uma técnica magistral e a elegância do seu toque encontra no sopro potente e resoluto de Scott um parceiro à altura. O talento descomunal de Nash é o complemento mais que propício a essa verdadeira exibição de gala dos dois titãs.
A adoração de Hamilton pelo swing é mais que conhecida. Mas ele também é um exímio bopper, como se pode perceber na espetacular versão de “Woody' N’ You”, de Dizzy Gillespie. Com um ataque rápido e vigoroso, ele improvisa com avidez e arrojo desconcertantes. Tal como fazia o ídolo Hawkins, Scott serpenteia pelas veredas do jazz moderno com tamanha desenvoltura que parece ter sido um habituée das noitadas no Minton’s Playhouse, nos anos 40. A faixa tem um discretíssimo acento latino, que lhe confere um charme adicional, e mais uma atuação de tirar o fôlego de Nash.
“Blues in My Heart” foi composta por Benny Carter e a interpretação do quarteto é reverente, quase circunspecta. O contrabaixo poderoso de Cranshaw dá um aspecto sombrio ao tema e contrasta com o piano límpido e arisco de Flanagan. Trata-se de um blues em seu estado puro, no qual Scott exibe um fraseado musculoso, gutural e absolutamente imerso na tradição de Coleman Hawkins ou Don Byas.
“Bye Bye Blues” é uma balada em tempo médio de autoria de Dave Bennett, Chauncey Gray, Fred Hamm e Bert Lown. A abertura vibrante e colorida fica a cargo de Nash, que ao longo de todo o tema demonstra uma vitalidade invejável, e logo em seguida os demais instrumentos se integram de maneira bastante harmônica. A melodia é simples e despretensiosa, com os quatro atuando em uma atmosfera de puro relaxamento.
A balada “What's New?” é uma das canções mais espetaculares do repertório de Billie Holiday, tendo sido composta por Johnny Burke e Bob Haggart em 1939. A abordagem do quarteto cria um clima luxuriante e, ao mesmo tempo, opressivo, merecendo atenção a sofisticação harmônica que Flanagan imprime ao tema. O sopro enfumaçado de Hamilton simboliza bem o abandono e o desencanto de que trata a letra da música.
A sacolejante “You're Not the Kind”, de Will Hudson e Irving Mills, teve em Fats Waller um dos seus primeiros intérpretes, mas foi imortalizada por Sarah Vaughan. A abordagem do quarteto é descontraída, alegre e sumamente despojada, merecendo todos os encômios a extraordinária sensibilidade de Hamilton para recriar antigas composições e atingir uma entonação que consegue ser, ao mesmo tempo, surpreendente como exige o verdadeiro jazz e bastante agradável aos ouvidos, sem resvalar nos maneirismos e obviedades do chamado “smooth jazz”.
Com um pezinho no blues, “Black Velvet”, de James Mundy e Al Stillman, é uma balada em tempo médio carregada de lirismo. A sonoridade cheia e calorosa, que é a assinatura do saxofonista, interage em altíssimo nível com o refinamento lírico de Flanagan. Soberbos na sessão rítmica, Cranshaw e Nash parecem se divertir bastante, com direito a solos breves, porém intensos. A destacar, o animadíssimo diálogo entre saxofone e bateria na parte final do tema, ao estilo “pergunta e resposta”.
A bossa nova está presente, na interpretação excitante de “How Am I To Know?”, de autoria de Jack King e da escritora (e letrista bissexta) Dorothy Parker. Arranjo elegante, empatia absoluta entre os músicos, improvisos ousados, excelente senso de tempo e um swing cativante são as características mais evidentes dessa faixa. A atuação do líder é irrepreensível, propiciando ao ouvinte um delicioso banquete sonoro. Destaque também para primoroso o solo de Cranshaw.
“Some Other Spring” é um clássico de Arthur Herzog e Irene Kitchings e também fez parte do repertório de Lady Day. É a mais introspectiva do disco, com direito a uma execução fantasmagórica de Flanagan, cujo dedilhado emula um sussurro. Hamilton realça o clima sombrio, com uma interpretação contida e de elevado conteúdo emocional.
A sonoridade robusta e dinâmica de Hamilton cai como uma luva na crepitante “Steeplechase”, de Charlie Parker. Como era característica primordial em Bird, também Hamilton faz a arte de tocar saxofone parecer a coisa mais simples do mundo. Sua sonoridade ecoa tranqüila, lúdica, despojada, mesmo durante os solos mais complexos. As arrojadas harmonias concebidas por Flanagan e a percussão arrebatadora de Nash são os outros destaques do tema. Um disco para figurar como destaque absoluto em qualquer coleção e, mais importante, para ser ouvido milhares e milhares de vezes.
Em 2005, Hamilton comemorou seu retorno a Nova Iorque em grande estilo, ao se juntar a Bill Charlap, Peter Washington e Kenny Washington, um dos mais prestigiados trios da atualidade, nas gravações de “Back In New York”, também para a Concord. Em 2007 foi eleito o melhor saxofonista da primeira edição do Ronnie Scott’s Jazz Awards. Em fevereiro de 2008 fez uma elogiada série de shows no Lincoln Center, em Nova Iorque.
Com seu bigode e sua indumentária que lembram um dândi, Hamilton já foi comparado a um personagem de seu xará Scott Fitzgerald, que retratou como ninguém a atmosfera irreverente e hedonista dos anos 20. Talvez não seja por acaso que as músicas da época sejam tão caras ao saxofonista, sobre quem o crítico Lloyd Sachs escreveu: “Quanto mais eu ouço esse jovem veterano, mais me convenço de que hoje existem pouquíssimos jazzistas capazes de produzir um som tão admirável”.
Casado com a japonesa Manami, Hamilton tem brindado o ouvinte de jazz com jóias do quilate de “East Of The Sun” (de 1993, cujo repertório foi escolhido pelos leitores da revista japonesa “Swing Journal”), “Organic Duke” (de 1994, onde atua ao lado do organista Mike LeDonne, em um repertório quase que exclusivamente baseado em composições de Duke Ellington) e “On Red Door” (de 1998, um dueto com o guitarrista Bucky Pizzarelli, no qual ambos prestam tributo ao grande Zoot Sims).
Todos esses discos foram lançados pela Concord, mas o saxofonista também tem lançado, nos últimos anos, álbuns pelas pequenas gravadoras Woodville e Arbors. Scott também tem feito parcerias com músicos da nova geração, como o saxofonista inglês Alan Barnes e o pianista italiano Rossano Sportiello. Seu quarteto atual é integrado pelos músicos britânicos John Pearce (piano), Dave Green (contrabaixo) e Steve Brown (bateria).
Por meio das palavras do crítico Dave Gelly, pode-se depreender um pouco da magia que torna a sonoridade de Hamilton tão especial: “Escutar a seqüência de um solo de Scott Hamilton é como ouvir um bom papo em seu fluxo total. Primeiro vem a voz, o som inimitável, depois vem a certeza de seu saxofone tenor, o estilo informal e, finalmente, a fluência incrível e seu comando eloqüente da linguagem do jazz”.
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25 comentários:
Esse blog respira e exala música! Admirável!
Linda noite Érico!
Meus beijos e meus carinhos pra ti!
Sil
Estimado ÉRICO:
Por mais que alguns poucos críticos e ouvintes / assistentes não se "derramem" por Hamilton, ele é, sem dúvida e ainda por cima mantendo seu toque tão pessoal, o mais legítimo herdeiro da tríade Ben Webster, Coleman Hawkins, Lester Young.
Técnica superior, fraseado irrepreensível, respiração e digitação totalmente articulados, permanente swing recuperando/reescrevendo clássicos e, que mais podemos pedir ???!!!
Bola na rede, com muita CLASSE !
Caros Silene e Apóstolo,
Sejam muito bem-vindos e obrigado pelas palavras generosas.
Sabia que você ia gostar, Mestre! Afinal, lá na toca da Paulista tive a honra de ver o Hamilton ao vivo, atuando com o John Bunch e a maxine Sullivan.
Sei do seu apreço pelo saxofonista também por causa das dezenas de cds dele que estão nas suas estantes (lembro que Washington ficou impressionado - "Caramba, tem muito disco desse cara!").
Um fraterno abraço aos dois!!!
Quem é Scott Hamilton, mr.Cordeiro????? Brincadeirinha. Agora, no sério, parabenizo-o pela escolha. Hamilton, saxofonista de uma geração mais nova, de estilo e sopro próprios, nunca deixou corromper-se por "influências", "modismos" e pela "poluição sonora" de seu tempo. Foi um dos poucos que tocou realmente jazz, não deixando que lhe impingissem repertórios, salvando-se portanto da "maldição sonora" da Concord, onde gravou a maioria de sua produção musical como lider, cuja predominância era a formação em quarteto, e sempre acompanhado por músicos competentes. E o que é importante destacar em seu repertório: calcado em grande parte, de standards ou músicas "arranjadas" e oriundas do jazz clássico. Considero-o, um dos melhores saxtenores da geração pós Lester Young, Coleman Hawkins, Hank Mobley, Zoot Sims....
É isso!!!!
Mr. Predador,
É uma honra e um prazer tê-lo no jazzbarzinho, ainda mais porque está satisfeito com a escolha e sem a ameaçadora presença do detonador atômico.
Como você e o Mestre Apóstolo já ressaltaram, o Scott é um herdeiro dos mais legítimos e talentosos de uma nobre linhagem: os tenoristas de sonoridade encorpada, como Hawkins e Webster, embora também se possa perceber nele o fraseado dolente e lírico de Lester Young e Stan Getz.
Ele sintetiza muito bem essas duas vertentes, seu repertório é sempre de primeira e os músicos com quem toca são sempre muito bons!
Um craque!
E dia 25 tô esperando você no Wunderbar Kaffee!!!!
Eu gosto!
Muito bom! Mais uma bela postagem sobre outro grande músico!
Mr. Érico,
Não tive o prazer de ver ao vivo o moço tocar. Só sei que ele faz parte do meu time atuado junto com Coleman Hawkins, Hank Mobley, Zoot Sims e o meu artilheiro mor Ben Webster de quem falo no meu proximo post(acompanhado do Art Tatum - é claro!)
Como sempre, maravilha de resenha e informação.
Abração !
Caros Salsa, Fig e Edinho,
Valeu pelas presenças e palavras sempre amigas e incentivadoras!
Tô na contagem regressiva!
Vai ser o 1º encontro de blogueiros de jazz e assemelhados!
Vão estar lá o Fig, o Salsa, o Lester, o Grijó, o Coimbra, o Dom Oleare - só falta você, Seu Mr. Edinho!!!!
E se alguém quiser o Hamilton, basta dizer que "posso estar anteciPando" :-)
Abração aos três!
E Você ainda pergunta!?!
Ainda ouvindo a terceira música "Blues In My Heart" :
e maravilhado agradeço o presente que me mandou.
Valeu !!!
Mais uma deliciosa resenha, dessa vez sobre um saxofonista pouco festejado, mas genial.
Grande abraço e até breve!
Estima ÉRICO:
Pequeno comentário para satisfação de todos nós = com 40 anos de carreira SCOTT HAMILTON já vai completar 57 "aninhos" no próximo dia 12 de setembro.
Considerando que o "menino" de Providence está desligado de quaisquer aditivos, esperamos ainda contar com mais uns 20 anos de classe.
Na introdução do comentário anterior inicie-se, por favor, com "Estimado ÉRICO".
Diz lá no all music e seu san confirma q "black velvet (don' cha go 'way mad)" é de autoria de James Mundy e Al Stillman... Não faltou citar Deus na parceria, não? Não, pq, mais certo que os 2 seres humanos compareceram, Deus estava lá.
Olha, seu Érico, acabo de ter uma idéia: uma compilação só dos standards mais bacanas e pouquíssimo usados. Minha colaboração é Pauletta (Bob Berg) e Mirrors do Joe Chambers e essa agora de Deus e "os outros". Foram as 1ªs q me ocorreram, se quiser sugerir...
Prezados Edinho, Lester, Apóstolo e Sérgio,
Felicidade tremenda tê-los a bordo!
Ao primeiro, espero que esteja se deliciando com o Hamilton, pois o Panda já subiu pro cyber-espaço.
Ao segundo, além do prazer da visita, também o prazer de estar na contagem regressiva.
Mestre, pois vida muito longa ao Hamilton - Que venham outras toneladas de bom gosto sonoro!
Mr. San, quanta honra, pensei que você tinha me esquecido - mas também ando em falta no sonicbarzinho e não posso falar nada. Bom, os nomes completos dos autores geralmente constam do encarte, mas eu sempre dou uma sacada no Google ou no site Jazzstandards.com prá confirmar (aliás esse site é muito bacanudo).
Bom, se você quer uma sugestão, que tal:
The first time I ever saw your face - Von Freeman (álbum Doin' it right now);
- I'm Old Fashioned - Richard Wyands (álbum Half and Half).
Abraços aos três!
I'm Old Fashioned de Jerome Kern & Jonny Mercer tem quase 800 versões, mr. A outra vou ver, mas a idéia são os Standards pouco tocados amei essa do scott hamilton e fui procurar no all music se tinha outras versões e só tinham duas e acho q é a mesma pq é com o Scott Hamilton - a outra está numa coletânea (acho) em álbum duplo dele.
Infim, quanto ao meu blog, tás perdendo a oportunidade de ouvir, Jan Akkerman e Charlie Byrd (2ª postagem, agora, pq não resisti a postar uma crírica as escolhas feitas dos artistas q vão se apresentar no roquinrio). Mas, o encontro raro de Byrd e Akkerman, não é pra se deixar passar, dê um pulo lá pra prestigiar, assim q puder, please. Acho q coisa mais rara e boa, só daqui há sei lá quanto tempo.
Ouvindo Wave, Mr. Seu San!
Pois é, standards obscuros, é o que busca, não é?
Então que tal "I'll close my eyes", com Dusko Goykovich, no disco Soul Connection? É linda, mas não tem tantas gravações...
E "Will you still be mine", com Miles Davis, no disco The Musings of Miles?
Adoro as duas.
Dá uma sacada!
E a versão de Wave é poderosa!!!!
Meio rock'n rolll, meio free, genial!
Muito boa a descoberta!
Amigo Érico! Já vai se caljar a caminho de Victoria (?). Bom sucesso nessa apresentação de "Confesso que ouvi!"
Fico à espera de ver o que diz...
Adorei este Hamilton! Já era fan do Webster, Cleman Hawkins e Mr. Pres, claro. Agora é mais um.
Deixo-lhe um continho para ler, no regresso. Gostava de saber a sua opinião.
Grande abraço e Parabésn!
o falcão
Cara MJ Falcão, seja muito bem-vinda.
É sempre uma honra e um prazer tê-la por aqui.
Obrigado pelas palavras afetuosas e, se puder, dê uma procurada nos discos do Hamilton (há muitos deles em catálogo, quase todos pela Concord).
Ele é um dos melhores saxofonistas da atualidade e segue à risca os preceitos criados por Hawkins, Webster e Young.
Daqui a pouco dou uma passada pelo Ninho do Falcão!
Abraços fraternos!
Dear Gran Master Boss Érico,
Todos exaltaram com propriedade as qualidades de Scott Hamilton, que admirei desde seu primeiro LP.
Curiosamente, ele tocou dois anos seguidos em Salvador numa grande festa promovida por dos bancos locais (não lembra qual).
Posteriormente sugeri o nome dele aos organizadores de um festival de jazz tupiniquim, mas o cabeça do evento não aprovou, dizendo:
- Não sei quem é, mas não me interessa. Se ele fosse tão bom assim nunca tocaria em Salvador.
Durma-se com um barulho desses....
Assim agem certos produtores de festivais de jazz tupiniquins.
Keep swinging,
Raffaelli
érico san,
desculpe pela minha total debandada...com algum fólego extra, repasso leitura rápida pelos blogs bacanudos...
abraçsonoros
ps.estarei na festa do dia 25 com boas vibes
Mr. Cordeiro,
Scott Hamilton é um músico de verdade.
Aprendi a escutá-lo via meu (ex) cunhado ( John Sumners) que o acompanhou por bom tempo em Toronto.
É a tradição. Sem por, nem tirar.
Em Tempo :
Saudações e Reverências ao mestre
JD Raffaelli, com quem já me encontrei em festivais em Vitória,ES, e aprendi cedinho nos anos 60 lendo seus textos nas contra capas dos bolachões.
Caros Raffaelli, Pituco e Coimbra,
É uma honra e um prazer tê-los a bordo!
Ao primeiro, digo que alguns desses "produtores" parece que não entendem nada de jazz: você já contou aqui no jazzbarzinho que em um determinado festival, o produtor vetou o nome do Duke Jordan porque não era conhecido.
Agora, é o Scott Hamilton que não pôde se apresentar em um festival porque já tocou em Salvador.
Veja que em Salvador há uma cena jazzística intensa - o blog Sojazz é feito por jezzófilos de lá, que é a terra do grande Jorge Cravo, o Cravinho, que conhece tudo de jazz vocal e é um grande colecionador de discos.
Mr. Pituco, fico contente em vê-lo por aqui - é sinal de que, apesar de todos os acontecimentos recentes, você e sua família estão bem. Estamos todos aqui torcendo para que a situação no Japão se normalize o mais rapidamente possível.
Mestre Coimbra, quer dizer que você é "assim com o homem"? :-) Esse mundo é mesmo pequeno demais! Quanto ao Mestre Raffaelli, quantas gerações de jazzóficlos ele influenciou e continua a influenciar! É um craque e tenho muito orgulho de sua amizade!
Abração aos três!!!
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