Amigos do jazz + bossa

segunda-feira, 10 de maio de 2010

O MELODIOSO SOM DO TROVÃO



Joseph Rudolph Jones nasceu no dia 15 de julho de 1923, em Filadélfia. A música fazia parte da família, pois sua avó materna era uma conceituada pianista e sua mãe era professora de piano. Com apenas quatro anos, recebeu da mãe os primeiros rudimentos do piano, sendo que aos nove se interessou pela bateria, dedicando-se ao instrumento pelo resto da vida.

Antes, porém, o garoto causava sensação exibindo uma outra habilidade: na infância, Jones era um hábil dançarino de sapateado e chegou a se apresentar algumas vezes em programas de auditório, como o popular The Kiddie Show. Todavia, a paixão pelo jazz falou mais alto e o garoto optou pela carreira de músico.

Embora no início fosse um autodidata, na adolescência teve aulas com James “Coatsville” Harris e Charles Wilcoxon e no final dos anos 40 estudou durante alguns anos com o lendário Cozy Cole, baterista das bandas e orquestras de Jelly Roll Morton, Benny Carter, Cab Calloway e Louis Armstrong. Suas maiores influências eram Big Sid Catlett, Art Blakey e, a partir de meados dos anos 40, o jovem Max Roach, um ano mais novo que Jones.

Ganhou o apelido Philly Joe para se diferenciar do grande “Papa” Jo Jones, um dos mais incensados bateristas do jazz e membro da orquestra de Count Basie. Sempre bem-humorado e dono de uma personalidade afável, Philly logo começou a engrenar sua carreira profissional, tocando em bandas de rhythm’n blues na região de Filadélfia, no início da década de quarenta. Também acompanhou grandes músicos de passagem pela cidade, como Charlie Parker, Dizzy Gillespie, Dexter Gordon e Fats Navarro.

Após um breve período no exército, em 1945, Jones arrumou um emprego como condutor de bonde. Todavia, a atividade não deu lá muito certo. Não que Philly não soubesse conduzir os simpáticos carrinhos que andam sobre trilhos. O problema era que, ao passar na porta de qualquer clube de jazz, o nosso simpático baterista parava o carro e, sem a menor cerimônia, ia participar das animadas jam sessions que estivessem rolando no local. Pena que os passageiros não gostassem muito da idéia e começaram a chover reclamações contra o desempenho do condutor. O resultado: demissão sumária.

Mas Philly não esmoreceu. Decidido a viver de sua música, em 1947, ele se mudou para Nova Iorque e seu primeiro emprego foi na banda do clube Café Society, liderada por Johnny Griffin e Joe Morris, onde também atuavam o trombonista Matthew Gee, o pianista Elmo Hope e o baixista Percy Heath. Com esse grupo, o baterista faria a sua primeira gravação. Em seguida, atuou algum tempo com a banda de Bull Moose Jackson, onde conheceu o saxofonista Benny Golson e o pianista Tadd Dameron.

Embora estivesse cercado de grandes músicos, Jones estava descontente com a orientação musical da banda de Jackson e resolveu atuar como freelancer, tocando com Billie Holiday, Clifford Brown, Dizzy Gillespie, Ben Webster, Lou Donaldson, Lee Konitz, Art Farmer, Zoot Sims, Betty Carter, Stan Getz, Serge Chaloff, Howard McGhee, Chet Baker, Duke Ellington, Jackie McLean, Kenny Drew, Tony Scott e o velho conhecido Tadd Dameron, que seria muito importante em sua formação musical e a quem Philly devotaria uma grande amizade.

Em 1955, foi convidado por Miles Davis para integrar o seu quinteto, que incluía também John Coltrane, Red Garland e Paul Chambers. A associação com Miles se deu de forma espontânea, pois desde 1953 os dois eram conhecidos e já tinham tocado e excursionado juntos centenas de vezes. Aliás, tanto Coltrane quanto Garland e Chambers foram contratados graças a indicações de Philly. O quinteto fez história e lançou alguns dos maiores álbuns de todos os tempos. A comunhão musical entre aqueles cinco gênios era quase telepática: um sabia exatamente o que o outro ia fazer em seguida.

Jones permaneceria ali até 1958, quando a banda já havia se transformado em um sexteto, com a adição de Julian Cannonball Adderley. A saída se deu em virtude de problemas do baterista com as drogas, especialmente a heroína, que comprometiam o seu desempenho e o faziam faltar a compromissos. Todavia, Davis sempre admitiu que Philly era o seu baterista preferido e a todos os bateristas que passavam por seus grupos, incluindo monstros como Jimmy Cobb e Tony Williams, Miles pedia: toque com a pegada de Philly. Os dois ainda voltariam a trabalhar juntos no álbum “Someday My Prince Will Come”, de 1961.

A partir de 1958, começou a liderar seus próprios conjuntos, gravando com regularidade para selos como Prestige, Riverside e Atlantic. Ao mesmo tempo, continuou sendo um dos mais requisitados bateristas de qualquer época, acompanhando gente do calibre de John Coltrane, Bill Evans, Art Pepper, Bud Powell, Milt Jackson, Hank Mobley, Sonny Clark, Thelonious Monk, Abbey Lincoln, Clark Terry, Benny Golson, Wynton Kelly, Blue Mitchell, Wes Montgomery, Sonny Rollins, Lee Morgan, Freddie Hubbard, Jack Wilson, Sonny Stitt, Ike Quebec, Phineas Newborn e outros.

O prestígio de Philly pode ser medido nas premiações de new star de 1957 (na categoria baterista) e baterista do ano de 1962, concedidos pela Downbeat Magazine. Seu primeiro disco como líder foi o bem-humorado “Blues For Dracula”, lançado pela Prestige em 1958, à frente de uma banda que contava com Nat Adderley, Julian Priester, Johnny Griffin, Tommy Flanagan e Jimmy Garrison.

Pela mesma gravadora, Philly gravou, entre novembro e dezembro de 1959, um dos seus álbuns mais badalados: “Showcase”. À frente de um septeto da pesada, o baterista engendra uma verdadeira aula de swing, ritmo, eletricidade e vigor. A seu lado, Blue Mitchell (trompete), Julian Priester (trombone), Bill Barron (sax tenor), Pepper Adams (sax barítono), Charles Coker (piano, sendo substituído, em duas faixas, por Sonny Clark e, em uma delas, pelo próprio Philly) e Jimmy Garrison (baixo).

Priester, então com 24 anos, contribui com a faixa de abertura, “Battery Blues”, na qual demonstra profunda intimidade com os cânones do hard bop, além de ser um solista notável. Mitchell, sempre competente e criativo, e um Adams em estado de graça executam solos empolgantes, mas o grande destaque é mesmo o líder, cujo solo é verdadeiramente extasiante, uma espécie de delírio polirrítmico.

A temperatura aumenta com “Minor Mode”, de Barron, um saxofonista de enormes recursos e bastante imaginativo, mas que jamais teve um átomo do reconhecimento merecido. Os sopros dialogam com enorme energia e intensidade, merecendo audição mais detida a maneira como os indomáveis Mitchell e Priester duelam. A exuberância técnica e a capacidade de surpreender são características indissociáveis à percussão de Philly que, mais uma vez, exibe um domínio absoluto do instrumento.

Um dos momentos mais emocionantes do álbum é “Gwen”, onde Philly, autor do tema, dobra no piano – relembrando os tempos de infância – e na bateria, graças às maravilhas da tecnologia sonora. Trata-se de uma balada delicada, executada com suavidade e uma boa dose de melancolia, que em algumas passagens remete a “Days Of Wine And Roses”, de Henry Mancini e Johnny Mercer.

A vibração retorna com “Joe’s Debut”, hard bop pululante de autoria do líder, na qual Priester rouba a cena. “Gone”, dos irmãos Gershwin e de DuBose Heyward, recebe um arranjo orquestral concebido por Philly que, para variar, executa um solo impossível. A presença mais que efusiva de Barron e o flerte com o jazz de vanguarda, que à época dava os seus primeiros passos – talvez por influência de Priester, que na década vindoura se consagraria como o mais importante trombonista do avant garde – fazem desta uma das mais instigantes faixas do álbum.

Outro tema do líder, “Joe’s Delight” tem uma estrutura melódica deliciosa, assobiável e leve. Feita para se ouvir estalando os dedos e balançando a cabeça, é o veículo perfeito para o subestimado Barron exibir sua maravilhosa capacidade de improvisador. Mais uma fabulosa contribuição de Priester, “Julia” é um bebop de ótima cepa, com direito a solos incandescentes de Barron, Priester e Mitchell. Impressionante a capacidade de articulação de Jones, cujo solo passa ao largo do exibicionismo gratuito.

O arranjo da elegante “I’ll Never Be The Same”, de Gus Kahn, Matty Malneck e Frank Signorelli, presta homenagem às big bands da era do swing, com direito a uma atuação magistral de Adams. Belíssimas intervenções de Coker e Mitchell, que unem delicadeza e intensidade, e uma condução bastante sóbria por parte de Garrison e de Jones.

Para encerrar, uma composição sensacional de Barron, tributária do idioma bop, onde Philly e o autor, mais uma vez, têm atuações não menos que soberbas. Clark substitui Coker com a usual competência, esbanjando vitalidade, e Mitchell comete um dos solos mais vibrantes do álbum. A lamentar apenas os seus curtíssimos 4 minutos, que deixam no ouvinte aquele famigerado gostinho de “quero mais”. Um disco verdadeiramente antológico e, certamente, um dos melhores momentos da bateria jazzística em qualquer época.

Mas nem tudo seriam flores no caminho do baterista. Por conta do agravamento dos problemas com as drogas e, sobretudo, com o aparecimento do explosivo Elvin Jones, Philly e seu estilo viveram momentos de verdadeiro ostracismo, a partir de meados da década de 60. Talvez essa tenha sido a principal razão para que ele saísse dos Estados Unidos e entre 1967 e 1972, decidisse se estabelecer na Europa.

Londres foi a primeira cidade onde Philly morou, onde dava aulas de música na Hampstead School. Contudo, o rigoroso Sindicato dos Músicos da Inglaterra não permitia que ele atuasse – fosse como músico de estúdio, fosse em apresentações ao vivo – circunstância que limitava bastante as suas possibilidades de trabalho, razão pela qual mudou-se para Paris, em 1969. Ocasionalmente, tocava com músicos norte-americanos residentes no Velho Continente, especialmente aqueles ligados ao jazz de vanguarda, como Mal Waldron e Archie Shepp.

Em 1973, de volta aos Estados Unidos e novamente instalado na cidade natal, fundou uma banda de fusion denominada Le Grand Prix, de curta existência. Continuou a atuar como freelancer, tendo excursionado ou acompanhado Bill Evans, Kenny Burrell, Red Garland, Duke Jordan, Red Garland, Bobby Hutcherson e outros. Ao mesmo tempo, lançou alguns álbuns, onde se destacam “Philly Mignon” (1977), no qual atua o grande Dexter Gordon, e “Advance!” (1978), que contou com a presença do trompetista Blue Mitchell.

Em 1981 fundou, juntamente com o trompetista Don Sickler, o grupo Dameronia, dedicado à preservação da obra do compositor Tadd Dameron e que gravou dois álbuns bastante elogiados: “To Tadd With Love” (1982) e “Look, Stop And Listen” (1984), ambos pelo selo Uptown. Pelo grupo passaram grandes nomes do jazz, como os saxofonistas Frank Wess, Charles Davis e Cecil Payne, o trompetista Johnny Coles, o trombonista Britt Woodman, o pianista Walter Davis Jr. e o baixista Larry Ridley.

Um ataque cardíaco abateu Philly no dia 30 de agosto de 1985, em sua própria casa, na Filadélfia. Deixou uma obra gigantesca, com mais de 500 gravações como sideman, diversos álbuns como líder e uma legião de bateristas que sofreram sua influência direta, como Frank Butler, Carl Allen, Andrew Cyrille, Jack DeJohnette, Billy Hart, Elvin Jones, Dave Bailey, Albert “Tootie” Heath, Jeff Hamilton, Joe Farnsworth, Louis Hayes, Billy Higgins, Tony Williams, Grady Tate e inúmeros outros.

Outro discípulo confesso, o hiperbaterista André Tandeta, explica, do ponto de vista técnico, a importância do trabalho de Jones para a evolução da bateria jazzística:

“Seus solos além de serem peças muito bem construídas musicalmente com começo, meio e fim, contém um fraseado super pessoal que trouxe de volta aquela característica "militar", os rudimentos predominante antes do bebop. Os tais rudimentos eram usados por ele de uma nova maneira, incorporando-os a linguagem rítmica do bebop. E usando silêncios, espaços, como respirações. A antiga linguagem se somando com a nova e apontando para a frente, o futuro.

Nas trocas de 4 ou 8 compassos com os outros músicos (os "trades"), ele também desponta como um dos mais importantes. Nesses trechos de 4 ou 8 compassos encontramos muito mais significado musical do que na maioria dos solos de bateria de maior tamanho. Uma de suas características principais era que ele pegava alguma idéia que tinha sido tocada por outro musico durante o trade e a desenvolvia criando uma sensação de fluxo musical ininterrupto. Seus trades são pra mim um dos maiores tesouros do jazz em termos de criatividade”.

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51 comentários:

Salsa disse...

Bela manhã cinzenta, depois da dominical ressaca. Mais uma vez prometi que nunca mais faria isso. Acho que vou parar de prometer, mas não sei se continuarei o mesmo. O tema I'll never... caiu bem como trilha sonora. Philly é um cara elegante - sente só a condução.

Érico Cordeiro disse...

Grande Mr. Salsa.
Dei uma passada no blog do Grijó e fiquei em dúvida: você está passando por uma crise de identidade ou é algum ancestral polonês que anda perturbando as suas idéias?
Agora vai ter que explicar que parada é essa de mudar o nome prá Breszinky (é isso mesmo?).
Bom, mas fico contente com o anúncio da dominical ressaca - isso mostra que nem tudo está perdido (rs, rs, rs).
Que bom que temos o Philly prá aliviar esses momentos inglórios. Er também não vou mais fazer promessas vazias (rs, rs, rs).
Abração!

José Domingos Raffaelli disse...

Caro Érico,

Repito o que escrevi outras vezes: sua stamina é impressionante, você não pára, prosseguindo em sua inacreditável produção a jato de resenhas eivadas de observações judiciosas, sempre adequadsas.
Já escrevi e repito: você lembra-me de Nat Hentoff nos anos 50,
quando era o incansável editor da Down Beat. O homem era uma fera, em 1956/57/58 resigiu cerca de 300/350 críticas, como constam nos respectivos livros anuais que a referida publicação editou naquele período.

Depois disso, nada que possa escrever acrescentaria algo positivo ao seu trabalho.

Como dizem os americanos, your work speaks for itself. Parabéns e keep swinging,
Raffaelli

Érico Cordeiro disse...

Mestre Raffaelli,
É sempre uma honra e um prazer tê-lo a bordo - e fico honradíssimo com suas (bastante exageradas, por certo)
palavras. Que bom que tenhamos os Hentoff, os Gitler, os Gleason, os Feather, os Crouch e, sobretudo, os Raffaelli a nos abrir caminhos e nos dar a melhor direção possível!!!
Sem mestres como vocês, a audição dos grandes nomes do jazz certamente seria bem menos prazerosa!!!!
Um fraterno abraço e, mais uma vez, obrigado pela presença físico-virtual e espiritual - há muito de você em cada resenha que escrevo!!!!

Sergio disse...

Manhã cinzenta k também, porém, já começam a se abrir alguns claros azuis por entre as nuvens – o que vem sempre a ser melhor, claro, que buracos os negros...

O Philly é o cidadão das "pancadas de amor não doem" - ele espanca com carinho, precisão e requinte de detalhes. O álbum, já o havia descoberto em conversas anteriores a cerca de qual seria a melhor Philly postagem para o J+B+. Excelente escolha, san. Show Case, recomenda-se ouvi-lo de babador. Embora ouvidos não babem, o cérebro costuma comandar uma produção extra de saliva em casos assim.

Mas, rebelde que sou, ouço (e ouvia enquanto lia) uma outra descoberta incrível "Infinity" de 2008 do Wayne Wallace. Latin jazz de responsa Che!

Agora estou com um problema extra, seu san: como prender-me, mesmo que sejam álbuns brilhantes tal qual Show Case e este agora, Infinity, se todo dia, muitas vezes por dia em dias felizes, encontro outras criaturas fantásticas pra me apaixonar? Conheces o magnífico “Home Stretch Blues” 1972 de Michael Garrick, mestre san? Meu caro, desde a capa, à última faixa, que obra sacra! Acho que está na hora de requerer salário digno a quem de direito, pra lidar com essa problemática de alto graal de dificuldade, concordas – ou amarras com barbantes e colas?

Salsa disse...

Prezado Érico,
Sempre que abro a sua página (exclusivamente) aparece uma mensagem sobre um script que não deixaria o adobe funcionar direito - às vezes trava. Sabe do que se trata?
Em tempo: Assino embaixo do que escreveu o mestre Rafaelli

Érico Cordeiro disse...

Mestres Sérgio e Salsa,
Ao primeiro, digo que a imagem "pancadas de amor não doem" é ótima e diz tudo. Quanto ao Garrick, confesso a minha ignorância, mas vou tratar de ir atrás da obra do cidadão (a recomendação tem grife). Bom, Mr. San, és um volúvel - descobres coisas maravilhosas e ainda reclama do salário (rs, rs, rs).
Mr. Salsa, sou um analfabítico (analfabeto em bites). Não tenho tido esse tipo de problema e o meu navegador é o Chrome, que tem sido bem bacanudo nos últimos tempos (não uso mais o Explorer), ao lado do Mozila. Portanto, não sei o que fazer. Tenta trocar o navegador, ok? (O Chrome é bem fácil de instalar e mais ainda de navegar).
Abraços aos dois!

Andre Tandeta disse...

Erico,
esse é "O Cara". Tio Joe nesse disco tem performances literalmente estratosfericas. É um dos discos que mais ouvi em minha vida. Caso se interesse fiz uma resenha sobre Tio Joe no CJUB,tentarei descolar o link pra voce.
Alem disso "Showcase" ainda conta com a participação do espetacular Pepper Adams,como sempre um total arraso.
Raffaelli tem com toda a certeza varias historias com Tio Joe como personagem principal e poderia nos brindar com algumas.
Abraço

Érico Cordeiro disse...

Mestre Tandeta,
dei uma passada no CJUB e, de logo, peço permissão para reproduzir neste post um trecho do seu artigo, que está em http://charutojazz.blogspot.com/search?q=philly+joe+jones.
Valeu mesmo e um grande abraço!

Sergio disse...

Mr. Érico, Michael Garrick (inglês) é daqueles nomes q me são familiares há muito, mas q tbm eu nada sabia a respeito. Vale muito uma atenção especial, no mínimo, só pra saber. Adiantando já que é um jazz próximo ao estilo de Egberto Gismonte (foi o exemplo mais próximo da gente q encontrei na pressa). Melodioso quase sempre, mas bastante experimental. O cara, antes de ser músico, formou-se em literatura inglesa e gosta de misturar todos os elementos que formam sua diversidade cultural. trabalhou com freqüência com vanguardistas tipo Ian Carr e outros da mesma praia. Daí acho q fazes uma noção.

Se quiseres uma prova te mando com prazer.

Érico Cordeiro disse...

San boy,
Dei uma sacada no Amazon e tem um disco do cara a duas doletas!!! Acho que vou me arriscar! Obrigado pela dica - esse álbum não tem prá vender - e se quiser mandar uma prova, seja bem-vindo!
Abração!

Andre Tandeta disse...

Erico,
voce tam permissão total,edite e corrija o que achar necessario. Fico feliz de poder somar no nosso barzinho.
De todo modo um outro caminho ou link pra chegar la no post do CJUB:
http://charutojazz.blogspot.com/2008/03/eles-terceira-parte.html
Abraço

Érico Cordeiro disse...

Valeu, mestre das baquetas, pratos e escovinhas!

José Domingos Raffaelli disse...

Érico, André Tandeta aka Frank Butler e a quem mais interessar:

A pedido do querido amigo Frank Butler, aí vai uma historinha sobre Philly Joe Jones.

Junho de 1956, estava eu no Half Note Café, da família Canterine, de saudosíssima memória, ouvindo o quinteto clássico de Miles Davis com Coltrane, Red Garland, Paul Chamvers e Philly Joe Jones - alguns batisaram o conjunto de O QUINTETO.
Era verão e o calor comia solto, tods suavam muito. Eu ouvia embevecido o quinteto cuja música fascinava-me tanto que nem notava o tempo passar. Devido ao calor, Philly Joe tocava sem camisa botando suor pelo ladrão, dando um show de domínio instrumental, alternando seus solos em movimentos circulares pelos tambores, em vez do habitual rodízio entre pratos e tambores. Numa mesa da frente, eu literalmente babava de entusiasmo e emoção. Todos estavam em ótima forma e Miles (acredite quem quiser)estava de bom humor, até sorriu umas três ou quatro vezes.
Até que, durante One Bass Hit, Philly Joe começou um longuíssimo solo utilizando somente os pés, mantendo os braços cruzados. Ele fez "misérias" com os pés, arrancando delirantes aplausos do público e dos músicos presentes (reconheci Charles McPherson, Bill Crow, Donald Byrd e Rodney Jones).

Após esse longo solo com os pés, Philly Joe encerrou incrementando com maior intensidade o som que extraía com os pés. O Half Note quase veio abaixo e, após os aplausos cessarem, Phily Joe levantou-se, foi ao microfone e disse: "Dedico este solo ao eminente crítico Nat Hentoff, aqui presente. Nat, que estava numa mesa, levantou-se e foi abraçá-lo. Nesse momento, Paul Chambers (que era um gigante com mais de dois metros)literalmente rolou com um quase interminável acesso de riso, obrigando Miles Davis a retardar por alguns minutos o início do tema seguinte.
Intrigado pelo riso de Chambers, que, cujo aspecto de um garotão recém chegado a New York, no intervalo perguntei-lhe porque rira tanto e ele não se fez de rogado: "Foi por causa da cara que fez o Hentoff. Ele escreveu que Philly Joe não sabia acompanhar usando os pès e recebeu o troco. Ainda estou rindo com a cara do Hentoff", arrematou indo em direção ao camarim.

Esta é a lembrança daquela noite inesquecível do verão de 1956 na Big Apple. Bons tempos que nção voltam mais.

Mr. Butler, hope you enjoy!

Keep swinging,
Raffaelli

HotBeatJazz disse...

Ô¬Ô

Mr. Seu Érico,

tudo já foi dito, como sempre. Ando chegando atrazado de maneira contumaz e imperdoável. A acrescentar somente um link para aqueles de desejem ouvir o álbum na íntegra, está em uma repostagem no HBJ, na página de comentários pode se obter o caminho das pedras que levarão o ávido leitor a viabilizar a escuta desta gema do grande Phylli Joe http://hotbeatjazz.blogspot.com/2010/02/philly-joe-jones-showcase-1960.html

Abraços amigo

Ô¬Ô

Andre Tandeta disse...

Meu querido Raffaelli,
historia maravilhosa e que mostra bem de quem estamos falando. Lembro que uma vez comentei com o tambem super baterista Lewis Nash que eu tinha verdadeira idolatria pelo Tio Joe e ele comentou:"Me too,he was a King."
E aproveito pra pedir ao Raffaelli algumas sugestões de gravações do Frank Butler. Na verdade acho que só conheço a participação no disco "Seven Steps To Heaven". Estou curioso pra saber porque dessa identificação . Desde ja agradeço.
Abraço

PREDADOR.- disse...

Como já disse outras vezes, agora repito: assim mr.Cordeiro,eu não aguento! É uma produção incrível de textos, parecendo o disparo de uma metralhadora, aos borbotões, sem parar. Como disse, e muito bem dito acima mr.Raffaelli: "você não para, prosseguindo em sua inacreditável produção a jato de resenhas...". Vejam só, postagem do dia 10/05, i.e, hoje, e já com 16 ou mais posts. É mole? Que mais dizer de Philly Joe. Ótimo é pouco. Dá-lhe mr.Tandeta!

Ana Tapadas disse...

Que blogue interessante!
Obrigada pela visita.
Eu gosto muito do LONGITUDES.
Vou levar, encantada, o teu link.
Beijo

Érico Cordeiro disse...

Caros Raffaelli, Mauro, Frank Tandeta Butler, Predador e Ana, a quem desejo que se junte à nossa confraria e dou um seja bem-vinda todo especial (espero vê-la sempre por aqui)!!!!
Pois é, o barzinho continua a pleno vapor e ao som de Tio Joe fica ainda mais legal - sobretudo porque os amigos estão dando a maior força, com visitas e comentários!
As histórias do Mestre Raffaelli, testemunha ocular e auditiva da história do jazz, são sempre deliciosas - obrigado ao Tandeta pelo pedido e ao Raffaelli por ter dividido conosco esses verdadeiros causos.
Essa história parece com a de Pelé, num jogo em que o meu Vasquinho metia 2 x 0 e o zagueiro Fontana teve a infeliz idéia de atazanar o Rei e ficava toda hora perguntando "E aí? Cadé o tal do Rei do Futebol?". Faltando pouco menos de 5 minutos, Pelé fez dois gols, empatou a partida e ainda debochou do Fontana, entregando a este a bola do jogo e dizendo "Leva pra sua mãe e diz que é um presente de rei".
Um fraterno abraço a todos e muito obrigado pelas presenças sempre auspiciosas!!!!

IGOR OLIVEIRA disse...

Erico,

Passando pelo seu blog após sua visita ao meu.

Parabéns pelo trabalho. Isso não é post, é aula.

Sobre o Victor Assis Brasil, Trajeto é um disco incrível mesmo. Essas reedições que a Atração está fazendo são muito importantes para o resgate do jazz brasileiro.

Vamos manter contato.

Já linkei seu blog nos meus blogs recomendados.

Abraço,

Igor Oliveira
http://igordroog.blogspot.com/

José Domingos Raffaelli disse...

Caro Andre Tandeta aka Frank Butler,

Dos poucos discos que conheço do de seu homônimo, posso mencionar os seguintes:

* "Complete Studio Recordings of the Curtis Counce Quintet" with Jack Sheldon, Harold Land, Carl Perkins, C. Counce & Butler (CD duplo da Gambit Records, cujos lançamentos originais foram pela Contemporary. A esse respeito, leia o que escrevi no final.

* "Xanadu in Africa", com Al Cohn, Billy Mitchell, Dolo Coker, Leroy Vinnegar e Butler- ao vivo. No LP há uma foto gozadíssima na qual Butler (era piradão e tremendamente gozador) coloca sua mão atrás da cabeça de um africano aparecendo apenas os dedos indicador e mínimo, na clássica indicação de "c---o" enquanto os demais espectadores morrem de rir.

* Art Pepper "Intensity" (excelente), com Dolo Coker, Jimmy Bond e Butler (Original Jazz Classics, original Contemporary)

* Art Pepper "Smack Up" (notável), quinteto com Sheldon, Butler e outros que não lembro agora. "Las Cuevas de Mario" é sensacional!

Nota: Os CDs "Landslide" e "You Get More Bounce with Curtis Counce" (ambos Contemporary azem parte do Complete Studio Recordings of C. Counce quintet", o primeiro acima mencionado.

Sei que F. Butler gravou um LP em seu nome, penso que nos anos 80, porém nunca ouvi e muito menos vi sua capa.

Sinto não oferecer maiores possibilidades de escolha, mas nesse departamento nosso querido editor-mestre Érico certamente tem maiores e melhores informações.

Keep swinging,
Raffaelli

Érico Cordeiro disse...

Prezados Igor (a quem dou um seja bem-vindo especial) e Raffaelli,
Ao primeiro, convido-a a se agregar à nossa confraria virtual e espero tê-lo a bordo muitas vezes!
Ao segundo, complementando a informação, digo que além dos trabalhos com Miles Davis, Curtis Counce e Art Pepper (tenho o "Seven Steps To Heaven", o "Landslide" e "You Get More Bounce with Curtis Counce" (da louraça na capa) e o "Intensity" - que ouço nesse instante), o Butler foi bastante ativo no cenário da Costa Oeste, tendo atuado em ótimos discos (Elmo Hope Trio - Elmo Hope, The Fox - Harold Land, For Real - Hampton Hawes, Newborn Touch - Phineas Newborn e Red Alert - Red Garland).
O que chama a atenção, pelo menos nesses discos é que o trabalho com os pratos é muito vigoroso. Pena que não possuo os discos lançados pela Xanadu. É por isso que a listinha não pára de crescer (rs, rs, rs).
Abraços aos dois!

José Domingos Raffaelli disse...

Caros Érico e Tandeta,

No afã de relacionar CDs de Frank Butler, esqueci que tenho "The Fox" (memorável com a presença do enigmático trompetista Dupree BOlton) e "The Newborn Touch". Isso é que dá por escrever num compuitador que não está em minha residência, mas no escritório do meu filho, não podendo consultar meu acervo.

Keep swinging,
Raffaelli

Andre Tandeta disse...

Muito obrigado ,Raffaelli.
Acrescento "For Real" ,disco de Hampton Hawes contando ainda com Harold Land e Scott LaFaro.
Dei uma ouvida com atenção e realmente o homem é muito bom .
Só não entendi bem onde esta a semelhança entre eu e ele. Pra mim é uma total surpresa pois eu só conheço esse disco "For Real" e o ja falado "Seven Steps To Heaven". Mas de todo modo fico feliz de ser comparado com um grande musico como ele .
Erico,
voce conhece o filme "O Advogado do Diabo",com Al Pacino no papel do proprio ,em uma atuação espetacular?
Nesse filme ,bem no final,o Demo diz "a vaidade sempre foi meu pecado favorito". Então depois desse post com direito a um exgerado "hiperbaterista" fico muito preocupado,afinal .....
Convite,pra quem mora ou esta no Rio:hoje ,a partir das 19:30,no bar do hotel Ouro Verde ,na Av.Atlantica,proximo ao Lido, estarei tocando no trio do guitarrista Victor Biglione ,junto com Sergio Barrozo.
Abraço

Érico Cordeiro disse...

Mestre Raffaelli,
o The Fox é realmente um discaço! E impressionante a performance do Dupree Bolton, um tompetista tão obscuro que quase não há informações sobre ele. Uma pena, pois ele simplesmente arrebenta nessa gravação!
Mestre Tandeta,
Não se pode falar em vaidade, quando o que se faz é apenas uma constatação (já esqueceu que eu tenho o disco do Victos Biglione interpretando Tom Jobim, no qual V. Sa. detona?).
De qualquer forma, se você quissr, posso te pandear os discos The Fox, Red Alert, Elmo Hope Trio e Newborn Touch, onde o Butler atua.
E que pena eu não estar aí no Rio, senão ia assistir ao Victor Biglione Trio, com toda certeza!
Abraços aos dois!!!

José Domingos Raffaelli disse...

Caríssimo Tandeta,

Quando chamo-o de Frank Butler, não refiro-me a qualquer semelhança entre vocês, somente os associo pelo fato de serem extraodinários bateristas, cada qual na sua área.

Keep swinging,
Raffaelli

ts disse...

Seu Érico:
Complementando o desafio:
Gil Goldstein, piano; Tom Scott:tenor (além do Phil Wodds e do Randy Brecker).
Será?
Abraço,
Takechi

ts disse...

Seu Érico:
Acabo de ouvir um disco do Chick Corea e descobri o nome da música: Tones for Joan's bones!
Caramba!
Takechi

Érico Cordeiro disse...

Mestre Rafaelli, acho que o Tandeta vai ficar contente com o elogio!!!

E A PROMOÇÃO JAZZ + BOSSA TEM UM VENCEDOR: HABEMUS VICTOR

É isso aí, Mr. Takeshi!
O disco é o Bebop United, do Tom Scott e além dos mencionados Gil Goldstein, Woods e Brecker, temos também o Ronnie Cuber no sax barítono!
P A R A B É N S!
Por favor, me encaminhe um e-mail com seus dados, para que eu possa providenciar a remessa do cd!O meu é ericorenatoserra@gmail.com
Além disso, agora você já faz parte da "família jazz + bossa" e tem que se comprometer a estar presente aqui no barzinho sempre, ok?
Um grande abraço!!!!!

pituco disse...

grande érico san,

pôxa, tá difícil, mas consegui acesse tua página do jazzmaisbossa...ufa

infelizmente, não consegui abrir a radiola e ouvir os áudios postados no final dessa resenha, invariavelmente, piramidal...

perfavore, facilita pra nós, fâs e frequentadores desse teu 'latifúndio virtual'.

abrçsons

Andre Tandeta disse...

Erico,
em primeiro lugar parabens ao Takeshi. E ao Mauro,que quase chega la.
E uma correção pra uma dica que voce deu la em baixo:Randy e Michael Brcker nunca tocaram com Oliver Nelson. Tocaram com Horace Silver,juntos e tambem separados.
Vou colocar um "Blidndfold Test" la no CJUB,gostei da ideia.
Abraço

figbatera disse...

Oi Érico, estive viajando e sem ler o blog; agora aqui encontro esta magnífica resenha sobre o Philly Joe Jones, um presentaço!
Se tiver tempo, vc pode "pandeá-lo" pra mim?
Desde já, obrigado!
Agradeço, tbm sua visita lá meu bloguinho.
Abraço.

Érico Cordeiro disse...

Mestres Pituco, Tandeta e Fig,
Sejam bem-vindos,
Ao primeiro, digo que não sei o que acontece. Aqui está tudo normal - não tenho tido dificuldade em acessar o blog. Talvez seja algum problema no blogger ou no navegador - sinceramente não sei o que fazer, a não ser torcer para que o problema seja logo resolvido.
Mr. Tandeta, não disse que o Randy e o Michael Brecker tocaram com o Oliver Nelson, mas sim que "O trompetista é uma das revelações dos anos 70 e tanto ele quanto o tenorista tocaram com Oliver Nelson", ou seja o Randy e o tenorista do disco, no caso o Tom Scott. O disco em que eles atuaram sob a liderança do saudoso Oliver Nelson é o "Black, Brown And Beautiful", de 1970, que é uma homenagem a Martin Luther King e que conta com um cast estelar.
Mr. Fig, tá perdoado!!! Afinal, não é todo dia que se pode assistir - e tocar - com feras daquele naipe (rs, rs, rs). Sexta-feira estarei anteciPando uns mimos prá galera!
Abraços aos três!

pituco disse...

pois então, érico san,

continua a espera pra que a página libere o acesso (há algum script que torna tudo congelao)

bem,
curioso, que a radiola dessa postagem e a que contia o desafio (já com vencedor) continuam não abrindo...ou seja, não consigo ouvir...embora, as de outras postagens funcionam normalmente...não entendo???????

é isso aí,
abraçsons

Érico Cordeiro disse...

Mr. Pituco,
Não sei o que pode ser.
Talvez o Mauro consiga explicar - vou pedir "apoio logístico".
Que pena!

ts disse...

Seu Érico:
Obrigado! E obrigado ao Tandeta também.
O desafio foi muito divertido e instrutivo.
Não teria conseguido nada sem todos vocês, freqüentadores desse fantástico boteco! (Também, com todas as pistas do Érico e do Mauro, até mesmo eu, um humilde jazzófilo -- mas nunca um jazzólogo como vejo aparecer às pencas por aqui -- conseguiria).

Confesso que fiquei surpreso com o Tom Scott fazendo um disco tão "jazz". (Conheço-o de alguns discos "fusion", que pouco me agradaram. Sem ofensas aos que gostam do gênero, parece que há vida mesmo no "fusion"!).
E o arranjo da música, de quem é? Do Oliver Nelson evidentemente não pode ser, embora eu tenha ficado com a impressão de que tinha um dedo dele lá! É do Phil Woods?
Abraço,
Takechi

José Domingos Raffaelli disse...

Caro Érico,

Dupree Bolton foi outra história aparentemente inverossímel dentre as inúmeas que o jazz conheceu.

No texto da edição original de "The Fox", o autor refere-se a ele mais ou menos nestes termnos:

"Harold Land descobriu-o numa jam session, ficou tão impressionado e chamou-o para essa gravação. No estúdio ele quase não falou. Não sabia onde e quando nasceu, apenas disse que saiu de casa muito jovem e perambulou pela vida em inúmeros lugares"

Li certa vez que Dupree Bolton passou parte da vida mais preso do que solto devido a sucessivas condenações por uso de maconha.

Na internet encontrei uma matéria sobre ele com foto, ficando muito impressionado com seu deplorável estado físico, além da sua fisionomia ser bastante diferente da grande maioria dos seres humanos normais. Faça uma busca no nome dele e encontrará essa matéria. Ele teve um triste fim, sem dúvida, mas foi um estupendo trompetista.

Keep swinging,
Raffaelli

Sergio disse...

Mr. Érico, que discaço é esse do Tom Scott! Pode crer, tão bom como todos os titulares de suas excelentes postagens. A expressão que me veio ao ouvi-lo foi "melancolicamente feliz". E sensual à vera!

E que delícia é a versão de His Eyes, Her Eyes do The Thomas Crown Affair (dos Bergmans e Michel Legrand)!... Claro q pra saber q trava-se de música da trilha do filme - de ótima versão tbm no cinema, coincidentemente – tive que consultar os meus alfarrábios. Sorte grande (não desconsiderando os conhecimentos) do Sr. Takechi. que acertou o desafio. Leva pra casa, melhor ainda, recebe em casa essa obra-prima no original! Parabens, moço! Deu se muito bem.

Mas uma dúvida me assalta a cerca do Sr. Takechim, por falar em filmes: será que ele sabe por onde anda o Senhor Miyagi?

figbatera disse...

Amigo Érico, já consegui baixar as músicas do álbum através do Mauro (HotBeatJazz), dispensando-o pois de pandeá-lo pra mim.
E aí, Tandeta, o que vc acha do pequeno "erro" no final do solo do Philly em "Battery Blues"? A gravação é "ao vivo? Eles se saíram bem, mas fiquei curioso.
(Ou o "errado" sou eu?)

Érico Cordeiro disse...

Caros Takechi, Raffaelli, Sérgio e Fig,
Ao primeiro, reitero tanto os parabéns quanto o convite para se agregar em definitivo à confraria jazz + bossa.
Ao segundo, só digo que um músico daquele quilate merecia melhor sorte. Vou procurar na internet maiores informações.
Seu San, só um esclarecimento: o disco que foi objeto do desafio é o Drums Around The World, do Philly Joe Jones. O do Tom Scott, infelizmente, só via Pando, o qual já está a caminho.
Quanto ao pequeno "erro" do Tio Joe, só o Tandeta prá comentar!
Abração aos quatro!!!

Sergio disse...

intonces nintendi nada. Pensei q o desafio era adivinhar os músicos do disco do Tom e que se ganhva com o acerto o disco do Tom Scott - e que capa linda! Mas qualquer disco vindo da Casa Érico Cordeiro é obrigatório.

Érico Cordeiro disse...

Mr. Seu San,
Dá uma lidinha direito lá no "regulamento" do desafio. Tá escrito assim:
"o primeiro amigo que acertar os nomes de três dos oito músicos que atuam na faixa postada na radiolinha abaixo receberá, gratuitamente, “sem qualquer custo de armazenagem, frete, seguro ou capatazia”, um exemplar novinho em folha – lacrado – do cd “Drums Around The Wolrd”, do mago das baquetas Philly Joe Jones, que conta com as participações estelares de Lee Morgan, Cannonball Adderley, Benny Golson, Wynton Kelly e muitos outros".
Pois é, o disco é o do Philly Joe, o qual será encaminhado hoje mesmo pro Takechi!
Mas o outro já viajou pandarosamente (rs, rs, rs).
Abração!

figbatera disse...

Érico, o pequeno "erro" a que me referi, não foi do Philly, mas do trompete que, me pareceu, entrou antes da hora, ou dos outros metais que o pegaram "pelo rabo", observe.
Obrigado pela remessa do Tom Scott - já baixei e estou curtindo (ah!me informe o nome de todos da banda)
Abraço!

Érico Cordeiro disse...

Então tá explicado, Seu Mr. Fig - como eu não sou músico, prá mim tá tudo "bacanudo" - rs, rs, rs!
Abração!!!!

Andre Tandeta disse...

Erico e Fig,
"Battery Blues" : depois desse maravilhoso solo do Tio Joe acho que qualquer coisa que viesse estaria bem. Ele criou um verdadeiro momento magico de musica na bateria.
Mas vou tentar uma explicação do que ocorreu: depois de alguns choruses(cada chorus são 12 compassos) de solo de bateria os sopros voltam tocando o tema mas como background para o ultimo chorus da bateria. Blue Mitchell toca as duas primeiras notas um pouco fortes, talvez achando que o tema recomeçaria ali ,mas logo se acerta e segue junto com o naipe numa dinamica mais baixa. Não vejo como erro , mas mesmo que fosse acho que esses caras errando são melhores do que a maioria acertando.
Abraço

figbatera disse...

Valeu, Tandeta, concordo inteiramente com o seu comentário.
Digamos que não foi mesmo um "erro", apenas um pequeno "vacilo".
Qualquer um, mesmo os gênios, está sujeito o isto.
Vamos ouvir de novo; o álbum todo é mesmo sensacional!

Andre Tandeta disse...

É isso ai Fig.
E quantos discos absolutamente "certinhos" e "perfeitinhos" que não podem sequer se aproximar desse ,tão repleto de MUSICA.
Abraço

Érico Cordeiro disse...

De volta ao barzinho e contente por participar deste diálogo de "feras" - o computador já chegou, consertadinho, e já estou anteciPando o Roland Hanna!
Abração aos dois amigos!

APÓSTOLO disse...

Prezado ÉRICO:

Alguns séculos atrasado na visita a esta sua resenha, deparei-me com um texto superior, uma escolha de gravação idem e um rosário de comentários/respostas absolutamente pertinentes, esclarecedores e com ótimos ensinamentos, particularmente os do nosso grande ANDRÉ TANDETA.
As histórias de mestre Raffaelli são sublimes e bem humoradas recordações de uma "VIDA", vale dizer, de emoções com que ele nos brinda.
Siga ÉRICO, siga com essa veia de pesquisa, informação fluente, musicalidade, vontade permanente de curtir a ARTE POPULAR MAIOR.
Obrigado ! ! !

Érico Cordeiro disse...

Mestre Apóstolo,
Seja mais que bem-vindo.
É por isso que o barzinho tem dado certo: por causa dos muitos amigos que sempre aparecem para dar a sua contribuição! E você é dos mais queridos e atuantes. Obrigado mesmo!
Quanto ao Philly Joe, acho que o Raffaelli, o Tandeta e os demais amigos já disseram tudo: é um gênio!
Abração!

Anônimo disse...

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