Amigos do jazz + bossa

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

EL NOMBRE DEL HOMBRE ES PUEBLO

Gonzalo Julio Gonzalez Fonseca nasceu em Havana, Cuba, no dia 27 de maio de 1963. O avô, Jacobo Gonzalez Rubalcaba, foi um importante trombonista e compositor. Seu pai, Guillermo Rubalcaba, é um dos mais renomados pianistas cubanos de todos os tempos e a habilidade musical foi transmitida ao herdeiro. Na infância, o garoto pôde conviver com notáveis músicos cubanos, como Enrique Jorrín, Frank Emilio Flynn, Juan Formell, Changuito, Omara Portuondo e Felipe Dulzaides, que costumavam visitar a casa da família.

O aprendizado musical começou em casa e aos cinco anos já extraía do piano os primeiros acordes e além do piano, o garoto também tocava bateria. O cardápio musical incluía fartas doses da tradicional música cubana, mas Gonzalo também ouvia muito jazz. Não apenas pianistas como Thelonius Monk, Erroll Garner, Art Tatum, Bud Powell ou Oscar Peterson, mas também outros instrumentistas, como Charlie Parker, Dizzy Gillespie e Art Blakey, faziam parte do seu universo de audições. A educação musical formal veio através das aulas no Conservatório Manuel Saumell, quando tinha apenas nove anos e decidiu fixar-se apenas no piano. O repertório era integrado apenas por composições eruditas, o que não abalou em nada a sua paixão pelo jazz.

Em uma entrevista, Rubalcaba lança um olhar sobre essa dicotomia entre a música erudita e a popular: “Eu tive duas escolas. A escola da minha casa, onde a música que vinha das ruas entrava por meio do meu pai e de outros membros da minha família, e a escola ortodoxa, erudita, a qual não queria nenhum tipo de contato com a música popular”. Para a felicidade dos amantes do jazz, Rubalcaba nunca se deixou contaminar por esse espírito segregacionista e sempre esteve atento às mais diversas formas de expressão da música popular, inclusive a brasileira.

Além da influência inicial de Monk, Garner, Tatum, Powell e Peterson, Rubalcaba, com o passar dos anos, acrescentou a esse seleto rol alguns dos mais importantes pianistas contemporâneos, como Herbie Hancock (de quem gravou uma soberba versão de “Maiden Voyage”), Keith Jarrett, McCoy Tyner e Chick Corea (com quem se apresentaria em uma série de concertos em 2005, os quais podem ser vistos no dvd “Rendezvous In New York”).

Na adolescência, freqüentou o Conservatório Amadeo Roldan, até ingressar no Instituto Superior de Artes – ISA, em Havana, em 1983, onde estudou com alguns dos melhores músicos do Leste Europeu e se graduou em composição. Naquela época já era considerado um verdadeiro fenômeno musical e costumava se apresentar em bares e clubes locais. Fez parte da Orquestra Aragon, ao lado de quem excursionou pela Europa e pela África nos anos 80.

Naquela época, fundou e liderou o Grupo Projecto, que se apresentou em festivais importantes, como o North Sea, na Holanda, e o de Berlin, em 1985, além de ter tocado no mítico clube londrino Ronnie Scott’s. A banda reunia alguns dos melhores jovens músicos cubanos da época: o saxofonista Rafael Carrasco, o trompetista Reinaldo Meliani, o baixista Felipe Cabrera, o percussionista Roberto Vizcaino e o superbaterista Horacio “El Negro” Hernández.

Em 1986, o contrabaixista Charlie Haden foi convidado, juntamente com a sua Liberation Music Orchestra, para participar do V Festival Jazz Plaza, em Havana. Além de grupos e artistas do Leste Europeu, da América Latina e da África, o grande Dizzy Gillespie fez uma apoteótica apresentação no festival. Haden conta que após o concerto da sua orquestra, continuou na platéia para assistir a atração seguinte, exatamente o Grupo Projecto. O que viu e ouviu ali o deixaram perplexo: um pianista tecnicamente impecável, ousado, capaz de assombrar o mais experiente dos fãs de jazz com seu talento.

Após a apresentação, Haden procurou o jovem pianista no camarim e, surpreso, ouviu-o confessar ser seu fã, especialmente por conta de suas gravações com Keith Jarrett. A amizade brotou imediatamente e a vontade de tocar juntos também. No dia seguinte, Gonzalo levou o baixista até o Estúdio Egrem, para uma sessão informal de gravação. Os equipamentos de gravação, microfones e instrumentos não eram lá grande coisa – essencialmente, haviam sido instalados ou adquiridos antes da revolução cubana – mas Rubalcaba tocou como se estivesse usando o melhor dos Steinways, segundo Haden.

Outro que ficou impressionado com as habilidades do cubano foi Dizzy Gillespie, freqüentemente apontado como o seu descobridor. De fato, Dizzy foi o primeiro jazzista de peso a chamar a atenção do mundo para o excepcional pianista, a quem apontava como o melhor que havia ouvido na última década. O trompetista conheceu Gonzalo em uma gig no Hotel Nacional, em Havana, durante a edição do festival. No dia seguinte, Rubalcaba subiria ao palco como músico convidado, durante a performance de Gillespie no festival.

Os dois se tornaram grandes amigos e Gillespie tentou inúmeras vezes levar Gonzalo aos Estados Unidos, mas o Departamento de Estado sempre lhe negava o visto de entrada. Usando seu prestígio pessoal, Dizzy, com o apoio do produtor Bruce Lundvall, então presidente da Blue Note, e do incansável Wynton Marsalis, outro admirador confesso do pianista, liderou uma cruzada entre artistas e intelectuais pelo fim da proibição à entrada do pianista.

O movimento conseguiu convencer as autoridades do absurdo da recusa e, no dia 14 de maio de 1993, finalmente, Rubalcaba pôde realizar seu primeiro concerto nos Estados Unidos, no prestigioso Lincoln Center. Infelizmente, Dizzy não pôde desfrutar da companhia do seu protegido, pois faleceu em janeiro daquele ano. Gonzalo prestou ao amigo uma emocionante homenagem em dezembro daquele 1993, que lhe havia trazido tantas emoções diferentes: lançou o álbum “Diz”, pela Blue Note, no qual interpreta clássicos do repertório gillespiano, como “A Night In Tunisia”, “Con Alma”, “Donna Lee”, “I Remember Clifford” e “Woody’N You”.

Antes disso, Rubalcaba já havia encantado platéias da Europa e da Ásia, com apresentações inesquecíveis na Alemanha, França, Portugal e Japão. Também já havia se apresentado na edição de 1989 do Festival de Montreal, no Canadá. Sua primeira gravação fora de Cuba foi feita em 1987, para o selo alemão Messidor. O álbum, bastante elogiado pela crítica especializada, se chama “Mi Gran Pasion” e apresenta o pianista, secundado por seus companheiros do Grupo Projecto. Em seguida, pela mesma gravadora, lançaria “Live in Havana” (1989) e “Giraldilla” (1990).

No dia 15 de julho de 1990, Rubalcaba foi a grande sensação do Festival de Montreux, na Suíça. Convidado por Charlie Haden e pelo baterista Paul Motian, o pianista subiu ao palco do festival e apresentou-se de maneira arrebatadora. O concerto, que algum tempo depois ganharia a forma de cd, intitulado apenas “Discovery”, permanece como um dos pontos altos da hoje extensa discografia de Gonzalo. Contando com a produção de Haden e lançado pela Blue Note, o álbum revelou ao mundo a excelência do pianista cubano e lhe assegurou uma enorme visibilidade no concorrido universo jazzístico.

Uma irreverente versão de “Well You Needn’t” abre o disco, na qual o pianista exibe uma inusitada mistura de bebop, música cubana e jazz de vanguarda. Thelonoius Monk certamente ficaria satisfeito ao ouvir a exuberância sonora de Rubalcaba, seu apuro técnico, sua velocidade, sua profusão de idéias e seu absoluto destemor. Versátil, inventivo e ousado, o pianista recorta a melodia, serpenteia por entre dissonâncias, tece harmonias inacreditáveis e improvisa com ferocidade, sempre com o suporte magnânimo de Haden e Motian, cujo solo é dos mais vibrantes.

Em seguida, é a vez de Gonzalo mostrar seu talento composicional, com a hipnótica “Velas”, uma balada que reelabora os cânones da música cubana tradicional, com evocações à bossa nova e à música erudita de compositores como Chopin e Tchaikovsky. A delicada percussão de Motian, sobretudo em seu trabalho com os pratos, merece ser ouvida com atenção. A execução de Haden é sombria, espectral, usando os registros mais graves do contrabaixo e dando ao tema uma atmosfera impressionista.

O solo “Prologo Comienzo” é um tour-de-force pianístico. O estilo de Rubalcaba guarda semelhança com o de Keith Jarrett, mas a influência da música de seu país é facilmente perceptível. Sua forma vigorosa de atacar as teclas dá ao ouvinte a certeza de se tratar de alguém verdadeiramente apaixonado pelo que faz. Em alguns momentos, é a improvisação catártica de um Cecil Taylor quem parece influenciar o pianista, mas em momento algum ele perde a linha ou deixa que suas idéias se apresentem desencontradas.

Haden comparece com “First Song”, uma balada introspectiva e complexa. A execução do pianista respeita a introspecção do autor, mas também imprime ao tema uma boa dose de calor humano, tornando lírico aquilo que poderia soar árido – aqui é Bill Evans a referência mais próxima. O solo do baixista é estupendo, embora bastante fiel a seu estilo recatado e quase impessoal. Motian, talvez o baterista que melhor compreendia a delicadeza e a expressividade comedida de Evans, tem aqui uma de suas mais envolventes atuações.

Motian, aliás, é o autor da ótima “Once Around The Park”, outro momento sublime do trio. Com uma estrutura enviesada e fluida, a faixa absorve boa parte dos cânones do post-bop, lembrando as composições de Wayne Shorter dos anos 60. Gonzalo está mais do que exuberante – seu fraseado é musculoso e seu ataque é arrebatador. Ele transita pelos registros mais agudos com perícia extremada, dialogando em altíssimo nível com seus veteranos companheiros. O baterista tem uma atuação impecável, construindo um aparato rítmico repleto de sutilezas.

Composta pelo pianista como uma homenagem ao primeiro filho, “Joao” é o tema mais introspectivo do álbum. O dedilhado de Rubalcaba é ondulante, etéreo, e sua abordagem sutil, onde cada nota é colocada com precisão cirúrgica, imprime à faixa um clima quase onírico. O devaneio sonoro é discretamente apoiado pela dupla Haden-Motian, que não demonstram o menor constrangimento de servir de coadjuvantes para o jovem de apenas 23 anos.

Fechando o álbum a faixa mais empolgante: uma versão simplesmente devastadora de “All The Things You Are”, de Jerome Kern e Oscar Hammerstein II. Escrita para o musical “Very Warm for May”, de 1939, a canção tornou-se uma das preferidas dos músicos de jazz e já foi gravada milhares de vezes, por nomes como Art Tatum, Charlie Parker, Wes Montgomery, Jimmy Heath, Erroll Garner, Jimmy Giuffre, Keith Jarrett, Ella Fitzgerald, André Previn, John Lewis, Coleman Hawkins, Johny Griffin, Dave Brubeck, Oscar Peterson, Warne Marsh, Serge Chaloff, Lennie Tristano e incontáveis outros. Mesmo confrontado com essa plêiade de astros, Rubalcaba consegue se destacar por sua absoluta originalidade. Seu ataque é contemporâneo, ágil, intuitivo, destemido, arrebatador, sobrenatural.

Poucos pianistas, de qualquer época, seriam capazes de extrair do instrumento a cornucópia de sons que o cubano consegue criar. Sempre surpreendente, Gonzalo eleva a um patamar de excelência raro o significado de expressões como “virtuosismo” e “técnica”. Com o suporte dos monstruosos Haden e Motian, a versão engendrada pelo pianista é uma arrojada experiência sensorial, que ultrapassa os limites da audição e transporta o ouvinte para um universo todo próprio, feito de beleza e emotividade. Apenas por essa única faixa e o disco já seria item obrigatório. Por trazer outros seis temas tocados com o mesmo apuro e competência, merece o epíteto de “indispensável”.

Em 1991, a Blue Note seu primeiro álbum lançado oficialmente nos Estados Unidos, “The Blessing”, onde o pianista está acompanhado do velho camarada Charlie Haden e do baterista Jack DeJohnette. Dentre os destaques do álbum, uma explosiva versão de “Giant Steps”, de Coltrane, e uma delicada releitura do bolero “Besame Mucho”. O álbum foi gravado em Toronto, no Canadá, pois à época o pianista estava proibido de ingressar no território dos Estados Unidos. Ao longo dos anos, o pianista tem posto seu talento a serviço de músicos de primeira linha, como Machito, Dianne Reeves, Bob Belden, Chico Hamilton, Ron Carter, Joe Lovano, Pat Martino e Paquito D’Rivera.

Sua admiração pela música brasileira é profunda. Participou de álbuns da cantora Ithamara Koorax, tocou com Ivan Lins e João Bosco, e gravou “Manhã de carnaval”, de Luiz Bonfá e Antônio Maria, em seu álbum “The Trio”, de 1997. Quatro anos antes, no dia 27 de setembro de 1993, foi uma das estrelas na homenagem que o extinto Free jazz Festival prestou ao maestro soberano Antonio Carlos Jobim. Além do próprio Tom, Rubalcaba dividiu o palco com astros como Shirley Horn, Gal Costa, Ron Carter, Oscar Castro Neves, Joe Henderson, Herbie Hancock, Harvey Mason, Alex Acuña e outros. O concerto foi realizado em São Paulo e posteriormente lançado em cd, pela Verve, com o título “Antonio Carlos Jobim And Friends”. A atuação de Gonzalo em “Água de beber” foi indicada ao Grammy de 1997, na categoria “Best Instrumental Jazz Solo”.

Vários de seus discos foram indicados ao prêmio Grammy, ao longo dos anos, como “Rapsodia”, em 1995, e “Inner Voyage”, em 1999. Em junho de 2001, Gonzalo recebeu o prêmio Leaders Circle Laureate Award, concedido pela SFJAZZ, entidade que organiza e realiza festivais de prestígio, como o San Francisco Jazz Festival, o SFJAZZZ Summerfest e o SFJAZZ Spring Season. Em 2002, seu álbum “Supernova” (Blue Note) recebeu o Grammy Latino, na categoria de Melhor Disco de Jazz.

No mesmo ano, recebeu mais um Grammy Latino, desta feita dividindo as honras com Charlie Haden, pela produção de “Nocturne” (Verve), no qual o baixista interpreta clássicos do cancioneiro latino-americano. Ainda em 2002, atuou como Artista Residente, durante o Montreal Jazz Festival, ao lado de outro excepcional pianista cubano: Chucho Valdez.

Casado com Maria desde 1986, Rubalcaba tem três filhos. A fim de facilitar suas inúmeras viagens internacionais, mudou-se para Santo Domingo, na República Dominicana, em 1992. Quatro anos depois, em 1996, fixaria residência em Miami, na Flórida, onde vive até hoje. Por seus trios passaram alguns dos mais brilhantes músicos contemporâneos, como os bateristas Ignacio Berroa, Jack DeJohnette e Dennis Chambers, e baixistas como John Patitucci, Almando Gola e Brian Bromberg. Em 2007 integrou uma banda all-star no Festival de Monterey, integrada pelo baixista Dave Holland, pelo saxofonista Chris Potter e pelo baterista Eric Harland.

Em seu último disco, “Avatar” (Blue Note, 2008), o pianista resolveu abandonar o formato de trio e se juntar a alguns jovens músicos que têm causado sensação no cenário jazzístico de Nova Iorque, como o baterista Marcus Gilmore, o baixista Matt Brewer, o trompetista Mike Rodriguez e o saxofonista cubano Yosvany Terry, autor de três das sete faixas do álbum, que inclui uma versão de “Peace”, de Horace Silver. Ainda em 2008, participou do álbum “Love Day”, do festejado acordeonista francês Richard Galliano.

Atualmente, Rubalcaba ensaia a ópera “Revolution of Forms”, na qual aborda a relação entre a arte e a política na Cuba pós-revolucionária, valendo-se de personagens históricos como Fidel Castro e Che Guevara. A ópera é considerada o mais pessoal dos projetos de Rubalcaba e vem sendo composta com o auxílio do músico Anthony Davis. O libreto está a cargo dos jornalistas Charles Koppelman e Alma Guillermoprieto, e seu lançamento está previsto para o primeiro semestre de 2011.

Criticado por alguns integrantes da comunidade cubana de Miami por jamais haver feito uma condenação pública ao regime de Fidel Castro, Rubalcaba, que saiu legalmente do país, chegou a ser obrigado a cancelar uma apresentação no Gusman Center, por conta dos protestos de alguns anticastristas mais exaltados. Em uma entrevista à rádio NPR, ele deixou claro o seu reúdio às restrições à liberdade de expressão em seu país e criticou a censura a qualquer forma de expressão artística, sobretudo à música.

Para o pianista, todavia, o mais importante é criar pontes e derrubar os muros entre as pessoas – sejam eles musicais ou ideológicos. Em suas palavras: “Vivemos um momento no qual a evolução, não só da música, mas do próprio mundo, permite às pessoas que tenham menos resistência à mistura. É tempo de estar aberto para aprender aquilo que está além dos nossos próprios limites geográficos. Essa postura não vai tirar algo de você, mas, ao contrário, vai enriquecê-lo como ser humano”.

========================

30 comentários:

pituco disse...

érico san,

mais um 'fera' contemporâneo...com esses caras, o jazz não morre jamais...não é isso?

abraçsons
e boa passagem de ano

Silene Neves disse...

Vejo que me segues... vim então retribuir sua presença em meu blog!

Não vi palavras suas lá...mas deixarei as minhas com muito carinho e encantamento pela riqueza do seu blog!

Minha última postagem tem uma canção linda que vc irá gostar! Quando puder... volte lá!

Beijos doces na balada de um bom jazz...

Sil
Estarei sempre aqui

Érico Cordeiro disse...

Caros Pituco e Silene (a quem dou um seja bem-vinda especial e agradeço as palavras carinhosas),
O Rubalcaba é a prova de que o jazz é uma linguagem universal, que já não mais pertence apenas aos norte-americanos, mas é propriedade do mundo. Assim como todas as grandes formas de arte. O cinema pode vir da França ou do Irã ou da Suécia e será grande cinema.
A literatura pode ser feita na Rússia, na Inglaterra, no Uruguai e será grande literatura.
O jazz pode vir de Cuba, da Rússia (Ponomarev e Maslov estão aí para provar), da África do Sul (terra do grande Abdulah "Dollar Brand" Ibraim), do Brasil (nossos Don Salvador, Hélio Alves, Duduka, Donato e tantos outros!).
É por isso, meu embaixador, que "o jazz não morre jamais"!
Silene, vou passar no seu blog com mais calma para ouvir a música - na verdade, estou descarregando o vídeo. Também serei um freqüentador assíduo do seu cantinho virtual e espero vê-la sempre aqui no jazzbarzinho, ok?
Abraços fraternos aos dois!

FRANCISCO ARAUJO disse...

Que em 2011 esse tornado de bons escritos musicais..permaneça em fúria-jazz... Tudo de Bom! Paz e Luz!!!
Do Amigo
Francisco....

Érico Cordeiro disse...

Grande Chico,
Valeu a presença!
E que 2001 nos traga muitas coisas boas, sempre com toneladas de paz, amor, harmonia, fraternidade e compreensão entre as pessoas!
Um fraterno abraço e muito jazz na cabeça!!!!

Salsa disse...

O camarada toca muito. Sua pegada mais percussiva, no entanto, deixa o Predador meio nervoso.

Érico Cordeiro disse...

Mestre Salsa,
Ainda bem que o Predador foi passar as festas de fim de ano em Predatória.
Senão, era detonador atômico na certa :-)
Vi um vídeo no Youtube, com João Bosco, Ivan Lins, Nico Assumpção (de saudosa memória), Nélson Ayres e outras feras. O garoto arrebenta!!!!!
Abração, mestre-cantor-saxofonista!

Augusto Senna disse...

whatsjazz: if you have to ask then you'll never know...

Caro Érico,

Agradeço muitíssimo o seu comentário do blog, inclusive já conhecia o seu, mas não o autor. Realmente me dedico já faz uns 22 anos ao estudo do jazz, e é sempre bom compartilhar conhecimento com outras pessoas já que o jazz é uma música viva que deve ter feedback do público sempre. Conheço pessoalmente o chará Augusto Pelegrinni, tendo
inclusive já participado de seu programa de rádio na Mirante FM, o Celson também, além de outros excelentes músicos que não estão no mainstream, mas que nem por isso são menos privilegiados, tipo o Athos, o Jair Torres e o Jecivaldo da banda Semeador.
Trabalho como funcionário público nos correios de Luís Domingues/MA, apesar de ter casa e família em São Luís, mas como a paixão pelo jazz é tamanha, tive que extravazá-la através do blog, pois aqui no interior do Maranhão não existe ninguém que curta esse tipo de música. Devo admitir que não sou nenhum purista, apenas gosto de boa música, e independente do estilo sempre irei buscar a nata ou essência de cada som. Entre os músicos e bandas que gosto estão guitarristas tipo Joe Pass, Wes
Montgomery, Hélio Delmiro, entre outros, e outros grandes do jazz tipo Art Tatum, Thelonious Monk, Charles Mingus, Charlie Parker, John Coltrane, Eric Dolphy, etc.
Continue mantendo acesa a chama do jazz e tenha um excelente 2011, com muita saúde, paz e esperança para a humanidade.

Grande abraço.
Augusto Senna.

P.S.: Tenho uma teoria que toda e qualquer pessoa tem talento musical, já que a música é uma linguagem universal, então basta dedicação para aprendê-la, mas é lógico que quanto mais cedo fizeres isto, mais fácil se tornará o aprendizado, pois os jovens possuem tempo, vontade e dedicação para novas descobertas.

APÓSTOLO disse...

Estimado ÉRICO:

Nossos mais sinceros desejos que você e toda a família tenham uma excelente passagem de ano; que 2011 seja símbolo de paz, saude e sucesso pessoal e profissional.
MATILDE e PEDRO CARDOSO

Resenha mais que perfeita para um dos expoentes das "88".
Na "linha sucessória" do pianismo cubano e a meu juízo, sem olvidar outros "mágicos" da ilha, RUBALCABA é "filho legítimo" do grande CHUCHO VALDEZ (que se mais não tivesse realizado e tocado, é o autor da mais que belíssima "CLAUDIA").
A gravação escolhida é, como você muito bem assinala, obrigatória.
Recomendo, sem restrições, o DVD "Gonzalo Rubalcaba Trio" gravado em 24/07/1994 no Philharmonic Hall Of Munich, em que o cubano, ao lado de Ron Carter e Julio Barreto desfila 10 "clássicos" com classe e técnica superlativas.
Que em 2011 suas resenhas sigam alegrando nossos corações com a música de sempre: JAZZ ! ! !

Érico Cordeiro disse...

Caros Augusto e Apóstolo,
Uma honra e um prazer tê-los aqui no jazzbarzinho.
Ao primeiro, digo que sei exatamente o que você passa. Também trabalho no interior (Pinheiro, que, pelo menos fica relativamente perto, pois dá prá ir de ferry-boat e depois são só 80km de estrada) e ali quase ninguém curte jazz (tenho um amigo que também trabalha lá e que gosta de jazz). Minha família fica aqui em São Luís e eu venho às sextas-feiras (agora estou curtindo o merecido recesso).
Bom saber que temos amigos comuns e que em breve poderemos estreitar os laços de amizade - será um prazer ouvi-lo tocar.
Creio que no dia 07 eu vá participar do programa do Augusto na Universidade FM, para falar um pouco do livro Confesso que ouvi.
Mestre Apóstolo, a você e a toda a família "apostólica" votos de muita paz, saúde, prosperidade, harmonia e muitos euros, dólares e ienes!
Sabia que você ia gostar do Rubalcaba - ele é daqueles pianistas à Oscar Peterson, exuberante e de muita técnica. Não conheço o dvd (tenho o álbum The Trio, com o Brian Bromberg no baixo - toca muito, tenho um disco dele que é fantástico - e o Dennis Chambers na bateria).
Um fraterno abraço aos dois e que em 2011 o jazzbarzinho continue satisfazendo a clientela com muito bate-papo, alegria e, sobretudo, muito jazz!

AvoGi disse...

Que blogue mais sui generis!!! falar de jazz , nao sou apreciadora ma squiçá com a vinda até aqui me entusias-me e voilá serei uma fiel adoradora de jazz
kis :=)
BOAS ENTRADAS NOANONOVO

Érico Cordeiro disse...

Oi, AVOGI
Seja muito bem-vinda!
O jazz é uma música maravilhosa, que ultrapassa as fronteiras geográficas e fala uma linguagem universal.
Fui a seu blog e vi que você é de Portugal, onde existem inúmeros festivais de jazz, como o do Porto, de Estoril, de Guimarães, de Braga e tantos outros. Já me adicionei como seu seguidor e irei sempre à sua casa virtual - espero que você se junte à nossa confraria e que curta conosco muito jazz.
Um fraterno abraço e que em 2011 você e sua família tenham muita paz, saúde, alegrias, fraternidade e harmonia!

Sergio disse...

Seu san, não li ainda, mas este lerei com atenção. Baixei antes, quando vi Rubalcaba sugerido aqui. E baixei logo 2 de seus mais bem indicados discos. The Blessing, que estou ouvindo agora e Inner Voyage. Meu amigo, baixei tbm, quando vi q tinha bastante músicas esparsas do cara, mas ainda nenhum álbum. E entendi pq. Minha memória é ruim, mas trabalha bem com a minha noção de gosto: devo ter ouvido as esparsas faixas de álbuns diferentes, há séculos, e aquilo ficou na mente... Ele é um monstro de pianista, mas deixa tantos espaços em branco... A música do cara é tão reflexiva... O engraçado q não consigo fazer a fila andar, seu san! Inner Vission, q é mais hermético q este The Blessing, ouvi inteiro. Mas q as vzs dá uma preguiça, ah lá isso dá. No entanto, se pode dizer q uma obra q causa essas sensações díspares, mezzo repulsa, mezzo encantamento, pode ser desprezada? Quanto ao Predador, tbm já vim com impressão do Salsa,: ele vai detonar!

Meu amigo, venho por meio desta, tbm, pra te indicar uma cantorinha (cantoraça!, é q ela é uma toisinha fofa e dotosa...), uma coreana chamada Youn Sun Nah! Preste atenção neste nome. Há um tempo, anda de braços dados com uma banda q tem simplesmente dois dos melhores músicos europeus de sua geração, o guitarrista Ulf Wakenius e o baixista Lars Danielsson. A mulher canta muito! Não esqueça este nome, seu mr. San: Youn Sun Nah. Ela ainda vai dar muito mais o q falá.

Só pra te dar uma idéia, ela neste último álbum - q dei uma parada pra ouvir os 2 do Rubalcaba -, ela faz uma curiosa opção de transformar "Enter Sandman" numa balada dramática. Monta e desmonta um dos temas q mais aprecio (do geitinho que é) “My favorite things”, q ela manda toda acompanhando ela mesma na Kalimba!... A voz dessa mulher, de rostinho de menina (já perto dos 40, provavelmente) é madura, como a de uma veterana. Li uma crítica (elogiosa) que ela ainda tem muito a aprender. Mas, seu san, e quem não tem? Vai por mim e já sai na busca, com o cuidado, claro de ouvir antes e ver qual a melhor opção de álbum – mas este último, Same Girl de setembro de 2011, eu indico com sobras!

Abraços doismilionzicos! E, claro!, saudações tricolores tricampeãs nacionais!

Sergio disse...

ops, o disco é de setembro de 2010, claro. é q quero me livrar o mais rápido possível desse zero à direita.

Sergio disse...

... e "geitinho"... pelamô di deus releva.

Esther disse...

Caro Eric,

Rubalcaba é um grande pianista, eu já vi em várias ocasiões e é um dos melhores músicos de jazz cubano lá.

Desejo a você um feliz 2011 cheio de jazz, paz, amor, coragem, inteligência, cultura, gente.

Eu quero continuar a escrever nos nossos blogs.

Muitos beijos e abraços.

Anônimo disse...

Érico,

Obrigada pela presença e visita .
Adorei seu blog !!!
Gosto de tudo por aqui , ... Rsrs.


BjO Grande e Feliz 2011 !

Maysa disse...

Lindo Primo Érico! Salve 2011!

Ando pacificada. Fui ver a exposição sobre o Islã, no CCBB, no último dia (domingo 26). Não é que deu!
Terça me animei toda, e duas horas de fila após, fiquei extasiada diante dos painéis Guerra e Paz, do Portinari. Aí, para a PAZ ser plena, mesmo com o zero a direita que o Sérgio referiu, estou por aqui!
Além da tua postagem, substanciosa e precisa, sobre Rubalcaba, li teus comentaristas, alguns tb me seguem, pacientemente, lá no Ninho...
Aqui estou! Venho deixar abraços, carinhos, afetos e sobre tudo agradecimento.
Ter um companheiro de estrada como você é tudo de bom!
Aprendiz estou, ainda, impedida de ouvir qq som!( O caso já foi contado tb aqui).
No Brasil, alguns profissionais, em dezembro, desistem dos serviços prestados e caem na gandaia! rsrsrs. O cliente precisa de humor e paciência, logo o 1(um) à direita vai fazer o efeito desejado.
FELIZ 2011! Saúde, amor, paz e muito jazz!Para ti , família maranhense e todos que por aqui te lêem.
Beijão
Prima Maysa

Érico Cordeiro disse...

Caros Sérgio, Esther (estava com saudades de você, minha querida amiga), Malu (seja muito bem-vinda ao jazzbarzinho) e Maysa (a prima sumida - rs, rs, rs),
Fiquem à vontade aqui no jazzbarzinho - a bebida e a música são por minha conta :-)
Mr. San, sugiro dois discos do cubano: The Trio e Images. Juntando com os outros que você falou e o postado, você vai ficar com uma bela amostra da discografia do sujeito, que toca muuuuuuuito mesmo!!!!!!
Não conheço a Youn Sun Nah, mas a presença do Ulf Wakenius é garantia de qualidade (além da referência sônica, né?). Vou dar uma checada pela rede e tentar conhecer.
Esther, desejo o mesmo a você e que também possa fotografar muitos e muitos desses geniais músicos que nos dão tanta emoção e arrebatamento!
Malu, o Maestro Soberano merece todo o nosso carinho - aliás, é a sua música que nos acaricia. Voltarei sempre ao Tom & Seus Tons e espero tê-la sempre aqui em nossa alegre confraria!
Prima, vi algo sobre essa exposição na TV e fiquei com uma vontade danada de vê-la. Que bom que ela está à altura das nossas expectativas e que a espera valeu a pena! Tomara que 2011 te traga apenas coisas boas, com muita paz, amor, harmonia, amizade, realizações e fraternidade! Obrigado por estar sempre presente - mesmo quando está longe eu sei que você acompanha o jazzbarzinho - e pelas palavras sempre generosas!
Um fraterno abraço aos quatro!!!

Sergio disse...

Feliz ano novo, mestre Érico! Ano q vem no Rio, hein?

figbatera disse...

Nada mais a dizer da riqueza da postagem, da maravilhosa música e da performance dos músicos.
Nada menos que "sensacional".
Tb sou fã antigo do Gonzalo - que vi/ouvi "ao vivo" no finado "Mistura Fina" no Rio.
Que continuemos com muito JAZZ em 2011!

Érico Cordeiro disse...

Caros Sérgio e Fig,
Um ótimo 2011 prá vocês, com muita luz, amor, paz, harmonia, felicidade, saúde e jazz (e samba, e rock, e bossa nova e tudo mais)!
Fig, não tive essa honra (ainda), mas espero que da próxima vez que ele vier ao Brasil eu consiga ir ao show - o cara é uma fera!
Abração aos dois!

nydia bonetti disse...

Érico! Ando perdida de você. Mas em 2011 vou me reprogramar, e voltar a frequentar os blogs que admiro, como este, que eu adoro. Mas vim a tempo de desejar um feliz 2011, com muita música e poesia.

OBS: Esses cubanos arrasam, na música e na poesia. Gosto imensamente da poesia cubana.

Abraços!

Izabel Lisboa disse...

Olá Érico! Delícia seu blog, menino!!!
Deixe a chave sob o vasinho de violetas no para-peito da janela e café quentinho no bule que estarei sempre por aqui pra conferir as novidades!!!
Beijão e Felicíssimo 2011, com muita bossa!!!

Érico Cordeiro disse...

Caras Nydia e Isabel,
Sejam muito bem vindas.
Começando 2011 em alto astral, com suas presenças ensolaradas!
Que este ano que ora se inicia seja pródigo em coisas boas, seja fraterno, seja intenso, seja amigo das artes e da paz.
Obrigado pelas palavras generosas e estreitemos os laços de amizade virtual, pois o jazzbarzinho está à disposição para muito papo e muito som na caixa!
Um fraterno abraço às duas!

pituco disse...

érico san,

ouvindo wynton kelly, num post de rubalcaba...pra desejar-te um feliz 2011...

música é um vício...oh vício...vamos nos viciar mais em 2011...

abraçsonoros

Érico Cordeiro disse...

Grande Mr. Seu Pituco, o San!
Viciemo-nos, pois!
Esse vício é maravilhoso. E que continuemos a mergulhar fundo nas águas plácidas e tépidas (que chique!) do jazz.
Um 2011 cheio de muitas gigs, muitos shows, muitos cds e dvds e muitos ienes!!!!!
Abração, meu embaixador!

O Pescador disse...

Olá Érico.
Agradeço os votos de bom ano-novo e venho aqui igualmente desejá-los, a ti e a toda a tertúlia do Jazz+Bossa.
Muito jazz e, ainda mais, que os valores humanos prevaleçam.
Saudações atlânticas do Pescador.

.Edinho disse...

Mr. Érico ,
Obrigado pelas belas musicas que mandou em 2010 e eespero que 2011 seja bem mais produtivo ( risos)
e que esse ano de 2011 seja maravilhoso para vc e sua familia !
valeu as otímas resenhas e cronicas com as quais aprendi muito e ilustou o meu mundo de jazz, que conhecendo melhor ,só engrandeceu meus conhecimentos
Valeu!!!

Érico Cordeiro disse...

Caros Pescador e Edinho,
Sejam mais que bem-vindos e obrigado pelas palavras gentis!
É uma honra privar da amizade e do convívio de vocês.
Muita paz, saúde e alegrias para nós todos, com doses mastodônticas de jazz e bom papo!
Um fraterno abraço aos dois!

Google Analytics