Amigos do jazz + bossa

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

A MARCA DO ZORRO, DIGO, DO ZOOT!


John Haley Sims, o último de uma numerosa prole de sete irmãos, nasceu no dia 29 de outubro de 1925, na cidade de Inglewood, Califórnia. Sua família era ligada ao vaudeville – seus pais eram dançarinos – e logo o garoto começou a demonstrar uma impressionante aptidão musical. Além disso, a família incentivava o garoto a ler bastante e, na vitrola da casa, sempre se podia ouvir os discos de Duke Ellington e Count Basie.

Com apenas oito anos já tocava com desenvoltura a clarineta e a bateria. Por volta de 1936, a família Sims se mudou para Hawthorne, também na Califórnia, e John passou a estudar música na escola. Com treze, ele optou pelo saxofone, muito em virtude do impacto que a audição da música de Lester Young havia lhe causado.

Mas a musicalidade era comum na família Sims, tanto que o irmão mais velho, Ray, se tornaria um respeitado trombonista, tendo acompanhado Les Brown, Harry James, Lena Horne e Peggy Lee e outro irmão, Bob, tocava trompete. Quanto a John, foram necessários pouco mais de três anos de dedicação ao tenor para se tornar profissional. Estreou em 1941, com a orquestra de Ken Baker, que lhe deu o apelido de Zoot, pelo qual ficaria conhecido no mundo do jazz.

Pouco tempo depois, uniu-se à banda do trompetista Bobby Sherwood, trabalhando também com Sonny Durham, Big Sid Catlett e Bob Astor. Em 1943, como freelancer, participou de algumas gravações para a orquestra de Benny Goodman e em 1944, acompanhando o pianista Joe Bushkin, participou de sua primeira gravação com um pequeno grupo. Ainda naquele ano, integrou-se definitivamente à big band de Benny Goodman, de onde saiu para servir ao exército.

De volta à vida civil em 1946, voltou a tocar com Goodman e, no final daquele, foi convidado por Bill Harris para integrar o seu sexteto, que na época era atração fixa do clube Café Society Updown. Uniu-se por algum tempo à orquestra do guitarrista Alvino Rey e, em seguida, à de Gene Roland, onde conheceu Stan Getz, Herbie Steward e Jimmy Giufre.

A afinidade musical era tamanha que, pouco depois, em 1947, Getz, Sims e Steward estavam tocando juntos na poderosa orquestra de Woody Herman, que era uma das mais populares dos Estados Unidos. Substituindo Giuffre pelo baritonista Serge Chaloff, a orquestra contava com uma das mais vigorosas e inventivas sessões de sopro da época, capaz de rivalizar com as de Duke Ellington (capitaneada por Harry Carney e Johnny Hodges) e de Count Basie (que tinha os monstros Paul Gonsalves e Buddy Tate).

Após gravar o tema “Four Brothers” (de autoria e com arranjos de Giuffre) e “Early Autumn”, de Ralph Burns (que havia indicado os três para a orquestra), Herman e sua big band alcançaram um sucesso até então inédito. Herbie Steward saiu da orquestra em 1948, dando lugar a Al Cohn, outro discípulo de Lester Young e que iria firmar com Zoot Sims uma amizade e uma parceria para o resto de suas vidas.

Após deixar a big band de Woody Herman, em 1949, Zoot se mudou para Nova Iorque, trabalhando como freelancer em vários contextos e passando algum tempo com a orquestra de Artie Shaw. Novamente uniu-se a Benny Goodman, a fim de participar de uma excursão pela Europa, em 1950. Na ocasião, além de travar contato com diversos músicos europeus, gravou, na Suécia e na França, suas primeiras sessões como líder.

Em 1952, foi convidado para se juntar à orquestra de Stan Kenton, um dos arrojados band leaders da história do jazz, cujas concepções harmônicas continuam modernas até hoje. Dois anos depois, Sims integraria o sexteto de Gerry Mulligan, ex-arranjador de Kenton, e com ele permaneceria até 1956 (na década seguinte, Zoot voltaria a trabalhar sob a liderança do baritonista, na Mulligan’s Concert Jazz Band). Também nesse período, consolidou a prolífica união com Al Cohn, sendo que o primeiro disco sob a liderança dos saxofonistas incluía ninguém menos que John Coltrane e Hank Mobley (no álbum “From A to Z”, de 1956).

Nos anos 60, Zoot trabalhou exaustivamente, fosse em seus pequenos grupos, fosse como co-lider do grupo que mantinha com Al Cohn, fosse como free-lancer – e nessa condição participaria de álbuns de Oscar Pettiford, Anita O’Day, Bill Evans, Jimmy Rushong, Pepper Adams, Phill Woods, Tony Bennett, Bob Brookmeyer, Sarah Vaughan, Ella Fitzgerald, Jimmy Raney, Stan Getz e muitos outros.

Em 1961 o Brasil teve a honra de assisti-lo, ao vivo, por ocasião do American Jazz Festival, o melhor festival de jazz já realizado por estas plagas, promovido pelo Departamento de Estado Norte-Americano (e quem diz isso são os honoráveis José Domingos Raffaelli e Pedro “Apóstolo” Cardoso, duas das maiores autoridades brasileiras em jazz). Além de Zoot, participaram do evento Coleman Hawkins, Tommy Flanagan, Herbie Mann, Kenny Dorham, Ronnie Ball, Curtis Fuller, Ben Tucker, Roy Eldridge, Jo Jones, Chris Connor, Al Cohn e muitos outros.

No ano seguinte, Sims ainda encontrou tempo para viajar com o antigo chefe Benny Goodman – sempre ele – até a União Soviética, para uma série consagradora de concertos. Em 1963, participou do Festival de Newport e integrou, ao lado de Roy Haynes, Joe Zawinul, Clark Terry, Howard McGhee, Coleman Hawkins, a preciosa orquestra denominada Newport House Band. Em 1967, atendendo a um convite do produtor Norman Granz, integrou a caravana “Jazz At The Philarmonic”, com a qual fez uma série de concertos pela Europa.

Nos anos 70, a rotina incessante de trabalho manteve-se auspiciosamente inalterada. Concertos, gravações, excursões, participação em festivais (incluindo Newport) – tudo isso era a rotina de Zoot, que manteve inalterada a parceria com o velho amigo Cohn e a indefectível excursão ao lado de Benny Goodman (desta feita, foram à Europa em 1972 e à Austrália em 1973). Nessa época, Sims passou a se dedicar ao sax soprano, carinhosamente apelidado de “Sidney”, em homenagem ao grande Sidney Bechet.

Alguns dos acontecimentos mais notáveis da carreira de Zoot ocorreram nessa década. O primeiro deles, em 1970, foi o casamento com Louise Choo, jornalista do The New York Times. O segundo (e mais importante para os jazzófilos) foi a sua contratação pelo selo Pablo, de Norman Granz, que lhe permitiu gravar, entre outros, com gigantes da estatura de Oscar Peterson, Joe Pass, Harry “Sweets” Edison, Count Basie, J. J. Johnson, Frank Wess, Louis Bellson e outros.

Em sua fantástica passagem pela gravadora, que rendeu alguns dos seus melhores álbuns, um deles se destaca – e com todos os méritos: o formidável “If I’m Lucky”. Trata-se daquela rara modalidade de disco em que tudo, absiolutamente tudo, deu certo! As gravações, ocorridas nos dias 27 e 28 de outubro de 1977, nos estúdios da RCA, em Nova Iorque, forram produzidas pelo próprio Norman Granz. Acompanham o saxofonista os experientes Jimmy Rowles (piano), George Mraz (baixo) e Mousey Alexander (bateria).

Rowles é um pianista sofisticado, dono de um fraseado elegante e, por vezes, introspectivo. Ficou célebre por ser um grande acompanhante de cantoras, dentre elas Billie Holiday, Peggy Lee e Ella Fitzgerald, e por possuir um conhecimento enciclopédico do cancioneiro norte-americano.

A belíssima “(I Wonder) Where Our Love Has Gone”, obscura balada de Buddy Johnson que abre o disco, foi resgatada do limbo graças à prodigiosa memória musical do pianista, que apresentou a canção a Zoot. Interessante perceber como o sopro de Sims, sempre eloqüente e apaixonado, contrasta com a sobriedade impressionista do piano de Rowles. Este, aliás, impõe ao tema uma delicada abordagem de blues, com direito a um solo fenomenal de Mraz.

O irresistível swing do líder se revela logo na segunda faixa, uma fantástica releitura de “Legs”, de Neal Hefti. A trinca Rowles, Alexander e Mraz, segura ao extremo, dá o suporte necessário aos vôos de Sims. E que vôos! Sims é não apenas criativo ao extremo, mas toca com tamanha entrega e sagacidade, que faz parecer fácil tocar como ele toca.

Ao contrário do que o nome possa fazer crer, “Shadow Waltz” é uma deliciosa incursão do quarteto pela bossa nova (embora a versão original de Harry Warren e Al Dubin, lançada nos anos 30, seja efetivamente uma valsa). Interessante atuação de Alexander, que embora não tenha o mesmo approach de um Milton Banana ou de um Chico Batera, consegue uma boa dose de swing ao tema. Também merece destaque o fabuloso solo de Mraz e a interpretação sempre graciosa do líder.

“If I’m Lucky” é outra balada, na qual um Sims emotivo e quase melancólico encharca de lirismo o velho standard de Eddie De Lange e Josef Myrow. Deliciosa a versão de “You’re My Everything”, com seu clima de vaudeville e um Rowles endiabrado como nunca, fazendo seu piano soar percussivo como um Horace Silver.

Cole Porter não poderia ficar de fora. O balanço que o quarteto imprime a “It's Alright With Me” é irresistível. Tocando com a personalidade de sempre, Zoot consegue extrair de um standard tão gravado novas nuances sonoras, chegando a flertar descaradamente com o bebop, qual um Dexter Gordon. Soberbas atuações de Alexander e Rowles.

“Gypsy Sweetheart” e “I Hear a Rhapsody” completam a sessão – esta última encerra o álbum de maneira altamente inflamável, com um Rowles nada menos que esfuziante e um solo arrebatador de Alexander. Sims é um dos maiores saxofonistas de qualquer época e, embora formado nas orquestras de swing, soube absorver influências do bebop e do hard bop e utilizá-las na construção do seu estilo personalíssimo. Este álbum é um excelente exemplo de suas habilidades.

A década de 80 começou auspiciosa para Zoot. Participação em festivais importantes, como o de Estocolmo, e gravação de um álbum antológico, ao lado dos geniais Art Pepper, Barney Kessel, Victor Feldman, Ray Brown e Billy Higgins (“Art’N’Zoot”, de 1981). Outro disco bastante interessante é “Blues For Two”, um duo com o virtuose Joe Pass, de 1982. Dois anos depois, faria um belo tributo ao compositor Johnny Mandel, em “Quietly There”.

Todavia, os bons augúrios não se concretizaram. Um câncer no fígado, diagnosticado no final de 1984, levou-o no dia 23 de março de 1985, em Nova Iorque. Tinha 59 anos e, no fim daquele ano, foi homenageado postumamente, com a indicação para o Hall of Fame da Revista Down Beat.

O bem-humorado saxofonista (é célebre a história do fã que lhe perguntou como ele conseguia tocar tão bem, mesmo bêbado e ele, sem perder a pose, respondeu: “É fácil: eu pratico bêbado”) deixou, além dos muitos discos, uma infinidade de amigos. Um deles, o pianista Dave Frishberg, compôs em sua homenagem o tema “Zoot Walked In”.

Não é à toa que, certa feita, o crítico Will Friedwald escreveu sobre o saxofonista: “Ele não ficou tão famoso quanto o “irmão” Stan Getz, nem era um compositor ou arranjador tão notável quanto Al Cohn, seus companheiros na orquestra de Woody Herman. Mas era um concorrente terrível em uma jam session. Ele poderia chutar traseiro de qualquer um, e você teria pena do tolo que ousasse enfrentá-lo”.


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41 comentários:

Eleonora Marino Duarte disse...

sim! eu adoro música, adoro jazz e gente inteligente para mim é um presente!


"JOHN COLTRANE o homem que levou o saxofone às estrelas" - que bela afirmação!

conte comigo para apreciar o que você nos oferecer.


grande e fraterno abraço,

Érico Cordeiro disse...

Cara Betina,
Seja muito bem-vinda e agregue-se à nossa confraria virtual.
Que bom que você gosta de música - de jazz sobretudo. Também ponho aqui no blog alguns poemas (algo meio esporádico) e espero que você goste deles também.
Um fraterno abraço e até breve!

Anônimo disse...

A ironia do destino é que Stan Getz, Zoot Sims, Al Cohn e Serge Chaloff (o melhor saxofonista barítono do jazz moderno) - todos tocaram com Woody Herman - morreram de câncer. Triste constatação.

Érico Cordeiro disse...

Caro Anônimo,
Seja muito bem vindo e junte-se à confraria jazz + bossa - o barzinho virtual onde sempre rola um bom papo e uma boa música (o chopp fica por conta dos amigos).
Páreo duro esse! Tem muito postulante ao posto de "melhor saxofonista barítono do jazz moderno" - o Chaloff é forte candidato, mas tem o Cecil Payne, o Sahib Shihab, o Gerry Mulligan e o Pepper Adams. Briga de cachorro grande - rs, rs, rs.
Volte sempre, ok?
Abração!

Anônimo disse...

Você tem razão, há muito postulante para o posto de melhor barítono do jazz moderno, mas nenhum deles igualou o magistral e iniguálavel solo de Chaloff em "Body and Soul", sem dúvida superior às históricas versões de Coleman Hawkins e Lester YOung.

Érico Cordeiro disse...

Grande Anônimo,
Body And Soul é fantástica - ouço-a agora em sua homenagem (tá no Boston Blow-Up, um discaço). O Chaloff é uma figura interessantíssima, forte candidato a uma futura postagem (o Bue Serge é outro disco espetacular). E a mãe dele, a musicista Margaret Chaloff, foi professora de um monte de jazzistas de peso da área de Boston (Gigi Gryce, Dick Twardzik, Steve Kuhn e outros).
Mais uma vez a briga é boa - o velho Pres não era molo não!!!!
Mas a introdução matadora, com aqueles graves e o solo de Chaloff são mesmo antológicos - parabéns pelo bom gosto (e, se quiser, pode se identificar - não cobramos taxa de serviço, ok? - rs, rs, rs).
Venha sempre!

figbatera disse...

Beleza, Érico, tudo muito bom, como sempre!

Érico Cordeiro disse...

Valeu, Mestre Fig!
Grande abraço, meu embaixador nas terras d'El Rey!

Hod disse...

Olá Érico,
Retribuindo-lhe a visita, e passo a segui-lo. Oportunamente vou conhecer seu espaço.

Forte abraço,

Hod.

José Manuel Vilhena disse...

É carregar no botão,recostar na cadeira e ficar a ler e a ouvir boa música.
Obrigado.
um abraço

Érico Cordeiro disse...

Caros Hod e JMV,
É um grande prazer tê-los a bordo (um seja bem vinda especial à primeira).
Pois meu caro, fique à vontade aqui no barzinho - o freguês sempre tem razão, como dizemos deste lado do Atlântico (rs, rs, rs)!
Um fraterno abraço aos dois!!!

PREDADOR.- disse...

Voltamos novamente a sanidade, mr.Cordeiro, após o controvertido Ray Draper. Zoot Sims: texto irretocável, músico de jazz de primeira, não ficou famoso por conta de uma destas mazelas do destino, mas era tão bom ou melhor que Getz ou Cohn. Gostaria de mencionar, com sua permissão, alguns discos preciosos de Sims (preciso perder esta mania de indicar discos, não consigo me conter): "Goes to Jazzville" (1956), "Zoot Sims & Jutta Hipp" (1956), "Down Home" (1960), "And the Gershwin Brothers" (1975) e uma caixa com 4 Cds "The Complete 1944-45 Small Group Sessions", imperdíveis. Aproveito a oportunidade para informar a morte do sax-alto, arranjador, compositor, band leader inglês John Dankworth, falecido no último dia 6, com 82 anos. Ficou conhecido, nos anos 50/60, por participações de sua big band tendo a frente sua esposa e cantora Cleo Laine. Conduzia e compunha músicas para big bands, orquestra sinfônica, filmes e atuava com desenvoltura no jazz. Os trabalhos mais conhecidos, além dos discos com Cleo Laine, são "About 42 Years Later" com Danny Moss e "What the Dickens!" (tenho este disco, uma mistura de sinfônico, pop & jazz, coisa horrorosa!)

Érico Cordeiro disse...

Caro Predador,
Valeu pela visita e pelas dicas. O Zoot Sims & Jutta Hipp já mereceu uma resenha aqui no jazz + bossa e o And the Gershwin Brothers é simplesmente espetacular (tava em dúvida entre ele e o If I'm Lucky). Tem um disco do Pepper Adams, chamado Encounter, que em breve pinta por aqui!
Quanto a Lord Dankworth, é uma pena a sua morte - mais um que agora vai integrar a grande orquestra celestial. O que você acha do "About 42 Years Later", ao lado do Danny Moss? Encontrei a um preço bem raziável no Amazon e fiquei tentado.
Grande abraço, meu consultor intergalático e embaixador espacial do bom gosto jazzístico (pode continuar com suas recomendações, porque são de primeiríssima).

John Lester disse...

Prezado Mr. Cordeiro, quiseram os deuses que a excelência nunca fosse monótona, caso flagrante do blog seu. Essa do Zorro, digo, do Zoot, não foge à regra: ricamente ilustrada, humorada e escrita.

Aprovo as democráticas inovações acústicas, legando ao visitante a opção do quando e do que ouvir.

Grande abraço, JL.

Érico Cordeiro disse...

Caro Mestre John Lester,
Seja muito bem-vindo a bordo - o capitão da nave jazzseen sempre enriquece esta humilde morada virtual.
Zoot merece todo o nosso apreço - é um dos maiores no tenor. Quanto à nova disposição acústica, os agradecimentos devem, primeiramente, ser dirigidos ao GCast, que nos deixou meio órfãos, e ao Mauro Hot Beat Jazz, que me ensinou o passo a passo da radiolinha no DivShare.
Grande abraço, meu capitão (e aí, vamos ver B. B. King em Sampa - queria falar com o Edú, mas esse sumido nem os e-mails responde mais - será que foi abduzido pelo Predador?).

Murilo disse...

Beleza de blog Erico, super informativo, já está na listado no meu blog! Grande abraço.

Érico Cordeiro disse...

Caro Murilo,
Seja muito bem-vindo e junte-se à nossa confraria!
Também já coloquei o Etc & Jazz entre os meus favoritos. Espero vê-lo sempre por aqui - estreitemos os laços de amizade, em torno dessa música maravilhosa que é o jazz!
Grande abraço!!!!

Andre de P.Eduardo disse...

Erico, obrigado pelo comentário em meu blogue (como foste parar lá?). Bytheway, gostei pacas do seu blogue. Tem coisa melhor que jazz de madrugada?
Conheci S. Luis ano passado - tem muita coisa ótima aí.
Abraços!

Paul Constantinides disse...

brother Erico
o Zoots é divinamente cool.

belo lembrete de um grande musico.
abs
paul

pa ra ra
pa ra ra...ro ro ro....q tema gostoso, solto e refrescante..este tipo de musica custa a envelhecer.

Érico Cordeiro disse...

Caros André (seja bem-vindo) e Paul,
Obrigado pelas presenças. Ao primeiro, digo que navegava meio a esmo (costumo fazer isso, ir pulando de blog em blog - sempre pintam coisas bem legais) até que me deparei com o Byron & Shelley (com um título desses, não tinha como não fazer uma visita).
Ao segundo, só complemento: acho que a música que esses caras faziam não envelhece nunca, meu querido guardião da memória musical - daqui a cem anos as pessoas com um mínimo de sensibilidade (será que ainda irão existir pessoas assim?) ainda vão ouvir e se emocionar.
Abraços aos dois!!!

PREDADOR.- disse...

Mr.Cordeiro, primeiro agradeço o "Título" a mim atribuido por V.Sa. de "consultor intergalático e embaixador especial do bom gosto jazzístico" (menos, sr.Cordeiro, menos). Quanto ao "Encounter", do Pepper Adams(inclusive com a participação de Zoot Sims), tenho o disco e por certo será uma boa pedida. Com relação ao "About 42 Years Later" do quinteto de Dankworth, não tenho mas conheço o disco: não é uma "brastemp", é um disco bom e talvez valesse a pena tê-lo como registro de uma seção inteiramente jazzística do grupo(Dankworth,alto - Danny Moss,tenor - Dave Lee & John Horler,piano - Dave Green, baixo e Allan Ganley,bateria). Uma outra boa opção seria o album "In a Mellow Tone Tribute to Duke Ellington", sexteto com Dankworth revesando-se no alto e clarinete, quase todo o pessoal do "42" com a inclusão de um trombone. Não tenho o disco mas conheço-o, bastante bom, embora o mais badalado seja o "42". Não sei se ajudei ou coloquei mais "grilo" na sua cabeça, mas a intenção foi das melhores possíveis. É isto!

Érico Cordeiro disse...

Grande Predador,
Sua consultoria foi fundamental para me decidir - vou pedir em breve o About 42 Years Later. Quanto ao In a Mellow Tone Tribute to Duke Ellington, ele não está disponível para compra no Amazon (logo, acho que é impossível encontrar). Tem a capa, com uma foto do Dankworth e do Maestro, a relação das músicas, mas o disco não está disponível (pena).
Valeu, meu consultor intergalático e embaixador especial do bom gosto jazzístico (é isso aí mesmo, não adianta vir com falsa modéstia - você tem o detonador atômico, eu não vou querer confusão com você não).
Abração!

Adriana Godoy disse...

Passei por aqui e gostei bastante. Volto depois. beijo.

Érico Cordeiro disse...

Oi, Adriana,
Seja muito bem-vinda! Dei uma passado no Voz por esses dias, mas não tinha postagem nova - vou dar um pulinho lá mais tarde.
Um ótimo dia prá você e fico esperando sua volta - até breve!!!

Paul Constantinides disse...

risos
Erico se eu for guardião da memória musical, putz vou me sentir velhão..KKKKKKKKK
agora, por outro lado, vc tbm é uma memória viva deste saboros Jazz q vc aborda.
abs
paul

Érico Cordeiro disse...

Pois é, Mr. Paul,
Então sejamos guardiões, mas guardiões bem novinhos!!!!
Abração!

HotBeatJazz disse...

Ô¬Ô

Grande Érico,

aprendi alguns detalhes da biografia do Zoot que desconhecia, grande texto, como sempre.

Nosso barzinho cada dia mais e melhor frequentado.

Abração pra vc e pra todos os frequentadores!

Ô¬Ô

pituco disse...

érico san,

taí um saxofonista cujo sopro chega a tremer os twiters daqui...bom pacas.

e a resposta sobre a bebedeira foi piramidal...hehehe

abraçsons

Érico Cordeiro disse...

Mestres Pituco e Mauro,
o Zoot é o cara! Pô, como toca o cidadão!!! É a típica "escolha certa", não tem erro!!!
Esse disco dos irmãos Gershwin é fabuloso e o Enconter, do Pepper Adams, é maravilhoso (ele come abola!!!).
Valeu mesmo e um grande abraço jazzmomesco - a história do goró é ótima mesmo!

APÓSTOLO disse...

Prezado ÉRICO:
Resenha perfeita com o essencial de ZOOT, um mestre absoluto do swing no tenor, em qualquer andamento.
Digitação acima de todas as expectativas, total controle da respiração (imagine se ensaiasse sóbrio), idéias em constante efervescência, um super-dotado, ZOOT legou-nos alegria para a eternidade.
Mais uma vez e como sempre, grato pela postagem que enriquece nosso conhecimento e sentidos.

Érico Cordeiro disse...

Mestre Apóstolo,
É sempre muito prazeroso abrir a caixa de comentário e me deparar com suas sempre pertinentes e sábias palavras!
Como os discos desse sujeito são bons!!! E estou, nesse exato momento, após uma audiência daquelas (começou às 15:00 e terminon agora há pouco), relaxando a mente ao som de um dos mais talentosos discípulos de Zoot, o sensacional Scott Hamilton (esse também pinta por aqui em breve - relando agora Bye Bye Blues, do fantástico After Hours).
Um caloroso abraço e seja bem vindo de volta à sua segunda casa virtual (cuidamos da sua suíte presidencial direitinho, viu?)!!!

APÓSTOLO disse...

Prezado ÉRICO:
Scott Hamilton é uma síntese mais que redentora de Ben Webster / Lester Young / Coleman Hawkins.
Esse "After Hours" (Tommy Flanagan/piano, Bob Cranshaw/baixo e Lewis Nash/bateria) é um "discaço" de mesinha de cabeceira, com a poesia de "Some Other Spring", a releitura do gillespiano "Woody 'N' You" e a magnífica "What's New".
Scott gravou para a Concord 02 dúzias de albuns de excelente qualidade, com um senhor som de tenor.
"Muitos" o consideram "meloso", o que me deixa assustado com "muitos": Scott é puro swing e um mestre na manutenção das raizes do sax.tenor.

coxi-Xan-do disse...

Passei por aqui, mas volto com mais calma. Parabéns pelo blog e pelo texto impecável.

Érico Cordeiro disse...

Oi, Alexandra,
Seja muito bem-vinda e junte-se à nossa confraria!
Espero que você curta jazz e bossa nova e que venha sempre ao barzinho virtual!!!
O Coxi-Xan-do é um ótimo blog - já me adicionei como seguidor!
E venha sempre, ok? Abraços!

Érico Cordeiro disse...

Mstre Apóstolo,
O Hamilton é fantástico!
E quantos craques tocaram com ele!!!
Abraços!

Doctor Krapp disse...

Escrevo escoitando a fundo "I wonder Where our Love has Gone". Impresionante a sutileza de Sims con ese marco sonoro detrás do magistral piano de Rowles. Fantástica recomendación.

Sergio disse...

Resenha piramidal, seu Érico.

Adorei a piada "É fácil: eu pratico bêbado", Vinícius, Tom, Noel, Nelson Cavaquinho, TODOS! os grandes músicos boêmios, assinariam em baixo dessa e brigariam pela autoria, é ou não é?

Anônimo disse...

Érico e Apóstolo,

Concordo com tudo que escreveram sobre Scott Hamilton, infelizmente pouco lenmbrado aqui e alhures.

Scott Hamilton tocou duas vezes no Brasil, ambas em Salvador, Bahia.
Não é uma grande ironia ?

Keep swinging,
Raffaelli

Érico Cordeiro disse...

Prezados Dr. Krapp, Sonic Boy e Raffaelli,
Sejam muito bem vindos!
O Zoot sabia ser sutil nas baladas e incendiário nos temas rápidos - sempre muito criativo, em qualquer contexto.
Seu San, o que tem de gênio musical chegado numa "branquinha", não é mole não. Como disse o Vinícius, o uísque é o cachorro engarrafado.
E Mestre Raffaelli, em breve o Hamilton pinta por aqui! A Bahia já nos deu régua e compasso, mas infelizmente hoje a terra de Dorival e João Gilberto só tem produzido o pavoroso axé (ai que saudade eu tenho da Bahi de outrora!!!!).
Abraços aos três!!!!

pituco disse...

érico san,

tô ouvindo no começo dessa madrugada baladas com mr.scott hamilton...piramidal...obrigadão aos amigos pela dica bacanuda pacas.

logo mais lerei a postagem recente acima, ok?

abraçsons

Érico Cordeiro disse...

Valeu, Mestre Pituco-San!
O Hamilton é um senhor baladeiro, herdeiro de Lester Young e Ben Webster.
Abração!

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