Amigos do jazz + bossa

domingo, 13 de setembro de 2009

DEX & DIZZY? NÃO: TEDDY & MAGGIE


Theodore Marcus Edwards nasceu no dia 26 de abril de 1924, na cidade de Jackson, Mississipi. O apelido Teddy veio na infância, assim como o aprendizado musical. Seu primeiro instrumento foi o sax alto, passando em seguida para a clarineta, até finalmente se fixar no sax-tenor. Aos catorze anos, já elaborava as primeiras composições. Profissionalizou-se no início dos anos 40 e chegou a tentar a sorte em Detroit, cuja cena musical era bem mais efeverscente que a da sua cidade natal, mas foi obrigado a retornar por conta de problemas familiares.

Novamente no Mississipi, integrou-se à orquestra de Ernie Fields e com ela excursionou pelo país, até chegar a Los Angeles, em 1944. Adotou a Cidade dos Anjos como lar e, em pouquíssimo tempo, iria se consagrar como um dos mais inovadores e habilidosos saxofonistas do West Coast e do bebop, chegando a influenciar ninguém menos que Jimmy Heath e John Coltrane, que costumavam passar horas estudando seus solos.

Antes disso, todavia, o garoto de apenas 20 anos gostava de assistir, embevecido, às apresentações das grandes orquestras de R&B, especialmente a Roy Milton And His Solid Senders e a Louis Jordan And His Timpany. Roy Milton, aliás, foi o seu primeiro empregador na Costa Oeste e sobre o afável patrão, disse Edwards: “Roy era um sujeito muito jovial. Com ele, a vida era um grande dia feliz. Eu me diverti muito naquela orquestra”. Mas tocar R&B, por mais divertido que fosse, não satisfazia as aspirações artísticas de Edwards, que em 1945 foi convidado para substituir ninguém menos que Coleman Hawkins na banda de Howard McGhee.

Nascido em Tulsa, Oklahoma, no dia 06 de março de 1918 e criado em Detroit, Mcghee era um músico experiente, que já havia tocado com Lionel Hampton, Slim Gaillard, Andy Kirk, Count Basie, George Auld, Charlie Barnet e Thelonious Monk. Integrou, juntamente com Dizzy Gillespie e Fats Navarro, a primeira geração de trompetistas do bebop e era conhecido por causa do vigor e da velocidade que imprimia a seu sopro, sem jamais perder o elevado sentido melódico. Suas gravações para a Blue Note, ao lado de Navarro, no final dos anos 40, são consideradas das mais relevantes para a história do bebop e o grande Clifford Brown foi um de seus confessos herdeiros musicais.

A parceria entre McGhee e Edwards perdurou por cerca de dois anos e incluiu concertos e gravações com grandes nomes do jazz, como Sonny Criss, Hampton Hawes, Roy Porter e Charlie Parker, com quem Edwards costumava a disputar longas partidas de xadrez. Nessa época, Edwards começa a ganhar notoriedade graças às célebres batalhas travadas com os excepcionais Dexter Gordon e Wardell Gray nos clubes da área de Los Angeles.

Outro fato curioso envolvendo Parker e Edwards: em 1946, Bird deveria se apresentar em um concerto do Jazz At The Philharmonic. Auditório lotado, público impaciente e nem sinal de Parker. Algumas pessoas já começavam a pedir seu dinheiro de volta quando Edwards, que também integrava a trupe, disse ao produtor Norman Granz que sabia onde Bird estava. Foi buscá-lo às pressas e o concerto transcorreu normalmente. O agradecido Granz jamais esqueceu o favor e em 1998, mais de 50 anos depois, mandou a Edwards uma carta de agradecimento. Dentro, um cheque de 10 mil dólares.

Em 1947, foi McGhee quem se engajou na caravana Jazz At The Philarmonic e partiu para outras paragens geográficas e musicais. O ex-parceiro permaneceu em Los Angeles, tocando com músicos locais, como Vince Guaraldi, Leroy Vinnegar, Ray Brown e Joe Castro. Também tocou com Max Roach e Clifford Brown, Gerald Wilson, Benny Carter, Dizzy Gillespie, Benny Goodman, Milt Jackson, Earl Hines e Jimmy Smith, mas jamais obteve o mesmo reconhecimento que o contemporâneo Dexter Gordon. Diga-se, ainda, que o fim da parceria não significou o fim da amizade, tanto é que Edwards compôs “Maggie’s Back In Town”, em homenagem ao trompetista.

McGhee sentia com bastante intensidade a força do racismo na Costa Oeste, sobretudo por ser casado com uma mulher branca, fato que contribuiu decisivamente para aceitar o convite de Norman Granz. Nos anos 50, problemas com drogas praticamente paralisaram a sua carreira e o obrigaram à inatividade forçada, embora tenha feito gravações esporádicas com J. J. Johnson, Pepper Adams, Duke Jordan, Tommy Flanagan, Sahib Shihab, Ron Carter, Percy Heath e Kenny Drew.

Nos anos 60, já recuperado, Maggie, como era conhecido entre os amigos, voltou aos palcos e estúdios com o apetite de um leão. Lançou, em 1960, uma elogiada versão do score da peça “The Connection”, pela Felsted Records, ao lado do pianista Freddie Redd (autor da trilha sonora e que, por motivos contratuais, usou o pseudônimo de I Ching nas gravações), Tina Brooks, Milt Hinton e Ossie Johnson. Gravou regularmente para selos como Argo, Fantasy, Contemporary, Bethlehem e Storyville.

Formou interessantes parcerias com Charlie Rouse e James Moody, tocou com Duke Ellington, Johnny Hodges e Barry Harris e liderou algumas big bands em Nova Iorque, durante os anos 60. Além disso, dedicou-se intensamente ao ensino de música em diversas escolas da cidade. Um dos pontos altos da discografia de McGhee – e de Edwards também – foi o disco que celebrou o retorno da parceria, catorze anos depois de haver sido desfeita.

O álbum se intitula, apropriadamente, “Together Again!!!!” e os quatro pontos de exclamações grafados após o título são plenamente justificados. As gravações transcorreram nos dias 15 e 17 de maio de 1961, nos estúdios da Contemporary em Los Angeles, sob a produção do big boss Lester Koenig. Acompanhando os líderes, os espetaculares Phineas Newborn Jr. ao piano, Ray Brown no baixo e Ed Thigpen, cujo pai havia sido companheiro de McGhee na orquestra de Andy Kirk nos anos 40, na bateria.

A faixa que abre e dá nome ao disco é uma composição de Edwards, escrita especialmente para o reencontro. Trata-se de um blues anabolizado, altamente influenciado pelo hard-bop, com direito a um trabalho soberbo de Brown. O diálogo dos líderes é sempre muito estimulante e os solos de McGhee transitam entre a dolência do blues e a incandescência do bebop.

O standard “You Stepped Out Of A Dream” vem inebriado de odores latinos – cortesia da percussão malemolente de Thigpen. McGhee usa a surdina com muita altivez e imprime ao seu fraseado um pequeno acento oriental, dando um sabor ainda mais exótico a esse cardápio delicioso. Edwards executa alguns dos mais belos e complexos solos do álbum e Brown, como sempre, funciona como uma pista de pouso segura e bem iluminada. Por mais altos que sejam os vôos de seus companheiros, eles sabem que não haverá problemas na aterrissagem.

Pequena gema concebida por Brow, “Up There” é um bebop nervoso, que funciona como o veículo perfeito para as maravilhosas pirotecnias de Edwards. “Perhaps” é uma composição de Charlie Parker não muito conhecida e ganha uma versão à altura da genialidade do seu criador. Além dos fantásticos solos Edwards e McGhee, o destaque fica por conta das improváveis harmonias inventadas por Newborn, que mostra porque merece figurar entre os maiores pianistas de todos os tempos – e um dos poucos dos anos 50 e 60 que não provém diretamente de Bud Powell.

A eterna Misty, de Erroll Garner, recebe tratamento cinco estrelas. Lindíssima versão, desde a fabulosa introdução, a cargo de Edwards, até o derradeiro acorde. Encerrando o set, uma composição do trompetista, o fulgurante bebop “Sandy”. São quase dez minutos de virtuosismo, criatividade e total domínio técnico por parte de todos os integrantes do combo, que têm amplo espaço para exibir as suas habilidades, embora os solos de McGhee, por sua plasticidade, sejam dignos de atenção redobrada por parte do ouvinte. Um disco espetacular, merecedor de quatro estrelas por parte do rigoroso Penguin Guide.

McGhee e Edwards cultivaram a sólida amizade ainda por muitos anos. O primeiro manteve-se em atividade regular até o final dos anos 70, embora tenha lançado poucos álbuns como líder nesse período – seu último álbum foi “Wise In Time”, de 1979, pelo selo Storyville. A década de 80 foi pouco produtiva para o trompetista. Ele morreu no dia 17 de julho de 1987, em Nova Iorque, aos 69 anos.

O segundo atravessou as décadas de 60 a 90 trabalhando como músico de estúdio e lançando seus discos por selos como Pacific, Contemporary, Prestige, Xanadu, Muse e SteepleChase. Tocou com os tenoristas Houston Person e Dick Morrissey, com os pianistas Ronnie Mathews e Richard Wyands e acompanhou o cantor Tom Wayts. Viajou pelo mundo inteiro, fazendo shows em países como Inglaterra, Holanda, Suíça e Alemanha. Em 2000 e 2001 lançou os elogiados “Ladies Man” e “Smooth Sailing”, ambos pelo selo High Note. Faleceu no dia 20 de abril de 2003, às vésperas de completar 79 anos.

20 comentários:

APÓSTOLO disse...

Prezado ÉRICO:

Magnífica resenha para um grupo excepcional. Não conhecia a gravação e fiquei encantado.
Ao piano um dos meus "de cabeceira", o mágico Phineas Newborn Jr.
Mais uma vez e como é hábito 05 estrelas ! ! !

Érico Cordeiro disse...

Mestre Apóstolo,
Seja bem-vindo. Comprei esse disco por acaso, mais por causa do Howard McGhee, de quem tenho o também ótimo Maggie's Back In Town (com Phineas Newborn, de quem gosto muito também).
Fiquei surpreso e encantado - ouvi direto por mais de um mês - e é daqueles discos de cabeceira. Sabe quando você escolhe, escolhe e não consegue decidir o que ouvir e aí acaba ouvindo aqueles discos "de segurança"?
Pois é, esse é um dos meus. Sempre ouço e cada vez que o faço ele soa melhor.
Um fraterno abraço!!!!

figbatera disse...

Muito bom, Érico, mais uma verdadeira aula.
Rica resenha, músicos maravilhosos e música da melhor qualidade.
O que mais querer?

Érico Cordeiro disse...

Valeu, Mr. Fig.
Obrigado pela presença e pelas palavras gentis.
"Vou estar anteciPando" o disco, ok?
Abração!!!!

pituco disse...

grande érico,
parafraseando miles davis...'todas as palavras já foram ditas'...nos comentários aí de cima.

sonzaço
abraçsons pacíficos

Sergio disse...

Vou estar anteciPando é ó-timo!

Amigão, ainda não li. Estou pasmo aqui com uma última descoberta: Uri Caine plays Mahler (Urlicht - Primal Light) 1997 - in jazz, craro. Conhecias? Vai de interpretações jazzyeruditas ao tradicional e o mais complexo, moderníssimo Jazz-rock-soul-rap-eletrônico...

Mal comparando com comida, seria a salada mais colorida que já provei.

Será que gostarias? Não sei. Mas irá no pacote.

Érico Cordeiro disse...

Valeu Pituco e Sérgio,
Não conheço, mas vou ficar no aguardo!
Abração!

Valéria Martins disse...

Oi, Erico! Obrigada pela mensagem.

Estou lendo um livro interessante para quem gosta de música: Black Music, do Arthur Dapieve. É a história da amizade/interação entre um menino rico, que gosta de jazz, e jovens bandidos da favela, que gostam de funk. Tem citações sobre jazz e uma parte da história é escrita em versos de funk.

Quando for a uma livraria, dá uma olhada. Beijos,

Érico Cordeiro disse...

Cara Valéria,
prazer recebê-la no JAZZ + BOSSA.
Valeu a sugestão (do Dapieve já li o BRock, que conta a história do rock nacional). Vou dar uma conferida quando encontrar por aqui.
Abraços fraternos!

Sergio disse...

Dapieve é bacana. E já ouvi falar super bem desse livro.

Érico Cordeiro disse...

Valeu, Sonic-boy.
Pô, não deixou nem a postagem do amigo Lester "esfriar"?
Isso é que é gatilho rápido.
Abração!!!!

Andre Tandeta disse...

Erico,
uma pergunta meio chata: McGhee parece com Miles Davis,ou MD parece com McGhee? Ouvindo um apos o outro a duvida só aumenta. Pela biografia de MD seria McGhee uma influencia assumida mas ouvindo essa gravação pra mim parece que o Mestre se inspira no discipulo.
Ha um disco ao vivo do Teddy Edwards com Milt Jackson que é muito bom e eu gostaria de encontrar. Se voce tiver e puder mandar agradeço muitissimo.
voce recebeu um disco do Phineas Newborn que te mandei via Pando? E o que achou do Red Clay,reouvido agora?
Abraço

Érico Cordeiro disse...

Mestre Tandeta,
Prazer em lê-lo.
Em primeirro lugar, agradeço pelo Red Clay. De fato, é um ótimo disco, diferente dos álbuns da Blue Note, mas, de fato, muito bom.
E o Hubbard está inspiradíssimo. Certamente vou querer tê-lo em minha estante!!!
Quanto ao McGhee, talvez a semelhança seja pelo uso da surdina - não sei. Mas o sujeito tocava muito (tenho outro álbum dele que é fantástico, Maggie's Back In Town).
O Newborn também é fantástico - aliás, não conheço um disco dele que não seja de muito bom prá cima!!! Valeu (te mandei um e-mail).
Quanto ao disco do Teddy Edwards com Milt Jackson confesso minha ignorância. Mas em breve o nosso amigo Sonic-boy haverá de descolá-lo.
Abração!!!!!!

José Domingos Raffaelli disse...

Caro Tandeta,

Sua observação sobre a eventual similaridade entre McGhee e Miles é pertinente.
Explico: tenho gravações de McGhee de 1946 (num CD do excepcional pianista Dodo Marmarosa) e de Miles (com Parker - "Ornitology", de 1947) em que é notável a semelhança do fraseado e da sonoridade entre ambos.
Como uso um computador do escritório do meu filho Flavio e, obviamente, os CDs estão em casa, não posso dar a dica completa do item do Marmarosa, porém logo mais anoto os dados e amanhã os envio para seu conhecimento.
Grande amplexo e keep swinging,
Raffaelli

Érico Cordeiro disse...

Mestre Raffaelli,
Prazer imenso em tê-lo a bordo.
Como sempre, ótimas dicas e grandes descobertas para nós, felizardos aprendizes.
Como disse antes, acho que o uso da surdina aproxima muito a sonoridade de um trompetista a outro.
Mas tanto McGhee quanto Miles estavam ali, presenciaram o nascimento do bebop, foram da primeira leva - talvez isso também tenha uma certa influência, já que na época todo mundo estava tateando no escuro, descobrindo novas possibilidades - não sei se estou falando bobagem.
Um fraterno abraço, Mestre!

José Domingos Raffaelli disse...

Caro Érico,

Você não escreve bobagens, essas ficam por minha conta. Os discos a que me referi de McGhee (com Marmarosa) e Miles (com Bird) foram gravados em Los Angeles, quando ambos andavam por lá, portanto era natural que um tivesse ouvido o outro e ambos assimilaram alguns maneirismos de Dizzy Gillespie. É curioso ouvir Miles tocar algumas frases intrincadas à la Dizzy (mas sem a mesma facilidade inacreditável de Mr. John Birks).
Keep swinging,
Raffaelli

José Domingos Raffaelli disse...

Érico e Tandeta,

O título do CD do Dodo Marmorosa a que me referi é:

Dodo Marmarosa - The Dial Sessions (1946-1947)
São faixas de piano-solo, trio, sexteto e hepteto.

1. Deep Purple Dodo Marmarosa 2:18
2. Tea For Two Dodo Marmarosa 1:35
3. Bird Lore (with Charlie Parker Septet) Dodo Marmarosa 3:04
4. Dialated Pupils (Take 1) Dodo Marmarosa, Howard McGhee, Teddy Edwards,etc, 2:33
5. Dialated Pupils (Take 2) Dodo Marmarosa 2:57
6. Midnight At Minton's Dodo Marmarosa 3:01
7. Up In Dodo's Room (Take 1) Dodo Marmarosa 3:11
8. Up In Dodo's Room (Take 2) Dodo Marmarosa 3:16
9. High Wind In Hollywood Dodo Marmarosa 2:41
10. Tone Paintings I Dodo Marmarosa 3:02
11. Tone Paintings II Dodo Marmarosa 2:49
12. Bopmatism (Take 1) Dodo Marmarosa Trio 3:11
13. Bopmatism (Take 2) Dodo Marmarosa Trio 2:59
14. Dodo's Dance (Take 1) Dodo Marmarosa Trio 3:07
15. Dodo's Dance Trio (Take 2) Dodo Marmarosa 3:10
16. Trade Winds (Take 1) Dodo Marmarosa Trio 3:10
17. Trade Winds (Take 2) Dodo Marmarosa Trio 3:11
18. Dary Departs (Take 1) Dodo Marmarosa Trio 2:47
19. Dary Departs (Take 2) Dodo Marmarosa Trio 2:46
20. Dary Departs (Take 3) Dodo Marmarosa 2:38
21. Cosmo Street (Take 1) Dodo Marmarosa Trio 3:29
22. Cosmo Street (Take 2) Dodo Marmarosa Trio 2:54

Em DARY DEPARTS (faixas 18/19/20) ouviu-se pela primeira vez uma gravação de cello no jazz tocado pelo baixista Harry Babasin.

Keep swinging,
Raffaelli
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Érico Cordeiro disse...

Mestre Raffaelli,
Como sempre, lançando luzes acerca da maravilhosa história do jazz.
Ver Miles tocando com a volúpia de Dizzy é um fato raro e que merece audição detida (quero ver o que a galera anti-Miles vai dizer - rs, rs, rs).
Infelizmente não tenho nada do Marmarosa como líder (tenho dois do George Wallington e um do Al Haig - outros feras da época).
Mas vou dar uma procurada!
Abração!

José Domingos Raffaelli disse...

Érico,

Curiosamente, há uma coincidência relacionada com os nomes de alguns pianistas de jazz moderno revelados nos anos 40.

Refiro-me a Dodo Marmarosa, George Wallington, Joe Albany e Gene DiNovi. Os quatro eram descendentes de italianos, sendo que George Wallington nasceu na Itália.

Seus nomes de batismo: Michelle Marmarosa, Georgio Figlia (Wallington), Giuseppe Albanese e Eugenio Salvatore DiNovi.

Dodo, Albany e DiNovi gravaram com Lester Young para o selo Aladdin em torno de 45/46, sendo que Dodo também gravou com Parker e Howard McGhee para a Dial.

A formação do primeiro quinteto bebop da história liderado pela dupla Dizzy Gillespie-Oscar Pettiford contou com Lester Young, George Wallington e Max Roach. Há uma foto raríssima do grupo no livro "Inside Bebop", de Leonard Feather, posteriormente reeditado com o título "Inside Jazz".

Desses, o único sobrevivente é Gene DiNovi, que vive há muitos anos no Canadá.

Caso não esteja enganado, Hank Jones, Billy Taylor e Gene DiNovi
são os únicos remanescentes dos pianistas revelados nos anos 40.

Keep swinging,
Raffaelli

P.S, Na minha homepage há uma foto em que bato papo com Billy Taylor.

José Domingos Raffaelli disse...

Tandeta,

O CD duplo The Complete RCA Victor Recordings, de Dizzy Gillespie, na faixa "Overtime", com os Metronome All Stars, há uma memorável, longa e excitante batalha entre Dizzy, Fats Navarro e Miles Davis na qual este última ataca utilizando uma série de solos à la Dizzy Gillespie. Vale a pena conferir.
Nota: há duas versões de "Overtime"; a que me refiro é a de maior duração.

Enjoy e keep swinging,
Raffaelli

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