Amigos do jazz + bossa

domingo, 28 de fevereiro de 2010

ELE SE CASOU COM A VIÚVA DE CHARLIE PARKER! PRECISA DIZER MAIS ALGUMA COISA?


O ano era 1977. A cidade, claro, Nova Iorque. Aos 28 anos, o talentoso William Joseph Martin Joel era um dos nomes mais promissores do cenário pop da época. Pianista brilhante, letrista inteligente, formação musical esmerada, ele era um típico artista nova-irquino, cosmopolita e descolado, que freqüentava os shows de jazz do Birdland e do Village Vanguard, embora também amasse os Beatles (muito) e os Rolling Stones (um pouco menos).

Já havia lançado alguns bons álbuns e tinha na praça uma meia dúzia de hits, como “Piano Man” e “New York State Of Mind” (balada pop com anabolizadas tinturas de blues e jazz, que além de se tornar o hino não-oficial de Nova Iorque, futuramente seria gravada por Carmen McRae e Diane Schuur). Mas ainda não era um pop star, capaz de lotar estádios e arrebatar multidões, e ainda podia andar, tranqüila e quase anonimamente, pelas ruas da Big Apple.

Mas em setembro de 1977, quando entrou nos estúdios da Columbia, ao lado do produtor Phil Ramone, para gravar o álbum “The Stranger”, essa tranqüilidade estava fadada a acabar. Em breve, o artista, que até então era apenas uma talentosa promessa, seria catapultado ao Olimpo dos astros pop. Tudo por causa de uma música, composta para a então esposa Elizabeth Weber. Para gravá-la, o produtor Ramone dispensou o saxofonista da banda, Richie Cannata, e recrutou um homônimo seu, que desde meados dos anos 40 vinha batalhando no meio jazzístico de Nova Iorque e que, na época da gravação, já era considerado um dos maiores altoístas de todos os tempos. Seu nome: Philip Wells Woods. Phil Woods para os íntimos.

Não era a primeira vez que o experiente Woods dividiria os estúdios com um músico pop. Ele já havia feito isso com Paul Simon (no álbum “Still Crazy After All These Years”, de 1975) e com a banda Steely Dan (no disco “Katy Lied”, do mesmo ano). Mas ao entrar no estúdio, tirar o saxofone do estojo e começar a tocar, o esplendoroso solo de “Just The Way You Are”, Woods entraria para o panteão dos ícones pop, da mesma forma que uma tela de Andy Warhol, a capa do álbum “Abbey Road” ou a emblemática saudação “que a Força esteja com você”, usada em um filme lançado em maio daquele 1977 caótico, quando David Berkovitz, o lendário “Filho de Sam”, aterrorizava Nova Iorque.

O resto da história é previsível: o disco vendeu milhões de cópias no mundo inteiro, vários outros artistas gravaram a canção (com destaque para a lúbrica versão do ultrabaladeiro Barry White), Billy Joel engordou a conta bancária em alguns milhões de dólares e o trabalho do saxofonista, ainda que por vias oblíquas, finalmente poderia ser apreciado pelo grande público.

Já para o público de jazz, essa performance nada teve de surpreendente. Claro, pois Woods é um dos mais queridos, talentosos, respeitados e premiados músicos da história do jazz, com uma trajetória de vida riquíssima e uma produção que inclui composições, arranjos e participação em centenas de gravações. Saxofonista e clarinetista, Phil Woods nasceu no dia 02 de novembro de 1931, em Springfield, Massachussets.

Recebeu as primeiras lições de saxofone aos 12 anos, com Harvey LaRose, na própria cidade natal. Curiosamente, o primeiro saxofone lhe foi dado por um tio que, ao falecer, deixou-o em testamento para o sobrinho. Ao abrir o estojo e ver aquele reluzente objeto de metal, tudo o que passou pela cabeça do garoto foi derreter o instrumento e fazer algumas dúzias de soldadinhos de chumbo. Somente algum tempo depois é que o jovem Phil iria querer dar uma destinação menos dramática ao instrumento.

Continuou os estudos musicais em Nova Iorque, para onde se mudou no final dos anos 40. Primeiro, na Manhattan School of Music, onde foi aluno do extraordinário Lennie Tristano, e, em seguida, na prestigiosa Juilliard Conservatory, onde se graduou em clarinete. Profundamente influenciado por Charlie Parker, Woods logo desenvolveu uma sonoridade própria, bastante consistente, mas jamais deixou de explicitar um profundo respeito pela música de Bird. Curiosamente, a comparação com o ídolo somente cresceu depois que, em 1957, Woods se casou com Chan Parker, viúva de Charlie.

Outras influências diretas foram Benny Carter e Johnny Hodges. Depois que saiu da Juilliard, em 1952, o saxofonista tocou nas orquestras de Charlie Barnet (1954), Dizzy Gillespie (1956), Buddy Rich (1958/1959), Quincy Jones (1959/1961) e Benny Goodman (1962). Ao mesmo tempo, montou seus próprios grupos, boa parte das vezes ao lado do saxofonista Gene Quill. Em 1956 recebeu o prêmio New Star da revista Down Beat, como revelação do sax alto.

Além disso, desde a primeira metade dos anos 50 Woods tem sido um dos mais requisitados acompanhantes, com trabalhos ao lado de Jimmy Raney, Art Farmer, Billie Holiday, Joe Neuman, Sal Salvador, George Wallington, Sahib Shihab, Bill Evans, Gene Krupa, Michel Legrand, Al Cohn, Zoot Sims, Jimmy Smith, Oliver Nelson, Ella Fitzgerald, Gary Burton, Gerry Mulligan, Thelonious Monk, Bob Brookmeyer e incontáveis outros.

Sua caudalosa discografia como líder começa em 1954 e está espalhada por selos como Prestige, Savoy, RCA, Candid, Chiaroscuro, Impulse, Verve, Denon, Evidence, Philology e Concord. Nela se destaca o álbum “Sugan”, em que divide a liderança com o pianista Red Garland. Gravado em 19 de julho de 1957, para a Prestige, o disco apresenta um espetacular quinteto formado, ainda, por Teddy Kotick (baixo), Nick Stabulas (bateria) e Ray Copeland (trompete), um músico não muito conhecido, mas com trabalhos ao lado de Thelonious Monk, Randy Weston, Art Blakey e Oscar Pettiford.

Das seis faixas do álbum, três são de autoria do ídolo Parker – “Au Privave” (que abre o disco de forma exuberante e prenuncia a cornucópia sonora que virá), “Steeplechase” e “Scrapple From The Apple” – e todas são interpretadas com extrema competência e inventividade pelo quinteto. A atmosfera energética, típica dos melhores momentos do bebop, é enriquecida pelos diálogos entre Woods e Copeland, sempre muito estimulantes. Ambos são solistas excepcionais, capazes de executar passagens tecnicamente dificílimas com enorme simplicidade e se desafiam mutuamente o tempo inteiro.

Destacar apenas um ou outro grande momento seria injusto, pois o álbum é uma obra coesa, madura e efervescente, mas é necessário dizer que os solos de Woods, Copeland (usando a surdina) e Stabulas em “Steeplechase” são estupendos e a versão de “Scrapple From The Apple” é simplesmente devastadora. Mais contido, Garland prioriza a parte rítmica, solando em poucas passagens. Sua afinidade com o blues é patente, sendo é interessante perceber o quanto o idioma bop, apesar de toda a sua complexidade harmônica, é tributário do blues.

As outras três faixas que completam o disco são de autoria de Woods, que se revela um compositor bastante criativo. A primeira delas é “Last Fling”, cujo riff contagiante a conecta com o hard bop tão em voga naquela época. A autoridade com que Copeland executa seus solos, dotando-os de uma urgência e de um sentido harmônico esplendoroso nos leva à seguinte pergunta: como é possível que um sujeito desses jamais tenha gravado um mísero álbum como líder? Mistérios do jazz! E a faixa ainda conta com um solo vigoroso e cheio de groove de Garland, onde ele abusa de sua técnica “block chords” (acordes em bloco).

“Sugan” é um petardo sonoro da mais nobre estirpe bop, onde, mais uma vez, a performance de Copeland deve ser ouvida com atenção. Mas o líder consegue ser ainda mais sublime, com suas acrobacias sonoras que em nenhum momento padecem da falta de sentido ou resvalam no exibicionismo barato. Woods é um músico com um domínio absoluto do seu instrumento e sua técnica conjuga arrojo e bom gosto. Desse modo, por mais velocidade que imprima em sua execução, o resultado é sempre música de primeira qualidade. E tendo na sessão rítmica monstros como Red Garland (cujo solo também é bastante intenso), Teddy Kotick e Nick Stabulas, fica mais fácil para o líder colocar em prática suas idéias musicais.

É claro que não poderia faltar uma balada e “Green Pines” é belíssima e muito bem construído, com o trompete assurdinado de Copeland e o piano de Garland conduzindo a melodia com a delicadeza de dois ourives. O solo de Woods é envolvente e tépido, completando a atmosfera romântica com extrema classe. “Scrapple From The Apple” fecha o disco em altíssimo astral e deixa no ouvinte a vontade de começar tudo de novo. Um disco para se levar para uma ilha deserta. Obrigatório!

Nos anos 60, Woods enveredou pela educação musical, tendo ensinado na Ramblerny School, em New Hope. Em 1966, participou da trilha sonora do filme “Blow-Up”, dirigido por Michalangelo Antonioni. Composta por Herbie Hancock, as músicas do set ficaram a cargo de uma verdadeira seleção de craques que, além de Woods, incluía Freddie Hubbard, Joe Newman, Joe Henderson, Jim Hall, Ron Carter e Jack DeJohnette.

Em 1968, mudou-se para a Europa, estabelecendo-se na França, onde morou até 1972. Ali fundou a European Rhythm Machine, com a qual se apresentou no Festival de Montreux de 1969. A orientação do quarteto, integrado por George Gruntz (p), Henri Texier (b) e Daniel Humair (bt), flertava com o jazz de vanguarda, inclusive gravando composições da pianista Carla Bley.

De volta aos Estados Unidos, em 1972, montou com o tecladista Pete Robinson um grupo que misturava jazz com a incipiente música eletrônica, mas o trabalho não teve grande repercussão. De volta ao bom e velho jazz, formou, no ano seguinte, um quinteto extremamente bem sucedido e dos mais premiados naquela década, onde atuavam o pianista Mike Melillo, o baixista Steve Gilmore, o baterista Bill Goodwin e o guitarista Harry Leahey.

Do final dos anos 70 até hoje, os grupos de Woods têm se revelado um excelente manancial de novos talentos. Por lá passaram nomes como o trompetista Tom Harrell, o baixista Steve Gilmore e os pianistas Hal Galper e Bill Charlap. Foi indicado sete vezes ao prêmio Grammy, tendo recebido quatro premiações, ao longo da vitoriosa carreira. Atualmente, ele reside em Pocono Mountains, Pensilvânia.

Às vésperas de completar 80 anos, Woods continua a atuar intensamente e tem sido agraciado com diversas homenagens, como o título de Cavaleiro da Ordem das Artes e das Letras, dado pelo governo da França em 1989. Em 2007 recebeu o título de Jazz Master da National Endowment for the Arts e mereceu o título de Doutor Honorário, pela East Stroudsburg University (1994) e pela DePaul University (2009). Torcemos para que esta rotina permaneça inalterada por muitos e muitos anos!


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33 comentários:

John Lester disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
John Lester disse...

Prezado Mr. Cordeiro, apesar de tudo, ainda prefiro Phil tocando o bom e velho bop. Quanto à resenha, parece ter sido escrita por lobo em pele de cordeiro.

Grande abraço, JL.

Érico Cordeiro disse...

Master Lester,
Obrigado pela presença. Esse disco é maravilhoso. Engraçado é que acabo de assistir a um especial na TV Senado (milagres acontecem), em homenagem a Jay McShann (como toca o sujeito, é blues puro!!!), com uma big band espetacular, onde tocam, entre outros, Mel Lewis, Jimmy Woode, Al Grey, Clark Terry, Jimmy Heath, Sahib Shihab, Benny Carter, Terence Blanchard. Phil Woods está lá, com seu indefectível bonezinho, arrebentando!!!!

Aproveito para informar que estou "ilhado", sem internet há três longos dias. Postei a resenha e agora este comentário na casa dos meus pais, por isso perdoe se não tenho comparecido ao querido Jazzseen!

Abração!

Anônimo disse...

ÉRICO
Uauuuuuuuuuuuuuuu
Que blog chocante!
Estou boquiaberta aqui!
Nota 10!
Me sentindo previlegiada de te-lo como meu seguidor...Obrigado e Parabéns!
Aguardo por sua companhia e se possivel comentarios, pois nao quero perde-lo no meio do caminho...Assim poderei sempre voltar tambem!
Um grande beijo
de sua fã
T I N I N

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

(excluí o comentário acima, porque estava ser querer, com o login da minha mãe! rsrs)

Erico: Passei aqui para te deixar um beijo e dizer que mesmo estando em falta contigo, adoro ser sua amiga:))

Nossa, você entende muuuuuito de música, heim? Eu já te falei que amo música, sobretudo rock clássico :)

MARIO JORGE JACQUES disse...

Érico excelente postagem, Phil Woods é realmente um senhor músico de jazz, é claro que por sobrevivência escorrega em outros gêneros, mas é normal, natural e se o músico é bom só acrescenta. É uma prática muito antiga. Um dos primeiros trabalhos de Louis Armstrong na orquestra de Fletcher Henderson em 1924 era um arranjo para umas valsas escocesas que deviam tocar no Roseland para qualquer comemoração especial.
Tive a graça e o privilégio de poder assistir Phil Woods é simplesmente fantástico. Dizem as "escrituras" que além de ficar com a viúva de Parker também ficou com o saxofone, aliás em ótimas mãos por sinal.
Abraços
Mario Jorge

Érico Cordeiro disse...

Caros MaJor, Cynthia e Tinin,
a quem dou um seja bem-vinda todo especial - por favor, junte-se à nossa confraria e venha sempre, ok? O seu blog é muito bacana e prometo voltar lá muitas e muitas vezes! Obrigado pelas palavras tão gentis e, por favor, fique à vontade aqui no barzinho virtual!

Cynthia,

também tenho ido pouco ao Sargaços, mas prometo reparar esse pecado! E eu também adoro rock, embora ouça bem menos que antes - mas até hoje não passo sem o Led, Beatles e Stones (Pink Floyd, Dylan e Doors também). Valeu pelas palavras generosas - sua presença aqui é sempre uma honra!!!

Mestre MaJor,

Obrigado pela visita - o músico profissional passa por essas - no especial de falei antes (no comentário do Lester), o Phill Woods toca um trechinho e, sorrindo, diz: "é o que me garante o aluguel". Mas no caso do Billy Joel, sua música está a anos luz do pop rasteiro que se ouve hoje - acho que o Phil deve ter gostado da experiência (e ainda saiu com um dindin no bolso - rs, rs, rs).

Um fraterno abraço aos três e uma ótima semana!!!

MARIO JORGE JACQUES disse...

Érico a respeito de McShann você conhece um vídeo (o meu ainda é em VHS mas já passei para DVD) que se chama THE LAST OF BLUE DEVILS? onde Jay canta e toca piano?

Érico Cordeiro disse...

Caro MaJor,
Infelizmente, não conheço esse vídeo. O que assisti tinha arranjos do Ernie Wilkins e era muito bacana - passou ontem na TV Senado (tomara que repitam), com todas aquelas feras que falei anteriormente.
Muito bom!!!!

Paul Constantinides disse...

brother Érico
precisa dizer mais umas coisas sim.
o cara, Phill, é bão de+.
sintonia pura com a fluência transcedental do Jazz.
delicia musical.

ah! outra coisa pra se dizer: eta blog bão rapaz!

abs
paul

Érico Cordeiro disse...

Valeu, Mestre Paul!
Obrigado pela presença e pelas palavras carinhosas - você sabe que o Muza é passagem obrigatória!!!!
Grande abraço e keep swinging!!!

APÓSTOLO disse...

Prezado ÉRICO:
Inicialmente gostaria que pontuar que o DVD recomendado pelo nosso estimado MÁRIO JORGE/MAJOR ("THE LAST OF BLUE DEVILS") deve ser sorvido como malte de 25 anos = é pura beleza, com presenças estupendas (inclusive a de COUNT BASIE).
Quanto à resenha sobre PHIL WOODS, melhor impossível ! ! !
Mestre LULA, em uma de suas "Histórias" para o CJUB, narrou a epopéia para que PHIL WOODS pudesse tocar no festival "São Paulo/Montreux” de 1980 (estava hospedado no Hotel Eldorado e necesssitava de "chá", o que foi providenciado).
Quanto à discografia de PHIL WOODS, uma das mais vastas e de alta qualidade que conheço, sua primeira participação data do final de 1947 (com 16 anos em sua cidade natal, Springfield / Massachusetts, ao lado de Sal Salvador/guitarra, Joe Raich/vibrafone, Hal Serra/piano, Chuck Andrews/baixo e, sim senhor, Joe Morello/bateria).
Nessa gravação (CD da série "Bird's Eyes" volume 7) PHIL nos brinda com "Just You, Just Me", "I've Found A New Baby", "Robbin's Nest" (o clássico de Sir Charles Thompson e Illinois jacquet), "Nice Work If you Can Get It" e mais um "medley" que reune "Yesterdays", "Embraceable You" e "Lady Be Good".
Em 1954, conforme você bem indica, gravou para o selo "New Jazz" os LP's "Pot Pie" e "New Jazz Quintet", além de mais 01 LP para o selo Prestige ("Early Quintets").
A partir de então PHIL WOODS gravou em todos os anos seguintes até 2006 (isto é, por 53 ininterruptos anos, PHIL WOODS foi líder em LP's, CD's, VHS's e DVD's). Seguiu gravando e participando de outras gravações, com esparsos saltos de datas.
Foi e é o mais perfeito seguidor de CHARLIE PARKER, ainda que com sua sonoridade própria e absolutamente pessoal, técnica superior de digitação e de respiração, "feeling" que passa toda a sua emoção para o público e o distingue como "O" sax-alto.
Sua nobre e excelente resenha é mais que oportuna para que todos possamos desfrutar da arte maior desse músico superior.
Parabéns, mais uma vez, o que não pe novidade.
Enquanto isso, aguardamos sua vinda a SAMPA a partir do próximo dia 18 = caso queira, poderá assistir a alguns bons momentos de PHIL WOODS em DVD.

APÓSTOLO disse...

Estimado ÉRICO:

Corrigindo a penúltima frase:
"Parabéns, mais uma vez, o que não é novidade."

pituco disse...

érico san,

tamo na atividade...hehehe

tão ativo que não tenho tempo pra leitura como se deve absorver) de tua resenha...mas mr. phill é o 'bicho' mesmo...a gravina de just the way you are é antológica...sei o solo que ele faz de boca...hahahaha

abraçsons pacíficos e tsunâmicos

Arthur Golgo Lucas disse...

Érico, fui assaltado, perdi meu celular e com ele o teu número. Posta um "xxx-privado-xxx" e teu número lá no Pensar Não Dói. ;)

Érico Cordeiro disse...

Caros Apóstolo, Pituco e Arthur,
Sejam bem-vindos - o Mestre Apóstolo, como sempre, sempre atento e munido de uma quantidade astronômica de informações. Obrigado por dividir conosco o seu conhecimento e o seu grande amor pela "arte popular maior". Dia 18 estarei por aí e faço questão de encontrá-lo (certamente iremos à apresentação da TJB, na sexta).
Seu Pituco, que bom que a atividade está fervilhando, porque prá músico, quanto mais trabalho, mais dindin (já prá mim, quanto mais trabalho, mais aparece coisa prá fazer e o salário, ó!!!).
Arthur, te mando o número do celular, mas como só fiz o jardim de infância informático, pergunto: o que é xxx-privado-xxx e como é que se faz isso? Pô, cara, tomara que o assalto não tenha tido maiores conseqüências e que só tenham te levado o celular - que doideira!
Abração aos três!

Esther disse...

Caro Eric,

Espero Phil continua jogando por muito tempo. Ele é um gigante do jazz.

Eu apreciei seu texto, você é original e criativo.

Muitos cumprimentos

Érico Cordeiro disse...

Cara Esther,
Seja bem-vinda e muito obrigado pela presença. De fato, o Woods é um dos últimos gigantes do jazz, um músico extraordinário e como bem disse o amigo Apóstolo, com uma produção gigantesca e impecável.
Obrigado pelas palavras generosas e fico feliz que tenha gostado da resenha (apesar do tradutor não ser tão bom assim - rs, rs, rs).
Um fraterno abraço, diretamente do Brasil!!!!

José Domingos Raffaelli disse...

Érico e demais correligionários,

Phil Woods foi um dos ídolos do pranteado Victor Assis Brasil, que a ele dedicou a composição "Waltz for Phil".

Na entrevista coletiva de Phil Woods no Free Jazz Festival de 1985a jovem estagiária de uma revista, recém saída da faculdade, arriscou uma pergunta:

- "Qual é sua idade" ?

Phil: "54 anos"

Ela, no esplendor e na ingenuidade dos seus 20 anos, ficou tão horrorizada ao saber ele já era cincoentenário, gritou a plenos pulmões:

- O quê ? tudo isso ? Que horror, meu Deus! 54 anos !

O imperturbável Phil Woods, a quem traduziram as palavras da moça, retorquiu sorrindo:

- Não entre em pânico, eu me sinto como se tivesse somente 53!

As gargalhadas dos presentes duraram quase 5 minutos....

Keep swinging,
Raffaelli

Érico Cordeiro disse...

Mestre Raffaelli,
Seja bem vindo. E que ótima lembrança, o nosso saudoso Victor Assis Brasil, um músico extraordinário e que qualquer hora dessas pinta por aqui.
E que "mico" esse!!!! Imagine se a moça fosse entrevistá-lo agora, às vésperas dos 80 e ainda mandando muito bem!!!
A resposta dele é tão espirituosa quanto a do Zoot Sims, quando lhe perguntaram como ele conseguia tocar bêbado: "É fácil: eu pratico bêbado".
Grande abraço!

MARIO JORGE JACQUES disse...

ÉRICO sinta-se então possuidor de tal vídeo, simplesmente fantástico, trata-se de uma reunião em uma Associação de músicos de Kansas City em 1979, onde temos vários veteranos, além de MacShann ao piano e bluesando, COUNT BASIE/ JOE TURNER / JIMMY FORREST / ERNIE WILLIAMS / BUSTER SMITH / BUDD JOHNSON / HERMAN WALDER / JAY MCSHANN / CURTIS FOSTER / JO JONES / PAUL QUINICHETTE / EDDIE DURHAM E OUTROS...
Mande seu endereço para meu email, ok?

Érico Cordeiro disse...

Caro MaJor,
Obrigado pela gentileza!
Te mando um e-mail daqui a pouco, ok?
Um fraterno abraço!

Ramilcio disse...

Érico parabéns pelo seu blog de altissímo bom gosto. Estou retribuindo a sua visita ao meu blog deltadoblues.blogspot.com, espero que quando o meu blog crescer seja que nem o seu. Gosto muito de Jazz é sempre muito bom ouvir Phil Woods ele genial e transcede a barreira do pop.
Grande Abraço

Érico Cordeiro disse...

Caro Ramilcio,
Seja muito bem vindo e junte-se à nossa confraria, afinal o jazz é o filho mais velho do blues!
E já que o assunto é blues, já tô de malas prontas para o show do bom e velho B. B. King em Sampa, no dia 20 - de repente rola até um chopp, não é mesmo?
Abração!

Ramilcio disse...

Gostaria muito de compartilhar esse chopp com você, mas, não vai ser possível. Aproveite bastante o show!
Grande abraço

Sergio disse...

Jay McShann é? Bom saber.

Esse disco eu conheço e gosto muito.

Ouvindo embasbacado – depois de baixar inspirado na postagem - aliás, ouvindo quinem upaneguinho começando a andar: Phil Woods (Astor & Elis) 1996. Poizé, num mesmo disco duas homenagens a repertórios, a não ser pela latinidade, quase díspares, Astor Piazzolla e Elis Regina. Quando disse começando a andar, estava no fim da primeira faixa, a parte do Astor (Adios Nonino e Com Alma) pareceu-me melhor q 2 pra lá 2 pra cá da Elis – a 3ª faixa. Mas chega de irradiar o disco. Só pelo “tema”, vale uma conferida.

Abraços! Ah!, seu san, se ainda estiver naqueles dias (quis dizer sem internet), entre numa lan house q sirva cerva e socializa, pacero!

Sergio disse...

E, quase depois de ouvir... ainda na faixa 10 Obvilon:
O álbum Astor & Elis é essencial, seu san!

Érico Cordeiro disse...

Caros Ramilcio e Sérgio, sejam muito bem vindos.
Então o chopp fica marcado prá outra oportunidade, ok?
Quanto à internet, o moden foi trocado (tinha outro aqui em casa) e já tô on-line. Falta arrumar o roteador - o técnico levou prá testar e se tiver problema amanhã eu troco. Tô no computador do Gabriel!
Não conheço esse disco Astor & Elis, mano, mas se vem com o selo sônico de qualidade, já tá na listinha!
Abração!

Celijon Ramos disse...

Comentar por último perde graça. Já se disse tudo. Valeu por contar a história do solo de sax na gravação Billy Joel em Just The Way You Are.
Não se pode falar muita coisa sobre Phil Woods, a não ser agredecer e apreciar com ouvidos bem abertos a qualidade sonora, profusa que ele este maravilhoso músico nos propicia ao tocar seu saxofone.

Érico Cordeiro disse...

Compadre,
Eu já tô quase tocando como ele!
Falta um tantinho assim!!!
Abração - só sua presença e comentário são bastantes para alegrar o meu dia, após termos perdido o nosso "Rapaz de bem"!

Mariana Tannous Dias Batista disse...

Adoro sua maneira de escrever sobre música... bastante informação e muito irreverente.
Parabéns pelo blog, muito belo!

OBS: Vi que você é meu seguidor em meu blog, gostaria de algum e-mail para podermos manter contato. (marianatannouss@yahoo.com.br)

Abraço, Mariana Tannous Dias Batista

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