O jazz nasceu da amálgama entre diversos ritmos afro-americanos, como as work songs, os spirituals, o blues e o ragtime – este, por sua vez, foi concebido sob forte influência da música européia. Aliás, a música européia – assim como a caribenha – também pode ser encontrada na origem remota do jazz, seja pela influência que ritmos como o minueto, a polca e a valsa exerceram sobre os primeiros jazzistas, seja pela utilização, dentro do ambiente do jazz, de instrumentos intimamente ligados à tradição da música erudita, como o piano e o cornet (espécie de precursor do trompete).
Geograficamente, Nova Orleans, que no início do século XX era um importante centro de comércio do sul dos Estados Unidos, é considerada o berço do jazz. A cidade, fundada em 1718 por Jean Baptiste le Moyne e localizada às margens do Rio Mississipi, era a capital da Luisiana, até então colônia francesa na América do Norte e que, por conta do Tratado de Paris, passou ao domínio espanhol em 1763. A presença de franceses, espanhóis, ingleses e afrodescendentes fez dali um caleidoscópio de culturas, que interagiam e assimilavam elementos umas das outras, como em nenhum outro lugar dos Estados Unidos.
Poucos músicos se dedicaram tanto à compreensão e ao estudo das raízes africanas do jazz quanto Randolph Edward Weston. Pesquisador incansável e dono de uma das personalidades mais singulares do universo jazzístico, Randy Weston pertence àquela raríssima estirpe de artistas que transcende as fronteiras da música como forma de expressão artística. Para esse verdadeiro esteta do piano, a música é mais que uma forma de arte: é uma maneira de ver o mundo, de expressar os sentimentos de um povo e uma das mais poderosas formas de comunhão entre os homens.
Nascido em uma família extremamente ligada à música – é primo do pianista Wynton Kelly – Weston veio ao mundo no dia 06 de abril de 1926, em Nova Iorque. Seus pais eram imigrantes jamaicanos e moravam em Bedford-Stuyvesant, um distrito do Brooklyn, onde o garoto cresceu em uma vizinhança cercada de futuros astros do jazz, como Max Roach, Ahmed Abdul-Malik, Cecil Payne, Duke Jordan, Ray Copeland e Eddie Heywood, entre outros.
O pai, Frank Weston, era um barbeiro apaixonado pelo jazz e pela música caribenha, que costumava ouvir em casa, para deleite do pequeno Randy, que se dividia entre o desejo de ser jogador profissional de basquete e a carreira musical. Frank também costumava levar o filho para assistir às grandes orquestras que se apresentavam no Harlem, em especial as de Fletcher Henderson e Duke Ellington, e essas apresentações sedimentaram a opção do garoto pela música. O interesse pela história da África também lhe foi despertado pelo pai, que o estimulava a conhecer mais sobre suas origens e sobre a cultura africana.
Graças à influência do pai, o garoto começou a ter as primeiras aulas de piano clássico, ainda na infância. A transição para o jazz foi algo bastante natural para quem tinha Coleman Hawkins, Fats Waller, Duke Ellington e Count Basie como verdadeiros heróis. Posteriormente, Weston conheceria Thelonious Monk, que acabaria por se tornar amigo da família – ele morava nas cercanias e costumava visitar o apartamento dos Weston – e sua maior influência musical.
Os anos quarenta, quando Monk, Bird e Dizzy capitaneavam a chamada “revolução do bebop”, representaram um momento bastante especial para o garoto negro e bastante orgulhoso de suas origens africanas. Era a primeira vez que os negros reclamavam para a si a paternidade do jazz e lhe impunham uma nova e desafiadora direção e Weston estava bem ali, no meio dos acontecimentos. Sempre ouvira seu pai lhe dizer: “Você é um africano nascido na América”.
O bebop, para além da afirmação da cultura afro-americana, tinha a importância simbólica de ser uma maneira de se comunicar com os seus ancestrais. Randy assistia com freqüência a concertos e jams nos clubes nova-iorquinos, cada vez mais convencido de que seu futuro estava intimamente ligado à música – e não havia outro tipo de música que mais lhe tocasse a alma que aquela nova e revolucionária forma de jazz.
Em 1945, ainda durante a II Guerra Mundial, Weston foi convocado e serviu ao exército, tendo chegado ao posto de sargento, servindo em bases no Japão e nas Filipinas. No ano seguinte, ao retornar à vida civil, ele abriu, juntamente com o pai, um restaurante no Brooklyn, freqüentado pela nata dos bopperes da época, e continuou seus estudos musicais. A carreira como pianista profissional somente se consolidaria no início da década seguinte, primeiramente em bandas de rhythm’n blues bands, como as de Bull Moose Jackson, Frank “Floorshow” Culley e Eddie Cleanhead Vinson.
A partir de 1951, formou seus primeiros trios e começou a trabalhar como atração fixa em importantes clubes de Nova Iorque, como o Cafe Bohemia, o Birdland, o Five Spot e o Playroom, de propriedade do compositor e também pianista Cy Coleman. Em 1953 foi convidado por Kenny Dorham a se juntar ao seu grupo e no mesmo ano atuou, por algum tempo, sob a liderança do velho amigo Cecil Payne.
Em 1954, passou uma temporada como atração fixa do clube Music Inn, em Lenox, Massachusetts, sendo que durante o dia trabalhava como cozinheiro em um restaurante local, a fim de complementar o orçamento doméstico. No mesmo ano, foi contratado pela Riverside Records e gravou o seu primeiro álbum como líder, chamado “Cole Porter In a Modern Mood”. O álbum teve ótima repercussão junto à crítica e em 1955 Weston foi eleito pianista revelação pela Down Beat Magazine.
Ao mesmo tempo, suas composições, em especial “Saucer Eyes”, “Pam's Waltz”, “Gingerbread”, “Little Niles” “Berkshire Blues” e “Hi-Fly” começavam a ser conhecidas no meio jazzístico e seriam gravadas por músicos como Cecil Payne, Hank Jones, Cannonball Adderley, Monty Alexander, Kenny Burrell, Ron Carter, Dexter Gordon, Jimmy Heath, Oscar Pettiford, Max Roach, Mel Tormé e, suprema honraria, pelo velho ídolo Coleman Hawkins.
Também em meados dos anos 50, Weston iniciou uma profícua parceria musical com a trombonista Melba Liston, que resultaria em uma profusão de álbuns, como “Little Niles” (Blue Note, 1958), “Destry Rides Again” (United Artists, 1959), “Highlife: Music From the New African Nations” (Colpix, 1963) e “Tanjah” (Polydor, 1973), por exemplo. Além das gravadoras já mencionadas, o pianista lançou álbuns por selos como Riverside, Milestone, Sunnyside, Denon, Roulette, CTI, Jazzland e Enja.
Ao longo da carreira, Weston atuou ao lado de alguns dos nomes mais importantes do jazz, seja na qualidade de líder, seja como sideman. Dentre eles, destacam-se Dizzy Gillespie, Art Blakey, Johnny Coles, Ray Copeland, Idrees Sulieman, Charles Mingus, Johnny Griffin, Charlie Persip, Slide Hampton, Elvin Jones, Coleman Hawkins, Freddie Hubbard, Julius Watkins, Wilbur Little, Pharoah Sanders, Booker Ervin, Clifford Jarvis, Roy Haynes, David Murray e muitos outros.
Em sua discografia, um álbum chama especial atenção: “Get Happy With The Randy Weston Trio”, onde o pianista está acompanhado por Sam Gill (contrabaixo) e pelo baterista Wilbert Granville Theodore Hogan, mais conhecido nos meios jazzísticos como G. T. Hogan. Gravado para a Riverside no estúdio do mago Van Gelder, em Hackensack, no dia 21 de março de 1956, o álbum revela um músico em pleno amadurecimento, mas nem um pouco intimidado com a responsabilidade.
Ainda depurando o estilo percussivo e cheio de dissonâncias que iria caracterizar a sua obra a partir dos anos 50, Weston apresenta um repertório eclético, que inclui composições próprias, standards, ritmos caribenhos e até um tema baseado no folclore russo. A primeira faixa, que dá nome ao álbum, é uma saborosa versão de “Get Happy” (Harold Arlen e Ted Koehler), na qual Weston faz uso vigoroso das notas graves, mas não deixa de imprimir ao tema uma elevada dose de swing.
Em seguida, vem o calipso “Fire Down There”, que posteriormente Sonny Rollins tomaria emprestado do folclore caribenho para criar a sua famosa “St. Thomas”. Aqui a percussão de Hogan merece os maiores encômios. O standard “Where Are You” recebe uma interpretação bastante emotiva, sombria em alguns trechos, traduzindo o desespero de alguém em busca da amada mas que tem a certeza de que ela não está mais lá.
“Under Blunder” é um blues assimétrico e cheio de dissonâncias, de autoria do líder. A influência de Monk é bastante evidente, tanto no estilo percussivo que Weston usa em sua execução como na própria estrutura harmônica do tema, com direito a um ótimo trabalho de Gill.
O baixista também é o grande destaque da versão arrebatadora de “Dark Eyes”, colhida do folclore russo e que é executada uma energia contagiante. “Summertime”, talvez o standard mais gravado de todos os tempos, ganha uma versão calcada no blues, com uma atmosfera lúgubre, que remete aos rigores do trabalho nos campos de algodão do Sul dos Estados Unidos.
Mais uma vez o blues está presente, em “Bass Knows”, outra composição de Weston. Como de hábito, o pianista foge das formas tradicionais e ortodoxas do blues, temperando a sua interpretação personalíssima com elementos de extrema ousadia. Um tema cheio de singularidades e alternâncias harmônicas, certamente um dos mais intrigantes do álbum.
O maestro Duke Ellington também é reverenciado, em uma calorosa interpretação de sua “C Jam Blues”. Aqui a integração do trio é total, merecendo especial atenção o excepcional trabalho de Hogan com os pratos e a velocidade inebriante de Weston. Gill mantém-se na retaguarda, mantendo intacta a coesão do grupo. A próxima faixa, aliás, é do próprio Gill, a delicadíssima “A Ballad”, um poema sonoro rico em ternura e encantamento. Encerrando os trabalhos, a vibrante “Twelfth Street Rag”, com sua estrutura de ragtime com pegada bop, ajuda a fazer deste disco uma das melhores maneiras de se mergulhar no personalíssimo universo de Randy Weston.
Nos anos 60, Weston incorporou, definitivamente, elementos da música africana em seu repertório. Compôs a suíte “Uhuru Africa”, que contou com a participação do poeta Langston Hughes. Seu álbum “Highlife: Music From the New African Nations”, com arranjos de Melba Liston e com forte influência da música do Caribe, recebeu muitos elogios por parte da crítica especializada.
Em 1961, realizou a sua primeira turnê pela África, tendo visitado a Nigéria e em 1963, repetiu a dose. Voltou ao continente africano em 1967, a convite do Departamento de Estado dos Estados Unidos e, ao chegar ao Marrocos, destino final da excursão, Weston decidiu estabelecer-se naquele país. A primeira providência foi abrir um clube de jazz em Tânger, chamado “African Rhythms Club” e que manteve em funcionamento entre 1967 e 1972.
No Marrocos, mergulhou fundo no estudo da tradição musical africana, inclusive com a colaboração de músicos da etnia Gnawa. Sua curiosidade acerca das raízes da música o levou a realizar pesquisas em países como Togo, Costa do Marfim, Gana, Libéria e Tunísia. Também continuou a se apresentar em festivais ao redor do mundo, muitas vezes acompanhado pelo filho, o baterista Niles Weston. Em meados dos anos 70, mudou-se para a Europa, fixando residência em Paris.
Nos anos 80, Weston retornou ao Marrocos, onde passou mais alguns anos, mas jamais abandonou os palcos, fazendo inúmeras apresentações, ao lado do baixista Jamil Nasser e do baterista Idris Muhammad. Embora tenha gravado relativamente poucos álbuns, pelo menos dois merecem ser destacados: “Well, You Needn’t” (Verve, 1989), um emocionado tributo ao ídolo Thelonious Monk, e “The Spirits Of Our Ancestors” (Verve, 1991), que contou com a perticipação de ninguém menos que Dizzy Gillespie.
As homenagens recebidas ao longo dos últimos anos são praticamente incontáveis. Em 1986, o Brooklyn Academy of Music promoveu a Randy Weston Week, uma semana de concertos em sua homenagem. Em 1989, foi convidado para ser artista residente no New England Conservatory. Foi indicado compositor do ano, pela Downbeat Magazine em 1994, 1996 e 1999. Em 1997 recebeu, do governo francês, o título de Cavaleiro da ordem das Artes e das Letras. Em 1999 foi convidado para atuar como músico residente na Universidade de Harvard, com direito a concertos e palestras para estudantes e professores.
Em 2001, recebeu o honroso título de Master Of Jazz, concedido pela National Endowment for the Arts. Em 2006 o Brooklin College lhe concedeu o título de Doutor Honoris Causae. Outro momento emocionante foi a participação no concerto que marcou a inauguração da Biblioteca de Alexandria, no Egito, em 2002. Naquele mesmo ano, Weston se apresentou, juntamente com músicos Gnawa na Catedral de Canterbury.
Weston continua ativo e, embora já tenha ultrapassado a casa dos 80 anos, continua inquieto e desafiador. Seu interesse pela música africana não arrefeceu e a sua influência perante as novas gerações de jazzistas é cada vez maior. Suas palavras podem traduzir melhor a importância de sua devoção à causa da música: “Onde quer que eu vá, tento explicar que, se você ama a música, tem que entender de onde ela veio. A música é construída a partir de valores espirituais. Em outras palavras, não pode existir civilização sem música. As sociedades africanas tradicionais possuem músicas para cada atividade e essa tradição chegou até a América com os escravos. Assim, em qualquer lugar que estajamos – Cuba, Brasil ou Jamaica – a África está presente. Não importa o nome que se dê à música – blues, bossa nova, salsa, samba – todos esses ritmos são contribuições africanas à civilização ocidental. Se você retirar os elementos africanos da música, você não terá nada”.
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42 comentários:
Caraca, fessô! É intensivo?
Vou estudar a lição amanhã q hoje tem Fla x Flu no Dudu!
...Poisé, q mêda.
Boa Sorte, Mr. Seu San - e "intensivo" é ótimo!!!!
Abração!
Estimado ÉRICO:
Esse é músico de exceção ! ! !
Bela caçada.
Segue mensagem por email.
Paulo Francis dizia que a descoberta do clarinete por Mozart era mais importante do que toda a contribuição africana para a música. Exagero, quando não burrice. África é berço e retornar a ela, como fez Randy W., é, no mínimo, uma reverência obrigatória.
E ter parentesco com um dos maiores pianistas do jazz já é algo que credencia qualquer músico.
Grande abraço, camarada.
E obrigado por mais uma aula de jazz.
F. Grijó
Olá,
Fiquei muitíssimo encantado com a explanação. Que bela aula!
Saúde e felicidade.
João P Metz
Caros Apóstolo, Grijó e João,
Sejam muito bem-vindos e obrigado pelas presenças ilustres!
O Weston é uma descoberta relativamente recente - sempre ouvia falar muito bem dele, mas achava que era um músico hermético, "difícil". Ledo engano! Seus discos dos anos 60, para a Prestige, são fabulosamente acessíveis, recheados de interpretações sublimes, muito calcadas no blues. Estava em dúvida entre este e o "With These Hands", que conta com a excelsa presença de Cecil Payne. Ambos são ótimos, mas acabei optando pelo "Get Happy". E além de tudo, o Randy é primo do Wynton Kelly, o que não deixa de ser um excelente selo de qualidade!
Grande abraço aos três!
érico san,
primeiramente, vale lembrar que consigo acessar a radiola e ouvir o sonzaço de mr.randy(embora outras ainda continuem sem acesso e a entrada na pág.ainda apresenta a mesma burocracia de espera...rs)
curtia a tarde com sir keith jarrett e, coincidentemente, wynton kelly, no hd e essa tua postagem piramidal...domoarigatô
abraçsonoros
Seu san, como desde a fundação do J+B+... lerei e aprenderei. Mas... no jogo: teve bola, dentro q ñ entrou, gol anulado q era bom e um Flu, quase dispersivo de tão melhor. Pergunta: dá até pra ter esperanças ou ñ dá? Ou melhor, ñ dá pra acreditar? E tá vindo um tal de Beco da terra do buteco! Ta decidido: terei esperanças! Rs...rs...rs...
Randy weston! Conheço, devo ter e agora o ouvirei melhor, sabendo-o. Sou feliz. O “a mais” virá com o tempo.
Grandes Pituco e San Sérgio,
Welcome! Bom que a radiolinha está funcionando bem e que dá pra ouvir o Weston. Vocês repararam que Fire Down There é St. Thomas, que o Rollins tomou emprestado?
Quanto ao Flu, a esperança tem fundamento: parece que o Deco (e não Beco, o do buteco) e o Kleber Santana (que andou arrebentando no Santos, mas foi pro São Paulo e desapareceu) vão reforçar o time.
O Botafogo tá arrumado, o Flu tá arrumado, o o Flamengo tá arrumado - só o meu Vasquinzinzin é que tá na roça...
Fazer o que?
Abração!
Seu Érico, o assunto muito lhe interessa. Tanto a ti como os demais: apareceu um seguidor meu, satisfeito com um kid ory q postei, q tem um blog só de jazz das origens. Portanto, assunto + ou - dessa vossa postagem q começa falando dazorigens. Aliás, há algum livro q indicas q conte, em linguagem para leigos a história do jazz nazorigens?
O link do blog do mais novo seguidor é: http://hotjazzandcoolblues.blogspot.com/
E ele posta discos baixáveis, viu? Tudo de raiz. Haja Google Taba-tranrleitor!
Seu Érico, o assunto muito lhe interessa. Tanto a ti como os demais: apareceu um seguidor meu, satisfeito com um kid ory q postei, q tem um blog só de jazz das origens. Portanto, assunto + ou - dessa vossa postagem q começa falando dazorigens. Aliás, há algum livro q indicas q conte, em linguagem para leigos a história do jazz nazorigens?
O link do blog do mais novo seguidor é: http://hotjazzandcoolblues.blogspot.com/
E ele posta discos baixáveis, viu? Tudo de raiz. Haja Google Taba-tranrleitor!
Prezado SÉRGIO:
Sobre as origens muito já foi escrito mas, sem sombra de dúvidas, recomendo com firmeza a obra do professor, historiador e musicólogo MARSHALL STEARS, "A História do Jazz"(1ª Edição, 1964, tradução de original americano de 1962, Brasil), seguido do trabalho de BARRY ULANOV, "A História do Jazz"(1ª Edição, 1957, tradução de original americano de 1952, Brasil).
É possível que só encontre em "sebos", mas vale a pena "caçá-los".
Poxa, seu Apóstolo, freqüento sebos, procurarei, sem pestanejar.
Eu já disse q quero doar esse meu trabalho de 7 anos (quase fazendo 8) para comunidades carentes e/ou cidades pequenas onde não exista acesso a música de qualidade? E não será uma doação com prejuízos para mim. Pq como é tudo mp3, e arquivos virtuais, é uma doação, tipo chupeta de bateria descarregada. Necessita-se, do outro lado, apenas um HD de 1 tera. E, tenha certeza, seu apostolo e amigos, não há nome, citado entre postagens aqui e outros blogs – além de tantas outras fontes - q eu deixe de sondar, se tem discos e em tendo baixar. Sempre com uma olhada no allmusic q elegi como uma das bases da pesquisa (sei q não é a melhor, mas é a mais prática e a que melhor conheço) para me ater a qualidade do disco a procurar/baixar. Brinquei q, como não leio inglês, não leio nas entrelinhas, mas nas "estrelinhas" de cotação e por aí vou multiplicando a coleção.
Então, no fim das contas, assim como muito me interessa ter, muito me interessa saber mais. E o doar esse trabalho, nem será favor, talvez, em princípio, nem fosse o objetivo, mas agora é meta, mais que isso é obrigação.
Obrigado pela dica.
Caro Érico, un exelente pianista Randy Weston, se nota en su música y ejecución una clara influencia de Thelonious Monk. Gracias por toda la información que nos has proporcionado en este post.
Un abrazo
Caros Sérgio, Apóstolo e Hector,
Sejam mais que bemvindos. Dei uma passada no Hot Jazz & Cool Blues e o blog é maneiríssimo. Quanto aos livros, sugiro também o do Joachim Berendt (Jazz: Do Rag Ao Rock - é, seu San, não é só nos cinemas que os caras colocam títulos inacreditáveis) e o do meu amigo Augusto pellegrinni (Jazz: das raízes ao post bop). Ambos são ótimos, gostosos de ler e muito informativos.
O Apóstolo tem a maior e melhor biblioteca sobre jazz que eu já tive a honra de conhecer - recomendações por parte dele são mais que certeiras: são definitivas!!!!
Grande Hector, obrigado pelas palavras gentis e, de fato, o Monk foi muito importante na formação do Weston, que inclusive gravou um disco tributo em homenagem ao ídolo!
Abraços fraternos aos três!!!
Há certa melancolia na História, elemento que a mim soa sedutor, sempre. E New Orleans, cidade visitada apenas três vezes, é a eterna lua crescente negra sobre o solo eminentemente europeu que constitui a norte-américa. Dizer que o ragtime é um pouco negra negra, um pouco branca dá bem o tom, a nuance primária do que viria a ser o jazz, mais blues aqui, mais intelectual acolá.
Sim, melancolia presente em cada acorde consciente de Mr. Weston, músico ímpar, compositor desigual, instrumentista sincero, amigo de Miss Liston.
Feliz daqueles que, como nós, conhecemos e participamos do blog JAZZ + BOSSA + BRATOS OUTROS.
E que álbum é esse Mr. Cordeiro?
Grande abraço, JL.
Master Lester,
Fico honrado com suas palavras e emocionado com seu comentário-poema!
O solo generoso de New Orleans nos deu o jazz, que de lá se espalhou para outras cidades - Chicago, Kansas City, Nova Iorque, Los Angeles - e para o mundo!
Aqui estamos, a nos deleitar com a herança de Buddy Bolden, Alphonse Picou, King Oliver, Freddie Keppard, Bunk Johnson, George Baquet e outros precursores, e Weston é um dos mais aguerridos mantenedores dessa tradição, com seu olhar que se estende para além das pantanosas vielas de New Orleans e remonta as savanas e florestas africanas.
Mama África rules!
Apesar de ótimas companias que teve no mundo do jazz, Randy Weston não aproveitou. Prestou-se a fazer um tipo de música muito distante do que podemos chamar "jazz". Africanista por excelencia, incursionou também em rítimos musicais caribenhos e outros experimentos menos votados. "Tô fora dessa porcariada e estais, mr.Cordeiro, detonado!
Você pode e deve retirar os "elementos africanos" do jazz e terá tudo sim, senhor Cordeiro. Abra o olho! ou melhor os ouvidos.
Mr. Predador fazendo escola!
Sejam bem-vindos, caros destruidores de mundos e de reputações jazzísticas!
Pô, quer dizer que o Weston não soube aproveitar as belíssimas companhias que lhe secundaram?
Respondam-me apenas: se o cara "prestou-se a fazer um tipo de música muito distante do que podemos chamar jazz", como é que suas composições foram gravadas por, entre outros, Cecil Payne, Hank Jones, Cannonball Adderley, Monty Alexander, Kenny Burrell, Ron Carter, Dexter Gordon, Jimmy Heath, Oscar Pettiford, Max Roach, Mel Tormé e Coleman Hawkins?
Por acaso esses caras não sabem o que é jazz?
Quem me responder de forma CONVINCENTE e FUNDAMENTADA ganha uma passagem só de ida para Timbuktu!
Valeu!!!
Prezado Mr. Cordeiro, permita-me opinar. Creio que o jazz sem o negro escravo norte-americano seria tão viável quanto a História do vinho sem a França.
Quanto aos ouvidos, creio duas dúzias de cotonetes suficientes para que Mr. Predador e seus sanguinários seguidores possam ouvir os cantos africanos camuflados por todo o jazz.
Tema sempre recorrente, sempre interessante. Grande abraço.
Ave Lester!
Daí porque qualquer outro argumento será desnecessário - tudo foi dito e da melhor forma possível!
Quanto aos cotonetes, acho que vou fazer uma nova promoção aqui no jazz + bossa: ajude a desentupir os ouvidos do Predador!!!!!
Salaam Aleikum!
Ô¬Ô
Põ Seu Érico,
o nosso amigo Predador já está detonando o Weston tb??? O cara é o mais Monkiano pianista que conheço e está distante do jazz? a África por acaso fica distante do jazz? Eu acho que nosso Predador intergalático deveria ganhar uma passagem para Brasília, lá sim, está cheio de porcarias e falsos merecendo receber doses de raios de fótons, torpedos intergaláticos e quaisquer outras armas de poder atômico ou maior.
Seu Predador! o senhor está precisando fazer mais sexo!
Abraços
Ô¬Ô
Grande Mauro!
Matou a pau! Vamos fazer mais um concurso no jazz + bossa: namoro ou amizade intergalático. Vamos arrumar uma marcianita pro predador!!!
Abração (rs, rs, rs, rs)!!!!
Só porque o homem fez um disco homenageando Monk não quer dizer que ele seja "monkiano". Influências em músicas são inevitáveis, mas Weston era demasiadamente "africanista". Radical, não admito estes sons para meus ouvidos. Os grandes músicos citados por você, mr.Cordeiro, gravaram por certo Hi-Fly uma das poucas compisições mais conhecidas de Weston que não eram "tisnadas" pelo africanismo. Música caribenha, do folclore Russo, calipso... tenham paciência!'Uhuru Africa'! Quanto aos seus concursos dispenso-os todos. Meus ouvidos só estão surdos para estes tipos de música de Weston. Prefiro ir a Paris do que Timbuktu. Finalizando, estou dando conta do recado com minha Predadora: 5 por dia sem tirar de dentro.Entendeu????
Mas isso está MUITO mais divertido do que Casseta & Planeta!
Graaaaande Predador!!!!!
Quer dizer que você vai dispensar a Marcianita? Pô, tem até música prá ela:
"Esperada, marcianita,
Asseguram os homens de ciência
Que em dez anos mais, tu e eu
Estaremos bem juntinhos,
E nos cantos escuros do céu falaremos de amor .
Tenho tanto te esperado,
Mas serei o primeiro varão
A chegar até onde estás
Pois na terra sou logrado,
Em matéria de amor
Eu sou sempre passado pra trás.
Eu quero um broto de Marte que seja sincero
Que não se pinte, nem fume{bis
Nem saiba sequer o que é rock and roll.
Marcianita, branca ou negra,
Gorduchinha, magrinha, baixinha ou gigante,
Serás, meu amor
A distância nos separa,
Mas no ano 2010 felizes seremos os dois!!!!"
Agora, essa de "5 por dia sem tirar de dentro" tá me parecendo lorota intergalática!
Mr. Seu San érgio, que bela comparação! É o jazz + bossa e seu cast de personal sorriseitors tabajaras (rs, rs, rs).
Abração aos dois!
O baixo é comovente. Valeu o post.
Seu san, ouvindo mais uma fantástica sessão ao vivo de Lenny Breau eu vos digo, vc tem q ter um álbum desse moço. Na carrapeta agora o álbum, muitíssimo recomendável: Lenny Breau - The Hallmark Sessions (1961), se não me engano editado em CD em 2003. É um espanto o q esse cara toca, seu Cordeiro! Não há toa - não sei se viu os vídeos q te indiquei no youtube - gente como Pat Metheny, George Benson e até Steve Vai (q é chatinho mas todo mundo q conhece sabe q seu maior defeito é que se excede), fala de Breau com aquela cara de bocó, pq ninguém na verdade entendia duas coisas, como foi possível tocar guitarra daquela maneira e morrer quase incógnito. Fora a forma trágica e misteriosa como morreu - estrangulado na piscina. Enfim, este "The Hallmark Sessions" é possível que esteja um tanto pesado no preço - no Amazon tá por 18 doletas. Mas, qualquer disco q comprares será boa compra. O negócio é por Breau em lugar privilegiado na listinha, pq esse diferencial de ser o gigante q ninguém praticamente conhece, faz toda a diferença, certus? Como diria o Fiti: eu recomennnnnndo.
Ô¬Ô
Seu Érico,
apesar das explicações intergaláticas de nosso amigo Predador, ainda percebo doses maciças de préconceito interestelar. Qto a afirmação das 5 sem tirar, eu acredito sim, que é verdade. Porém na modéstia espacial de nosso dileto debatedor ele omitiu serem sim, 5 tentativas, e ainda deixou o depoimento incompleto ao não citar a desistência.
Entendido.
Tenho dito
Abraços a todos
Mestres Salsa, Sérgio e Mauro,
Sejam bem-vindos.
O Lenny Breau tá bem recomendado - qualquer hora dessas ele aterrisa.
Quanto ao diagnóstico, Mr. Mauro, aguardemos as complementações!
Abraços aos três!
grande sacação, hein man?
gostei muito do post. parabéns.
abs
On The Rocks,
Seja muito bem vindo!
Obrigado pelas palavras gentis. O rock também tem lá o seu DNA africano, filho do blues que é!
Abração!
Estimado ÉRICO:
Com antecipadas desculpas aos "roquistas" de plantão, permito-me opinar que o tal do "rock" não é filho, mas neto bastardo do "blues".
Mestre Apóstolo,
Essa frase não é minha, mas do insuspeito Muddy Waters, que cantou "The Blues Had A Baby And They Named It Rock And Roll" (rs, rs, rs).
Coincidentemente, hoje mesmo eu ouvia um cd do Tiny Grimes, "Callin' The Blues", onde está bem presente essa ponte entre o blues e o rock. Na banda, os excepcionais Ray Bryant, Osie Johnson e Eddie Lockjaw Davis.
Pois é, mestre, o rock nasceu em breço esplêndido - pena que já de algum tempo não surja nada capaz de honrar a velha tradição do blues, como os saudosos Led Zeppelin e os Stones dos anos 60/70.
Abração!
Estimado ÉRICO:
Quando escreví "neto" (claro que sem referir-me ao ex-semi-jogador do curintia, capaz de bravatas como cuspir na cara de um Juiz, mostrando toda a sua falta de caráter), foi de propósito, já que entre o "Blues" (música) e a não-música apelidada de "rock", habitou o filho do primeiro e o pai do segundo, o "rhythm and blues".
Depois veio essa não-música, que até hoje polui os sentidos dos menos dotados.
Tudo que é muito, que é sucesso para multidões, que é "tam-tam", bom....................
Mestre Apóstolo,
Quem pensava que com o rock a música chegaria ao fundo do poço, se enganou redondamente - aí estão o axé, o sertanejo, o forró eletrobrega, o pagode, o rap, a banda calipso e outros que tais.
O pobre do rock, coitado, não é nem de longe o pior representante da abjeta cena da música popular atual. Aliás, tem muita coisa boa no rock, como o Led Zeppelin, os Stones, os Beatles, Bob Dilan, Hendrix, Doors - os anos 60 e 70 ainda foram bem interessantes, mas depois o cenário ficou ainda mais desolador.
Mas essa árvore genealógica é bem bacana, parece aquele dito popular "pai rico, filho nobre, neto pobre" (rs, rs, rs).
Abração!!!!
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