Pat Martino surgiu para o jazz na década de 60, período em que a guitarra jazzística chegou à maturidade. Sem esquecer a contribuição de pioneiros como Charlie Christian, Eddie Lang, Freddy Green e Oscar Moore, foi somente naquela década que a guitarra alcançou um status comparável ao de instrumentos até então considerados mais “nobres”, como o piano, o trompete e o saxofone. E foi graças ao trabalho de gente como Barney Kessell, Grant Green, Joe Pass, Jimmy Raney, Tal Farlow, Jim Hall, Herb Ellis, Charlie Byrd e, sobretudo, Wes Montgomery, que essa tendência se consolidou, definitivamente.
Martino era então um jovem e promissor guitarrista, que tinha em Les Paul, Johnny Smith e no próprio Wes as suas maiores influências. Mas soube captar o espírito da época, encontrar a sua própria voz e desenvolver um estilo que, mais de cinqüenta anos depois de suas primeiras incursões como profissional, continua a encantar e surpreender os fãs do jazz pelo mundo. Para além de suas habilidades como músico, sobreleva dizer que sua vida pessoal traz a marca da superação e da tenacidade típicas dos grandes homens. Vamos conhecer um pouco mais sobre esse fabuloso guitarrista?
Pat Azzara nasceu em uma família de origem italiana, no dia 25 de agosto de 1944, em Filadélfia. O pai, Mickey Azzara, era alfaiate de profissão mas, amante do jazz, também gostava de cantar e tocar guitarra. Foi aluno do grande Eddie Lang, tendo transmitido ao filho a paixão pelo instrumento. Mickey costumava levar o pequeno Pat aos clubes da cidade, onde o garoto assistia, extasiado, às performances dos grandes nomes do jazz que ali se apresentavam.
O jovem Pat começou a tocar com onze anos, quando ganhou a sua primeira guitarra, tendo tomado as primeiras lições pelas mãos do guitarrista Dennis Sandole, uma lenda viva do cenário musical da Filadélfia, que também foi professor de gente como as James Moody, Rob Brown, Matthew Shipp e Michael Brecker e tocou com luminares como Tommy Dorsey, Charlie Barnet, Billie Holiday e Frank Sinatra.
Quando ainda era adolescente, Martino foi apresentado por Sandole a um jovem saxofonista local, chamado John Coltrane, um dos seu ex-alunos mais talentosos e que estava às vésperas de se tornar um gigante do jazz. Os dois passaram horas conversando sobre música, num bate-papo regado a muito chocolate quente. Decidido a seguir a carreira musical, o garoto deixou a escola, adotou o sobrenome Martino e começou a tocar profissionalmente. Tinha, então, apenas 15 anos.
Seu primeiro emprego foi na banda de Charles Earland, seu colega de escola. Em seguida, viriam trabalhos com Willis Jackson, Lloyd Price (onde teve a honra de tocar com o grande trombonista Slide Hampton) e Red Holloway. O guitarrista também teve uma participação ativa no cenário roqueiro da cidade natal, onde pontuavam futuros astros como Frankie Avalon e Bobby Darin. De qualquer forma, a cena jazzística da época era bastante instigante, pois além do próprio Coltrane, havia expoentes como Lee Morgan, os irmãos Heath (Jimmy, Albert e Percy), McCoy Tyner, Benny Golson, Cal Massey, Mickey Roker e muitos outros.
Não obstante, a cidade se tornou pequena para as pretensões de Martino, que decidiu se mudar para Nova Iorque no início dos anos 60. Ali, trabalhou, seguidamente, com alguns dos mais importantes organistas da época: Don Patterson, Jimmy Smith, Jack McDuff, Richard “Groove” Holmes e Jimmy McGriff. Em 1966, juntou-se ao saxofonista John Handy e, ao mesmo tempo, começou a liderar seus próprios conjuntos. A sua reputação era tamanha que antes de completar vinte e três anos já havia sido contratado pela Prestige para gravar um álbum como líder.
Nessa gravação, intitulada “El Hombre”, Martino desfia um enorme rol de influências, que vão do swing ao blues, do hard bop ao jazz de vanguarda, passando pela música caribenha, pelo soul e pela bossa nova. Secundado por músicos não muito conhecidos, como o organista Trudy Pitts, o flautista Danny Turner, o baterista Mitch Fine e os percussionistas Abdu Johnson e Vance Anderson, o guitarrista brilha em um set integrado por composições próprias, standards como “Just Friends” e até uma fabulosa versão de “O amor em paz”, de Tom Jobim e Vinícius de Moraes (“Once I Loved”, na tradução feita por Ray Gilbert).
O talento de Martino rendeu-lhe convites para tocar com alguns dos maiores nomes do jazz. Em sua alentada carreira, ele dividiria palcos e estúdios com músicos do quilate de Sonny Stitt, Gene Ammons, Bobby Hutcherson, Chick Corea, Stanley Clark, Eric Kloss, Woody Herman, Chuck Israels, Jimmy Heath, Joe Farrell, Cedar Walton, Cyrus Chestnut, Paul Chambers, Eric Alexander, Christian Mc Bride, Charlie Persip, Joe Lovano, Richard Davis, Ben Tucker, Lewis Nash, Gonzalo Rubalcaba e muitos outros. Além da Prestige, gravou exaustivamente para selos como Warner, Muse, Columbia, Savoy, Evidence, Sony, 32 Jazz, High Note, Milestone, Polydor, Concord, Fantasy, Atlantic e Blue Note.
Em 1968, instigado pela onda psicodélica que varria o mundo, gravou para a Prestige o álbum “Baiyina: The Clear Evidence”, onde mistura jazz e elementos da música oriental e do rock psicodélico. Dois anos depois, seria a vez de “Desperado”, também lançado pela Prestige, no qual usa instrumentos elétricos e aproxima-se do funk e do R&B. Na década de 70, continuou a explorar novos caminhos musicais, tendo criado o grupo “Joyous Lake”, direcionado ao fusion. Gravou álbuns tidos como experimentais, como “Footprints” (Savoy, 1972) e “Starbright” (Warner, 1976), onde se destacam suas interpretações para temas compostos por Wayne Shorter.
Em 1980, foi lhe foi dado o diagnóstico de um aneurisma cerebral e a única solução, segundo os médicos, seria uma delicada cirurgia. Martino submeteu-se à cirurgia e, embora esta tenha sido bem sucedida, o procedimento teve uma conseqüência devastadora: sua memória foi completamente apagada. O guitarrista não reconhecia seus pais, seus amigos e nem seus médicos. Havia, inclusive, desaprendido a tocar.
Graças ao apoio familiar e dos muitos amigos, como Les Paul e George Benson, Martino foi, pouco a pouco, reaprendendo a tocar. Ouvia seus próprios discos e tentava reproduzir o que escutava. Para ele, aqueles álbuns eram como “um velho amigo, uma experiência espiritual que permanecia bela e honesta”. Com a ajuda de um Macintosh Apple e de um programa chamado MusicWork, o guitarrista conseguiu desenvolver suas habilidades escondidas nos labirintos da memória e voltou a tocar com a destreza e a desenvoltura de outrora.
Em 1984 já estava pronto para voltar aos palcos e seu retorno ocorreu de maneira paulatina. Alguns concertos aqui, alguns shows acolá, até que, finalmente, lançou “The Return”, em 1987, pela Muse. O álbum foi gravado na companhia do baixista Steve LaSpina e do baterista Joey Baron e celebra essa extraordinária vitória da perseverança sobre a adversidade. Posteriormente, a carreira foi novamente entrando nos eixos e voltando à normalidade.
Além de exímio instrumentista, Martino também é compositor e educador musical. Costuma ministrar cursos e oficinas em instituições norte-americanas de prestígio, como North Texas State University, Berklee College, University of Washington School of Music, Skidmore College, Pennsylvania University, Stanford University, Washington University, Wisconsin Conservatory of Music, Musictech College e University of Maryland, entre muitos outros. Além dos cursos nos Estados Unidos, costuma ministrar seus cursos em outros países, já tendo dado aulas em lugares como o Teatro Rasi, em Ravena, na Itália, o Centre Culturel, em D’Athis Mons, França e o Conservatory of Amsterdam, na Holanda.
Martino foi obrigado a interromper a carreira outras vezes. Entre 1988 e 1990, por conta da doença dos pais, ficou ao lado destes, dando-lhes assistência e cuidados. A mãe faleceu em 1989 e o pai, seu grande incentivador, no ano seguinte. O guitarrista entrou em uma profunda depressão, mas conseguiu se refazer psicologicamente e voltou a trabalhar em 1991. Em 1999 uma grave pneumonia o deixou fora de combate por vários meses. Ele chegou a pesar 43 quilos e ficou tão debilitado que os médicos chegaram a pensar em um transplante de pulmão. Felizmente, Pat se recuperou e voltou à ativa, com a mesma garra e entrega de sempre.
Amigo de roqueiros como Jerry Garcia, do Grateful Dead, e Pete Townsend, do The Who, Martino chegou a incluir composições da cantora canadense Joni Mitchell em seus álbuns (como, por exemplo, “Both Sides Now”, gravada no disco “Consciousness”, Muse, 1974). Em 1995 fez uma longa turnê mundial, que resultou no documentário “Open Road”, onde ele narra os percalços na vida pessoal e profissional. No mesmo ano, estrelou o vídeo educacional “Creative Force”, em dois volumes, no qual ensina alguns dos segredos de sua técnica refinada.
Demonstrando não ter qualquer preconceito musical, ele convidou alguns dos mais talentosos guitarristas da nova geração, como Charlie Hunter, Tuck Andress, Kevin Eubanks, Mike Stern e o ultravirtuose Joe Satriani, além do veteraníssimo Les Paul,para participar do seu disco “All Sides Now” (Blue Note, 1997). O ecletismo de Martino pode ser medido por sua discoteca, onde cabem ícones pop como Sting e Earth, Wind, and Fire, mas também músicos eruditos como Bach, Mozart, Stravinski e os experimentais Krizysztof Penderecki e Karlheinz Stockhausen.
Sua associação com a Blue Note, iniciada em 1997, já rendeu diversos e elogiados álbuns, como “Stone Blue” e “Fire Dance” (ambos de 1998), “Live At Yoshi's” (gravado em 2001 e indicado aos prêmios Grammy de melhor álbum de jazz instrumental e melhor solo instrumental de 2002) e “Think Tank” (de 2003 e indicado aos prêmios Grammy de melhor álbum de jazz instrumental e melhor solo instrumental daquele mesmo ano).
Na célebre gravadora de Alfred Lion, Martino conseguiu realizar um sonho: prestar uma homenagem ao ídolo Wes Montgomery. O álbum “Remember: A Tribute to Wes Montgomery” foi gravado para entre setembro e outubro de 2005 e lançado no ano seguinte. Acompanhando o guitarrista estão o pianista David Kikoski, o baixista John Patitucci, o baterista Scott Allan Robinson e o percussionista Daniel Sadownick.
“Four on Six” foi a faixa escolhida para abrir a sessão. Composta por Montgomery, é um verdadeiro standard do jazz, com uma pegada nervosa e muito swing. Martino mostra logo a que veio, adotando um fraseado empolgante, usando notas rápidas e sem intervalos, que encheria de orgulho o seu ilustre predecessor. Kikoski é um pianista de enormes recursos técnicos e sua abordagem intensa e calorosa casa à perfeição com o estilo vigoroso do líder. Destaque também para o baterista Robinson, cuja execução é das mais contagiantes.
O pianista Carl Perkins é um dos muitos underrateds do jazz. Músico brilhante mas de temperamento instável, morreu muito cedo, por causa do envolvimento com entorpecentes. Todavia, legou à posteridade um verdadeiro hino: “Groove Yard”, um dos temas mais caros do repertório de Wes. Com um groove infeccioso e uma levada que mescla a aspereza do blues com a sinuosidade do bebop, sua execução é sempre desafiadora. Felizmente, Martino está mais que à altura da missão e seu toque congrega destreza, criatividade e muita inspiração. O piano bluesy de Kikoski e seus solos muito bem concebidos são uma atração à parte.
Outro clássico de autoria de Montgomery, “Full House” recebe uma empolgante versão, na qual a guitarra e o piano se desafiam reciprocamente e dialogam de maneira formidável. A abordagem de Kikoski é contemporânea, quase cerebral, lembrando pianistas como Chick Corea ou Herbie Hancock, enquanto Martino opta por uma interpretação mais ortodoxa, próxima ao mainstream. Merece audição detida a percussão de Sadownick, discreta, mas capaz de dar um molho especial ao tema.
Milt Jackson comparece com duas composições: “Heartstrings” e “S. K. J”. Dois blues, sendo o primeiro mais pesado e o segundo levemente temperado com elementos do hard bop. Em ambos, a atuação de Martino é impecável, com absoluto domínio de todas as nuances harmônico-melódicas. Seus solos são um primoroso exercício de improvisação e inventividade. “S. K. J” representa também o grande momento do solista Patitucci, que até então mantinha-se numa sóbria posição de suporte rítmico.
Apesar dos nomes, “Twisted Blues” e “West Coast Blues” são temas muito mais ligados, respectivamente, à tradição bop e ao soul-jazz que propriamente ao blues. Ambas são da lavra de Montgomery, sendo a primeira mais colorida e vibrante, mas nas duas há que se registrar o excepcional trabalho de Kikoski – sobretudo na segunda, onde brilha em um solo impecável – e de Sadownick. As notas que saem da guitarra de Martino são fluidas e cristalinas, mesclando ousadia e um prodigioso senso harmônico. Na segunda, a atmosfera lembra os célebres “organ trios”, que pontuaram a década de 60, como os de Grant Green e do próprio Wes. A abordagem do líder é volátil, incendiando o ouvinte com muito groove e entusiasmo.
Última composição de Montgomery incluída no álbum, a sincopada “Road Song” flerta, discretamente, com os ritmos latinos e com a bossa nova, mas também inclui elementos de R&B. A sessão rítmica é das mais seguras, reservando o maior espaço possível para as complexas harmonias criadas pelo líder. Estilista brilhante, Martino recria o tema com muita cadência e lucidez. A sonoridade nítida de sua guitarra realça ainda mais a criatividade feroz que transborda dos seus solos, sempre intrigantes e bem articulados.
Não poderia faltar um standard e o escolhido foi a delicada “If I Should Lose You”. Composta em 1935 por Leo Robin e Ralph Rainger, a balada era uma das preferidas de Charlie Parker e já havia sido gravada por Martino em seu álbum “We'll Be Together Again”. Na hipnótica versão do quinteto, muita elegância e sobriedade, com a execução centrada na força da melodia, sem muito espaço para solos ou arabescos sonoros. A emotividade contida do guitarrista contagia o ouvinte exatamente pelo que sugere e sua execução segue a máxima de Miles Davis de que “menos é mais”.
Para fechar o álbum, uma composição do baixista Sam Jones e que Wes adotou como sua: “Unit 7”. Tocada em tempo ultra rápido, a exuberância e o dinamismo do quinteto impressionam. O contraponto entre as abordagens de Martino e de Kikkoski mais uma vez se sobressai. É como se os dois falassem dialetos distintos, mas que se originaram da mesma língua mãe e que conseguem dialogar com a mais absoluta naturalidade. Onde quer que esteja, Wes deve ter ficado bastante comovido com esta belíssima homenagem!
Pat Martino continua a ser uma das mais importantes referências da guitarra jazzística e a influenciar gerações de jovens – ou não tão jovens – guitarristas, como Bill Friesell, John Abercrombie, John Scofield, Kurt Rosenwinkel, Mike Stern e muitos outros. Casado com a japonesa Ayako Asahi, o guitarrista vive entre Filadélfia e Nova Iorque e traz sempre consigo a sua Gibson Pat Martino, feita especialmente para ele pela afamada fábrica de instrumentos musicais. Extremamente espiritualizado, Martino é um apaixonado pela cultura japonesa e costuma ler a Bíblia, o I-Ching, o Alcorão e a Cabala e costuma dizer que, dessa maneira, consegue compreender melhor a si próprio e aos outros.
Dentre os inúmeros prêmios e homenagens, teve a edição de 1995 do “Mellon Jazz Festival” dedicada a ele e foi eleito guitarrista do ano de 2004, pela Downbeat Magazine, na votação do público. É professor convidado da University of the Arts, na Filadélfia, e é presença constante em festivais pelo mundo. Segundo ele, mais importante que o instrumento, são as pessoas que ele pôde conhecer por intermédio da música. Em suas palavras: “A guitarra não tem tanta importância para mim. As pessoas que ela traz até a mim é que importam. É por causa delas que eu sou extremamente grato. A guitarra é apenas um artefato”.
Essa atitude zen em relação à vida pode ser sintetizada em outra frase do guitarrista: “Cheguei a um ponto em que não busco mais um pedestal, mas sim um solo firme para caminhar. A coisa mais importante que eu descobri na vida foi o dia de amanhã. Poder acordar sob a luz do sol. Encarar com naturalidade as coisas que acontecem com você. Não ter expectativas”. Palavras sábias de quem já viveu tudo e sabe que a vida é bela.
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22 comentários:
signore érico san,
coisa boa de se ouvir, antes de dormir...recolho-me agora e por isso deixo a leitura da resenha pra amanhã...
abraçsonoros
Erico,
Pat Martino e' um musico impressionante, um super musico ,na acepção da palavra. E uma lição de vida das mais educativas.
Eu conheço alguns discos dele e são todos otimos. Tenho um especial carinho pelo disco "Joyous Lake", um disco de fusion da decada de 70, sem preconceitos, musica e' boa ou ruim e no caso e' exclente.
E alem de tudo ele e' um sabio, suas palavras sobre a vida e seus objetivos são de uma lucidez incrivel. Modestamente faço minhas as palavras dele, tambem so' quero um chão pra pisar ,pedestais eu to fora. E ,com certeza, o mais importante da musica e' o efeito que ela causa nas pessoas , os instrumentos tem esse nome pois são apenas meios pra se chegar a esse fim: emocionar as pessoas.
Abraço
Também gosto muito. O cara tem um relâmpago nos dedos.
Caros Pituco, Tandeta e Salsa,
Isso não é uma visita, é uma jam session. Que comece o espetáculo - já pensaram um trio violão, sax tenor e bateria? Maneiríssimo.
Volte em breve, meu embaixador, porque a vida do cara é um exemplo de superação para todos nós!
Quantas lições Mr. Martino tem nos legado, não é meu caro Tandeta. Sobretudo no que toca à simplicidade e à naturalidade para encarar os fatos e acontecimentos da vida. Além disso, é um mestre absoluto da guitarra, herdeiro de Wes, Kessel, Raney, Pass, Green, Farlow, Hall, Burrell e tantos outros gênios.
Relâmpago nos dedos é uma ótima imagem, Mr. Salsa. Concordo com você!
Abração aos três!
Beleza! Vou dar uma "canjinha" nesta jam-session pra dizer que tb sou fã deste sensacional guitarrista.
Abração a todos.
Boa essa, Érico!
grande Erico
Feliz 2011 !!
Martino é um gigante ! Um dos grandes guitarrista da história do jazz ... técnica impecável, fraseado impressionante.
O mais incrivel é que mesmo depois de "reaprender" a ser guitarrista manteve a mesma pegada e identidade musical. Um músico surpreendente e referencia obrigatória para todos os amantes do instrumento.
Hermeto Pascoal disse uma vez - "o que é bom já nasce feito e está perfeitamente inserido neste contexto divino que é o dom de ser músico" - Martino é uma prova desta verdade.
Som na caixa !
Abs,
Caramba!
A jam session tá melhor do que nunca!
Mais um batera e um super guitarrista!
Bom tê-los a bordo, meus caros Fig e Guzz!
O Martino consegue fazer a ponte entre a linguagem sessentista de um Wes Montgomery ou um Barney kessell com as abordagens mais contemporâneas de um Abercrombie ou um Mike Stern!
É o tipo de músico atemporal, que transcende as eras onde efetivamente surgiu e tocou, para estar presente nas eras futuras.
Daqui a 100 anos, quando alguém vier falar na evolução da guitarra do jazz, seu nome continuará como referência!
Abração aos dois!
Há bem pouco tempo baixei alguns discos do Martino. Sei que não é o melhor método, mas é o método independente de não cacetear as pessoas, a toda hora consultando, qual seria o melhor disco do artista tal? Então meu método prático é ir no allmusic e ver os álbuns mais bem cotados e começar por eles. O resultado é que não pirei com o som do cara (ainda). Ainda tbm não li a resenha. De memória sei q o guitarrista sofreu um revés físico seríssimo, não lembro qual, e ficou muito tempo no estaleiro se recuperando, depois voltou com um uma reestréia q - se não me engano -, foi o disco q baixei, muito bem recomendado. E isso é tudo que sei. Já já me informo na escolinha do professor Cordeiro o q vale ou não a pena procurar do Pat... Ah... houve um tempo em que, pra mim, o Pat Martino e o Metheny eram a mesma pessoa.
Ô seu san, tem uma cantora preta da melhor qualidade - aliás duas em carreirinha (quem manda acumular silviço?) - no sônico pro sr. avaliar.
Hoje recebi o 4º ou 5º (ao longo da vida do Sônico) comunicado da DMCA de q postei álbum protegido pela política de direitos autorais da instituição. Procurei se havia algum link detonado, mas, ao menos na 1ª página, todos estavam bons. Sempre q recebo esses comunicados imagino a vida do Sônico se esvaindo, pq é assim que a DMCA age, comunica, desintegra links e um dia detona o blog inteiro. Então corra antes que acabe.
Abrassônicos!
Mr. Seu Sérgio,
Estou em falta com você e reconheço.
Ainda hoje dou uma passada por lá.
Só conheço a fase pop da Esther Philips e não curto muito. A fase jazzística, muito bem recomendada por você, eu não conheço mas vou dar uma sacada - agora com a radiolinha fica mais fácil, né?
Quanto à DMCA, alguns blogs põem os links nos comentários (O Mauro fazia assim - aliás por onde anda o nosso querido Hot Beat jazz?).Que tal usar essa estratégia?
Do Martino, e sugiro este disco postado. É muito bacanudo e vale a pena mesmo!
Abração!
Não se obrigue, seu san, sabes q sou um fanfarrão.
Mas agora me encafifou o fato de vc até conhecer Esther Phillips. Pra mim era muuuito desconhecida. E aí, quando fores lá, por lá mesmo/comentários, podes dizer se não gostava do timbre dela. Realmente é compreensível q haja quem não goste. Mas tbm, se for o timbre, não vai adiantar ela cantar jazz, blues ou bossa nova... Eu achei muito parecido com o da Amy Winehouse. E não sei pq não citam essa semelhança, pq é uma evidente semelhança.
Depois me conta.
Olá Érico!Bom dia!!
Adorei conhecer e ouvir Pat Martino!!
Parabéns pelo blog!Estou gostando de conhecer mais sobre o jazz!
Bom domingo!
érico san e signores...
há lá no 'rancho virtual' uma enquete...conto com vossa participação necessária...
obrigadão
abraçsonoros e bossanovísticos
Caros Sérgio, Vivian e Pituco,
Sejam muito bem-vindos.
Ao primeiro, digo que estou ouvindo o Blow Top Blues, com a Esther Philips lá na casa sônica. Muito legal, assim como a versão de And I Love Her.
Quanto à enquete, Mr. Seu Pituco, só lamento que sejam tão poucas as músicas - apenas 6 - mas já postei minha listinha no pitucobarzinho!
Vivian, que legal que você tenha gostado. O jazz tem tantos músicos bacanas, que a gente fica até perdido na hora de escolhar uma postagem. Agora, por exemplo, tô escrevendo uma resenha sobre um pianista canadense, o Paul Bley, que é um super, super músico.
Espero que você goste também e venha sempre aqui no jazzbarzinho, ok? É sempre muito bom tê-la a bordo, você que já é membro de carteirinha da nossa confraria!
Um fraterno abraço aos três!
Olá Erico,
Boa noite,
Conheci seu blog, vou tornar-me seguidora.
Gostei muito.
Música faz muito e muito bem.
Qdo puder nos visite,
Abraços
Suely
Ministério HD
http://herdeirosdedeushd.blogspot.com/ouvor HD
Maringá/Pr.
Gostei! E da apreciação de um leitor: "o cara tem um relâmpago nos dedos"! Está tudo dito...
Gosta de John Lurie? Pus um post sobre ele.
Adorei Stranger than Paradise e gosto dos Lounge Lizards. E você, amigo Érico?
deixo um conselho de leitura...
Abraço
http://falcaodejade.blogspot.com/2011/01/o-grande-escritor-dashiell-hammett.html
Caras Suely e MJ Falcão,
Sejam muito bem-vindas!
À primeira, desejo que se junte à nossa confraria, unidos que somos no amor pela música!
Já me adicionei como seguidor do seu blog e irei lá outras vezes ler seus textos.
À segunda, confesso que conheço muito pouco do trabalho do Lurie e da sua banda Lounge Lizards. Acho meio experimental demais - prefiro, nessa área o trabalho do Medeski, Martin & Wood.
Eles gravaram uma versão muito louca de Epistrophy, de Monk, mas não gostei muito - é irreverente demais :-)
Como ator, acho que só vi Down By Law, com o Tom Waits. Já faz um tempinho (anos 80, por certo), mas não recordo de tê-lo visto atuar em outros filmes. Mas é um cara importante do cenário artístico, amigo e parceiro do Arto Lindsey e do David Byrne. Faz um tempinho que não ouço falar dele e não acompanhei muita coisa da sua carreira.
Quanto ao Hammett, acho-o fantástico. O falcão maltês é muito bom e Safra Vermelha também. Seu estilo cru, altamente realista e muito cínico me agrada bastante.
Passarei lá no Ninho do Falcão para ler seu texto.
Um forte abraço às duas!
Merecida homenagem a um grande guitarrista, infelizmente pouco lembrado. Gosto bastante do álbum East!, sobretudo da interpretação da balada Close your eyes em ritmo alucinante.
Grande abraço, JL.
Busco uma nota...Talvez a nota Sol, Levo uma sinfonia...Mas deixo-te beijos e tulipas!
Caros Mr. John Lester e Female,
Sejam muito em vindos. Infelizmente, não conheço o East, mas vindo tão bem recomendado, já vai direto prá listinha. I'll Close My Eyes é uma balada que comporta uma interpretação mais acelerada - como With A Song In My Heart, que também fica muito bacanuda em tempo rápido.
Gosto muito da versão do Dusko Goykovith (no álbum Soul Connection) e do Dizzy Reece (na caixa da Mosaic).
Female, receber beijo e tulipas é sempre muito legal. Prenúncio de um belo dia! Obrigado pelo presente e venha sempre ao jazzbarzinho, ok?
Um fraterno abraço aos dois.
Pat Martino, bem como músico excelete, é um exemplo de superação de adversidades. Ele se recuperou de sua operação no cérebro e voltou a tocar e gravar.
Saudações Caro Érico
Arrasou Érico. Post impecável. Pat Martino é tudo de bom.Estou lendo seu belo post ouvindo outro "barato":
BB King (Six Siver Strings) . Também curto, de montão, blues.
Um abraço e bravoooo!!!
Prezados Lau e Hector,
Sejam muito bem-vindos!
O Martino, de fato, além de tocar muito tem uma história de vida das mais inspiradoras. A sua perseverança é comovente - imagina perder todas as referências e ter que recomeçar tudo aos quarenta anos.
Também sou fã de blues, Lau - tenho algumas postagens engatilhadas (Howlin' Wolf, Sonny Terry e Buddy Guy) e em breve eles pintam por aqui.
Fui ao show do BB King em São Paulo, em março do ano passado e foi fantástico. Apesar da idade, ele ainda tem muita energia e o show foi emocionante!
Um fraterno abraço aos dois!
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