Amigos do jazz + bossa

sábado, 10 de julho de 2010

VIDA E MORTE SOBRE O PALCO


Warne Marion Marsh veio ao mundo no dia 26 de outubro de 1927, na cidade de Los Angeles. A família de classe média tinha um ótimo padrão de vida, graças ao trabalho do pai, Oliver Marsh, que construiu uma sólida reputação como cameraman nos estúdios de Hollywood, tendo trabalhado em produtoras como Tiffany Productions, First National e na poderosa Metro-Goldwyn-Mayer.

A musicalidade de Marsh se deve, grandemente, à influência da mãe, Elizabeth. Violinista de formação clássica e dona de grande cultura musical, ela chegou a trabalhar no cinema mudo, fazendo o fundo musical para as cenas que se desenrolavam nas telas e também atuou em orquestras de alguns estúdios de cinema. Aos três anos, o pequeno Warne já recebia da mãe os primeiros rudimentos do piano.

Sempre incentivando o filho, Elizabeth não se furtava a comprar-lhe instrumentos como o clarinete baixo e a tuba, até que, aos onze anos, Warne finalmente decidiu-se pelo sax tenor. Além das lições domésticas, o jovem Warne também recebia educação musical formal na escola e, naquele período de formação, ambicionava tornar-se músico de algum estúdio de cinema, talvez por conta da atividade do pai e de uma tia, a atriz Mae Marsh, que trabalhou com grandes diretores como David. W. Griffith e John Ford.

Em 1941, uma tragédia abalou a família Marsh: Oliver Marsh faleceu, em decorrência dos problemas com o álcool. Embora não mantivesse com o pai uma relação tão próxima quanto aquela que mantinha com a mãe, Warne sentiu o golpe e tornou-se um adolescente ainda mais tímido e reservado.

A música passou a ser o foco central de sua vida e a ela passou a se dedicar com empenho ainda maior. Consta que o jovem praticava até doze horas diárias, e tentava reproduzir solos de jazzistas de renome, como o de Coleman Hawkins em “Body and Soul” e o de Ben Webster em “Cottontail”. Além disso, descobriu a magia de Lester Young, sua primeira grande influência ao saxofone.

Apesar da morte precoce, o previdente Oliver não deixou sua família desamparada, pois havia deixado um fundo de investimento para ser dividido entre seus três filhos, cabendo a Elizabeth a responsabilidade de administrá-lo. Em 1942, Warne entrou para a Hollywood Canteen Kids, uma big band formada por adolescentes, onde também tocavam outros futuros astros do jazz, como o pianista Andre Previn e o trombonista Billy Byers, e que chegou a acompanhar a atriz e cantora Jane Powell.

Em 1944, já afastado da Canteen Kids, Marsh se juntou a outra big band de adolescentes, a Hoagy Carmichael's Teenagers, sob a tutela do pianista e compositor de “Stardust” e “Georgia On My Mind”, que se apresentava semanalmente em um programa de rádio. Ali, o jovem Warne começou a prestar atenção em uma novíssima abordagem jazzística, chamada bebop, que vinha causando uma verdadeira revolução no estilo e que se espalhava a partir de Nova Iorque.

Disposto a aprofundar seus estudos musicais, Marsh ingressou na University of Southern California, mas, insatisfeito com o convencionalismo do curso, abandonou-o ainda no primeiro ano. Entre 1946 e 1947, Marsh esteve no exército, tendo servido, primeiramente, na Virgínia, onde integrou, como saxofonista, a Second Group Special Services Band. Muitos de seus colegas da banda eram fãs de jazz e, sempre que podiam, promoviam concorridas gigs, onde não faltavam, no repertório, composições de Dizzie Gillespie, Charlie Parker e Bud Powell.

Transferido para Fort Monmouth, Nova Jérsei em 1947, Warne, finalmente, teve a chance de ver de perto os seus ídolos. Nos finais de semana de folga, corria para a vizinha Nova Iorque, a fim de assistir às apresentações de seus novos e velhos heróis: Coleman Hawkins, Lester Young, Bud Powell, Thelonious Monk e, sobretudo, Charlie Parker. Após a dispensa do exército, Marsh voltou brevemente à Califórnia, onde tocou algum tempo na orquestra do baterista Buddy Rich e no grupo do clarinetista Hal McKusick.

Logo em seguida, retornou a Nova Iorque, onde começou a célebre associação com o pianista Lennie Tristano, a quem foi apresentado pelo trompetista Don Ferrara. Dono de um estilo único e absolutamente original, Tristano agregava em torno de si uma verdadeira confraria de jovens músicos, dispostos a modificar a cara do jazz, mas sem abrir mão das conquistas harmônicas advindas com o bebop.

Durante o tempo em que tocou – e estudou – com Tristano, Marsh fez amizade com outro jovem e talentoso saxofonista, chamado Lee Konitz, que se traduziria em dezenas de gravações e que perduraria pelas décadas seguintes. As gravações de Marsh e Konitz com Tristano, feitas em 1949 para a Capitol e reunidas no álbum “Intuition”, até hoje são consideradas um marco do jazz moderno. Muitos críticos reconhecem nessa obra, além da influência de compositores eruditos como Igor Stravinsky e Arnold Schöenberg, a gênese do estilo free consagrado por Ornette Coleman quase uma década depois.

As jams que Tristano promovia no estúdio montado em sua casa reuniam, além dos pupilos Marsh, Konitz, Sal Mosca e Phil Woods (os dois últimos também estão entre seus mais célebres alunos), astros do calibre de Charlie Parker, Billy Bauer, Charles Mingus, Roy Haynes e Max Roach. Nesse ambiente de saudável concorrência, Marsh foi afiando o seu talento, a ponto de, como conta o baixista Peter Ind, intimidar o grande Stan Getz – com quem, aliás, Marsh é muitas vezes comparado.

A amizade com Tristano era tão estreita que Marsh e a esposa, Geraldyne, chegaram a morar na casa do pianista durante os anos 50. Warne também construiu uma senhora reputação como acompanhante, desenvolvendo trabalhos ao lado de Billy Eckstine, Joe Albany, Red Mitchell, Stan Levey, Roy Eldridge, Sal Mosca, Art Pepper, Jimmy Giuffre, Lew Tabackin, Bill Evans, Chet Baker, Buddy Rich, Charles Lloyd, Ben Tucker e outros.

Dividido entre Los Angeles e Nova Iorque durante boa parte dos anos 50 e 60, Marsh finalmente resolveu se estabelecer, em definitivo, na cidade natal, em 1966. Nessa época, integrou-se à orquestra do pianista, compositor e arranjador Clare Fischer, onde também pontuavam, entre muitos outros, Bud Shank, Conte Candoli, Bill Perkins e Larry Bunker.

Embora o dinheiro deixado pelo pai lhe garantisse uma existência relativamente tranqüila e o mantivesse afastado da massacrante rotina de trabalho da grande maioria dos músicos, obrigados a tocar seis ou sete noites por semana nos clubes, Marsh não era nenhum milionário e, eventualmente, complementava a renda familiar dando aulas de música, consertando aparelhos de tv e limpando piscinas.

Em 1969, Marsh recebeu alguma atenção por parte da crítica, graças ao álbum “Ne Plus Ultra”, em que divide a liderança de um quarteto sem piano com o altoísta Gary Foster. Em 1972, ele se uniu ao Supersax, grupo fundado por Med Flory e Buddy Clark, que se dedicava a transcrever e reinterpretar os solos de Charlie Parker, em arranjos orquestrais.

Integrado por feras do quilate de Conte Candoli, Frank Rosolino, Carl Fontana, Jack Nimitz, Jake Hannah e Lou Levy, a banda recebeu o prêmio Grammy de melhor álbum de jazz instrumental de 1973, por “Supersax Plays Bird”, lançado pela Capitol, e também o Grammy de melhor performance de jazz por grupo, em 1974. Marsh permaneceria ligado à banda até 1977, às vezes como membro efetivo e às vezes participando apenas de turnês ou gravações. No ano seguinte, o álbum “Apogee”, gravado para a Atlantic e co-liderado pelo saxofonista Pete Christlieb, mereceria alguma repercussão junto à crítica especializada.

Entre 1974 e 1976, Marsh estabeleceu-se temporariamente na Europa, realizando turnês e concertos por todo o continente, obtendo ótima receptividade por parte do público e da crítica. Em dezembro de 1975, reencontrou o velho amigo Lee Konitz e com ele realizou uma aplaudida turnê que incluiu shows na Dinamarca, Suécia, Noruega, Holanda, Bélgica, França e Inglaterra.

Tocando em clubes célebres como o Cafe Montmartre, em Copenhaguen, ou no Ronnie Scott’s, em Londres, a dupla encantou o Velho Continente, na companhia de grandes músicos europeus, como Peter Ind e Niels-Henning Orsted Pedersen (contrabaixo), Dave Cliff (guitarra), Ole Koch Hansen (piano) e Svend Erik Norregard e Alan Lewitt (bateria). As sessões do Montmartre foram gravadas e lançadas em 2009, em um luxuoso álbum quádruplo, pelo selo Storyville.

Alguns anos depois, em 1980, Marsh voltou à Escandinávia, mais precisamente, a Estocolmo, a fim de gravar com o velho amigo Red Mitchell. Aproveitando a estadia na Suécia, o saxofonista retornou à Dinamarca, onde realizou um concerto para uma rádio local, no dia 21 de abril. Acompanhando o saxofonista, está o trio do pianista Kenny Drew, integrado pelo baixista Bo Stief e pelo baterista Aage Tanggaard. Mais uma vez, a sessão foi registrada pela Storyville, que lançou o álbum em cd, em 1999. O título, mais que apropriado, é “I Got A Good One For You”.

Drew foi, sem dúvida, um dos mais bem aquinhoados pianistas de todos os tempos. Herdeiro direto de Powell e tributário das invenções harmônicas do bebop, estabeleceu-se na Dinamarca ainda nos anos 60 e por lá construiu uma sólida carreira musical, atuando também como editor e produtor, além de ter sido, durante muito tempo, o pianista oficial do Cafe Montmartre.

Os demais integrantes do seu trio se colocam entre os mais hábeis músicos dinamarqueses. Stief, por exemplo, exibe em seu impecável currículo, trabalhos ao lado de Miles Davis, Stan Getz, Dizzy Gillespie, Dexter Gordon, Johnny Griffin, Jackie McLean, George Russell e Ben Webster, entre outros. Não menos expressivo é o rol de músicos acompanhados por Tanggaard, ex-aluno de Ed Thigpen, que inclui gente como Roland Hanna, Paul Bley, Thad Jones, Sonny Stitt, John Lewis, Kai Winding, Roy Eldridge, Johnny Griffin, Stan Getz, Ernie Wilkins, Chet Baker, Lee Konitz, Dexter Gordon, Clark Terry e Duke Jordan.

A primeira faixa, “I Got A Good One For You”, é baseada na melodia de “It’s You Or No One”, de Jule Styne, e possui uma pegada contagiante. Fazendo jus à influência de Powell, Drew demonstra seu amplo domínio do teclado e seu trabalho com as notas mais agudas é exemplar. O líder também exibe sua técnica singular, arriscando-se sempre em seus solos, em uma exuberante combinação de arrojo e versatilidade.

Duke Ellington se faz presente com uma versão inebriante de “Sophisticated Lady”. Marsh aqui revela porque a comparação com Stan Getz não é inoportuna. Seu timbre transmite placidez e uma certa melancolia. Stief e, sobretudo, Drew, injetam na interpretação a dose exata de lirismo e elegância, auxiliados pela percussão discreta e eficiente de Tanggaard. Uma versão digna de figurar entre as melhores já gravadas.

“On Green Dolphy Street”, outro belíssimo standard, é interpretada de forma nada ortodoxa. O quarteto desconstrói a melodia e reelabora o tema de forma a torná-lo quase irreconhecível. Marsh é um improvisador de notória inventividade e sua técnica superior lhe permite elaborar frases assombrosamente complexas. Não menos irrequieto, Drew é o parceiro perfeito para as aventuras harmônicas do líder, merecendo destaque, também, as vigorosas intervenções de Stief, tanto no acompanhamento quanto no solo.

Outra releitura nada convencional é a de “Sippin’ At Bells”, na qual o quarteto carrega nas tintas do blues e injeta no tema, de autoria de Miles Davis, uma alegria típica das orquestras de swing. Solos exemplares de Marsh e Drew, enquanto baixo e bateria cumprem o seu papel com a habitual solidez e o indispensável swing.

“Ev’ry Time We Say Goodbye”, de Cole Porter, é uma experiência lírico-auditiva, um dueto minimalista e confessional entre o sax de Marsh e o piano de Drew. Porter também está presente em uma acelerada versão de “Easy To Love”, na qual o quarteto prioriza o swing e a pujança rítmica do tema.

Outro petrado de Miles, “Little Willie Leaps” é uma bem-sucedida incursão pelo feérico universo do hard bop, com direito a solos extasiantes de Marsh, Drew e Tanggaard. Na belíssima versão de “Body And Soul”, o líder transborda emotividade, demonstrando ser também um intérprete de elevada sensibilidade e calando os detratores que o acusavam de ser excessivamente cerebral.

Parker não poderia faltar à festa e uma estupenda versão de “Ornithology” foi providenciada pelo grupo. Recordando a época do Supersax – Marsh fez o arranjo da versão gravada pelo grupo – o líder está perfeitamente à vontade para explorar o universo de Bird, com maestria e sagacidade. Aqui ele é o grande destaque, embora seus parceiros, mais contidos para que a estrela do espetáculo possa brilhar com intensidade, também mereçam todos os encômios.

Os standards “Star Eyes”, em uma versão intimista, e “Softly As In A Morning Sunrise”, sacolejante e com referências a “It Don’t Mean a Thing (If It Ain’t Got That Swing)”, complementam o set. Sem dúvida, o álbum é um dos pontos culminantes da carreira fonográfica de Marsh e merece ser descoberto por todos aqueles que amam o jazz.

Naquele ano, Marsh ainda gravaria o fantástico “Berlin 1980”, para a Gambit, ao lado do pianista Sal Mosca, do baixista Eddie Gomez e do lendário baterista Kenny Clarke. Sua discografia, embora seja de altíssimo nível qualitativo, é relativamente pequena e, exceção feita aos discos lançados pela Atlantic, a grande maioria de seus álbuns foi gravada por selos independentes, muitos deles europeus, como Gambit, Xanadu, Imperial, Kapp, Storyville, Revelation, Interplay e Criss Cross.

Embora continue sendo pouco conhecido do público, a admiração e o respeito do meio musical são imensos. Charlie Parker costumava elogiá-lo de forma efusiva e, muitos anos depois, são os músicos da nova geração, como o saxofonista Mark Turner e o guitarrista Kurt Rosenwinkel que não se cansam de nomear Marsh como uma de suas maiores influências. Para o vanguardista Anthony Braxton, Warne é “o maior improvisador vertical”, seja lá o que isso signifique.

Pode-se dizer que Marsh viveu a música com tamanha intensidade que até na morte esteve umbilicalmente ligado a ela. Na noite de 18 de dezembro de 1987, durante uma apresentação no clube Donte's, em Los Angeles, ele sofreu um ataque cardíaco enquanto interpretava “Out of Nowhere”, um dos seus temas favoritos, e o seu saxofone calou-se para sempre.

Para alguém que passou boa parte da vida apresentando-se nos mais renomados festivais de jazz do mundo e em verdadeiros santuários como o Half Note, o Village Vanguard, o Birdland, o Blue Note, o Cafe Montmartre ou o Ronnie Scott’s, morrer sobre o palco do Donte’s, o clube preferido de sua cidade natal, não poderia ser mais emblemático. Encerrou-se um ciclo iniciado naquela mesma cidade, sessenta anos antes. Desta vez, foi a música, sempre reverenciada por ele, que resolveu prestar-lhe homenagem, embalada em dignidade e alguma tristeza.


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41 comentários:

lolipop disse...

Adoro suas histórias...
Carinhos

MJ FALCÃO disse...

Minha nossa! Por onde tem andado? Tive um vírus monstro no computador, apanhou tudo, perdi o seu blog. Mas lá consegui "recuperá-lo"...
Tem mais blogs? vi uns de Jazz ABC, é seu?
Prazer em rever e re-ouvir as suas músicas!
Alguns não conhecia. Sempre bom ouvir e aprender!
Abraço
o falcão

olney disse...

Uau! Muito bom mesmo!
Bela postagem, ótima música.

Érico Cordeiro disse...

Caros Lolipop, Falcão e Olney Fig,
Sejam muito bem-vindos e obrigado pelas palavras gentis.
Querida Falcão, os blogs "guia de jazz" são um projeto paralelo, que envolve, para não muito breve, um guia de jazz tocado pelo amigo John Lester, pelo Edu e por mim.
Por enquanto, tenho só o jazz + bossa como blog "oficial".
Obrigado pelas visitas e voltem sempre! Abraços fraternos aos três!

pituco disse...

grande érico san,

postagem bacanuda...li an passant, mas me aterei à posteriori, ok?

conheço acordes verticais, que são escritos a partir da voz principal e contrapontos...utilizado principalmente em grupos vocais...o melhor exemplo é o 'manhattan transfer'...piramidal

bom,
ouço rapidamente tua radiola, antes de seguir pro 'trampo'...a labuta nostra de cada noite...rs.

abraçsonoros
e hoje, pra qual time torces???

Érico Cordeiro disse...

Grande Mr. Pituco,
Ajudando a clarear as idéias do resenhista e explicando aos não iniciados os segredos dos acordes, verticais ou horizontais!
Quanto à Copa, qualquer um que fique com o título está de bom tamanho. Dois belos times, com ligeira vantagem para a Espanha, pela qualidade dos seus jogadores. Será um jogaço, como foi ontem Uruguai x Alemanha.
Abração, meu embaixador!

MARIO JORGE JACQUES disse...

Alô Érico, como sempre fantásticas suas resenhas. Agora estou tendo um problema com o stream de áudio desta postagem parece que tem algo, não toca e não aparece completo, será problema só meu ou tem coisa errada no embed?
Aproveitando agradeço suas mais que gentís palavras sobre os PODCASTs lá no CJUB. Vou programar algo do Warner, gosto muito dele. um abração
Mario Jorge

Sergio disse...

Caramba, Érico "covardia", esse eu nunca ouvi falar!

Como ousas? rs...

Abraços!

Érico Cordeiro disse...

Grandes MaJor (o Arqueólogo do jazz) e Sérgio,
Uma honra tê-los a bordo. Ao primeiro, digo que aqui o som está rolando numa boa, sem qualquer problema.
Talvez seja algo com o navegador que você está usando ou algum dispositivo do firewall (não entendo patavinas de informática, tô só chutando).
De qualquer forma, o podcast está cada vez melhor - esse com o jazz West Coast está fantástico. Uma excelente idéia e que está fazendo muito sucesso entre os freqüentadores do CJUB - o Marsh merece estar por lá, pois é um grande cara!
Mr. Sérgio, até que enfim, encontrei um que você não conhece (rs, rs, rs). Mas tenho certeza que não será por muito tempo. Além disso, naqueles dvds tem um cd da dupla Warne Marsh & Kenny Drew, chamado Ornithology, que eu acho que foi gravado nessa mesma sessão e tem várias músicas em comum.
Abraços aos dois!

O Pescador disse...

Viva Érico.
Olhando para as minhas prateleiras que apenas abarcam um par de obras tituladas por Marsh, o LP mais antigo em que colaborou com Lee Konitz para o selo Atlantic (1955) e o CD que referiste, em duo com Red Mitchell, gravado em 1980, vejo que pouco representam do longo caminho musical por ele trilhado.
Motivado pela estadia de Marsh na Big Apple nos finais dos anos 70, onde tocava com regularidade no West End Café e no Village Vanguard, Balliett acabou referindo-se a ele como "um verdadeiro improvisador", ressaltando a sua capacidade melódicas e o seu fraseado bop, sempre acompanhados de uma liberdade de forma, ritmo e harmonia, próprios do free jazz.
Bem merecida esta tua homenagem!
Sem demérito para os restantes dos teus últimos posts, já que não tenho tido muitas oportunidades de lhes prestar a mais que devida atenção, gostei particularmente do tributo rendido ao grande Something Blue.
Saudações lusitanas.

Sergio disse...

Pois é rapaz, não foi dessa vez! Eu tenho! rs rs rs... O "Marion" q me pegou. Wayne Marsh eu tenho. O que eu não tinha era Wayne Marion Marsh. Santa ignorância.
E ainda tenho o BILL EVANS + LEE KONITZ + WARNE MARSH (CROSSCURENTS) 1977, e ainda LEE KONITZ WITH WARNE MARSH - 1955 alem do LENNIE TRITANO, LEE KONITZ & WARNE MARSH (COMPLETE RECORDING) 1949 - foi sem querer, seu san, mas que cara chato eu, hein... kkk.

Vou pô-los pra rodar jájá.

Abraços!

Kelli Pedroso disse...

Gostei do teu blog, Érico. Aqui, em Porto Alegre, têm muito bar. Pena que não tocam jazz.

Érico Cordeiro disse...

Caros Pescador (estava com saudades de você, meu caro), Sérgio e Kelli (a quem dou um seja bem-vinda especial).
Obrigado pelas presenças e pelos comentários.
Mr. Fisherman, sempre antenado com o passado, o presente e o futuro do jazz. O Marsh vale a pena - esse disco Berlin 1980 e o ora resenhado são muito bons. Também tenho o Apogee, que é ótimo e, miraculosamente, foi lançado no Brasil pela Warner, dona do catálogo da Atlantic.
Mr. San, não foi dessa vez, mas bateu na trave (rs, rs, rs) - uma hora dessas eu consigo!
Kelli, estive em POA no começo do ano e adorei a cidade - vi um ótimo show de blues no Sgt. Peppers. Também assisti ao engraçadíssimo musical "Tangos e Tragédias" - show de bola.
Tomara que a galera daí invista no jazz e vocês consigam manter uma cena jazzística agitada - pelo que eu senti, as pessoas gostam muito de música, o que já é um ótimo ponto de partida.
Grande abraço aos três e de volta à prorrogação de Holanda x Espanha!

Sergio disse...

Seu mr., venho por meio desta com 3 objetivos distintos, dar-lhe uma boa zoada, perguntando-lhe se seria a Seleção Holndesa uma versão superchique do time do Vasco? O Agamenon levantou uma lebre cabeluda, ou melhor peludona: não seria a hora do Serra escolher o escrete holandês super preparado, pra ocupar o cargo de seu Vice?

2º ponto, meu amigo, descobri um blog que vc tem q freqüentar! Chama-se CéuAberto e essa mulher escreve como nunca vi! http://walkyria-suleiman.blogspot.com/ Tanto q já cheguei na emoção dizendo “eu te amo” cheio de emoção! Vá e veja. E pode começar pelo começo. A postagem de 1ª página “Caetaneando um mantra” é de fazer chorar - até as pedras.

Bem e o 3º... O 3º é finalmente,depois de zoar o teu vasquin véo e besta, reconhecer que o álbum postado é absolutamente colossal! E na vaga (como uma onda) estou ouvindo (agora) Intuition 1949 com Lennie Tristano and Warne Marsh... E aí meu amigo, a coisa é tão de tirar o fôlego que já estou em apneia desde q o disco começou. Qualquer coisa disk 190.

Abraços!

Érico Cordeiro disse...

Ô Mr. Seu San,
Memória é algo curto mesmo - lembre do seu fruzinzinzin do ano passado? Pois é, passou 95% do brasileirão na degola e escapou "nazúrtima". Que que é isso, só porque a Holanda é tri-vice, cê que associar ao Gigante da Colina. Na-na-ni-na-não!!!! Quem dera estivéssemos disputando o vice-campeonato - estamos disputando é a vice lanterna (rs, rs, rs).
Mas pior é aquele time cujo símbolo é um pássaro que come lixo: dizem que o time é bom, mas o que mata é o goleiro (um pouco de humor negro, nesses tempos de politicamente correto).
Quanto a sugestão, o blog da Walkyria Suleiman é meu velho conhecido - sou seguidor e ela também é seguidora do jazz + bossa, aliás foi das primeiras. Muito legal mesmo o espaço, mas faz um tempinho que não pinto por lá. Obrigado pela dica e vou dar uma conferida.
E o disco é mesmo bacanudo, não é? Tava na dúvida entre esse e o Berlin 1980, que também é ótimo, mas acabou prevalecendo este, muito por causa do Kenny Drew.
O Intuition também é fantástico e olha que a gravação é de 1949!!!! Parece que saiu na semana passada, de tão atual! Na época aquilo era uma verdadeira revolução!
Valeu, meu garimpeiro!!!!
Abração!

Suzi Montenegro disse...

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Olá, Érico!

Bom ter vc no meu tão simples cantinho. Muito bem-vindo!

Pra te falar a verdade, não curto nem conheço jazz,mas vou te seguindo, quem sabe começo a conhecer e gostar. rsr

Curto MPB e musica clásica, mas sempre aberta ao novo.

Abraço pra ti e um sorriso.

.
.

Salsa disse...

Marsh é um dos meus preferidos. Sonoridade envolvente. Tenho tudo (ou quase)desse cara.

Érico Cordeiro disse...

Caros Suzi e Salsa,
À primeira, dou as boas vindas e espero que você comece a curtir um pouquinho o jazz, que é uma música extremamente bela e rica - melodia, harmonia, improvisos - e que tem o dom de elevar o espírito humano. Junte-se à nossa confraria e volte sempre ao barzinho - é sempre muito legal fazer novos amigos e melhor ainda quando a gente percebe que o blog serviu, de alguma forma, para fazer a conexão entre as pessoas e o jazz (tenho certeza que você também vai se render aos encantos desse estilo que saiu de New Orleans para conquistar o mundo).
Mestre Salsa, sabia que você - saxofonista de primeira - era fã do cara. E que bom que suas estantes estão abarrotadas de Marsh - ouvi-lo é sempre uma ótima escolha e um enorme prazer!
Abraços fraternos aos dois!

PREDADOR.- disse...

Talvez vou me arrepender posteriormente, de querer comentar alguma coisa sôbre Warne Marsh: um músico que detesto mas frequentemente gosto de ouvir. Em sendo discípulo de Tristano, "pegou" todos seus cacoetes de composição. Isto foi ruim ou foi bom? Não descobrí até hoje. Músicas baseadas em outras sobejamente conhecidas, interpolações idem, idem. As composições de Marsh, que predominam em seus repertórios músicais, seguem a "linha de composição" do seu mestre Tristano.
Ele gostava tanto de Out of Nowhere e Stella by Starlight que quando gravou o album POSTHUMOUS a maioria dos títulos, de sua autoria, ali inceridos eram baseados nas linhas melódicas daquelas duas canções (Foi "salvo" no disco pela pianista Susan Chen). Tenho todos os discos citados por você, mr.Cordeiro e mais alguns. O sopro de Marsh as vezes simplório, as vezes instigante, as vezes irritante levam-me a seguinte conclusão: não tolero ouví-lo, mas não consigo ficar sem ouví-lo. Estou em conflito. ARRIBA ESPAÑA

Érico Cordeiro disse...

Seu Predador,
Isso aí é que podemos chamar de um conflito de personalidade: como é que se detesta um músico e não se consegue deixar de ouvi-lo? Como é possível não tolerar um saxofonista e gostar de ouvi-lo com freqüência?
Mr. Predador, os milênios passados na solidão do espaço sideral, navegando pelas vastidões celestes, não fizeram lá muito bem à sua saúde, não é mesmo?!?!?!
Acho que você precisa dar uma relaxada, sossegar um pouquinho em um resort venusiano, ficar à beira da piscina de lava fumegante, apenas curtindo aquele solzinho básico. De preferância, ouvindo uma bela New Age, em um dueto de fagote e oboé, com os intrépidos Paul Honr e Yusef Lateef!!!!
E cuidado com a cachaça de Saturno - ouvi dizer que o teor alcoólico é de 3000%.
Valeu a dica - vou procurar esse álbum POSTHUMOUS.
E Viva a Fúria!!!! Mereceu mesmo!!!

Paul Constantinides disse...

mr. erico o warne marsh é tudo de bom rapaz.
I Got a Good ONe For You....é muito mais que a Good One...é excelsia!!

agora, achei interessante vc sair do aspecto sombrio, sobrio pro clima plástico deslizante...mas o q importa é o conteudo não?...no mais ficou bonito assim.

abs
musa
musicais
e alem disso
cordiais

paul

Érico Cordeiro disse...

Grande Paul, embaixador do jazz + bossa na ensolarada Flórida!
O Warne é muito bom mesmo - só o Predador prá gostar e detertar ao mesmo tempo (rs, rs, rs).
Acho que a repaginada ficou bacanuda - dá prá ler as postagens de forma mais fácil, e o fundo é bem legal!
Grande abraço, meu embaixador e zeloso guardião da história da MPB!!!!

APÓSTOLO disse...

Estimado ÉRICO:

Resenha excelente sobre um músico de exceção ! ! !
A gravação escolhida é uma das melhores desse tenor.
A obra de MARSH é importantíssima e ele tem sido merecidamente homenageado por "n" publicações e gravadoras.
Particularmente e apesar da dificuldade, recomendo uma coletânea editada em CD pela revista italiana "Musica Jazz" (fevereiro de 2003, "Warne Marsh - A Good One"), com 13 faixas cobrindo 1975/1980. Esse CD contem a contagiante (em suas palavras) "I Got A Good One For You"; a 1ª faixa do CD é a obra de J.S.Bach "Two Part Invention nº 1", em que MARSH presta tributo ao mestre maior.
E a Espanha, tal como preví após a derrota para os "relojoeiros", chegou favorita e saiu campeã (os críticos de pau de galinheiro, tiraram conclusões após o 1º jogo, como tolos que são).

Sergio disse...

Olha, seu san, sou fã confesso do mr. "Preda" - q ele me perdoe a intimidade -, mas sabe o que atrapalha o mais controverso crítico desta nobre estalagem? Muito conhecimento, seu san! Tem horas que esse excesso atrapalha, embaralha as idéias e faz mais mal q bem. Pode escrever! Ser veja: eu me sinto mal diante de vcs nessa minha ignorância, mas quando vejo/leio o Predador me dá um alívio, mr., q nem imaginas! É como uma voz me soprasse: “Ta ven’aí? Se aprendes muito, ó como tu podes ficar!” – tudo bem q a voz q me sopra o faz num português alusitanado e meio canhestra, mas é muito nítido o que ouço, seu san!

Em tempo, o seu comentário ao comentário do Predador é um plus a mais nessa postagem essencial a quem cultiva o gosto pela boa música e o bom humor. Mas... e sempre tem o porém, pra ficar bem entendido e bem rido (rido? Isso existe?) infim, pra q o entendimento fique mais engraçado, há de se ter um histórico de quem vem a ser Predador lá nos áureos tempos de Jazzseen!...

E como diz o cinéfilo, Vinvenders e aprendenders!

Érico Cordeiro disse...

Caríssimos Apóstolo e Sérgio,
Não conheço essa gravação, Mestre, mas vi/ouvi alguns exemplares dessa coleção aí na toca (o do Phil Woods e, salvo engano, do Art Pepper) e deve ser de primeiríssima linha mesmo. Pena que para nós, aqui do lado de baixo do Equador, seja tão difícil encontrar esse tipo de material. Interessante o respeito que os músicos de jazz guardam por Bach - acho que ele foi o primeiro jazzista da história, séculos antes do jazz ter sido inventado.
Pois é, a Espanha confirmou o favoritismo - se duvidar, a derrota para a Suíça foi até benéfica: evitou o "salto alto" (que nós conhecemos muito bem) e fez com que o time focasse no seu objetivo. Um título justíssimo e que ficou em excelentes mãos. Veja que desde 1999 a os espanhóis vem se destacando nas categorias de base: foram campeões ou vice no sub-17, sub-20 e sub-23 (além do título nas Olimpíadas de 1992 e da medalha de prata em 2000), num trabalho racional, planejado e de olho sempre no futuro. Muito parecido com o que faz a nossa gloriosa CBF, não é mesmo? Ricardão Teixeira é um "pranejadô" e tanto!!!!!
Mr. Seu Sérgio, o Predador é uma figuraça - acho que ele, na verdade, é o nosso querido Poderoso Falsão, que ao lado do seu fiel escudeiro Trambique barbarizava no desenho A Corrida Espacial, no tempo de D. João Charuto. Era uma espécie de Dick Vigarista do espaço, lembra?
E essa história de muito conhecimento atrapalha é bacanuda - como dizia Aristóteles, a virtude está no meio (rs, rs, rs).
Grande abraço aos dois!

Celijon Ramos disse...

Olá, querido.
Estou de volta por aqui e vejo que tudo continua antes. Para o bem do jazz de todos nós que ficaos mais sabidos com seus textos ultra informativos.

Um abração! Tô com saudades!

Érico Cordeiro disse...

Oi, compadre!
Que bom vê-lo aqui no jazzbarzinho, já que sua agenda anda ocupada (ainda bem!!!) com as temporadas no Marisco!
O jazz e a boa música finalmente encontraram em São Luís um porto seguro e fico feliz que os projetos estejam dando tão certo!!!
A nota triste fica por conta da perda do nosso querido Paulo Moura, que partiu ontem, aos 77 anos, vitimado por um câncer no sistema linfático.
Siga em paz, mestre!
Valeu pela visita, compadre - como diria aquele malsinado ex-presidente: "Não me deixe só" (rs, rs, rs)! Abração!

Sergio disse...

Seu mr. Érico, essa é pro mr. Apóstolo: caro amigo, consegui arrebanhar pra minha coleção o citado Warne Marsh (A God One) 2003. Confira, please, se as faixas estão corretas:

1)Two Part Invention No. 1
2)Kary's Trance
3)When You're Smiling
4)Lady Be Good
5)The Way You Look Tonight
6)Star Eyes
7)I'm Getting Sentimental Over You
8)Without A Song
9)April
10)I Got A Good One For You
11)Everytime We Say Goodbye
13)Little Willie Leaps

Como pôde observar, e se estiver ordem e faixas corretas, a incorreção é a falta da faixa 12. Foi um resgate difícil pelo soulseek. O álbum estava lá escondidinho e só havia um único user com este arquivo. Daí eu lhe pedir que me diga qual seria a faixa 12, e, como está claro o disco trata-se de uma coletânea e não há na Rede sequer uma menção honrosa da existência do dito – nem de capa do mesmo – o que seria legal saber pra completar este álbum é se há noutras coletâneas ou n’algum outro álbum, a possibilidade de encontrar a faixa faltante no original.

Grato pela força. E, claro, pela dica.

Sergio disse...

Em tempo: reentro k, pra render a minha homenagem ao grande Paulo Moura. Que conheci na infância quando este era colaborador do maestro Julio Medaglia, na Radio Roquete Pinto aqui do Rio. Minha mãe era secretária do maestro Julio (o diretor da Radio nos 70) E nunca me esqueço de uma vez ter tomado uma Kombi, as vans não existiam, com uma galera como Walter Avancini, Júlio e o Paulo Moura. Nunca me esqueci porque eram, os do Paulo, uns olhos que transmitiam uma candura... Tão atencioso e tão dentro do espírito do que considero o verdadeiro artista que esse encontro nunca saiu da minha memória (bem moroléssi, por sinal). Então fica aqui os meus respeitos e não o lamentar, porque todos morremos um dia. Só espero que ele tenha ido com o mínimo de dignidade – isto é, com a mínima carga de sofrimento possível.

E tbm, seu san, te pedir - q, a gente nunca sabe se mr. Apóstolo volta pra reler o meu pedido -, pra encaminhá-lo, o no comentário acima, pra ver se ele me resolve a questão do álbum perdido do Warne Marsh.

Grato, muito grato, gratíssimo!

HotBeatJazz disse...

Ô¬Ô

Seu Érico

Marsh é fundamental e absolutamente único. Belíssima resenha de ótima gravação escolhida. Tudo que seja com Mr. Drew tem outro sabor.

Lamentável a perda do Paulo Moura a pouco lembrado aqui por vc. A banda do céu está cada dia melhor.

Abraços

Érico Cordeiro disse...

Caros Sérgio e Mauro (o sumido - rs, rs, rs),
Sejam muito bem vindos.
Meu bom garimpeiro, reproduzo trecho de um e-mail que acabei de encaminhar ao Mestre Apóstolo:
"Tem uma mensagem do Sérgio prá você lá no jazzbarzinho - não é que o danado achou o disco do Warne Marsh que você havia mencionado? É um maluco esse meu amigo!!!!! E ele encontrou aquele disco fabuloso do Sadao Watanabe que ouvimos na sua casa, com capa, notas e tudo mais e me mandou!!!!"
Viu só - tô melhor do que Paul, o polvo (rs, rs, rs).
Também concordo em gênero, número e grau com você, meu caro Mauro: o Warne é fundamental e o Drew adiciona um sabor especial a tudo o que faz. Esse disco é muito bacanudo mesmo.
Quanto ao Paulo Moura, acho que todos nós, que amamos a música, sentimos o baque! Era um dos nossos maiores músicos, além de ter sido uma pessoa especial - todos que falam dele, mencionam como alguém gentil, atencioso e muito solidário.
Já está fazendo falta, mas a orquestra celestial ganhou um reforço de peso!
Grande abraço aos dois amigos!

APÓSTOLO disse...

Estimados ÉRICO, SÉRGIO e MAURO:
Lágrimas de saudades, nunca de tristeza, pelo grande e inolvidável PAULO MOURA, que com sua serenidade e beleza musical nos legou testamento de respeito e qualidade.
SÉRIGIO: a ordem das faixas é exatamente a que você relacionou; a faixa 12 é o clássico de Brown e Kahn "You Stepped Out Of A Dream", com 6'09"; trata-se de duo de MARSH com RED MITCHELL (baixo), gravada no "Fasching Club" de Estocolmo (dúvida nas notas do encarte quanto á data, 18 ou 19/abril/1980), constante do album "Big Two volume I.
Quanto à capa e notas, elas simplesmente relacionam faixas, executantes e locais/datas.
Caso você queira a relação, favor enviar-me email para "apostolojazz@uol.com.br" e eu a enviarei com o maior prazer (para não lotar o "barzinho" do ÉRICO).

Sergio disse...

Muito obrigado, mr. Apóstolo! Com os dados que me destes tenho certeza q será possivel encontrar a faixa original. A minutagem, coincidindo - e ha sim e fácil trabalhos da dupla Red Mitchel & Marsh - no soulseek, a coisa fica bem mais fácil!

Pois é né gente, Paulo Moura!... O problema é que se surgissem valores a altura do mestre... Ou melhor, se a mídia deixasse esses valores - que devem estar por aí -, aparecer...

Mas isso já virou sonho de uma noite de verão.

Abraços a todos!

Érico Cordeiro disse...

E aí está o jazzbarzinho prestando mais um serviço de relevância pública e ajudando a manter viva a obra do Marsh, ainda que por via indireta.
Esses enciclopedistas da casa são "fogo na roupa". Mãos à obra, meu garimpeiro!
E meu caro Apóstolo, o "projeto" está indo de vento em popa!

MARIO JORGE JACQUES disse...

Érico, coisas fantasmas da info, viajei por 2 dias e ao voltar, agora e abrir o site, lá está bonitinho o stream de áudio e já estou ouvindo, uma beleza.
Sem modéstia o podcast está bem, dando muito trabalho,mas muito gostoso de fazer, só o que tenho reouvido não está no mapa.
Abraços
Mario Jorge

Érico Cordeiro disse...

Grande Mário Jorge,
Sempre muito bom tê-lo a bordo. Esses mistérios da internet: de uma hora para outra as coisas resolvem funcionar, sem que haja qualquer explicação - juro que não mexi em nada (rs, rs, rs).
Deve ser mesmo muito legal elaborar o podcast, fazer a pesquisa e o roteiro musical, preparar os textos - é um verdadeiro programa de rádio, apenas lavado ao ar pela rede.
Vida longa ao Podcast CJUB!!!!

blog disse...

Mais um aula.
Necessária.

Nem imaginava que Mars, um dia, homenageou o grande compositor Hoagy Carmichael (um dos meus preferidos daquele timaço de compositores norte-americanos, como Berlin, Gershwin, Porter e Arlen) numa banda adolescente. Dessa eu não sabia!

Curti Marsh muito ao lado de Konitz, mas o sopro musculoso de Warne sempre me lembrou Rollins nos seus tempos de Contemporary.
Ave, Marsh!

Grande abraço, camarada.

Grijó

Érico Cordeiro disse...

Mestre Grijó,
É sempre muito legal poder contar com a sua luminosa presença, titular do querido Ipsis Literis, nosso oásis do bom gosto e da relevância!
Um dos grandes saxofonistas surgidos nos anos 50, embora pouco badalado, e ao lado do alter-ego Konitz soa ainda mais sublime.
Obrigado pela visita, meu caro!

MJ FALCÃO disse...

Olá, Amigo!
Vá ver o meu blog: falei -inspirada no seu "post"- em Lennie Tristano, que adorei ouvir (não conhecia, confesso!)
Pus para os amigos ouvirem também.
Vá aparecendo!
Abraço
o falcão

Érico Cordeiro disse...

Cara M. J. Falcão,
Obrigado pela lembrança e já dou uma passada por lá.
Tristano sempre é uma excelente pedida.
Valeu!!!
Abraços!!!

Anônimo disse...

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