Amigos do jazz + bossa

segunda-feira, 22 de março de 2010

O SOM MAIS ALEGRE DO JAZZ





O som que Clark Terry extrai do seu trompete já foi descrito como “o mais alegre do jazz” e se o título de “lenda viva” pode ser aplicado a algum músico de jazz, certamente ele é a pessoa mais indicada para recebê-lo. Afinal de contas, são quase noventa anos de idade e mais de setenta de uma carreira brilhante.

Ele nasceu no dia 14 de dezembro de 1920, em Saint Louis, Missouri, e desde sempre demonstrou enorme interesse por música. Sua família morava perto do rio Mississippi, e era possível se ouvir o alarido que vinha dos muitos barcos que cruzavam o rio e que traziam vários músicos talentosos para a cidade. Alguns desses barcos eram, literalmente, verdadeiras casas noturnas flutuantes e o som que embalava as noites do pequeno Clark era o do mais puro jazz.

Ainda na infância, o garoto de família pobre construiu um protótipo de corneta, usando um velho funil de latão e pedaços de uma mangueira. Um pouco mais tarde, economizando o seu suado dinheirinho, Terry conseguiria comprar, em uma loja de penhores, o seu primeiro trompete de verdade. O preço: 12 dólares.

A educação musical formal lhe foi dada ainda na cidade natal, na Vashon High School, em cuja orquestra tocou por algum tempo. Após o término dos estudos, no final dos anos 30, Terry viajou pelo Meio-oeste, acompanhando diversas bandas da região, incluindo a do lendário pianista Fate Marable, atuando em pequenos clubes e boates. Em 1942 entrou para a Marinha, servindo em uma base na cidade de Chicago, cuja cena jazzística rivalizava com Nova Iorque.

Após dar baixa na Marinha, em 1945, atuou com destaque nas orquestras de Lionel Hampton, George Hudson, Charlie Barnet, Charlie Ventura e Eddie “Cleanhead” Vinson, até juntar-se à mítica orquestra de Count Basie, na qual permaneceria de 1948 a 1951. Sua associação mais conhecida e que lhe granjeou maior destaque no meio musical foi com a orquestra de Duke Ellington, onde tocou de 1951 a 1959. Ali conviveu com luminares como Charles "Cootie" Williams, Harry Carney, Paul Gonsalves, Johnny Hodges, Sonny Greer, Sam Woodyard e Juan Tizol, o que ajudou – e muito – a aperfeiçoar seu estilo.

Após sua saída da orquestra de Ellington, Terry foi contratado pela poderosa National Broadcasting Company (NBC), tornando-se um dos primeiros afro-americanos a trabalhar na orquestra de uma importante rede de televisão. Durante mais de 10 anos, podia ser visto todas as noites no The Tonight Show, integrando a “Tonight Show Band”, ao lado de feras como Doc Severinsen, Urbie Green, Ed Shaughnessy, Ernie Royal, Louie Bellson e outros. O programa, apresentado por Johnny Carson, era um dos mais populares da TV americana e tornou o trompetista conhecido do grande público.

Em sua vastíssima carreira, Terry teve a oportunidade de tocar com Bob Brookmeyer, Quincy Jones, J. J. Johnson, Ella Fitzgerald, Eddie Lockjaw Davis, Oscar Peterson, Cannonball Adderley, Dizzy Gillespie, Al Cohn, Dinah Washington, Jimmy Heath, Ben Webster, Doc Severinsen, Ray Charles, Billy Strayhorn, Red Mitchell, Dexter Gordon, Clifford Brown, Thelonious Monk, Billie Holiday, Chet Baker, Sarah Vaughn, Cecil Payne, Coleman Hawkins, Yusef Lateef, Zoot Sims, Joe Pass, Milt Jackson, Jon Faddis, Sonny Rollins, Dianne Reeves, Donald Byrd, Stan Getz, Earl Hines, Oliver Nelson e muitos outros.

O estilo exuberante de Terry, que mescla a tradição do jazz de Saint Louis com o espírito transgressor do bebop, pode ser ouvido em milhares de gravações. Além disso, é um prolífico compositor, cuja obra chega à admirável casa das trezentas músicas. Sua influência pode ser sentida em músicos do quilate de Miles Davis (a quem deu algumas aulas, ainda na década de 30, em Saint Louis), Maynard Ferguson e Quincy Jones.

Uma de suas maiores paixões é a educação musical, especialmente de jovens, tendo sido um dos criadores, ao lado do saxofonista Bill Saxton, do projeto Jazz Mobile e da Harlem Youth Band, ambas no Harlem. Ele tem dezenas de livros publicados, destacando-se “Let's Talk Trumpet: From Legit to Jazz”, “Interpretation of the Jazz Language” e “Clark Terry's System of Circular Breathing for Woodwind and Brass Instruments”, todos eles são obras de referência.

Uma de suas mais valiosas contribuições para o jazz foi a popularização do flugelhorn, instrumento que se assemelha ao trompete no formato e na mecânica, mas que possui um timbre mais aveludado. No disco “In Orbit”, gravado nos dias 7 e 12 de maio de 1958, para a Riverside, o flugelhorn é usado pela primeira vez por um líder de um combo. Outro atrativo é a luminosa presença de Thelonioous Monk, em uma raríssima aparição como sideman. Completam o grupo o baixista Sam Jones e o baterista Philly Joe Jones, cujo grande sonho de tocar com Monk finalmente foi realizado nesta gravação.

“In Orbit”, faixa que abre e dá nome ao disco, é um bebop primoroso, rápido e certeiro, de autoria de Terry, que, apesar de formado na velha escola do swing, domina o idioma bop com extrema desenvoltura. O solo de Monk é nada menos que soberbo, ora atacando as teclas com a fúria de um Oscar Peterson, ora dedilhando o teclado com a sua maneira espaçada e característica de criar enormes intervalos entre as notas. Os Jones mostram porque merecem o título de mestre de seus respectivos instrumentos.

A criação às margens do Rio Mississipi deu a Terry uma extraordinária intimidade com o blues e “One Foot In The Gutter”, de sua autoria, é a melhor demonstração disso. Monk, outro ás do blues, complementa com a genialidade de sempre as idéias do parceiro. A obscura balada “Trust In Me” ganha aqui uma interpretação cativante e arrebatadoramente lírica.

Única composição de Monk no set, “Let’s Cool One” é também um dos momentos mais sublimes do álbum. O piano relaxado de Monk, os solos econômicos de Terry e o acompanhamento intimista da dupla de Jones tornam a atmosfera deliciosamente inebriante. “Pea-Eye”, “Argentia” e “Buck’s Business”, todas de Terry, celebram a volta do quarteto ao bebop mais acelerado e são absolutamente irresistíveis.

“Monlight Fiesta”, de Irving Mills e Juan Tizol, é uma ligeira incursão pelos ritmos latinos, com a bateria de Philly criando o clima “ao sul do Rio Grande”. Curioso ouvir a abordagem monkiana ao tema – seja um blues, um tango ou um fado, o carisma e a personalidade do Mad Monk sempre acabam por se sobressair.

Dois blues, “Very Near Blue”, de Sara Cassey, e “Flugelin’ The Blues”, completam as 10 faixas do cd. Um álbum irretocável, que merece figurar entre aquilo que de melhor se fez no jazz em qualquer era. Não é à toa que o produtor Orrin Keepnews disse que esse disco representava “a mais relaxada, alegre e swingante performance de Monk que já tive a oportunidade de assistir”. E ele está certíssimo em sua opinião.

Dos anos 60 até hoje, tem se mantido em plena atividade, como um dos mais disputados músicos dos Estados Unidos. Gravou com instituiçõs do jazz e da música erudita, como a London Symphony Orchestra, a Dutch Metropole Orchestra, a Unifour Jazz Ensemble e a Chicago Jazz Orchestra. Criou e dirigiu duas big bands: a Clark Terry's Big Bad Band e a Clark Terry's Young Titans of Jazz. Apresentou-se em algumas das salas de concerto mais prestigiosas do mundo, como o Carnegie Hall, o Town Hall e o Lincoln Center e fez parte da Gerry Mulligan’s Concert Jazz Band, no início da década de 60.

Tocou em virtualmente todos os mais importantes festivais de jazz do mundo e recebeu do Departamento de Estado Norte-Americano o título de Jazz Ambassador, sobretudo por seu trabalho no Oriente Médio e na África. Excursionou com a Quincy Jones Orchestra, com os “Newport Jazz All Stars” e integrou, por quase vinte anos, o projeto “Jazz at the Philharmonic”. Uma estátua de cera foi colocada em sua homenagem no Black World History Museum.

Foi indicado diversas vezes ao Grammy, tendo recebido o prêmio em duas oportunidades. Desde 1991 ostenta o título de Jazz Master, dado pela National Endowment for the Arts. O governo da França outorgou-lhe, em 2000, o título de Cavaleiro da Ordem das Artes e das Letras. Recebeu o título de doutor Honoris Causae em diversas universidades norte-americanas e doou parte de seu acervo pessoal à William Paterson University, que mantém um alentado arquivo sobre o músico, incluindo dezenas de arranjos originais, instrumentos, gravações e fotografias.

Por tantas virtudes, o trompetista, que até hoje mora em Queens, Nova Iorque, mereceu do crítico Chuck Berg as seguintes palavras: “Clark Terry é um dos grandes inovadores da música contemporânea, justamente famoso por seu grande virtuosismo técnico, seu lirismo cheio de swing e seu impecável bom gosto. Combinando estas características com as de um grande dramaturgo, Clark é um exímio contador de histórias, cujos fascinantes ‘contos musicais’ deixam sempre a audiência hipnotizada e à espera de mais”.


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Esta é a postagem número 100 do blog JAZZ + BOSSA + BARATOS OUTROS, espaço virtual que criei para falar sobre música mas que, desde 25 de abril de 2009 se tornou a atividade mais prazerosa e desafiadora a que já me dediquei nos últimos tempos.

Por meio do JAZZ + BOSSA tenho feito grandes amigos, pelo Brasil e pelo mundo (Estados Unidos, Japão, Portugal, Inglaterra, Espanha, Chile, México, etc.) e aprendido bastante com outros apaixonados por música que freqüentam este barzinho virtual. Por isso, gostaria de dedicar esta centésima postagem a duas pessoas muito especiais: Matilde e Pedro “Apóstolo” Cardoso.

Eles são tudo aquilo que se pode esperar de duas pessoas a quem devotamos carinho e amizade: amáveis, inteligentes, bem-humorados, afetuosos e cativantes. Além disso, são excelentes anfitriões, daqueles que você não tem a menor vontade de ir embora, quando vai fazer uma visita. Passamos horas maravilhosas ao lado desse casal lindo, cuja cumplicidade contagia a todos que lhes cercam – aos 47 anos de vida comum, ainda parecem viver uma eterna lua-de-mel.

Se no recente tour por São Paulo que fizemos, não tivéssemos assistido aos shows do Nathan Marques, da Traditional Jazz Band, do Rei do Blues B. B. King e do simpaticíssimo grupo de chorinho Fazendo Hora, a viagem já teria valido a pena, somente por termos conhecido pessoalmente os queridos Pedro e Matilde. Mestre Apóstolo, quando eu crescer, quero ser igualzinho a você! Muito obrigado por tudo!


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25 comentários:

John Lester disse...

Foi lendo o Pañcatantra que aprendi: o primeiro sinal de sabedoria é não iniciar nada. O segundo é fazer bem o que se iniciou.

Amigo, parabéns: 100 resenhas não são apenas 100 resenhas.

Quanto a Mestre Apóstolo, infelizmente ainda não tive a oportunidade de conhecê-lo pessoalmente. Deve ser tão agradável quanto um improviso de Clark.

Grande abraço, JL.

Celijon Ramos disse...

Compadre, parabéns por sua centéssima resenha no seu primoroso blog.
Quando essa viagem musical começou nesse seu biblobarvirtual, eu não tinha nenhuma dúvida da qualidade e da riqueza de informações que sua pena viutual produziria. A clareza de estilo, a elegãncia das idéias e a inteligência de seus textos são marcas indeléveis de sua personalidade e só confirmaram o que pra mim é muito fácil saber por conviver contigo já há tanto tempo. Creio que o bom, nessa caminhada, foi dividir todo esse seu rico humanismo com todos nós. E nunca se divide, não é mesmo. Conhecemos tanta boa gente a partir desse seu biblobar e fizeste muito bem ao dedicar sua mas recente postagem aos cativantes Matilde e Apóstulo. Rendo-lhes, por suas palavras, minhas homenagens aos dois. Se não os tivéssemos conhecidos nessa nossa viagem, São Paulo teria ficado bem menor para nós. Jámais esquecerei o carinho de como fomos recebidos e tratados por Pedro Cardoso e Dona Matilde.
Bem, sobre Clark Terry não preciso comentar mais nada, já disserte tudo.
Um abraço!

Érico Cordeiro disse...

Mestre John Lester,
Obrigado pela presença e pela belíssima frase. Na verdade, a gênese de tudo é o querido jazzseen - falando nisso, tive a honra de falar com nosso amigo Edú, mas infelizmente não nos vimos pessoalmente.
E o Mestre Apóstolo é, de fato, uma pessoa iluminada. Um sábio, que nos dá o privilégio de sua convivência.
Grande abraço, meu capitão!

APÓSTOLO disse...

Prezados ÉRICO e CELIJON:

A "Toca" de MATILDE, com a qual partilho, ficou honrada com a presença de vocês e a luz que trouxeram, viva, limpa, clara e permanente. Uma pena que WASHINGTON não os tenha acompanhado todo o tempo.
MATILDE, mais que satisfeita, admirou o sotaque (ou a ausência de) das terras maranhenses, o mais BRASIL possível, mesmo com as vogais abertas.
Como dissemos quando estavam aquí, a casa é de vocês = GRATOS, e MUITO, pela vinda.
CLARK TERRY é um "colosso" e sua técnica de respiração circular ultrapassa o que de melhor há, para a sustentação das frases em legato. É um primoroso melodista.
Parabéns pela escolha da gravação escolhida, em que os "four" da faixa "In Orbit" são uma delicia. Quando falei dos meus 14 pianistas de cabeceira e inclui MONK, ouvinda essa faixa todos podem entender porque...

Érico Cordeiro disse...

Celijon (postava a resposta ao Mr. Lester, enquanto você postava o seu comentário) e Mestre Apóstolo,
Ao primeiro, só posso dizer que nesses quase 25 anos de amizade, você sempre esteve ao nosso lado, nas horas boas e ruins, nas alegrias e tristezas e é alguém que eu e Cláudia podemos contar a qualquer hora - meu carinho e admiração por você são fraternos. Foi muito bom podermos compartilhar as delícias de Sampa - muita comida, muita música, muitos excelentes papos - com um companheiro sensacional como você.
Mestre Apóstolo,
Fomos muito bem acolhiidos aí e, certamente, não faltarão oportunidades de voltarmos a São Paulo (o Bridgestone Festival está bem próximo e, quem sabe não nos vemos novamente em maio?).
Muito obrigado a você e à Matilde e espero vê-los por aqui qualquer hora dessas!
Um fraterno abraço aos dois!

figbatera disse...

PARABÉNS, Érico, 100 postagens em menos de um ano!
E todas com muita qualidade, informação relevante, escrita clara e escorreita acompanhadas de música de ótima qualidade. O que mais desejar?
Parabéns, tbm, pelas amizades conquistadas e votos de contínua disposição e prazer em manter este blog pra nosso deleite e aprendizado.
Sucesso!
Abração!

HotBeatJazz disse...

Ô¬Ô

Caro Érico,

são só 100 postagens? pelo que aprendi e me deliciei lendo teu blog já tinha na conta mais de 1000!
Escolhestes muitíssimo bem a quem homenagear pela data, Pedro "Apóstolo" Cardoso é uma das figuras humanas mais gentis que tive o privilégio de conhecer, e Matilde uma das mulheres mais inteligentes que existe, visto o parceiro escolhido por ela.
Muito mais sucesso pro teu barzinho virtual é o que desejo de coração!
E que maravilha a gravação escolhida para falar sobre o inigualável Clark Terry! Parabéns!

Abraços

Ô¬Ô

Érico Cordeiro disse...

Caros Fig e Mauro (que tem a honra de conhecer pessoalmente esse casal encantador),
Muito obrigado aos dois queridos amigos, parte importantíssima nessa caminhada do jazz + bossa!
O blog não seria o mesmo sem a presença de vocês, sempre participando, estimulando, sugerindo e enriquecendo o barzinho virtual.
Um fraterno abraço aos dois!

pituco disse...

érico san,

tudo poracá é bacanudo...sonzaço de prima...resenhas...muita informação e estórias pessoais da galera que aqui frequenta e comenta...experiência e bom humor.

é isso aí,
congratulações pela postagem comemorativa...com bastante alegria

abraçsons pacíficos

Érico Cordeiro disse...

Pituco-San,
Meu embaixador nas terras do Sol Nascente!
É sempre muito legal tê-lo por aqui pelo barzinho - você faz parte do patrimônio histórico, artístico e cultural do JAZZ + BOSSA!
Seja bem-vindo e muito obrigado por sua participação ao longo dessas 100 postagens.
Um abraço fraterno!

MARIO JORGE JACQUES disse...

Meu caro Érico uma marca realmente sensacional e incrível de ótimas postagens na divulgação da música que tanto amamos. Lamento só ter conhecido o espaço há pouco tempo, falha minha.
Dona Matilde e Seu Pedro são pessoas formidáveis, tive o prazer de poder conviver com eles aqui no Rio, mas como ninguém é perfeito se mudaram para São Paulo!
Bem, brincadeiras à parte é um casal realmente amabilíssimo, cativante. Abraços Mario Jorge

José Domingos Raffaelli disse...

Caro Érico,

Parabéns pelo "centenário" das suas resenhas, celebrado através desse CD "ne plus ultra", numa das raras vezes em que Thelonious Monk gravou como sideman (as duas outras foram com Coleman Hawkins e Gigi Gryce). Tive esse material logo que o respectivo LP foi editado e que faz parte da luxuosa caixa das gravações Riverside de Monk.
Concordo com tudo que foi escrito por você e nossos correligionários a respeito de Clark Terry (um dos maiores gentlemen entre os jazzmen que entrevistei em minha vida), que completará 90 anos em dezembro.
Você precisava ver ele subitamente virar o flugelhorn ao contrário durante seu solo e continuar tocando apertando as válvulas do instrumento com a parte superior dos seus dedos, como se fosse a coisa mais natural deste mundo! Coisa de louco!

A propósito, "One Foot in the Gutter" é baseado nas harmonias do arcaico "Swannie River", de Stephen Foster.

Keep swinging,
Raffaelli

Sergio disse...

100sacionais 100 postagens! Agora só falta editar por no papel e lançar aqui na Travessa! Q tal?

José Domingos Raffaelli disse...

Érico,

Após tantos anos decorridos, não consegui identificar meu "chapa" Pdro Cardoso, mais conhecido nestas plagas como Apóstolo. Nesse sentido, poderia fazer a fineza de identicá-lo nas fotos ?

Thanks a million and keep swinging,
Raffaelli

Paul Constantinides disse...

brother Erico
Clark Terry tem uma substancial alegria em seu trompete de fato.
adorável este post e o In Orbit deixa a gente super a vontade.
O pianista tbm é um arraso.
abs
ah..falando em pianista, tem o novo cd do Antonio Adolfo que logo logo vou postar a respeito..tá super bonito.

abs
paul

Érico Cordeiro disse...

Caros MaJor, Raffaelli, Sérgio e Paul,
Sejam muito bem-vindos!
Obrigado a todos, pelas palavras gentis!
Essas foram as primeiras 100 postagens de um blog que, espero, ainda fique muitos e muitos anos no ar! E ele não faria o menor sentido se não fosse a presença ensolarada de vocês - são vocês que fazem o blog existir e valer a pena. Eu apenas sirvo o chopinho virtual (gostei do "centenário", Mestre Raffaelli, já pensou quando meus netinhos tiverem recebido o bastão e estiverem levando adiante o jazz + bossa?).
MaJor, na verdade, apesar da vida em Sampa, o Mestre Apóstolo não deixou de ser um carioca da gema!!!
Monk como sideman é um luxo, honraria concedida a pouquíssimos.E o Clark Terry é um gigante.
Na primeira foto somos Celijon, eu e o Mestre Apóstolo. Na segunda, mais uma vez, estamos eu e o Celijon (de tênis branco), desta feita cercados por alguns dos integrantes da TJB (Dudu e Cidão à frente e depois o Calia, o Chaim e o Austin), sendo que o Mestre Apóstolo não aparece aqui (ele bateu a foto).
Quanto ao livro, Seu San, o projeto está bem encaminhado. Em breves teremos novidades.
E Mr. Paul, aguardo ansioso a sua postagem!
Um fraterno abraço aos amigos!!!!

blog disse...

Lembrei-me daquele trecho em Drummond diz que fazer mil goals é fácil; difícil era fazer UM goal como Pelé. É mais ou menos isso. Escrever 100 postagens é moleza. Quero ver escrever UMA postagem como as suas.
Parabéns, camarada.

Clark Terry merece.
E a sensibilidade em dedicar a seu amigo apóstolo comprova que visitar seu espaço, às 5 e 30 da matina, como agora, vale sempre a pena.

Grijó

Dr. Krapp disse...

Felicidades pola conmemoración.

Cando penso en Clark Terry me ven o maxín as verbas afetuosas do seu case discípulo Miles Davis que sempre falou do que lle debía o mestre e do bem que se portou cando Davis estaba nas redes da droga. Que Miles Davis fale tan bem dun músico xa e cousa de milagre e para telo moi en conta máia alá dos logrosd musicais do grande Terry.

Érico Cordeiro disse...

Caros Grijó e Dr. Krapp,
Bienvenidos!
Gracias por las palabras afetuosas.
Fico honrado em tê-los a bordo e privar da amizade, mesmo que virtual, de vocês!
E citando Drummond, para falar do modesto barzinho, Mr. Grijó, é covardia...
Quanto ao Terry, tudo que li sobre ele (e mais o que falou aqui o Mestre Raffaelli) leva a crer que seja uma pessoa especial, querida no meio jazzístico e respeitada por todos. As palavras de Miles sobre sua retidão de caráter - além do seu talento monumental - o colocam entre os maiores dentre os maiores do jazz.
Abraços fraternos aos dois!

Andre Tandeta disse...

Erico,
voce então é o que esta com a camisa escrita "Beagle"? Bem nesse caso o Celijon é muito parecido com meu amigo e companheiro, grande musico e contrabaixista,Romulo Gomes. Coincidencia interessante.
O amigo Apostolo é uma das grandes figuras desse nosso ,digamos assim,barzinho virtual. Graças a suas excelentes biografias/discografias postadas la no CJUB pude ampliar,e muito,meus conhecimentos sobre aquilo que ele chama de ARTE POPULAR MAIOR. Tambem tive o privilegio de estar com ele e D. Matilde na Av.Paulista e assino embaixo as observações aqui feitas,são realmente pessoas muito especiais.Pena que naquela ocasião não pude ficar mais tempo com eles pois tinha outros compromissos em Sampa. Mas o tape com alguns jovens musicos ,gravado 20 e poucos anos atras , que ele me mostrou foi uma emoção muito grande,me segurei pra não dar na vista . E um video com Charlie Parker absolutamnete GENIAL. E por falar nisso continuamos aguardando o livro sobre Parker,alguma hora vira ,tenho certeza.
Abraço

James Magno Farias disse...

Dom Érico Renato,
Parabéns pela 100ª postagem no Jazz + Bossa, este espaço mágico, lúdico e revigorante, obrigatório desde a criação.
Detalhe: em seu caso parece incrível, mas é verdade - o próximo post vem sempre melhor do que o antecessor.
Por isso eu também quero ser que nem você quando crescer haha.
Ave, Maestro!

Érico Cordeiro disse...

Caros Tandeta e James,
Sejam muito bem-vindos - vocês são sócios remidos e com direito a camarote VIP aqui no barzinho.
Pois é, eu sou o gatão que está com a camiseta Beagle, ladeado pelos queridos Romulo Gomes, isto é, Celijon, e Apóstolo.
Foram momentos extremamente agradáveis ao lado do nosso sábio, cuja gentileza e cortesia são proverbiais!!!!
Agradeço as palavras gentis e também faço votos de que o livro sobre o Parker (que tive a honra de ver em brochura, já no ponto de ir para a gráfica) saia logo logo.
Um fraterno abraço aos dois!

Andre Tandeta disse...

Erico,
meu Irmão eu cometi o imperdoavel lapso de não dar os parabens a voce pela centesima postagem.
E aproveito para agradecer,e muito, a voce pelas seguintes coisas:
-sua paciencia comigo ,as vezes nem eu mesmo me aguento
-seus "presentinhos" via Pando.
Manito esta no Rio,ocupadissimo com a mudança para Boston ,mas ao saber hoje da centesima postagem mandou abraço especial pra voce. Atendeu ao meu apelo de não assassinar o portugues ,talvez mande um comentario em ingles.
Parabens,Irmão, e que venha o post 200 ,logo.
Abraço

Érico Cordeiro disse...

Grande Tandeta,
Fique frio, você tem crédito de sobra na casa e é, com toda certeza, uma das peças-chave do barzinho!
Eu é que agradeço a sua presença e a sua disposição em dividir conosco seu conhecimento musical.
Um grande abraço a você e ao querido HYJ, sangue bom que agora vai, em definitivo, para outras plagas.
Valeu!

Gustavo Cunha disse...

grande Erico
100 postagens é para comemorar, e em grande estilo .. afinal este é o espaço mais jazzistico e democrático da espaço cibernético

vida longa e espero que eu também chegue lá

grande abraço

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