Os dias se vão,
Os dias incontáveis, eles se vão
Os dias se vão,
Os dias...
Eles passam pela cidade insubmissa
A velha cidade insubmissa...
Invejo os amantes nas águas furtadas,
Invejo-os pela perspectiva da esperança
Invejo-os, apenas...
Telefono para alguém que nem lembro mais quem é
Mas meu coração sangra!
Parece que os relâmpagos não têm pernas
E caem lentamente,
Sob o olhar indiferente da matilha silenciosa...
Não há almoço e nem saudação...
Não há o som das harpas e das flautas
Só o tempo e suas areias...
Os grãos pululam na ampulheta,
E a água está deserta
Minhas memórias jazem, solitárias, em meus cadernos
Sinto o escarro da noite em minha garganta
O mar calmo, a brisa, o tempestuoso amanhã do qual não posso fugir...
Os olhos de ontem, os contos de fada, o paraíso sonhado
Telefone é lâmina dispersa, e seu toque inaudito é desespero
Ah! Meu anjo volátil,
Não sabias que o abandono é mais doce que a morte?
O esqueleto de cerâmica, a sombra, a sombra...
O vapor do fogo crepitando...
O telefone, e os mesmos números
Não há colheita, a terna colheita, a mão cheia de calos
Apenas existe a hora errada, o látego, a briga, o amor incompreensível
O suspense a preencher o vazio das horas,
A fome de velhos suspiros
O romance aquietado é como arma apontada para minha cabeça...
O museu da minha cabeça, o sangue na minha boca, a ferida
Minha mudez, minha nudez,
Os homeopatas, os contornos sibilantes
Consumido pelo refugo do desejo...
Adormecido sob a escuridão lunar...
Agora são as luzes encurvadas,
O travo amargo da vigília
O olhar desatento à coreografia das nuvens
As páginas escritas com carvão e fel
O perfume do cosmos é um bocejo eterno
As pernas cansadas, as câimbras, o caminhar invisível, a carícia em vão
Só o arcano insolente me guarda o sono que não chega.
Em suas mãos, o arabesco extraviado, o ensaio da escusa,
A cegueira meridiana...
Minha vida é palimpsesto
Missiva acabrunhada onde registrei as honrarias que jamais recebi
Epopéia sem herói ou mito, selvageria bem-comportada,
Bagatela rutilante e senil...
Os anjos continuam a pousar no quintal,
Mas nada dizem
E não me dizem nada.
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O pianista, arranjador e compositor Michel Sardaby nasceu no dia 04 de setembro de 1935, em Fort de France, na Martinica. O pai, Bernard-Antony-Isaac Sardaby, comandava um bar na cidade natal e, nas horas vagas, era pianista amador. O garoto cresceu em um ambiente extremamente musical e logo se mostrou um prodígio ao piano. Com apenas cinco anos já conseguia extrair os primeiros acordes do instrumento e aos dez anos já realizava concertos em seu país.
No início dos anos 50 mudou-se para a França, onde estudou na École Boulle, graduando-se em 1956. Ao mesmo tempo, desenvolveu uma refinada carreira musical, tocando em vários clubes de Paris e atuando como sideman de músicos importantes do jazz e do blues, como Kenny Clarke, Dexter Gordon, Dizzy Gillespie, Bill Coleman, Johnny Griffin, Clark Terry, Sonny Boy Williamson, T-Bone Walker Dee Dee Bridgewater, Art Farmer, Philly Joe Jones, Sonny Criss, Ben Webster, J. J. Johnson, Chet Baker, Art Taylor, Guy Lafitte, René Thomas, Pierre Michelot e incontáveis outros.
Sua discografia é pequena, mas bastante significativa do ponto de vista qualitativo, incluindo duetos com o pianista jamaicano Monty Alexander (“Carribean Duet”, de 1984) e o baixista Ron Carter (“Voyage”, também de 1984). Seu formato preferido parece ser o trio e dessa forma gravou, ao lado dos ótimios Percy Heath e Connie Kay o álbum “Night Cap”, de 1970. Seus discos contam com a participação de jazzistas de peso, como Richard Davis, Billy Cobham, Billy Hart, Rufus Reid, Marvin Smitty Smith, Buster Williams, Ray Drummond e Albert “Tootie” Heath.
Nesse universo de poucos, mas relevantes álbuns, destaca-se o excelente “Straight On”, gravado para o selo japonês Sound Hills, entre os dias 15 e 16 de maio de 1992, durante uma temporada no clube Alligators, de Paris. À frente de um poderoso quinteto, integrado por Louis Smith (trompete), Ralph Moore (sax tenor), Peter Washington (contrabaixo) e Tony Reedus (bateria), o pianista mostra toda a sua elegância e versatilidade. Os oito temas do repertório são de sua autoria.
A faixa de abertura é “Settin’ The Pace”, hard bop inflamável e melodioso, na trilha das melhores composições de Horace Silver. Tanto o veterano Smith quanto o inglês Moore, um dos mais talentosos saxofonistas da nova geração, fizeram parte do quinteto de Silver, o primeiro na década de 60 e o segundo nos anos 80, o que pode explicar a semelhança na abordagem. Mas no que diz respeito à pianística, Sardaby tem uma linguagem própria e bastante pessoal. Seu fraseado é mais límpido e menos percussivo e seus solos fluem com desenvoltura.
Em seguida, é a vez da balada em tempo médio “Blisfull Breeze”, com sua estrutura dançante e cadenciada. Moore entrega um estupendo solo, viril e audacioso, com uma sonoridade robusta e muita criatividade. O líder não se faz de rogado e também se mostra inventivo. Sua atuação é impecável, onde classe e swing aparentam ser as duas faces de uma mesma moeda. Em “Ballad For Roni”, o clima é mais intimista. A introdução, maravilhosa, fica a cargo de Smith, cujo sopro delicado traz à memória os grandes momentos de Miles Davis. Destaque também para os acompanhamento minimalista de Washington e Reedus.
Repleto de influências caribenhas, “Feliz” é ritmada e bastante alegre. O líder mostra que também bebeu na fonte da maravilhosa escola cubana de Bebo Valdés. Smith é energia pura e seu solo é uma ensolarada incursão pelos ritmos afro-caribenhos e pelo bebop. “Down At Dawn” é uma valsa bop, sofisticada mas nem um pouco desprovida de swing. A abordagem do pianista é sóbria, contida, e ele usa poucas notas para transmitir uma discreta emotividade. A belíssima pegada de Reedus e o solo antológico de Washington devem ser ouvidos com atenção redobrada.
“Smoothie” é a mais longa faixa do disco. São mais de dez minutos de puro virtuosismo, em mais uma bem sucedida incursão pelas flamejantes veredas do hard bop. Moore é sumamente ousado, e aqui sua abordagem é coltraneana, cheia de dissonâncias e imersa no blues. Embora tenha nascido na Martinica e tenha estudado música na França, Sardaby possui um groove genuíno e uma enorme intimidade com o blues. Sua performance calorosa nada deve a um verdadeiro nativo do Delta do Mississipi. Reedus brinda o ouvinte com mais uma atuação devastadora.
Em “Dexterdays” o quinteto volta a baixar a temperatura. Trata-se de uma balada charmosa, com uma atmosfera típica dos anos quarenta e que sugere noites mal dormidas e amores febris. Destaque absoluto para o trompete pungente de Smith, cujo toque requintado dá brilho e elegância ao tema. Para encerrar, a poderosa “Turn On The Heat”, que honra o título (numa tradução não muito preciosa, quer dizer algo como “ligue o aquecimento”) e, literalmente, põe fogo no set. Rápida, vibrante e colorida, tem o delicioso clima de jam session presente nas melhores gravações de jazz. Sardaby se mostra surpreendentemente agressivo, fazendo uso de toda a extensão do teclado. Grandes performances de Moore e de Smith, que protagonizam um duelo dos mais empolgantes. Um álbum que abrilhanta qualquer coleção e que faz jus ao talento de um pianista superlativo.
Compositor que dá muita importância ao aspecto melódico dos seus temas e solista de vastos recursos, ele cita Duke Ellington, Nat King Cole, Bud Powell e Thelonious Monk como suas principais influências. Seu trio atual, integrado pelo baixista Gilles Naturel e pelo baterista Philippe Soirat, mantém uma intensa rotina de trabalho, inclusive com várias turnês no exterior, e é considerado, atualmente, a melhor sessão rítmica em atividade na França.
Apesar de ser pouco conhecido do público, Sardaby é bastante respeitado por seus colegas músicos de jazz, razão pela qual é considerado um dos mais bem guardados segredos do jazz. Recentemente, compôs “Shadow of the Sunset”, em homenagem às vítimas do atentado de 11 de Setembro. O crítico Francis Paudras escreveu: “Michel Sardaby sempre recusou qualquer compromisso com o efêmero. Sua música é feita de pureza e respeito às origens, o que não faz dele, certamente, uma vedete do ponto de vista comercial. Mas parece que os verdadeiros artistas estão, irremediavelmente, condenados a seguir essa voz interior”.
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44 comentários:
Agora entendo porque gosto das músicas dele. O reconhecimento certo sempre acaba por chegar, acho que não entendemos direito as vezes.
O post tá lindo, como sempre ... adorei as escritas iniciais, são fortes, sem usar de rigidez.
A tempo, sai o site do Lollo Meir e sabe como Paris o chama agora? O mestre do jazz Manouche. Legal. acho que a nossa torcida ajudou alguma coisinha, os anjos do quintal devem ter ouvido alguma coisa...
Das amigas 5 bjs - esquentando as turbinas rumo aos céus.
Cozinha dos Vurdóns
um gênio
Caras amigas do Cozinha e Katrina,
Sejam bem-vindas.
Fico contente que tenham gostado do post e das músicas colocadas na radiola.
Realmente, o Sardaby (tenho apenas dois discos dele, este postado e o In New York, também muito bom) merece ser mais conhecido! Vale a pena descobrir sua arte refinada.
Abraços fraternos e obrigado pelas visitas!
Adorei o Post,A Vigília é lindo.
Meus cumprimentos.
Valeu, querida!
Tem outros poemas meus publicados no blog - é só clicar lá nos marcadores o link Poemas de Jazz!
Obrigado pelas palavras generosas!
vim agradecer a visita e conhecer teu lindo cantinho..
tenha um belo final de semana!
beijos..
Oi, Ingrid,
Seja muito bem-vinda e junte-se à nossa confraria - o jazz e a poesia têm tudo a ver (como você pode ver, também arrisco uns verinhos de vez em quando).
Obrigado pela visita e estarei sempre lá no Perfumes e Palavras.
Um ótimo final de semana prá você também!
Olá Érico,
Passando para agradecer sua visita ao meu blog. Adoro Sinatra, principalmente quando canta "My Way" e "New York New York". Adorei seu blog. "Vigília" é encantador!
Parabéns pelo lindo (e culto) espaço. Também gosto muito de música, dando ênfase às orquestradas.
Um ótimo final de semana para vc. Voltarei mais vezes.
Abraços,
Maria Paraguassu.
Cara Maria Paraguassu,
Fico honrado com sua visita e suas palavras generosas.
Espero vê-la sempre aqui no jazzbarzinho, ok? Como já foi dito pelo meu Mestre Pedro Cardoso, o Apóstolo, o jazz é a trilha sonora da amizade.
Um ótimo final de samana prá você também!
Vim retribuir a sua visita.
Gostei da "A Vigília"!
Um blogue a ver com mais atenção.
Um abraço!
brother depois da cacetada do poemaço ai, nem precisava postar mais nada.
mas valeu o Sardaby, as well, como sempre.
abs
paul
Prezados Carlota e Paul,
Sejam bem-vindos (à primeira, convido a se juntar à nossa confraria e vir sempre ao jazzbarzinho).
Ao segundo, agradeço as palavras gentis - que bom que você curtiu o poema e o som do Sardaby, um verdadeiro "tesouro escondido" do jazz.
Abraços fraternos aos dois!
gracias por visitar mi humilde morada y quedarte en ella, asi tengo el placer de conocerte y quedarme en la tuya cuajada de sabiduria, magia y belleza, un besin muy muy grande de esta asturiana.
Tu Blog es un lujo, yo te felicito realmente.
En todo está tu manera especial y sensible de ver las cosas, lo cual le da un plus especial.
Un abrazo para ti y te sigo nuevo amigo.
mar
Caras Ozna-Ozna e Mar,
Bienvenidas!
Gracias por las palabras amistosas.
Perdoem o meu espanhol não muito bom :-)
Vocês são muito generosas e dão um brilho todo especial ao meu blog.
Vamos estreitar os laços de amizade e espero que vocês se juntem à nossa confraria virtual!
Un fuerte abrazo, directamente de Brasil!
Oi, Érico!
Maravilha de espaço, bom gosto, qualidade e informação.
Amo a música e acho que em meu sangue circulam notas musicais.
Volto!
Bj e bom domingo
Os dias se vão...
Sorriso:)
Acabo de dar o start em Michel Sardaby "Gail".
De Sarnaby, dica sua, não conhecia, já ouvi o indicado e até então o melhor: "Night Cap" 1970, que é trio, baixo piano e bateria, com Percy Heath (b) e Connie Kay (bt), formato q geralmente me agrada em cheio.
Grande dica, mr. Érico. O cara lá da Martinica não era pra passar em branco.
Caros Sérgio, Natural origins e Ira,
Sejam muito bem-vindos.
Às primeiras, agradeço a visita e convido a se juntarem à nossa confraria. E se em seu sangue circulam notas musicais, Ira, acho que você vai se sentir em casa aqui no jazzbarzinho!
Ao segundo, dei uma sacada no Daniel Lanois, mas não tô conseguindo ouvir - minha conexão está péssima.
Quanto a esse disco mencionado, Night cap, acho que vou "Recomendar" - deixa no pacote, ok?
Obrigado pelas palavras generosas e um ótimo domingo para os três!
Un placer pasar por tu casa y descubrir buena música.
Abrazos
Estimado ÉRICO:
Antes de mais nada é muito bom ver visitantes / frequentadores de todas as latitudes / longitudes no "barzinho" (melhor seria dizer "barzão"). Parafraseando os de la Mancha, yo no creo en milagros, pero que los hay los hay, y vienen de todos los rincones donde vive la sensibilidad y el amor por lo bueno.
Bela escolha de um senhor músico, tão pouco marqueteado mas tão pródigo em qualidade e que bebeu nas raízes.
Ainda mais bela a escolha da gravação, a meu juizo a melhor de Michel Sardaby, tão bem acompanhado.
Grato pela música e vamos ao Olaria, para ver se ressurge o "gigante da colina" ! ! !
Muito legal seu blog. A música, e o jazz principalmente, me deixam perdido. É muita coisa pra se ouvir e eu acabo deixando de lado - parece contraditório, pois é. Talvez aqui aprenda a procurar coisas boas.
Oi Érico,
Belíssimo blog! A poesia da primeira parte do post é sua? É linda.
Obrigada pela visita ao meu blog. Adoro jazz, mas não tenho conhecimento técnico, pois sou mais visual que auditiva. Amo Henry Salvador. Vc já falou sobre ele aqui?
Estou seguindo vc.
Bjkas e uma semana maravilhosa para vc.
www.gosto-disto.com
Prezados Gara, Apóstolo e Diego,
Sejam muito bem-vindos e obrigado pelas visitas.
À Gara e ao Diego peço logo que se juntem à nossa confraria jazzística, onde não falta bom papo e boa música.
Agradeço as palavras generosas da primeira e espero vê-la sempre aqui.
Quanto ao seu dilema, Diego, só tem um jeito: ouvir muito jazz :-)
E o pior (ou melhor) é que o negócio vicia que é uma beleza - se o blog te ajudar a escolher alguns artistas para começar, já valeu a pena.
Mestre Apóstolo, apesar do susto de ontem, acho que dessa vez o nosso Vascão engrena (torçamos com fé).
Quanto ao Sardaby, esse disco é maravilhoso (passei meses ouvindo direto - é uma faixa melhor que a outra). Quanto aos novos amigos, você deu a dica: o jazz é a trilha sonora da amizade - fico lhe devendo mais essa :-)
Um fraterno abraço aos três!
Oi Érico,
Acabei de colocar o seu blog no meu blogroll, pois acho que ele vai enriquecer a minha lista.
Bjkas
Oi, Betty,
Postávamos comentários simultaneamente :-)
Seja muito bem-vinda e obrigado pelas palavras gentis.
Bom, o Henry Salvador é uma grande figura - tem uma voz deliciosa (acho sua forma de cantar parecida com a do nosso Lúcio Alves, cheia de malandragem e swing).
Infelizmente, tenho pouca coisa dele (apenas uma coletânea) e ainda não falei sobre ele aqui no jazz + bossa. Espero corrigir essa falaha em breve e fazer uma bela resenha sobre ele (você me sugere algum disco em especial?).
Quanto ao poema, ele é de minha autoria (nos marcadores tem outros, com o título "Poemas de jazz"). Eu me arrisco na poesia de vez em quando e compartilho com os amigos.
Bem, fique à vontade aqui no jazzbarzinho, pois a casa é sua.
Um fraterno abraço e uma ótima semana!
Oi, Betty
Também pus um link pro seu blog aqui no jazz + bossa!
Esse convívio virtual e as amizades que fazemos na rede são muito legais!
Valeu mesmo!!!!!
Olá.
"Invejo-os, apenas..."
Eu discutia com uma pessoa sobre a'inveja boa'. Essa pessoa dizia-me que não existe inveja boa. Que a inveja boa é admiração, na verdade.
Discordo. Existe a inveja má, que traz consigo tudo que de ruim temos dentro de nós, e faz com que isso se mostre em atos.
A inveja boa, também como um estímulo, toma caminho contrário.
De qualquer forma, 'inveja boa', 'admiração': apenas palavras...
Porém, quando palavras extremamente bem colocadas como o foram as tuas, temos, então, algo além da palavra.
Parabéns.
Abraço.
Vamos por partes= a)trechos do poema: "....o vapor do fogo crepitando....é como arma apontada para minha cabeça....o sangue na minha boca, a ferida.....adormecido sob a escuridão lunar....o perfume do Cosmos é um bocejo eterno...os anjos continuam a posar no quintal mas nada dizem e não dizem nada..." O poema é bonito e bem construído, mas, parece poema de predador; b) muitas mulheres participando do seu blog.mr.Cordeiro. Nada contra, mas não entendem nada de jazz e ficam ocupando espaço com "puxação de saco". Haja paciência!!!; c) o que interessa mesmo e o tal do Sardaby. Não é nenhuma "brastemp" e o seu melhor disco (considerado de jazz) é "NIGHT CAP', de 1970, e olhe lá. Este postado por você, mr.Cordeiro, as vêzes me faz lembar do Art Blakey & Jazz Messengers na sua pior fase ou daqueles discos "glicerinados" da Concord. Nada de especial, vale apenas para dar subsídios aos neófitos.
Em tempo: gostaria de me desculpar pelo tom um pouco agressivo, com relação as mulheres participantes desta sua postagem sôbre o Sardaby. Na realidade, quem tem que gostar dessas participações ou não é você mr.Cordeiro. O que efetivamente quiz dizer é que o assunto em pauta é MICHEL SARDABY. Entretanto o músico aqui focalizado ficou a margem da maioria dos "posts". Se me fiz entender, tudo bem, se não me fiz entender, mais uma vez "excuse me".
Adorei receber uma visita de extremo bom gosto como a tua...apesar não ser uma conhecedora, sou amante desse ritmo que hipnotiza a cada acorde...
obrigada pela visita! Seja muito bem vindo!
Grande beijo!
Caros César, Predador e Sam!
Ao primeiro e à última, um sejam bem vindos todo especial. Obrigado pelas visitas e espero que se juntem à nossa confraria. Não se assustem com o Predador, ele é um alien de ótimo coração, é o Pedro de Lara intergalático :-)
Mr. Seu Predador, porque todo esse "azedume" - e lá o Art Blakey é má referêcia - adoraria ser comparado a ele.
O Sardaby é um ótimo pianista, classudo e a banda é excepcional! Acho que você deixou de tomar seus remedinhos espaciais hoje. Fora essa implicância com a presença feminina - já viu quantas mulheres lindíssimas estão a abrilhantar o modesto jazzbarzinho?
Então, deixe de ranzinzice e aproveite o som maravilhoso do Sardaby - Nesse momento, ouço o Ralph Moore + Ray Brown Trio, no excelente Moore Makes 4.
César, li uma entrevista do Cazuza onde ele dizia que quando ouviu as letras do Renato Russo pela primeira vez ficou morrendo de inveja: "Pô esse cara é muito melhor que eu", foi o que ele pensou.
Depois, se concentrou e passou a fazer letras mais elaboradas. Acho que nesse ponto se trata de uma "boa inveja", aquela que te motiva e não aquela que quer ver o outro por baixo!
Sam, visitar seu espaço é sempre prazeroso - pode contar comigo sempre, ok?
Abraços aos três!
Adorei esse texto "A Vigilia" simplesmente maravilhoso. parabéns
Boa semana
bjos!
Se as fotos pertencerem realmente as participantes, você e nós estaremos torcendo para que elas(com uma pitadinha de jazz) continuem sempre aparecendo pois são TÔDAS lindíssimas. Quanto ao CD "Moore Makes 4" é o único disco que possuo da "melosa" Concord Jazz. Por sinal, um dos pouquíssimos, da citada gravadora, que ainda consigo ouvir.
Prezados Silmara e Predador,
À primeira agradeço as palavras gentis e digo que o Sussuros da Alma é passagem obrigatória (aliás, já dei uma passada por lá hoje). Junte-se à nossa turma lítero-poético-musical e jazzófila, ok? :-)
Ao segundo, digo que além de lindas as mulheres que têm vindo ao jazzbarzinho são sensíveis, inteligentes e escrevem muito bem - recomendo uma passada nos diversos blogs mantidos por elas - quem sabe esse mal humor passa (ora, ora, dizer que a Concord só tem pouquíssimos discos que prestam!!! Isso é até um pecado e um atentado à memória do saudoso Carl Jefferson, que tanto fez em prol do jazz!!!! E os discos do Scott Hamilton, do Steve Kuhn, do Ray Brown, do Warren Vaché, do Howard Alden, do Jimmy Bruno, do Hank Jones???).
Ah Seu Mr. Predador, você tá exagerando nas doses de aguardente venusiano!!!
Abração aos dois!
Muito bom este espaço, estou seguindo!
http://simoneemboacompanhia.blogspot.com/
@brfandrade
Muito bom este espaço, estou seguindo!
http://simoneemboacompanhia.blogspot.com/
@brfandrade
A casa +++ está realmente toda enfeitada. Pela oferta, tá começando a virar uma espécie de Baixo Gávea virtual.
O Predador que me perdoe, mas o assunto tomou um rumo irresistível pra mim: Cazuza com inveja do Russo?!!! Neste caso a inveja é uma M! Não tem nada a ver com isso. Falemos sobre a insegurança do ser humano enquanto artista. Enquanto um, o Agenor, era indiscutivelmente gênio, o outro... Xa pra lá.
Seu Érico, manda avisá pro Predador que “Night Blossom” – 1990, de Michel Sardaby, está no mesmo nível do “Night Cap”.
Seu blog é muito interessante...
Estou te seguindo.... Tenha um Lindo Dia!
Siga meus Blogs: http://cartasdeumcoracao.blogspot.com/
E
http://deusemminhaalma.blogspot.com/
Caros Sérgio, Bruna e Elisabete,
Sejam muito bem vindos.
Bruna, já dei uma passada no Simone em boa companhia e já estou me adicionando como seu seguidor. Gosto bastante do trabalho da Simone, embora prefira seus discos dos anos 70 e não tenho acompanhado muito a sua carreira nos últimos tempos. Mas seu blog é muito bacana e homenageia uma grande artista.
Seu San, Baixo Gávea virtual é isso aí!!! Era tudo que o modesto barzinho queria ser quando crescesse.
Pelo visto, “Night Blossom” e “Night Cap” são sérios candidatos a uma Recomenda, não é?
Quanto a essa entrevista do Cazuza, realmente ele disse isso (quer dizer publicaram como se ele tivesse dito - eu li e creio que tenha sido em uma Bizz).
Também acho o Cazuza um letrista bem mais talentoso - Renato tem um discursinho meio "adolescente revoltado sem causa", mas não dá prá negar que ele tem coisas muito bacanudas!
Elisabeth, obrigado pela visita e pelas palavras gentis - vou visitá-la agora mesmo.
Um fraterno abraço aos três!
Muito lindo o seu blog, beijos!
Valeu!!!!!!
Vou pagar-lhe com a moeda que deixou lá no meu humilde universo!... Sabe, sei que sou uma alma da pior espécie e desprezo tudo que não diga respeito ao que penso, ao que digo e ao que escrevo; sou um ser miserável que não mereço qualquer atenção nem a gratidão por me acolherem nos espaços em que me dão o privilégio de comentar ideias, conceitos, opiniões ou os gostos mais díspares!... De igual modo, esvazio-me dos modos mais dignos e assumo todo os malefícios com que minha dignidade é castigada e, também por isso, ainda não satisfeito com por mostrar-me tão mesquinho, abro-me a todos vós, hipócritas e senhores de vós mesmos, com toda a hipocrisia que me tolhe!... Assim, convido todos os hipócritas a visitar http://krystaldalma.blogspot.com
Posta restante---------- tem lá um Poema, ou mais, que você não deve ter lido ou… gostado nem um pouco!... E outros tantos que ignorou, preferindo publicitar o seu espaço!...
Bem Haja!
Abraço
Prezado d'Alma,
Confesso que seu poema sobre as promessas não cumpridas do 25 de abril me deixou inquieto. Mas como sou brasileiro e acostumado a promessas não cumpridas, preferi calar.
Mas me sinto onrado em tê-lo aqui - qualquer amante das letras é bema mais que "uma alma da pior espécie"...
Um abraço fraterno e um solo de Parker, bem debaixo de sua janela para o infinito!
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