Quanto tempo um homem é capaz de esperar,
Até que descubra que mudança alguma irá acontecer?
Até que perceba que as estrelas morrem a cada manhã?
Até que renuncie às noites intermináveis de suor e medo?
Quanto tempo um homem é capaz de clamar
Diante dos altares mudos e impiedosos?
Os sulcos no seu rosto são tudo o que lhe restou
A face urdida pelo arado do tempo
Esculpida pela foice amarga da desilusão
É o resultado de uma semeadura regada com lágrimas
O gesto suave da admiração, o refúgio do amor casto e seguro,
Não passam de recordações lamentosas e vadias
Os anjos, aqueles reverentes hóspedes celestes,
Se esqueceram de cobrar o tributo terreno
E as preces, eclipsadas pelo pó, de nada valeram
O suspiro do vento espalha ao longe as misérias daquele
homem
Seus pensamentos são confusos e desobedientes
Os campos não dão frutos, apenas rama exaltada indigna
Acabaram-se os passeios pela cidade
Ela feneceu e também as suas amabilidades,
Abandonada à própria sorte,
A cidade é como a mulher que traz no ventre
Um inquilino indesejado e sórdido
O que ontem era o abrigo da virtude e da harmonia,
A cartografia acolhedora de toda a sorte de afetividades,
É hoje um antro negro de morte e devassidão
Os trabalhadores desapareceram,
Assim como o estalajadeiro, o médico e o tabelião
O boticário, as lavadeiras e o bedel
Sumiram as carpideiras e não há ninguém para chorar pelos
mortos
Pedintes e prostitutas caminham a esmo pelas ruas silenciosas
Maldizem a sorte, mas não têm força para fugir dali
Os monarcas coroados abdicaram ao trono
E, como espectros insidiosos, desvaneceram na bruma
Os templos faustosos de outrora prostraram-se
À sombra da hera maligna e dos espinhos taciturnos
A terra infértil se opõe ao plantio
E o campo verde transformou-se em um alagadiço pútrido
Os grãos dourados esturricaram e viraram fuligem
O capim verdejante é uma guirlanda de urtigas
Adeus esplendor, adeus colheitas, adeus humano chão
O vento anárquico chicoteia a pele
A luz febril faz as cores desmaiarem em cinza
É um novo Sol que surge a cada manhã,
Um Sol que não aquece, mas queima
Um Sol que não ilumina, mas ofusca
O homem perdeu a si mesmo e também a sua fé
A esperança é uma falácia rústica e desabrigada
Uma mentira ignóbil, contada sem esmero ou convicção
Acabou-se o labor glorioso e digno, a faina angelical
diária
Os tempos sombrios caminham com imperturbável zelo,
Não se ouvem os cânticos dos homens e seus sotaques virtuosos
Ah! Morte benfazeja e terna! Mãe gentil e atenciosa,
Que não se verga à opulência dos brasões ou das linhagens
Dá àquele homem o sono agradável do esquecimento,
Confirma-lhe os presságios da brevidade elementar
Concede-lhe o mais precioso dos tesouros,
Que vale mais que o diamante reluzente, que a opala e o
rubi
Pacifica o coração de teu filho,
Preenche-lhe aquela região vazia
Sê para ele o canto do pássaro, o êxtase amoroso e
tranqüilo
Sê para ele o vôo coordenado e ordeiro,
Transporta-o até o espaço brilhante
Leva embora o apego confuso e improdutivo
Nada pode ser mais exasperador para escravo
Do que ter os olhos livres para ver o que jamais
desfrutará
Eu vi a montanha sonolenta se vergar
E descobri que não há liberdade sem rendição
Eu senti o hálito de Tanatos e rezei em seu louvor
Frustrei-me em meu propósito, mas percorri todos os ciclos,
Ah! Morte benfazeja e terna! Mãe gentil e atenciosa,
Que não se verga à opulência dos brasões ou das linhagens
Dá àquele homem o sono agradável do esquecimento,
Confirma-lhe os presságios da brevidade elementar
Concede-lhe o mais precioso dos tesouros,
Que vale mais que o diamante reluzente, que a opala ou o
rubi
Outorga àquele homem de rosto amarfanhado,
Que há milênios não passa do eu de um hoje perpétuo,
A pausa eterna e indeclinável,
A interrupção simétrica do ultraje,
O repouso digno e reparador,
A quem não mais suporta
O desconsolo impávido de uma alma baldia.
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Charles
Lawrence Persip tem uma extensa folha de ótimos serviços prestados ao jazz e
participou de incontáveis gravações, ao lado de alguns dos maiores nomes do
estilo, como Sonny Stitt, Lee Morgan, Dinah Washington, Melba Liston, Sonny
Rollins, Kenny Dorham, Archie Shepp, Zoot Sims, Harry “Sweets” Edison, Phil
Woods, Red Garland, Mal Waldron, George Russell, Gil Evans, Randy Weston, Don
Ellis, Cannonball Adderly, Benny Golson, Oliver Nelson, Eric Dolphy, Irene
Krall, Roland Kirk, Gene Ammons, Curtis Fuller, Clarck Terry e muitos outros.
No entanto, jamais obteve um reconhecimento, por parte de
crítica e público, proporcional a seu talento. Baterista de grandes recursos
técnicos e dono de uma pegada vibrante, ele nasceu no dia 26 de julho de 1929,
em Morristown, mas foi criado em Newark, ambas no estado de Nova Jérsei. Desde muito
cedo ele demonstrou enorme aptidão musical e consta que aos três anos já dava
os primeiros passos na bateria, sempre apoiado pelos pais, Francis Persip e
Doris Mary.
Quando ingressou na West Side High School, em Newark, tudo
o que o garoto queria era fazer parte do time de futebol americano. Mas a
música acabou falando mais alto e ele participaria de diversas bandas e
orquestras colegiais, até a conclusão do ensino médio. Recebeu aulas
particulares de um dos mais renomados bateristas da região, chamado Al
Germansky, e durante cerca de dois anos Charlie freqüentou a Hartt School of
Music, em Nova Jérsei.
Todavia, ele foi obrigado a abandonar os estudos para se
dedicar à carreira profissional, em 1951. Seus primeiros empregos foram em
bandas locais de R&B e naquela época seu maior ídolo era Shadow Wilson. Durante
uma jam com Dizzy Gillespie, Persip conheceu o grande Kenny Clarke, considerado
um dos pais da bateria do bebop, que também estava presente naquela sessão.
Clarke se afeiçoou ao garoto e se tornou uma espécie de mentor
do jovem baterista, apresentando-o à nata dos músicos de Nova Iorque e
dando-lhe preciosos conselhos, tanto do ponto de vista técnico como no que diz
respeito à condução de sua carreira. Naquela época, Persip despontava como uma
das grandes promessas da bateria e foi depurando o seu estilo em gigs com
monstros como Walter Davis Jr., Hank Mobley, James Moody, Benny Green, Sahib
Shihab, J. J. Johnson e Charlie Parker.
Em 1953, Charlie ingressou na banda de Tadd Dameron,
deixando-a no final daquele ano para tocar com Dizzy Gillespie. O baterista foi
um dos mais assíduos colaboradores de Dizzy naquele período, trabalhando tanto
na big band quanto nos vários pequenos grupos liderados pelo trompetista. A
parceria durou até 1958, quando Persip assumiu o posto no quinteto de Harry “Sweets”
Edison. Ao mesmo tempo Persip se tornava um dos mais requisitados músicos de
estúdio de Nova Iorque, razão pela qual foi obrigado, novamente, a interromper
os estudos musicais formais, desta feita na Juilliard School of Music.
Após uma rápida passagem pelas bandas de Bill Potts, com
quem gravou o elogiado “The Jazz Soul of Porgy and Bess” (United Artists,
1959), e de Jerome Richardson, que na época era uma das atrações fixas do
Birdland, o passo seguinte foi trabalhar na orquestra de Harry James, onde
aportou por indicação de Buddy Rich. Tratava-se de uma das poucas big bands
remanescentes da Era do Swing que ainda se mantinha em atividade regular.
O ano era 1959 e Charlie foi obrigado a se mudar para Las
Vegas, onde James era uma das mais disputadas atrações nos cassinos, hotéis e
casas noturnas da cidade. Apesar da ótima remuneração, Persip não se sentia à
vontade ali, tocando um repertório que muito pouco tinha a ver com as suas
concepções musicais. Ele recorda o que sentiu durante aquele período: “Eu
estava ganhando um bom dinheiro, mas do ponto de vista artístico percebia que
aquele trabalho não me acrescentava muita coisa”.
O baterista então pediu dispensa da banda e retornou a
Nova Iorque, no final daquele ano. Desta feita, com o firme propósito de montar
o seu próprio grupo. Para isso, arregimentou alguns jovens músicos que
despontavam no cenário novaiorquino: o trompetista Freddie Hubbard, o pianista
Ronnie Matthews, o saxofonista tenor Roland Alexander e o contrabaixista Ron
Carter. Deu à banda o nome de “The Jazz Statesmen” e com essa formação gravou
seu primeiro álbum como líder.
Trata-se do excelente “Charlie Persip and The Jazz
Statesmen”, gravado para o selo Bethlehem no dia 02 de abril de 1960. Por causa
de compromissos profissionais assumidos anteriormente, Hubbard teve que se
ausentar do estúdio e não pôde participar de todas as cinco faixas do álbum,
sendo substituído em uma delas pelo também jovem e talentoso Marcus Belgrave.
A abertura fica a cargo de “Sevens”, tema musculoso, de
autoria de Alexander, que entabula diálogos ensandecidos com Hubbard. A
cumplicidade nas trocas de compassos, os improvisos furiosos, a volatilidade
que emana dos solos, o domínio técnico exemplar, tudo se soma para dar à
execução aquela espécie de brilho que somente acontece em combos extremamente
entrosados. Ressalte-se, por fim, as vigorosas intervenções do líder, dono de
uma levada realmente irresistível.
No único standard do disco, “The Song Is You”, de Jerome
Kern e Oscar Hammerstein II, o quinteto apresenta um arranjo em tempo ultra rápido.
Com uma base perfeita, proporcionada por Carter e Matthews, os outros três
podem se dedicar com maior ênfase aos solos e às improvisações, sempre
arrebatadoras. Influenciado por John Coltrane e Sonny Rollins, Alexander possui
um estilo robusto e agressivo, preferindo transitar pelos registros mais graves
do seu instrumento. Persip se empolga e se a sua performance tiver que ser
descrita em um único adjetivo, este seria: vulcânica.
O blues “Right Down Front” é uma composição de Sarah
Cassey e aqui o trompete fica por conta de Belgrave, que não se mostra nem um
pouco intimidado, e a permuta não traz qualquer prejuízo à coesão do grupo. A
ênfase com que Carter vibra as cordas do contrabaixo dá um toque de crueza e
profundidade à execução. O líder
constrói uma ancoragem rítmica pulsante, avassaladora, em franco contraste com
a abordagem de Matthews, cujo piano impõe um verniz de refinamento e
sofisticação ao tema.
Com Hubbard de volta ao posto, é a vez de “Soul March”,
mais uma contribuição do versátil Alexander. O andamento marcial, a sonoridade
opulenta e o indisfarçável apelo ao blues em algumas passagens fazem desta uma
das mais empolgantes faixas do álbum. O maior destaque individual talvez seja
Persip, que exibe uma profusão de recursos rítmicos, uma energia aparentemente
inesgotável e uma voracidade impressionante.
Para fechar o disco, o tema escolhido foi “The Champ (A
Suite in Six Movements)”, de autoria do ex-patrão de Persip, Dizzy Gillespie.
Trata-se, como o próprio título sugere, de uma longa suíte de quase dez
minutos, que percorre diversas vertentes do jazz, incluindo o bebop, o hard bop
e o soul jazz, com passagens significativas pelo blues. A atmosfera e os
andamentos variam, indo do explosivo ao sombrio, do refinado ao primitivo, com
amplo destaque para a percussão endiabrada, por vezes quase tribal, de Persip.
Um álbum que dignifica qualquer discoteca de jazz e que serve como amostra do
talento de alguns jovens que, em pouco tempo ajudariam a renovar a linguagem
jazzística com sua ousadia e competência.
Ainda em 1960, Persip foi contratado por Billy Eckstine e
acabou se tornando, além de baterista, diretor musical da banda do cantor, que
somente se encerraria em 1973. Ao longo da década de 70, iniciou e desenvolveu
um prolífico trabalho como educador musical, dando aulas em instituições de
Nova Iorque, como o Jazzmobile Inc. e a New School for Jazz and Contemporary
Music (onde trabalha até hoje, na qualidade de Professor Associado).
Persip é um grande contador de histórias e muito
bem-humorado. Certa vez, Elvin Jones, seu grande amigo, estava bastante ansioso
antes das gravações de “My Favorite Things”, um dos álbuns mais importantes de
John Coltrane, porque não dominava, com a necessária segurança, o andamento em
3/4. Persip rememora: “Eu e Elvin éramos grandes amigos. Um dia ele me falou de
uma gravação que faria com Coltrane, onde um tema era em um andamento em 3/4.
Então ele me perguntou: ‘Como é que você consegue tocar isso? Eu não sei tocar
essa droga!’ Eu fiquei um pouco chocado, pois Elvin era um baterista
excepcional e de grande capacidade técnica. Eu dei algumas dicas a ele e se você
escutar ‘My Favorite Things’ vai perceber que ele aproveitou direitinho as
dicas que eu dei”, diz às gargalhadas.
Em 1980, formou o “Superband”, uma big band com orientação
francamente bop, cujo primeiro álbum, homônimo, foi gravado naquele ano para o
selo Stash. Era a primeira vez que Persip entrava em um estúdio como líder,
após um hiato de vinte anos. O segundo disco “In Case You Missed It” (1984) e o
terceiro, “No Dummies Allowed” (1987), foram gravados para o selo italiano Soul
Note.
O grupo, agora com o nome de “Supersound”, ainda gravaria
mais um álbum, “Intrinsic Evolution”, uma produção independente, bancada pelo
próprio baterista em 2008, por intermédio do selo CDBY. Pelas diversas formações
da big band passariam nomes hoje consagrados, como os saxofonistas Gary Smulyan
e Bob Watson, o pianista Gary Dial e o trompetista Jack Walrath.
Persip também se arriscou na literatura didática, tendo
lançado o livro “How Not to Play Drums: Not for Drummers Only” (Second Floor
Music, 2003), cujo título bem-humorado faz uma provocação a determinado tipo de
músico mais preocupado em exibir sua capacidade técnica do que propriamente em tocar.
Como exemplifica o próprio Charlie: “Eu gosto de solar, mas acredito que o solo
tenha que ter um sentido rítmico e melódico. Muitos solos de bateria começam e
terminam como meras demonstrações de técnica, e não como uma expressão da
musicalidade do seu autor”.
Charlie continua na ativa, juntando-se a um seleto grupo
de bateristas octogenários, como Roy Haynes, Chico Hamilton e Jimmy Cobb. Ainda
faz shows com regularidade, dá aulas e grava sempre que é convidado. De olho no
futuro, mas sem deixar de se emocionar com os feitos do passado: “Eu gosto de
falar sobre o que eu estou fazendo neste momento e dos meus planos para o
futuro. Um dos motivos pelos quais eu não gosto de falar muito do que fiz é
porque muitas das pessoas com quem trabalhei já se foram. Mas os jovens sempre
querem saber sobre aquela época, e às vezes é doloroso, para mim, falar de
amigos queridos que eu jamais verei novamente”.
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21 comentários:
A graça divina colocou Kenny Clarke no caminho de Persip, dando-lhe deixas preciosas quanto as principais características que deveria ter um bom baterista de jazz. A passagem também de Persip por algumas Bandas de swing deu-lhe a exata noção de como tocar sem exagêros e exibicionismos. Esse álbum postado por você mr.Cordeiro, "pegou" Freddie Hubbard ainda jovem e numa boa fase, tornando o disco bem agradável, tanto no repertório quanto nos músicos escolhidos. Resenha muito boa de um baterista que deu suporte aos principais "cobras" do jazz, sempre eficiente e discreto e como você disse " ...jamais obteve um reconhecimento, por parte de crítica e público, proporcional a seu talento..." Parabéns pela resenha e pelo poema e, aproveito para perguntar: Quanto tempo se precisará para descobrir que, na área musical, mudança alguma irá acontecer de melhor no "mundo do jazz"? (Acredito que neste quesito teremos que viver de passado longínquo e olhe lá!!)
Grande Mr. Predador!
Obrigado pelos comentários sempre lúcidos e também lhe confesso uma coisa: por mais que haja muita gente boa por aí, fazendo jazz de excelente qualidade, não vamos ter outro Psrker, outro Dizzy, Outro Coltrane...
Mas pelo menos o legado desses monstros é eterno!
Abração e pra cima du curintcha, mesmo a gente só com 11 e eles com 14!
Gostei muito!
Mais um grande baterista, entre tantos talentos na arte de "fazer falar" os tambores!
Mestre Fig,
E se você for ver a quantidade de discos de que o Persip participa, sobretudo dos anos 50 e 60, é impressionante.
Saudações, meu Embaixador nas Terras D'El Rey!
érico san,
sonzaço piramidal...bateras e percussas já determinaram muita sonoridade nesse universo musical...obrigado por mais uma aula...
abrsons
Festa na Embaixada da boa música!
Depois do Embaixador nas Terras D'El Rey, satisfação muito grande em contar com o Embaixador na Terra do Sol Nascente!
Valeu, meu caro Pituco - essa fera é pouco conhecida, mas manda muito bem e honra a tradição de Blakey, Roach e companhia.
Abração!
Grande Érico,
Esse Persip eu não conhecia (quer dizer, eu pensava que não conhecia).
Só que fui procurar sobre ele no Allmusic e vi que ele toca em um monte de discos ótimos.
Ele toca no excelente Out of the Cool, um clássico do Gil Evans (e aí, que tal uma resenha sobre ele? Seu trabalho com Miles Davis é fantástico).
Parabéns por sempre lembrar de grandes músicos e não deixar que sejam esquecidos. Parabéns também pelo poema, muito bonito, mas um pouco "simbolista" demais pro meu gosto.
Forte abraço do José Carlos Fontinele.
Um grande batera e um combo também fantástico, jazz da melhor qualidade.
Não escutava Persip há muito, ótima lembrança.
Abç
Mario Jorge
Caríssimos Zé Carlos e MaJor,
É sempre uma honra recebê-los no barzinho. Saúde!
Ao primeiro, vou anotar a sugestão. O Evans é um craque e também gosto muito de seus discos como arranjador do Miles.
Quanto ao estilo, uma amiga já me definiu como "parnasiano". Então eu sou um parnabolista! :-)
Mestre Mario Jorge, no que depender aqui do barzinho, a clientela vai sair sempre satisfeita :-)
Abraços fraternos aos dois!
Será que ninguém conhece Charles Persip??? Onde estão os apreciadores e entendidos (no bom sentido) de jazz??? Por favor compareçam e ajudem mr.Cordeiro a "levar" este blog adiante! Ou será preciso, com licença da má palavra, postagens de Michel Teló, Fábio e Fabiano, Ivete Sangalo........... para vocês se manifestarem???? Suas opiniões são importantes. Vamos lá minha gente, não deixemos mais um blog de jazz "ir para o espaço"! (Quem vai para o espaço, de vez em quando, sou eu).
É isso aí, Mr. Predador!
Pô, galera, o alimento do blogueiro é o comentário - é o termômetro pra dizer se o blog tá no rumo certo ou não, para as críticas sugestões, etc.
Como diria aquele antigo presidentr: "Não me deixem só!"
Valeu, Mr. Predador - de malas prontas para Curitiba e se algum amigo tiver alguma sugestão de onde se pode ouvir um bom jazz na capital paranaense, eu agradeço!
Olá, amigo Érico! Venho "olhar" e ouvir mas nem sempre deixo comment... Hoje vou deixar: poema muito bonito e música sempre boa! Deixo convite para festa na minha terra...
Abraço amigo
o falcão
Esqueci convite...
http://falcaodejade.blogspot.pt/2012/05/bom-dia-portalegre.html
Mr. Persip q me perdoe, mas depois desse vacilo tricólinho... Vascooo!
E adivinha os torcedores de que time falido gritou Boca aqui na vizinhança?
Santooos!!!
Caríssimos M. J. Falcão e Sérgio,
Em Curitiba, num friozinho de 10 graus e participando de um simpósio puxadíssimo. Mas não esqueci dos amigos.
Infelizmente, o meu Vasquinho vacilou (Diego Souza perdeu um gol inacreditável) e o Flu também deixou a classificação escapar por entre os dedos.
Mas o futebol é ingrato :-( Por isso é tão apaixonante!
Vou passar n'O Ninho, ok, querida? Obrigado pelas palavras generosas - você é sempre muito gentil.
Abraços fraternos!
Dear Gran Master Boss Érico e confrades,
Charlie Persip me traz recordações maravilhosas de quando tocou na fabulosa big band de Dizzy Gillespie que tocou quatro noites nos concertos do Teatro República, que foi demolido em cujo local hoje está a TV-Educativa, na Avenida Gomes Freire. Charlie Persip era seu baterista, por isso a resenha trouxe-me a lembranças daqueles bons tempos.
Foi a primeira big band de jazz moderno a tocar no Brasil, em agosto de 1956 e só tinha feras: Phil Woods, Billy Mitchell, Benny Golson, Jimmy Powell, Quincy Jones, Carl "Bama" Warwick, Melba Liston, Walter Davis Jr., Nelson Boyd, Frank Rehak, Rod Stewart, Austin Comers, etc, etc, etc.
Bons tempos que não voltam mais! Éramos tão felizes e não sabíamos!
Há dois meses faleceu um dos meus maiores amigos - amigo mesmo, em mais de 50 anos de sólida amizade nunca discutimos ou divergimos. Disse-me há alguns anos que deveríamos viver no mínimo 150 anos para ouvirmos todos os discos de jazz que temos. Seu nome era José Romeu Porto Lima, era jazzófilo (através do jazz começou nossa amizade), colecionador inveterado de selos, moedas, escudos de clubes de futebol (certa vez pagou 1.000 dólares por uma coleção de escudos de clubes italianos que vendeu-lhe o ex-jogador Mazzolla), miniaturas de automóveis e soldados de chumbo (tinha um exército completo deles), canetas tinteiro (tinha dúzias delas) e também gostava de música clássica.
Ao relembrar da big band de Dizzy, via Charlie Persip, lembrei do José Romeu, vascaino fanático que eu chamava de "irmão Romeu". Como é a vida.... É triste perder os verdadeiros amigos, especialmente aqueles que tivemos a felicidade de conhecer e conviver.
Perdoem as divagações deste velho alquebrado. Só um velho entra nesse território passado e das lembranças dos velhos tempos.
Keep swinging,
Raffaelli
Ao Mestre Raffaelli, com todo o carinho, os aplausos dos amigos do barzinho, por este texto tão emocionante e emocionado.
Clap, clap, clap, clap!
Obrigado por tudo, Mestre!
Mr. Sam! Quase ia faltando a essa aula, mas cheguei no 2º tempo. Vou ler/ouvir a matéria em casa e depois te digo. De Persip, nada tinha como lider.
Olha, tem um materão de página inteira sobre o Maurício Einhorn, hoje (sábado) no 2º Caderno d'O Globo. O legal é que quem escreve e entrevista o Home é meu amigo de faculdade Luiz Fernando Vianna. Dê uma sacada. Ficou bem legal.
Abraços!
Em tempo: tem depoimento, na matéria do Vianna, do Mestre Raffaelli.
Maravilha, Mr. Sérgio!
Vou procurar.
Quanto ao Persip, ele tem uma folha enorme de ótimos serviços prestados ao jazz. Pode ir fundo que a qualidade é garantida.
Abração.
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