Amigos do jazz + bossa

sexta-feira, 14 de maio de 2010

O ARISTOCRÁTICO ROLAND HANNA



O pianista, arranjador, educador musical e compositor Sir Roland Pembroke Hanna nasceu no dia 10 de fevereiro de 1932, em Detroit, Michigan e desde a mais tenra infância demonstrou enorme interesse pela música. Seu pai era pastor batista e saxofonista amador, além de grande entusiasta das gospel songs e dos spirituals, que o pequeno Roland ouvia com freqüência em casa e na igreja. Também ouvia muito rythm’n blues e, sobretudo, o jazz produzido pelas big bands de Duke Ellington e Count Basie. Suas primeiras influências ao piano foram Art Tatum e o decano dos pianistas de Detroit, Hank Jones.

Aos oito anos, iniciou os estudos de piano clássico com a Sra. Josephine Love, prosseguindo sua formação na célebre Cass Technical High School, onde estudaram vários outros jazzistas da Cidade dos Motores, como Doug Watkins, Donald Byrd e Paul Chambers. Naquela escola, Hanna teve uma breve experiência com o sax alto e o cello, mas logo voltou a se dedicar, com exclusividade, ao piano.

Após finalizar os estudos, o pianista alistou-se no exército, onde permaneceu por dois anos, entre 1950 e 1951, tendo se integrado à United States Army Band. Concluído o serviço militar, Hanna tocou por algum tempo com o trompetista Thad Jones, cujo grupo era atração fixa no clube Blue Bird Inn, em Detroit. Ao mesmo tempo, decidiu investir pesadamente na sua formação musical, tendo estudado na Eastman School Of Music, de 1953 a 1954, mas experiência foi frustrante, porque ali não era permitido o estudo de jazz. Em 1955, já casado com Ramona Woodard, mudou-se para Nova Iorque, a fim de estudar na célebre Juilliard School Of Music.

Paralelamente aos estudos, Hanna começava a desenvolver uma prolífica carreira como acompanhante. Benny Goodman o contratou, em 1958, para acompanhá-lo na edição daquele ano do Newport Jazz Festival e em uma pequena turnê pela Europa. No ano seguinte, tocou com Charles Mingus em uma temporada no clube Half Note, além de ter acompanhado o baixista nos álbuns “Shoes of the Fisherman’s Wife” (gravado em 1959 para a Columbia, mas lançado apenas em 1971) e “Pre Bird” (Verve, 1960).

O trabalho com Mingus seria marcante na vida do pianista, que nas décadas de 70 a 90 seria um regular colaborador da orquestra Mingus Dinasty, dedicada à preservação da obra do genial contrabaixista e compositor. Outro fato marcante foi a gravação do primeiro álbum como líder, “Easy to Love” (Koch Records, 1959), ao lado do baixista Ben Tucker e do baterista Roy Burns. No final dos anos 50, Hanna costumava se apresentar regularmente, com seu trio, no Five Spot.

A partir do início dos anos 60, ele tocaria com gente do calibre de Kenny Burrell, Art Blakey, Benny Carter, Joe Williams, Jimmy Knepper, Coleman Hawkins, Freddie Hubbard, Joe Pass, Phil Woods, Joe Henderson, Sonny Stitt, Elvin Jones, Pepper Adams, Stephane Grappelli, Jim Hall, Dexter Gordon, Don Sebesky, Gene Ammons, Dave Holland, Daniel Humair, Red Rodney, Paul Desmond, James Newton, Chet Baker, Ron Carter, George Mraz, Arthur Blythe, Carmen McRae, Louis Smith, Stanley Turrentine, Helen Merrill, Richard Davis, Al Hibbler, Ed Thigpen e Sarah Vaughan, de quem foi diretor musical por algum tempo.

Outra associação importante – e bem mais duradoura, foi com a Thad Jones-Mel Lewis Orchestra, atração fixa nas noites de segunda-feira, no Village Vanguard, com quem permaneceu entre 1967 e 1974. Em 1971, Hanna fundou o New York Jazz Quartet, juntamente com Ron Carter, Frank Wess e Ben Riley, ao lado de quem gravaria alguns álbuns e faria diversos concertos, sobretudo no Japão, onde o combo gravou, em 1975, os dois volumes do “In Concert In Japan”.

Entre 1968 e 1969, o pianista fez diversos concertos em benefício das crianças da Libéria, um dos países mais pobres da África, e que renderam cerca de 100 mil dólares. Como forma de agradecer o engajamento nessa causa humanitária, o presidente liberiano William Tubman agraciou-o com o título de cavaleiro, em 1970, razão pela qual, desde então, exibe-se pelo mundo afora com o prestigioso título de Sir Roland Hanna.

Autor de quase 400 composições, incluindo jazz e música erudita, suas obras foram interpretadas por importantes orquestras norte-americanas e européias, como a Swedish Symphony Orchestra of Norrkoping, a Eastman Symphony Orchestra, a American Composers Orchestra, a Lincoln Center Jazz Orchestra, a Smithsonian Jazz Masterworks, a Detroit Symphony Orchestra e a National Symphony Orchestra.

Também trabalhou em musicais da Broadway, como “Maya the bee” e compôs os ballets “Desert Knights” e “My name Is Jasmine But They Call Me Jaz”, além de uma “Sonata For Chamber Trio and Jazz Piano” e de uma “Sonata For Piano and Violin”, e suas músicas de câmara foram executadas por grupos de prestígio, como o New York Philomusica Chamber Ensemble e o Sanford Allen Chamber Ensemble. Nos anos 80 participou de uma memorável excursão à Europa, ao lado de gigantes como Al Grey, Clark Terry e Buddy Tate.

Sua discografia supera a marca de 40 álbuns, lançados por selos como LRC, Storyville, Audiophile, Black Hawk, Concord, Inner City, Koch, MPS, Enja, CTI e Venus. Um dos mais belos registros de sua arte refinada é o pouco conhecido “Impressions”, gravado para o pequeno selo francês Black & Blue, no dia 14 de julho de 1979, no Black & Blue Open Air Studio, em Nice e que faz parte da série “The Definitive Black & Blues Sessions”.

Secundando o pianista, estão os ótimos Major Holley (baixo) e Alan Dawson (bateria). O disco também traz uma faixa bônus, gravada no dia 17 de julho do mesmo ano (desta feita, a gravação ocorreu no Miraval Studio, em Brignoles), sendo que aqui os acompanhantes são os não menos talentosos George Duvivier (baixo) e Oliver Jackson (bateria).

Sobre o selo Black & Blue, criado em 1963 por Jean-Marie Monestier e Jean-Pierre Tahmazian, permita-se um adendo. Trata-se de uma gravadora pequena, mas que possui um trabalho monumental no resgate da obra de grandes músicos, que nos anos 60 e 70 andavam meio esquecidos. Em seu catálogo, constam álbuns de gente como Al Casey, Slam Stewart, Sammy Price, Jay McShann, Pinetop Perkins, Arnett Cobb, Teddy Wilson, Budd Johnson, Eddie Cleanhead Vinson e muitos outros.

“I Love You”, de Cole Porter, abre o disco de maneira esfuziante, calcada no swing dos anos 30. Holley exala confiança, cimentando com muito dinamismo e elegância o sensacional duelo entre a bateria vibrante de Dawson e o piano arredio de Hanna. Composta em 1928, “Lover, Come Back to Me”, de Oscar Hammerstein e Sigmund Romberg, ganhou um arranjo alegre, tributário dos cabarés e speakeasys dos anos 20, com os três mestres brincando com os respectivos instrumentos, adicionando um inesperado goove à infecciosa melodia.

Uma das duas únicas performances solo do álbum, “Body and Soul” é executada de modo intimista por Hanna, que em algumas passagens conjuga o lirismo comedido de Bill Evans com a exuberância harmônica de Erroll Garner. Tom Jobim disse, certa vez, que o Brasil não é para principiantes. O mesmo pode ser dito sobre “Impressions”, de John Coltrane, que aqui recebe uma de suas mais extraordinárias interpretações. O líder ataca o piano subversiva e caudalosamente, com uma fúria rítmica que poderia intimidar seus acompanhantes, não fossem eles músicos de tão elevada categoria. A sólida condução de Holley e a criatividade percussiva de Dawson mantém a coesão do tema, em que pese as incontáveis variações harmônicas engendradas por Hanna.

Também executada apenas pelo pianista, “The Lonely Ones” é um blues de sua autoria, que lembra as composições de Duke Ellington. Fantástica versão de “What a Difference A Day Made”, em tempo mais rápido que o usual, retirando-lhe um pouco da carga emocional dada por Dinah Washington, mas agregando-lhe um novo colorido melódico. A introdução quase espectral, a cargo de Hanna, e a furiosa percussão de Dawson, que parece se divertir à larga, são os maiores destaques.

“Drinkin' Wine Slowly” é a segunda composição de Hanna presente no set e pode ser descrita como um post bop delicadamente latino, com várias citações à música erudita, em especial ao “Lago dos cisnes”. A atuação de Holley merece todos os encômios. O trio revisita “All Blues”, a emblemática composição de Miles Davis, de forma pouco reverente e bastante intrigante, com direito a uma discreta textura oriental e a uma aula de stride piano por parte do líder.

Na última música do álbum, Holley e Dawson dão lugar a George Duvivier e Oliver Jackson. Uma das mais belas e menos conhecidas jóias da ourivesaria dos irmãos George e Ira Gershwin, “Isn't It A Pity” foi imortalizada na voz de Sarah Vaughan e recebe aqui um arranjo bastante sóbrio, com Hanna acariciando as teclas do piano com extrema delicadeza. Duvivier e Jackson são músicos experientes, de elevado gabarito técnico e, sobretudo, de enorme sensibilidade, o que proporciona uma audição emocionada. Um disco fabuloso, de um artista idem.

A fim de dar oportunidade a jovens talentos, em 1997 criou o selo RMI, que lançou álbuns de músicos em início de carreira como Yoshio Aomori, Hideaki Aomori e Jeb Patton. Apaixonado pela educação musical, Hanna foi professor em diversas instituições, como a Manhattan School of Music, a Aaron Copland School of Music e a City University of New York. Dentre seus alunos mais célebres estão os pianistas Bernardo Sassetti, Cliff Korman e Henry Butler e o trompetista Greg Glassman.

Nos anos 90, Sir Roland dedicou-se quase que inteiramente à composição e à educação musical, fazendo relativamente poucas turnês e gravações, embora se apresentasse com freqüência no Japão, onde tinha um público apaixonado e fiel. Em 1991, participou da trilha sonora do filme “Febre da selva”, de Spike Lee, composta e executada por Terence Blanchard.

Após uma vida inteira dedicada à música, cujas fronteiras empenhou-se em abolir, Sir Roland Hanna faleceu no dia 13 de novembro de 2002, em Hackensack (Nova Jérsei), vitimado por um ataque cardíaco, causado por uma infecção viral que lhe atacou o coração. Em sua homenagem, a Aaron Copland School of Music organizou um concerto em sua homenagem, sob a direção do saxofonista Jimmy Heath, seu amigo e também professor da mesma instituição.

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31 comentários:

José Domingos Raffaelli disse...

Caro Érico,

E sua produção continua em ritmo acelerado! Caramba, quanta disposição e facilidade em escrever sobre jazz! Parabéns.

Tive o primeiro LP de Roland Hanna, mencionado em sua resenha.

Em 1989, ouvi uma apresentação solo dele na sala satélite do Carnegie Hall, na programação do JVC Jazz Festival.

No final conversamos algum tempo, ele foi super amável. Entre outros assuntos, abordou com propriedade os recursos eletrônicos que os conjuntos pop utilizavam em suas gravações facilitando fazerem e desfazerem o que quisessem com mesas de som de dezenas de canais, possibilidade de refazer solos, alterar andamentos, etc.

Depois dessas considerações, disse-me algo que nunca esqueci: "o que eles fazem no estúdio é uma grande mentira porque no palco não podem repetir nada daquilo por falta desses recursos."

Falou e disse!

Keep swinging, Raffaelli

figbatera disse...

"Impressions". Eu tbm me impressiono com a enorme capacidade produtiva do amigo Érico; o homem é uma "máquina", postando resenhas bem pesquisadas, com abundantes informações e comentários, proporcionando-nos verdadeiras "aulas" sobre o jazz e seus grandes nomes. E gentilmente, ainda, responde a cada um dos comentários de seus frequentadores, visita e comenta nos outros blogs e remete-nos (via pando) os álbuns resenhados. Ufa!
Bem, ainda tem o trabalho, a família, os amigos, etc. Como pode tanta disposição?
Parabéns, meu camarada e obrigado por mais este "show" sobre o Sir Roland!

Hector Aguilera S. disse...

Caro érico, toda una novedad para mí, este músico no lo conocía. Tendré que encontrar algún album de el para poder opinar con mayor conocimiento.
Un saludo cordial,

Érico Cordeiro disse...

Mestres Raffaelli, Fig e Hector,
O barzinho virtual é a minha "cachaça" - faço o possível para vir aqui todos os dias, bater papo com os amigos - as resenhas são tão gostosas de fazer os discos são de ouvir - por isso nem sinto o tempo passar quando estou "mergulhando" na vida desses grandes músicos.
E só por contar com a presença de amigos como vocês o barzinho já vale muito à pena e ajuda a recarregar as baterias.
Concordo com o Mestre Raffaelli, reproduzindo a opinião desse fantástico pianista - a tecnologia deve estar a serviço da música, para torná-la mais bela e não fazer da música uma escrava.
Caro Hector, se você quer ouvir o trabalho maravilhoso do Hanna, sugiro o álbum Concierto, do Jim Hall, onde os dois estão cercados por uma constelação de astros, incluindo Chet Baker no trompete e Paul Desmond no sax alto - imperdível. Mas qualquer disco do Hanna (pelo menos dos poucos que tive a oportunidade de ouvir) vale muito a pena!
Abraços aos três!

pituco disse...

seu érico san,

benne, continua a dificuldade pra acessar teu blog e algumas radiolas não fornecem aquela 'seta do play' pra acioná-las...caso da postagem anterior, p.joe jones e do áudio-desafio...

curiosamente, consigo acionar a radiola dessa postagem...como sempre piramidal

o concierto eu tenho...rs...obrigadão sempre...e tô curtindo agora tom scott...valeô

abraçsons
ps.faço das palavras do mestre rafaelli e do grande fig as minhas

Érico Cordeiro disse...

Valeu, meu embaixador! Postando do celular, porque o computador deu pau. Abs.

Andre Tandeta disse...

Erico,
maravilhoso musico o Mestre Roland Hanna. Aceitamos, prazerosamente,doações.
Quanto ao uso da tecnologia :
é claro que a tecnologia não vai fazer ninguem tocar melhor ,ou aprender a tocar,até porque sabemos que "pro mau !@#$%¨até os *&¨%# atrapalham" . No entanto sem os avanços da chamada tecnologia da informação o mais provavel é que nunca viessemos a nos conhecer,trocar essas ideias tão bacanas e poder receber e mandar,via Pando, esse fantasticos discos. Então o que fica claro pra mim é que havendo substancia, humana e musical,a tecnologia soma,e muito.
Abraço

Salsa disse...

Concordo com Tandeta, mas não posso deixar de concordar com Rafaelli. O som ao vivo nos mosta coisas que o disco não mostra. Já assisti shows em que o som ficou muito superior ao cd (o contrario também ocorre). Gosto da tecnologia, especialmente quando serve para deixar o som o mais natural possível. Uma boa captação e reprodução do som ajuda e muito o performance dos músicos.

Andre Tandeta disse...

Salsa,
não discordei do Raffaelli,apenas acrescentei meu ponto de vista. Em tudo na vida,pra melhor ou pra pior,são sempre as pessoas que fazem a diferença. No caso são os musicos que fazem a musica. E a tecnologia capta,amplifica , ajuda a tornar conhecida mas "quem sabe, sabe". Como escutar aquelas antigas gravações de Charlie Parker,o maior genio do jazz e um dos maiores de toda a musica, não fosse a fantastica musica que ele fazia? Bons musicos fazem boa musica sempre,ou não são bons musicos,simples,não?
Abraço

Salsa disse...

corretíssimo, mr. Tandeta.

Érico Cordeiro disse...

E eu sem computador! Só na sexta pra estar anteciPando o Hanna. A tecnologia deve estar a serviço da arte e não o contrário. Abs!

José Domingos Raffaelli disse...

Caros amigos,

Desculpem entrar com uma notícia sem qualquer relação com este post.

Uma notícias muito triste. Faleceu o grande Hank Jones, o único remanescente dos pianistas revelados a partir dos anos 40.

Não sei a data do óbito, porém logo que tiver a informação passarei a vocês.

Lamento ser portador de uma notícias tão triste,

Raffaelli

Sergio disse...

Lido e todo ouvido com a atenção q o belo álbum exigiu.

Excelente da 1ª a última faixa, seu Érico. Parabéns!

HotBeatJazz disse...

Ô¬Ô

Iria falar deste monstro que é o Roland Hanna, mas esta notícia do falecimento do Hank me tirou a energia. Hank foi um ser-humano que esbanjou beleza, classe e elegância, no trato com as pessoas e na música.

Hank, muito obrigado por todos os momentos de prazer que você me proporcionou e continuará proporcionando, tua obra está aí pra sempre!

Seu Érico, não pude me conter, tive que deixar esta fala, obrigado pelos Pandas macho que chegaram.

Ô¬Ô

Érico Cordeiro disse...

Caros amigos,
Acabo de ler no site oficial do Hank Jones a notícia do seu falecimento. Uma notícia mais que triste - ele era um dos meus pianistas favoritos (tenho vários álbuns da série Great Jazz Trio, muitos deles adquiridos por indicação sua, Mauro)!
Mais um dos grandes entre os grandes que se vai! A grande orquestra celestial - onde os neóns nunca se apagam e as jams, assim como o bourbon, nunca terminam - está mais rica e nós, amantes do jazz, estamos mais pobres.
Fica a sua obra, gigantesca, relevantíssima, bela, inesquecível - só podemos homenageá-lo assim, ouvindo seus belíssimos discos e tudo de bom que ele nos legou!
Obrigado, Hank!!!!

Sergio disse...

For My Father é o disco mais incrível de jazz na minha opinião. Foi o que eu mais escutei, desde que conheci o álbum. Um álbum viciante. Mas vou seguir na minha filosofia; Não vou lamentar. Ele deixou uma obra condizente com a pessoa incrível que É. Jamais deixará de sê-lo e outra, em sua música, sua alma se eterniza, enquanto houver outro ser a ouvir. E enquanto for lembrado, jamais deixará de ser o músico fantástico, até o último homem sobre a Terra. E claro que dias assim, sem um homem pra contar a história jamais haverá. Sabe o q mais, vou ouvir “For my father”. E será como uma prece.

Érico Cordeiro disse...

É isso aí, Mr. San!
Grande forma de homenagear esse verdadeiro monstro!
Uma família extraordinária a desses três Jones: Hank, Elvin e Thad!
Abração!

JPM disse...

Olá,
Tive contato com o teu blog no da Sociologia.
Agora vim conhecê-lo e seguí-lo.
É o verdadeiro Fantástico!
Desde já és convidado a visitar o meu.
Saúde e felicidade.
João Pedro Metz

James Magno Farias disse...

Mestre Molosso Mor,

Fico cada dia mais impressionado com a qualidade e a quantidade de tua produção; nunca imaginei que alguém conseguisse fazer um modelo de larga escala de produção "ferrarista", ou seja, em vez da produção fordista, tu consegues produzir jóias como uma Ferrari, só que em grande número; se a Fiat sabe dessa equação estarias rico, haha .
Tem uma coisa que o Mestre Raffaelli falou acima que eu concordo e que me perturba muito: não só os 'conjuntos pop', mas o mainstream de modo geral, utiliza artificialidades em suas gravações de estúdio e acaba 'enganando' o público, pois na hora do 'ao vivo', pufff; repetindo Sir Roland Hanna, "o que eles fazem no estúdio é uma grande mentira porque no palco não podem repetir nada daquilo por falta desses recursos."
Lembrei que certa vez Celso me disse que a maior decepção dele foi ver ao vivo os Cocteau Twins esperando aquele som magistral e etéreo que notabilizou a banda; e na hora do show? imagina a decepção com a sonoridade pífia de palco.
É isso, mano. forte abraço e te espero agora no www.jamesmagno.blogspot.com
bye

Érico Cordeiro disse...

Caros João Pedro (a quem dou um seja bem-vindo especial) e James (aka Superhiperultramegamolosso),
Obrigado pelas visitas e pelas palavras generosas - farei as visitas aos respectivos blogs (e que bom que você reativou o blogspot, Top Molosso Plus).
Parafraseando o Chaustão, quem sabe faz ao vivo: no jazz é mais complicado usar os recursos eletrônicos para encobrir/disfarçar a falta de talento porque, geralmente, os instrumentistas do jazz mantém uma relação quase orgânica com os seus respectivos instrumentos. É claro que a tecnologia é algo bacana e é libertadora, quando usada a serviço da arte - um filme com um ótimo roteiro e bons efeitos especiais sempre vai ter seu charme, o que não acontece com um filme com ótimos efeitos especiais e roteiro pífio.
Quanto à comparação com o modelo ferrarista - pô, JM, assim eu vou até acreditar (rs, rs, rs).
Abração aos dois!!!!

.Edinho disse...

Mais uma vez ....parabéns pelo belo album . Ainda não tinha esse disco . Valeu

Érico Cordeiro disse...

Mestre Edinho,
É uma honra tê-lo a bordo e sempre um grande prazer em poder dividir com os amigos essas belezuras.
Abração!

Sergio disse...

Seu san, avisa lá ao mestre Edinho q o Dudu, o pé sujim mais cool do Leblon, continua (bem) atendendo no mesmo endereço. Agora com uma super novidade culinária no cardápio: o ovo azul bebê. Dizem os nutricionistas que ele assim, nesse tom, é bem mais light q o rosa.

Ouvindo (sendo apresentado) um super guitarrista gitano: Tchavolo Schmitt, álbum "Seven Gypsy Nights" de 2006.

Aproveitando: seus Chets já estão no papo. E o Sadao eu já o tinha. Em breve os estará ouvindo.

Abraço!

Érico Cordeiro disse...

Seu Mr. San, o Sérgio,
Gostei do "ovo light azul bebêbado".
Depois da 15ª garrafa, é só alegria.
Aliás, falando em alegria, que boa notícia me trazes!
Como dizem no México, "thank you"!
Abração!

Érico Cordeiro disse...

Mr. Seu Sérgio,
Apagaram o meu comentário!!!! Sé não sei como!!!!
Tinha respondido ao seu comentário, dizendo que achei ótima a história do ovo "azul bebêbado"!
E também que depois da 15ª garrafa, é só alegria.
Veja você que o comentário escafedeu-se, ora pois pois!
De qualquer forma, fico alegre pela garimpagem e, como dizem no méxico, "Thank you"!
Abração!

Euza disse...

Vim porque senti o cheiro bom da melodia. Não me enganei. Aqui há uma riqueza enorme. E há muito pra se ler.
Parabéns. Vou mergulhar.

Érico Cordeiro disse...

Cara Euza,
Seja muito bem-vinda e obrigado pelas palavras gentis. Fique à vontade para "mergulhar" nas páginas do jazz + bossa e junte-se à nossa confraria, ok? O barzinho agradece!!!
Um fraterno abraço!

Sergio disse...

Seu san, os Gentle Giants q vc me pediu:

http://www.4shared.com/file/cQ2yPiuh/Gentle_Giant__Three_Friends__1.html

http://www.4shared.com/file/wMnCBp1Z/Gentle_Giant__Acquiring_the_Ta.html

http://www.4shared.com/file/Yycr9ftC/gentle_giant_-_octopus_-_1973.html

érico cordeiro disse...

Valeu, Mr. Sérgio!

APÓSTOLO disse...

Prezadíssimo ÉRICO:

Esse é "PIANISTA" !
Um dos meus de "mesinha de cabeceira" = não poderia ser diferente.
Beleza o discaço escolhido, onde vive um dos temas que mais aprecio = “What a Difference A Day Made” (em andamento e coloração distintos do habitual, mas com uma CLASSE que DEUS sómente dá aos GRANDES). E nos acordes, ah !
Quanto ao passamento de HANK JONES, repito o que comentei em outro espaço = perda irreparável, mas fica a obra, maior que a morte, esta apenas um pífio acidente.
Parabéns pela resenha, como sempre mais que ajustada à realidade.
Nota ? ? ? Suas resenhas dela não necessitam.

Érico Cordeiro disse...

Mestre Apóstolo,
Seja mais que bem-vindo. Estávamos todos com saudades de você!
Obrigado pelas palavras gentis - o Hanna realmente é muito classudo, sua técnica é assombrosa. Pena que sua discografia, pelo menos como líder, seja tão difícil de achar.
Grande abraço e, por favor, não nos deixe tanto tempo sem a sua preciosa companhia!!!!!

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