Uma frase atribuída a Tommy Dorsey dá bem a medida do gênio irascível e da personalidade tempestuosa de Buddy Rich: "Existem três sujeitos ruins no mundo: Adolf Hitler, Alvin Stoller e Buddy Rich. Eu trabalhei com dois deles em minhas orquestras". Conhecido no meio musical pelo temperamento tão explosivo quanto as suas performances, Rich era capaz de demitir uma orquestra inteira, aos berros, quando seus músicos não faziam exatamente aquilo que ele queria.
Rich, Gene Krupa e Louie Bellson formavam a Santíssima Trindade da Bateria Pré-bop – e não há nenhum exagero nessa afirmação. Em igual medida, pode-se afirmar que Max Roach, Kenny Clarke e Art Blakey seriam a Santíssima Trindade da Bateria Bop. Esses grupos de músicos representam duas escolas distintas, mas ambas fundamentais para o desenvolvimento da bateria jazzística.
Considerado por muitos dos seus pares como o maior baterista de todos os tempos, Buddy Rich tornou-se uma lenda ainda em vida. Alguns historiadores afirmam que sua carreira começou quando ele tinha apenas 18 meses de idade – provavelmente o músico mais precoce de qualquer época. Seus pais, Robert e Bess Rich, viajavam pelos Estados Unidos e Canadá apresentando espetáculos de vaudeville, uma espécie de teatro de variedades muito popular no início do século XX.
Buddy, cujo nome de batismo era Bernard, nasceu nesse ambiente, no dia 30 de setembro de 1917, no Brooklyn, em Nova Iorque, e praticamente desde o berço já se habituara aos holofotes. Em 1921, quando estava com quatro anos, já era uma das estrelas do espetáculo, protagonizando um sketch chamado “Traps, the Drum Wonder”.
Em pouco tempo, ele já fazia sucesso na Broadway e durante um bom período foi considerado o segundo artista infantil mais bem pago do mundo. Para que se tenha uma idéia, apenas Jackie Coogan, o menino que encantou o mundo ao estrelar, ao lado de Charlie Chaplin, o clássico “O garoto”, ganhava cachês superiores aos de Rich. Desde os onze anos de idade, Rich já liderava seus próprios conjuntos e desenvolveu praticamente sozinho o seu estilo.
Autodidata, tinha aversão ao estudo musical formal e costumava dizer, a respeito de quem pensava o contrário, que “a única coisa que esses caras conseguem praticando é cansar os pulsos”. Em uma entrevista, declarou que “ficar sentado em uma sala, durante oito horas por dia, apenas estudando e praticando é a coisa mais tediosa e chata que pode existir”.
O envolvimento de Rich com o jazz teve início em 1937, quando ele foi contratado pelo clarinetista Joe Marsala, para uma temporada no Hickory House, famoso clube de Nova Iorque. Após uma rápida passagem pelo grupo do trompetista Bunny Berigan, uniu-se à orquestra de Artie Shaw, em 1938.
No mesmo ano, participou de suas primeiras sessões de gravação, como integrante da Vic Schoen Orchestra, banda de apoio das famosas Andrews Sisters. Até então, Buddy apontava como sua principal influência o baterista Tony Briglia, da Casa Loma Orchestra. Mais adiante, reconheceria a importância de Gene Krupa e Jo Jones em sua formação.
Apesar de toda a sua resistência contra o estudo formal, Rich não se furtou a dar aulas de bateria a um jovem aspirante a ator que, no futuro, seria reconhecido como um dos mais importantes e influentes comediantes de Holywood: Mel Brooks, então com catorze anos. Alguns anos depois, Rich escreveria, em parceria com Henry Adler, o seu próprio método de ensino para bateristas, intitulado “Buddy Rich's Modern Interpretation of Snare Drum Rudiments”, considerado um dos mais completos sobre o assunto.
Em 1939, Buddy se juntaria à orquestra de Tommy Dorsey, cujo vocalista era ninguém menos que Frank Sinatra, e isso lhe deu enorme visibilidade nos meios jazzísticos. Ainda naquele ano, Buddy teve uma participação marcante no filme “Symphony of Swing”, estrelado por Artie Shaw e sua orquestra. Em 1942 o baterista se afastou da orquestra de Dorsey, a fim de servir à Marinha, mas ainda encontrou tempo para participar dos filmes “Ship Ahoy” (que no Brasil recebeu o título de “Barulho a bordo”) e “How's About It” (estrelado pelas Andrews Sisters).
De volta à vida civil, em 1944, retomou o posto junto a Dorsey, permanecendo ali por cerca de um ano. Depois de tocar por algum tempo com Benny Carter, Les Brown e Charlie Ventura, Rich decidiu montar sua própria orquestra. O detalhe interessante é que o capital inicial para o empreendimento lhe foi emprestado por ninguém menos que Frank Sinatra, antigo companheiro na orquestra de Tommy Dorsey.
Ao mesmo tempo em que liderava sua própria orquestra, Rich também se destacava como um dos mais assíduos integrantes do projeto Jazz at the Philharmonic, criado e administrado por Norman Granz. Com a perda de popularidade das orquestras do Swing, o baterista viu-se obrigado a desfazer a sua big band, no início dos anos 50.
Rich já era então considerado um dos mais importantes bateristas de todos os tempos e costumava incendiar platéias pelo mundo com suas célebres batalhas contra ases como Gene Krupa e Jo Jones. Ele havia assimilado a linguagem do bebop e transitava entre o jazz clássico e o moderno com absoluta desenvoltura, sendo bastante querido e respeitado por integrantes dessas duas correntes.
O rol de artistas com quem tocou, ao longo da carreira, impressiona pela quantidade e pela qualidade: Louis Armstrong, Count Basie, Bunny Berigan, Benny Carter, Nat King Cole, Miles Davis, Tommy Dorsey, Frank Sinatra, Roy Eldridge, Duke Ellington, Ella Fitzgerald, Helen Forrest, Stan Getz, Dizzy Gillespie, Benny Goodman, Lionel Hampton, Woody Herman, Harry James, Stan Kenton, Max Roach, Gene Krupa, Jimmy McGriff, Charlie Parker, Art Pepper, Oscar Peterson, Charlie Shavers, Artie Shaw, Bud Powell, Mel Tormé, Art Tatum, Teddy Wilson, Lester Young, Ray Brown, Barney Kessel, Herb Ellis, Flip Phillips, Oliver Nelson e incontáveis outros.
Em 1953, Buddy juntou-se ao trompetista Harry James e manteve com este uma parceria musical que se estendeu, com algumas interrupções, até 1966. A década de 50 marcou também o encontro fonográfico de Buddy com alguns dos mais celebrados bateristas do jazz. É o caso do álbum “Rich x Roach” (Mercury, 1959), que reúne os quintetos de Rich (formado por Phil Woods no sax alto, Willie Dennis no trombone, John Bunch no piano e Phil Leshin no contrabaixo) e e de Max Roax (integrado por Stanley Turrentine no sax tenor, Tommy Turrentine no sax alto, Julian Priester no trombone e Bobby Boswell no contrabaixo), com arranjos de Gigi Gryce.
Outro projeto semelhante reúne Buddy e seu rival Gene Krupa (a rivalidade era alimentada pelo público, claro, pois na vida real os dois eram ótimos amigos). O disco é o ótimo “Krupa and Rich” (Verve, 1955) e ao lado dos líderes, está um verdadeiro “Dream Team”: Oscar Peterson no piano, Ray Brown no contrabaixo, Herb Ellis na guitarra, Roy Eldridge e Dizzy Gillespie no trompete e Illinois Jacquet e Flip Philips no sax tenor.
Um dos seus discos mais estimulantes desse período é “Buddy and Sweets”, no qual divide os créditos com o virtuose do trompete Harry “Sweets” Edison. O disco foi gravado pela Norgran Records (embrião da Verve), com produção de Norman Granz, no dia 1º de setembro de 1955. O apoio ficou por conta de Jimmy Rowles (piano), Barney (guitarra) e John Simmons (contrabaixo).
O álbum é um veículo perfeito para as exibições de Rich e Sweets. Na faixa de abertura, por exemplo, “Yellow Rose of Brooklin”, após uma breve introdução de cerca de 30 segundos, a cargo de Edison, autor do tema, segue-se um longo e retumbante solo de bateria de quase quatro minutos.
A seguir, vem a sacolejante “Easy Does It”, composição de Sy Oliver e Trummy Young. É um blues cadenciado, com riffs empolgantes, especialmente por parte do trompetista, e um excepcional trabalho de Rowles e Simmons no acompanhamento. Kessel produz frases curtas e rápidas com a habitual criatividade e Rich, bastante contido, mostra que também é um craque com as escovas.
“All Sweets” é um tema vigoroso de Edison, cuja atuação é simplesmente extasiante e lembra os melhores momentos de Dizzy Gillespie. Seu ataque é notável e sua concatenação impressiona, pois alinha frases extremamente velozes de maneira absolutamente lógica. Bebop da melhor qualidade, seus breves dois minutos deixam no ouvinte um gostinho de “quero mais”.
O quinteto faz uma releitura bastante heterodoxa de “Nice Work If You Can Get It”, dos irmãos Gershwin, tornando-a irreconhecível em alguns momentos. Edison usa a surdina com extrema perícia e sua sonoridade remete à Era do Swing, sendo que ao final faz um duelo com Rich, no estilo pergunta e resposta, dos mais brilhantes. Kessel tem uma atuação vibrante, construindo um solo expressivo e articulado.
Mais longa faixa do disco, “Barney’s Bugle” é um tema de autoria de Rich e possui quase dez minutos de eletricidade em estado bruto. Solos estarrecedores por parte de Kessel, Edison e Rowles, que despejam toneladas de histamina sobre o ouvinte. O destaque individual fica por conta de Buddy, que ataca a pobre bateria com a fúria de um possesso. Seu solo é uma aula magna de vibração, polirritmia, articulação e swing.
Charlie Parker marca presença com uma formidável versão de “Now’s the Time”. O quinteto domina com bastante autoridade a atmosfera volátil do bebop. O duelo entre os líderes é energético e suas intervenções são uma combinação poderosa de excelência técnica e espontaneidade. Kessel brinca com as harmonias com a empolgação de um garoto e surpreende o ouvinte ao usar, em seu solo, uma distorção típica de músicos de rock.
Para encerrar, uma interpretação em tempo médio de “You're Getting to Be a Habit with Me”, de Al Dubin e Harry Warren. Mostrando a sensibilidade de um grande baladeiro, Edison usa a surdina com elegância e sobriedade. Rowles brilha em um solo de puro refinamento, no qual usa com muito bom gosto os registros agudos do piano. A surpresa fica por conta da percussão quase minimalista de Rich, que em momento algum destoa da atmosfera classuda criada pelos demais parceiros. Um álbum que enobrece qualquer discoteca de jazz e que mostra a plenitude da arte de um dos maiores nomes da bateria de todos os tempos.
Além de sua participação na orquestra de Harry James, ele ocasionalmente excursionava com o antigo patrão Tommy Dorsey e mantinha a agenda cheia com seu trabalho como acompanhante. Lançou vários discos em pequenas formações, para selos como Argo, Verve e Blue Note, incluindo os curiosos “Sings Johnny Mercer” (Verve, 1956) e “The Voice Is Rich” (Mercury, 1960, onde está acompanhado pela orquestra de Hal Mooney), nos quais além de tocar bateria ele também canta.
A década de 60 foi de muito trabalho para Rich e, como muitos músicos do período, ele também sofreu influência da cultura oriental, especialmente a indiana. O baterista chegou a gravar um álbum, “Rich Al Rahka” (Beat Goes On, 1968), ao lado do citarista Ravi Shankar e com a participação do flautista Paul Horn, outro grande entusiasta da cultura indiana.
Em 1966, Rich decidiu remontar a sua big band e, desta feita, com muito mais sucesso que aquela dos anos 40. O baterista não deixou de se apresentar em clubes e salões de baile, mas optou por privilegiar as apresentações em escolas e universidades, além de ginásios esportivos e auditórios ligados a instituições de ensino.
Ele conquistou uma legião de novos admiradores e sua orquestra promovia um estimulante encontro entre músicos consagrados, como Art Pepper, Joe Farell, Sal Nistico, Sonny Fortune e Bob Cranshaw, e novos talentos, como Jon Faddis, Bob Mintzer, Jimmy Bruno, Bobby Shew, Ernie Watts e Jack Wilkins. Os arranjos sempre ficavam a cargo de feras como Shorty Rogers, Don Menza, Sammy Nestico e Don Sebesky.
Nos anos 70, o baterista decidiu abrir o seu próprio clube, o Buddy's Place, em Nova Iorque. O sucesso foi tanto que em pouco tempo ele abriria uma segunda casa, o Buddy's Place II, e o sucesso se repetiu. Naquela década, Buddy incorporou ao repertório de sua orquestra temas mais identificados com o rock e o pop, aumentando ainda mais a sua empatia com o público jovem.
Outro fator que contribuiu imensamente para a sua popularidade se manter em alta foi a sua participação constante em programas televisivos, como o Tonight Show, apresentado por Johnny Carson, o Mike Douglas Show, o Dick Cavett Show e Merv Griffin Show. Dono de uma língua ferina e de um humor sarcástico, Buddy levava o público às gargalhadas, com seus comentários nada lisonjeiros sobre outros artistas, especialmente ligados à música pop.
Inesquecível foi a sua aparição no The Muppet Show, onde ele protagonizou um empolgante duelo com o furioso boneco Animal. Sua desenvoltura à frente das câmeras o levou a estrelar, no final dos anos 60, um programa de TV chamado “Away We Go”, juntamente com o cantor Buddy Greco e o comediante George Carlin, mas a série não fez muito sucesso e foi cancelada.
Bastante querido na Inglaterra, Rich era uma das atrações mais constantes do célebre clube Ronnie Scott’s, uma de suas casas prediletas e onde chegou a gravar alguns álbuns ao vivo. Nessas ocasiões, geralmente aparecia em programas da TV inglesa, como o Michael Parkinson Show e o Terry Wogan Show, onde esteve no dia 29 de outubro de 1986, poucos meses antes de falecer.
Ao longo da carreira, Buddy recebeu um sem número de prêmios e homenagens. Foi indicado para o Hall of Fame das revistas Downbeat e Modern Drummer, e foi agraciado com o Jazz Unlimited Imortals Award. Também recebeu o título de doutor honorário da Berklee School of Music e se apresentou para diversos presidentes dos Estados Unidos, como Franklin Roosevelt, John Kennedy, Jimmy Carter e Ronald Reagan.
Rich faleceu no dia 02 de abril de 1987, em conseqüência de uma parada cardíaca. Ele estava bastante debilitado, pois havia feito uma cirurgia para a retirada de um tumor cerebral. Vários amigos estiveram presentes no funeral, realizado no Westwood Village Memorial Park Cemetery, em Los Angeles, como Jerry Lewis, Robert Blake, Johnny Carson e Frank Sinatra, que fez um emocionante discurso de despedida. Para o lendário Gene Krupa, Buddy Rich era “o maior baterista do mundo”.
Em 1994 o baterista Neil Peart, do Rush, produziu o album tribute “Burning for Buddy: A Tribute to the Music of Buddy Rich”, com a participação de vários bateristas do rock e do jazz como Matt Sorum, Dave Weckl, Steve Gadd, Max Roach e o próprio Peart, acompanhados pela Buddy Rich Big Band. Em 1997 foi lançada a biografia do baterista, intitulada, “Traps - The Drum Wonder: The Life of Buddy Rich”, escrita pelo cantor Mel Tormé. No ano seguinte, a família do baterista criou a “Buddy Rich Memorial Brain Tumor Research Foundation”, fundação de pesquisa ligada à UCLA Medical Center.
======================
17 comentários:
Estimado ÉRICO:
Bela e consistente resenha sobre um dos "monstros sagrados" da bateria, com foco em uma gravação de qualidade.
Entre as boas gravações de BUDDY RICH em "duelo", fico com o "Gene Krupa & Buddy Rich - The Drum Battle At JATP".
Essa resenha vai engrossando o "Confesso Que Ouví 2", com certeza.
Grato pela música !
bem meu caros amigo do barzinho e mestre erico quero somente dizer uma coisa comigo aconteceu com Buddy Rych o mesmo que com frank rosolino bastou eu ver um video da sua orquestra para considera-lo o melhor de todos os bateristas... estou em falta com vcs mas estou muito atarefado com doença na familia e tenho um blog e ainda tenho que satisfazer algumas senhoras as quais devemos alguns favores.......mas vamos ver se consigo alguma coisa do nosso Buddy .. é não nos deixaram ser campeões masi mewsmo assi apesar da roubalheira reinante .. vascoooooooooo
Caríssimos Apóstolo e Renato,
Sejam muito bem-vindos.
O Buddy Rich tinha um temperamento do cão, mas na hora em que empunhava as baquetas era um gênio.
Tem um monte de histórias hilariantes sobre ele - era uma figuraça!
O Confesso que ouvi 2 está encaminhado, falta apenas alguém se dispor a publicá-lo :-)
Quanto a você, Renato, fique tranqüilo - seu crédito na casa é gigantesco! Fique na boa e quando puder, compartilhe os links - claro que as senhoras merecem ser satisfeitas com toda generosidade e presteza!
Já o nosso Vascão foi prejudicado em pelo menos seis ocasiões, incluindo um gol mal anulado contra o Figueirense e o Santos, pênaltis escandalosos contra o Flamengo (no primeiro e no segundo turno) e São Paulo e por aí vai... Se não fosse por isso nós seríamos campeões com folga!!!!!
Mas ano que vem tem mais e com essa base dá pra sonhar com uma excelente campanha na Libertadores e no Brasileirão!
Abraços aos dois e saudações cruzmaltinas!!!!
Concordo plenamente com a frase do Tommy Dorsey sôbre a "existência de três sujeitos ruins no mundo" e acrescento mais um: José Sarney.
Meu caro Predador,
Seu candidato é hors concours!
Voto com o "PREDADOR" e com o ÉRICO, na certeza de que os outros 02 além do tal de sarnoca eram bem menos ruins e danosos.
Briga boa essa...
Dear Gran Master Boss Érico,amigos e confrades,
Quem quiser atestar e convencer-se de que Buddy Rich era literalmente elétrico, sem similar no jazz, é suficiente acessar e ouvir no You Tube "HARRY JAMES @ BUDDY RICH - TWO O'CLOCK JUMP".
Caso após essa constatação não haja sido suficiente, procurem também em "BUDDY RICH".
Keep Swinging,
Raffaelli
Mestre Raffaelli,
É sempre um prazer e uma honra tê-lo a bordo.
O sujeito realmente era um dínamo.
Tocava como se estivesse possuído!
Um fraterno abraço!
Por enquanto ainda não farei comentário sobre o Rico, porque não li a resenha, embora a primeira frase do 1º parágrafo já me tenha despertado curiosidade suficiente. Adoro histórias sobre talentosos temperamentais.
O que me trouxe foi avisar que tenho postagem nova no barraco.
Em segundo plano participar da questão "quem é mais mau". Bom, o Hitler é hors concours, mas o Sarney ainda é vivo... Ainda escreve livro! Já o elegeram acadêmico!(?)! ... É o que parece imune até a morte!... Vivo ouvindo a frase “nada pega nesse cara!”. Nem Bin Laden resistiu tanto! O nefasto nesse personagem é justamente ele viver! Mais ainda, ter-se perpetuado! Diria o saudoso Mussum, “os modus operandis perpetuado”... Pensem. As baratas não tem culpa de serem tão escatológicas, nasceram baratas e ninguém pôde evitar. E é evidente que devam ter sua função nessa vida. Dizem que numa devastação atômica, é a única espécie que sobrevive. São pré-históricas as felá das p...! Estão aí desde que o mundo é mundo. São “maus” necessários, porque somos, em sociedade porcos, se não nem estariam em tanta quantidade e tão próximas. Alguma dúvida? Por isso, como só acredito na vida, matar uma vida me enfraquece. Daí que quando piso numa, somente dentro de casa ou no caso d’elas, na rua, virem ameaçadoras pra cima de mim... Se não der p’reu desviar, tento acreditar estar pisando no Sarney. Me faz sentir melhor.
Mas, do que adianta se esses seres, vivos do mal sentido - não as baratas com função natural, mas os sarneys -, se reproduzem? Mr. Érico, você que é da terra, sarneys são necessários para quê?
Vou arriscar e vou responder agora: creio que sarneys são necessários para fortalecer a raça brasileira. O dia que reunirmos a confiança necessária para estancar o infeccioso (não digo todos, claro, deve haver um Sarney inucente, no mínimo...), o pais terá se livrado de uma de suas mais destrutivas pragas.
Só um Pi.Sit: mas, para nossa própria segurança é bom manter esse Sarneyzinho inucente sob redobrada vigilância. Vai que um da prole degenera DENOVO!
Valeu!
Prezado SÉRGIO:
Vigilância com esse tipo de "rato/barata/pulga/aedis/lacraia" é muito pouco !
Há que exterminá-lo, se não matando, no mínimo afastando-o de quaisquer atividades que envolvam poder e valor; sarnocas são parasitas, "marimbondos de fogo" a corroer quaisquer resquícios mínimos de PÁTRIA, de CIDADANIA, de VERGONHA.
Caríssimos Sérgio, Fig e Apóstolo,
Vocês estão esquecendo a grande contribuição de Don Bigodón para a literatura, comparável a Cervantes Tolstói ou Victor Hugo: o "felomenal" Brejal dos Guajas, que juntamente com Marimbondos de fogo e O dono do mar compõe a Santíssima Trindade dos livros mais bestiais escritos em nosso vernáculo...
Lembrando sempre que a distância que separa o bestial da besta é mínima, como já ensinava Nélson Rodrigues :-)
Abração a todos!!!!
Caro mr Apóstulo, tens toda a razão. Todo cuidado é pouco com as pupas.
Mr. Érico, "Brejal dos Guajas" é? Os títulos desse cara (de pau) até que, pensando bem, dizem menos ainda do que pretendem...
Mas.mudando de assunto. pô, vô tê que pedi pelamor di deus, pro c prestigiá lá em casa? Só pq a choupana é humilrde? Assim não pode assim num dá.
Mr. Sérgio, seu pedido é uma ordem!
Já tô passando lá!
Caríssimos confrades capitaneados por nosso Gran Master Boss Érico,
Sobre Buddy Rich, nos livros "Jazz Anecdotes", do baxista Bill Crow, há algumas historinhas engraçadas sobre o próprio, que também foi um tremendo gozador - nunca perdia a oportunidade de soltar uma piada ou fazer um comentário engraçado. Segue-se uma dessas historinhas engraçadas.
Buddy internou-se num hospital para submeter-se a uma cirurgia. Na véspera, a enfermeira-chefe entrou em seu quarto sobraçando sua indefectível prancheta para anotar os dados sobre o paciente Buddy, com as clássicas perguntas:
Enfermeira: qual o seu nome ?
Buddy: Bernard Rich
Enfermeira: qual sua profissão ?
Buddy: músico.
Enfermeira: qual seu endereço ?
Buddy informou-a.
Enfermeira: Qual sua idade ?
Buddy: 58 anos.
Enfermeira: O senhor é alérgico a alguma coisa ?
Buddy: Country and Western Music..
Keep swinging,
Raffaelli
Mestre Raffaelli,
Ninguém pode dizer que o sujeito não tinha senso de humor...
O problema era quando ele se zangava - aí, sai de baixo!
Já pensou uma banda com Buddy Rich, Charles Mingus, Bud Powell, Serge Chaloff, Chet Baker e Brew Moore?
Se eles não se matassem antes ia sair um som maneiríssimo!!!!
Abração!
Postar um comentário